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Internacional 2 x 0 Grêmio (Campeonato Brasileiro 2004)

Quem imaginaria que um rapaz pouco conhecido da massa vermelha até então entraria para a história do maior clássico do mundo?
E quem imaginaria que esse mesmo rapaz mudaria a história do nosso amado clube a partir desse momento mágico?

Quando Vinícius anotou o primeiro gol no decadente time do Grêmio, a expectativa aumentou ainda mais acerca de quem faria o milésimo gol da história dos Gre-Nais. O folclórico Joel Santana convocou o centroavante Fernandão logo após Oseas deixar o clube. A mão de "papai" Joel fez toda a diferença no clássico. Convenhamos que o gol 999 teve uma baita ajuda do goleiro gremista Tavarelli, que conseguiu levar um gol de encobrida debaixo dos paus em uma jogada de cabeça.

Aos 33 minutos do segundo tempo, Élder Granja dominou a bola na ponta direita e, cirurgicamente, cruzou na cabeça do atacante que aguardava dentro da área. Um cabeludo meio desengonçado (sim, foi isso que eu pensei quando vi Ele entrar em campo) subiu mais que a defesa tricolor e arrematou. Impiedosamente. Fulminante. Amigos, aquilo foi lindo demais!

Era o 2 a 0 no clássico e o gol 1.000 nos Gre-Nais. Sim, foi um jogo valendo três pontos, mas foi um divisor de águas na história do clube que via Fernandão e Internacional criarem um vínculo de paixão, devoção e confiança. A partir desse gol, o torcedor colorado passou a acreditar que aquele tempo de vacas magras estava próximo do fim. A partir do gol 1.000, o Beira-Rio ganhou uma atmosfera de otimismo e fé, que agitou o mar vermelho tal como nos anos 70.

Somos eternamente gratos ao FernanDeus, o homem Gre-Nal, testa de aço e representante-mor da instituição Sport Club Internacional no topo do mundo. 10 de julho de 2004 é um dia que vai durar para a eternidade.

Essa lembrança na voz de Pedro Ernesto Denardin fica mais maravilhosa ainda, vai dizer...

CAMPEONATO BRASILEIRO 2004 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 2 X 0 GRÊMIO
Data: 10/7/2004
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Público: 23.525 (20.218 pagantes).
Renda: R$ 282.661,00
Juiz: Paulo César Oliveira
Cartões: Sangaletti, Vinícius (I); Tavarelli, Claudiomiro, Leonardo Inácio, Marcelinho e Christian (G).
Gols: Vinícius 8'/2 (I); Fernandão 33'/2 (I).
INTERNACIONAL: Clemer; Sangaletti, Wilson (Fernandão) e Vinícius; Bolívar, Edinho, Marabá, Élder Granja e Alex; Danilo Gomes e Rafael Sobis (Dauri). Técnico: Joel Santana.
GRÊMIO: Tavarelli; Michel, Fábio Bilica (Baloy), Claudiomiro e Michel Bastos; Cocito, Leonardo Inácio (Cláudio Pitbull), Felipe Melo e Bruno (Élton); Marcelinho e Christian. Técnico: Plein.

Júnior Paulista

JÚNIOR PAULISTA
(zagueiro)

Nome completo: Luiz Antônio Gaino Júnior

Data de nascimento: 7/1/1981
Local: Jundiaí (SP)

CARREIRA:
2002-2003
Portuguesa
2003-2004
Internacional
2005
Gama
2006
Rio Branco-SP
2006-2007
Santo André
2008
União São João
2008
Mirassol
2009
Feirense-POR
2010
São José-SP
2010
Vila Nova
2011
Marília
2011
Pelotas
2012-2015
Santo André

O zagueiro Júnior começou no Lousano (atual Paulista) de Jundiaí, sua cidade natal, aos 9 anos de idade. Aos 16, foi para a Portuguesa, onde se tornou atleta profissional em 2001, depois de fazer uma excelente Taça São Paulo. Na Lusa, permaneceu até 2003, após o rebaixamento do time no Campeonato Brasileiro de 2002.

Contratado pelo Internacional para integrar o elenco no Brasileirão de 2003, o jovem Júnior teve poucas oportunidades com o técnico Muricy Ramalho, atuando apenas cinco jogos, disputados contra Figueirense, Flamengo, São Paulo, Bahia e Paraná.

Júnior passou a ser "Júnior Paulista" porque o Internacional já tinha um meia homônimo. Em novembro de 2003, sofreu uma grave lesão no joelho e ficou quase um ano parado. Retornou aos gramados no segundo semestre de 2004 pelo Inter B, na disputa da Copa FGF. O Inter acabou eliminado nas semifinais, perdendo para o Gaúcho de Passo Fundo.

No final do ano, Júnior Paulista trocou o Inter pelo Gama. Passou por Rio Branco-SP, Santo André, União São João, Mirassol, Feirense-POR, São José-SP, Vila Nova-GO e Pelotas. Retornou ao Santo André em 2011, onde jogou até encerrar a carreira em 2014. Em janeiro de 2015, foi promovido a auxiliar-técnico do clube.

Rogério Gaúcho

ROGÉRIO GAÚCHO
(atacante)


Nome completo: Rogério Márcio Botelho

Rogério Gaúcho foi um atacante peculiar que passou pelo Internacional. A começar pelo apelido. Apesar de carregar o apelido, Gaúcho nasceu em Assis Chateaubriand, no Paraná. Também pela maneira que desembarcou no Salgado Filho: de bermuda e chinelo. Talvez por estar acostumado com as praias de Santos, de onde veio.

Embora tivesse entrado em algumas partidas do Gauchão, a estreia entre os titulares foi promissora. Vitória de 3 a 0 contra o Criciúma, no Beira-Rio. Gaúcho marcou o primeiro gol da vitória com 1 minuto de jogo. O técnico era o interino Leandro Machado.

Na partida seguinte, Joel Santana assumiu o comando do Colorado. Com Joel, Gaúcho não teve muitas oportunidades. Disputou algumas partidas pelo Brasileirão e Sul-americana, mas foi mandado para o time B do Inter.

Marcou mais dois gols pelo colorado na Copa FGF, torneio que o Internacional foi eliminado pelo Gaúcho, de Passo Fundo, nas semifinais. Ainda foi relacionado em alguma partidas pelo Brasileirão, mas sem muitas chances entre os titulares.

Foi dispensado no início de 2005 e rumou ao União Barbarense para a disputa da Série B. Ainda rodou República Tcheca e Eslováquia, até retornar ao Brasil e encerrar a carreira no Toledo-PR, em 2013.

Tiago Saletti

TIAGO SALETTI
(zagueiro)

Nome completo: Tiago Saletti

"O Figueroa quer sair jogando". A frase disparada pelo técnico Lori Sandri, após uma goleada de 4 a 1 aplicada pelo Juventude, ilustra o que foi o início da carreira do zagueiro no Internacional.

Saletti se profissionalizou no Inter em 2004, após 7 anos nas categorias de base. O começo da carreira profissional foi difícil. O Internacional ainda estava no início de um período de valorização da base do clube. Algumas atuações fracas do zagueiro fizeram com que ele perdesse a vaga de titular ao longo do Gauchão.

Na metade do ano, foi para o Pampilhosa, da segunda divisão portuguesa, a custo zero. Jogou duas temporadas no time português, mas retornou ao Rio Grande do Sul, para jogar pela Ulbra (atual Canoas). Após três anos, foi para o Guaratinguetá. Em 2009, jogou a Série B pelo Campinense.

Em 2010, jogou pelo Caxias, onde disputou o Gauchão, a Série C do Brasileirão, e foi campeão gaúcho do interior. No ano seguinte, foi para o Lajeadense. Ainda em 2011 foi para o Botafogo-SP trabalhar novamente com Lori Sandri. Dessa vez, jogador e técnico se acertaram.

No ano de 2012 foi para o Brasil de Pelotas. E em 2013, foi para a Chapecoense, seu clube atual, onde ajudou o clube catarinense a subir à Série A.

Dauri

DAURI
(atacante)

Nome completo: Dauri de Amorim
Data de nascimento: 31/10/1973
Local: Garopaba (SC)

CARREIRA:
1992-1994 - Criciúma
1995 - Joinville
1995-1996 - Botafogo
1996 - Marítimo-POR
1997 - Grêmio
1998 - Guarani
1999 - Madureira
1999 - Bahia
2000 - América-SP
2000 - Joinville
2001 - Juventude
2002 - Goiás
2002 - Náutico
2003 - Figueirense
2003 - Paraná
2003 - Joinville
2004 - 15 de Novembro
2004 - Internacional
2005 - Caxias
2005-2006 - 15 de Novembro
2006-2007 - Paulista
2007 - Imbituba
2007-2008 - Marcílio Dias
2009 - Pelotas


Existem jogadores que se destacam em times de menor expressão, mas não emplacam em times grandes, de grandes torcidas.

Dauri começou a carreira voando, jogando pelo Criciúma. No seu segundo ano como profissional, com 20 anos, conquistou o título catarinense, sendo artilheiro da equipe na competição e marcando gols decisivos. Ficou no Criciúma até 1994.

Em 1995, se transferiu para o Joinville. O time não fez um bom campeonato, mas as atuações de Dauri fizeram com que o Botafogo mostrasse interesse no atacante. Dauri fez parte do grupo botafoguense campeão brasileiro, que tinha Túlio, Donizete Pantera e Sérgio Manoel no ataque. No time da estrela solitária, ficou até a metade de 96, depois da conquista do Campeonato Carioca.

Após uma passagem apagada pelo Marítimo-POR, Dauri foi para o Grêmio em 1997. Estreou na primeira partida da decisão da Copa do Brasil, contra o Flamengo. Sua passagem pelo Grêmio foi marcada por lesões e más atuações. Saiu no final do ano.

Passou por Guarani, Madureira, Bahia, América-SP, Joinville (novamente), Juventude, Figueirense, Goiás, Náutico e Paraná. Sempre com passagens discretas.

Em 2004, fez um ótimo Gauchão pelo 15 de Novembro, mesmo o clube de Campo Bom não se classificando para as semifinais do campeonato. Mas o ápice foi a classificação do 15 às semifinais da Copa do Brasil, com direito a goleada sobre o Vasco, no São Januário.

Seu desempenho despertou a atenção da direção colorada, que o contratou na metade do ano, após a eliminação do 15 para o Santo André. No Inter, não teve oportunidades e quando as teve, foi muito abaixo do esperado. Retornou ao 15 de Novembro no ano seguinte.

Pelo time de Campo Bom, viveu outro momento histórico na sua carreira. Eliminou o Grêmio na segunda fase da Copa do Brasil de 2006, nos pênaltis. Porém, o 15 caiu na fase seguinte para o Volta Redonda.

Jogou ainda por Caxias, Paulista de Juniaí, Imbituba, Marcílio Dias e Pelotas, seu último clube. Parou de jogar em 2009, aos 36 anos.

Galego

GALEGO
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Jéfferson Alberto Ferreira

Galego iniciou a carreira profissional no modesto Nacional-SP, indo posteriormente para o Francana, um dos muitos clubes do interior paulista por onde passou. Em 1999, foi contratado pelo Botafogo para ser a solução na lateral-esquerda. O time carioca quase foi rebaixado no Brasileirão.

Em seguida, a Ponte Preta tratou de contratar o lateral. Depois de sete jogos, foi dispensado e rumou à Inter de Limeira. Após passagens por Santo André e Joinville, foi para o Marília, onde fez uma excelente Série B de 2003. Por pouco, o MAC não conquistou o acesso.

No Paulista, Galego ganhou o status de lateral-artilheiro, marcando gols importantes e ajudando o time de Jundiaí a chegar à decisão do Paulistão de 2004, contra o São Caetano. Em setembro do mesmo ano, foi anunciado pelo Internacional por indicação de Muricy Ramalho.

Começou o ano de 2005 marcando o primeiro gol do Inter na temporada, diante do Farroupilha, no empate em 1 a 1. A partir daí, a passagem do jogador foi marcada por atuações irregulares e vaias constantes.

Na metade do ano, foi para o Guarani. A partir daí, sua carreira se baseou em peregrinar por times do interior de São Paulo, Rio Grande do Sul, além de passagem pelo Bahia e pelo Criciúma. Abandonou os gramados em 2013, jogando pelo Farroupilha.

Vinícius

VINÍCIUS
(zagueiro e lateral-esquerdo)

O prata-da-casa Vinícius se profissionalizou no Internacional em 1995, na função de lateral-esquerdo. Seu concorrente direto era Ricardo Costa, que também jogava na zaga. Com a contratação de Branco, vinícius perdeu ainda mais espaço no time.

Em 96, ganhou novas oportunidades, sem se firmar. Alternou a função com Cleomir ao longo do Brasileirão, mas o Inter acabou caindo na primeira fase. Se transferiu para o Sporting-POR em 97, onde jogou por três temporadas.

Depois de empréstimo ao Standard Liège, foi contratado pelo Fluminense em 2001, quando fez um bom Campeonato Brasileiro, ajudando o time a chegar à semifinal.


Retornou ao Inter em 2002 e passou a jogar como zagueiro, mas a titularidade definitiva veio em 2003, quando Muricy Ramalho passou a usar um esquema com três zagueiros: Wilson (pela direita), Sangaletti (líbero) e Vinícius (pela esquerda). O time embalou, mas ficou de fora da Libertadores. Vinícius ainda marcou um gol no Gre-Nal que quebrou o tabu de 13 Gre-Nais sem vencer.

Em 2004, a primeira experiência fora do Beira-Rio diante do Boca acresceu experiência na carreira do jogador. Vinícius marcou o gol 999 na história dos Gre-Nais. Mas o grande momento de Vinícius foi o Brasileiro de 2005, quando o Inter terminou em um polêmico 2º lugar. Deixou o Inter depois de conquistar três campeonatos estaduais.

Foi para o Ulsan Hyundai em 2006, mas em 2007 já estava de volta ao Brasil. O Atlético-MG contratou o zagueiro na volta à Série A. Disputou 52 jogos, marcou 4 gols e conquistou o título mineiro de 2007.

Defendeu Bahia, Náutico, São José e Caxias, seu último clube. Parou de jogar aos 35 anos.

Chiquinho (2004)

CHIQUINHO
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Paulo Francisco da Silva Paz


Muitos até hoje tentam entender o motivo de Chiquinho não ter dado certo no time do Internacional. Difícil um colorado não ter se deslumbrado com o início meteórico do lateral no Internacional.



A torcida andava impaciente com a irregularidade de Cássio na esquerda. Então, Celso Roth colocou o jovem Chiquinho na partida contra o Santos, pelo Brasileirão. Chiquinho teve uma atuação excelente em sua estreia e o Inter venceu o Peixe por 3 a 0.

Porém, Celso Roth não se convenceu e não escalava o jogador, pedido pela torcida com unanimidade. Roth colocava Chiquinho apenas em pedreiras, como nas derrotas para Figueirense e Grêmio. Com Cláudio Duarte, Chiquinho recuperou sua confiança e o Internacional se livrou do temido rebaixamento.

Como se não bastasse a trágica morte de Librelato no final de 2002, Chiquinho teve um grave problema médico diagnosticado no início de 2003. O lateral tinha um raro problema vascular, que o tirou dos gramados por oito meses. Em sua volta, uma atuação ótima e festejada pela torcida no empate contra o São Paulo no Beira-Rio, por 1 a 1, cobrando a falta que resultou no gol de Cidimar.

2004 foi o melhor ano de Chiquinho pelo Internacional. Além da conquista do Gauchão, o Inter fez uma boa campanha na Sul-americana e Chiquinho foi fundamental na competição, marcando um gol em cada Gre-Nal da segunda fase. Conseguiu a titularidade que não obteve em 2002 e 2003.

Em 2005, um novo drama: uma lesão no púbis tirou Chiquinho por mais um longo período dos gramados. Jorge Wagner, que foi contratado para jogar na meia cancha, assumiu a titularidade e não perdeu mais a posição. Antes de deixar o Inter na metade de 2006, teve problemas com dirigentes.

Se apresentou ao Palmeiras em julho para a disputa do Brasileirão, por empréstimo. No ano seguinte, foi emprestadao ao Goiás. Em 2008 jogou pelo Fortaleza e em 2009, Joinville. O clube catarinense o contratou em definitivo, após seu contrato com o Internacional se encerrar.

Ainda jogou por River Plate-URU, São José-RS, Brasil de Pelotas, Vitória, Paulista e América-RN.

Fernandão

FERNANDÃO
(atacante)

Nome completo: Fernando Lúcio da Costa
Data de nascimento: 18/3/1978
Local: Goiânia

CARREIRA:
1995-2001 - Goiás
2001-2004 - Olympique-FRA
2004 - Toulouse
2004-2008 - Internacional
2008-2009 - Al-Gharafa-EAU
2009-2010 - Goiás
2010-2011 - São Paulo

Difícil falar de Fernandão sem ficar de olhos marejados. Lembrar de um dos nossos maiores mitos é lembrar de uma fase de glórias, que sucedeu uma das fases mais vazias da nossa história. Fernandão fez o torcedor colorado acreditar que o Internacional é um clube capaz de fazer jus ao nome.

Fernandão começou a carreira no Goiás, jogando de meio-campo, em 1995. Em seu clube do coração, conquistou cinco estaduais, duas vezes a Copa Centro-Oeste, e o título da Série B de 99. Também figurou nas Seleções de base.

Em 2001, rumou à França para defender o Olympique de Marseille. Depois de três temporadas sem muito brilho, foi emprestado ao Toulouse em 2004, onde sua altura passou a ser explorada e começou a jogar de atacante.

Fernando Carvalho viajou até Goiânia para contratar o atacante, proposta aceita por Fernandão sem pensar duas vezes. A partir daí, a carreira do centroavante começou a entrar em uma ascenção espetacular.

O Inter mandara Oseas embora e Joel Santana relacionou Fernandão em seu lugar para o Gre-Nal do dia 10 de julho de 2004, em que havia a expectativa do milésimo gol do clássico. Vinícius abriu o placar e Fernandao, que entrou ao longo da partida, testou após o cruzamento de Élder Granja. A partir dali, surgia mais um jogador legendário que vestiu vermelho.

Fernandão era um líder. A sua voz de comando começou a guiar o time passo a passo aos melhores do cenário nacional. Em 2004, três gols em Gre-Nais para cair nas graças da torcida e o susto da primeira lesão diante do Júnior de Barranquilla.

Já em 2005, o ano começou com a conquista do estadual, e seguiu com a chegada às semifinais da Sul-americana, perdendo a vaga na decisão para o Boca Juniors. As grandes decepções vieram com a eliminação na Copa do Brasil diante do Paulista, e o escândalo de arbitragem no Brasileirão, mas o Inter não se entregou e chegou à 2ª colocação, garantindo a vaga na Libertadores do ano seguinte.

E chegou 2006, o ano mágico da história do Internacional. A derrota no Gauchão não tirou o foco do time, determinado a conquistar a América. E 26 anos depois da derrota para o Nacional, o São Paulo sucumbia diante do Colorado, e Fernandão estava imortalizado na galeria dos Capitães América.

Depois de fazer um excelente Brasileirão, terminando mais uma vez em 2º lugar, o Colorado rumava ao Japão para a disputa do Mundial. A estreia foi nervosa diante do Al Ahli, do Egito, mas a vitória se concretizou graças aos nossos guris Pato e Luiz Adriano. Na grande final, mais um susto: Fernandão deixa o gramado com cãibras, dando lugar ao predestinado Adriano Gabiru. E nao deu outra. Inter campeão mundial com Fernandão erguendo a taça.

O ano seguinte foi de ressaca e fracassos. Nem o título da Recopa deu brilho ao ano de 2007. Fernandão passou boa parte do ano lesionado, e as decepções na Libertadores, Gauchão e Brasileirão foram inevitáveis.

Em 2008, Fernandão seguia sendo o líder maior do Colorado, guiando o time aos títulos estadual e da Copa Dubai, e às quartas-de-final da Copa do Brasil. Deixou o Colorado prometendo retornar no futuro da maneira que fosse.

Passou por Al-Gharafa-QAT e retornou ao seu amado Goiás, em 2009. O São Paulo anunciou a contratação de Fernandão em maio de 2010. Ironicamente, o primeiro gol de Fernandão com a camisa tricolor foi contra o clube que o adotou como ídolo, e no estádio onde liquidou o São Paulo quatro anos antes. Ainda enfrentou o Inter nas semifinais da Libertadores daquele ano, mas como é bom lembrar, saímos vitoriosos.

Abandonou os gramados em 2011 e se tornou dirigente executivo do Inter, retornando ao clube como prometido. Depois da demissão de Dorival Júnior, assumiu o comando técnico em julho de 2012. Com um time limitado, aproveitamento baixo e bronca com de alguns jogadores, Fernandão acabou deixando o Inter decepcionado com o clube, mas com o carinho da torcida.

Se tornou comentarista da Sportv, mas no fatídico 7 de junho, sofreu um acidente fatal de helicóptero. Faleceu antes de chegar ao hospital. Fernandão será, pra sempre, nosso eterno capitão, independente de onde estiver.

Clemer

CLEMER
(goleiro)


O maranhense Clemer iniciou a carreira profissional no Moto Club. Depois passou por Guaratinguetá, Santo André, Catanduvense, Maranhão, novamente Moto Club e Ferroviário-CE, até chegar à possibilidade de disputar a Série A do Brasileirão pelo Remo, em 1994.


O time paraense não repetiu o bom desempenho de 1993, quando terminou o campeonato na 8ª posição, e acabou rebaixado. Clemer foi contratado pelo Goiás em 1995 e fez um bom Campeonato Brasileiro, mesmo o time não fazendo uma campanha das melhores.

Já em 1996, fez parte do histórico time da Portuguesa que chegou à decisão do Campeonato, perdendo para o Grêmio no final da partida. Se transferiu para o Flamengo em 1997, depois da saída de Zé Carlos. Viveu oscilações e irregularidade na meta flamenguista, mas conquistou títulos. A profissionalização de Júlio César colocou Clemer no banco de reservas.

Em 2002, o Internacional contratou o goleiro depois de Carlos Germano não ser aprovado nos exames médicos. Clemer viveu o inferno e o céu no Colorado, sendo o único remanescente do time de 2002 a ser campeão mundial em 2006. Pelo Inter, foram 8 anos de dedicação ao time profissional, mais quatro meses como treinador interino em 2013.

Segue os títulos de Clemer ao longo de sua carreira:

Remo: campeão paraense em 1994 e 1995;
Goiás: campeão goiano em 1996;
Flamengo: campeão carioca em 1999, 2000 e 2001, da Copa Mercosul em 1999 e da Copa dos Campeões em 2001;
Internacional: campeão gaúcho em 2002, 2003, 2004, 2005, 2008 e 2009, da Libertadores em 2006, do Mundial em 2006, da Recopa em 2007, da Sul-americana em 2008 e da Suruga Bank Cup em 2009.

Clemer fez um trabalho excelente com a base do Internacional e é cidadão honorário de Porto Alegre.

Wellington Katzor

WELLINGTON
(lateral-direito e meia)



Wellington surgiu da base do Brasiliense, mas sua visibilidade ficou evidente nos profissionais do Santos. Esteve no grupo campeão brasileiro em 2002, e vice-campeão brasileiro e da Libertadores em 2003. Na decisão contra o Boca, substituiu Elano. Mas o time santista não foi capaz de evitar uma chapuletada argentina no Morumbi.


Em 2004, o Internacional contratou o jogador no início do ano. A versatilidade do jogador foi o principal chamariz que despertou a atenção dos dirigentes colorados.

O ano começou bem para Wellington. Teve uma atuação impecável em um Gre-Nal válido pelo Gauchão de 2004, quando fez uma assistência perfeita para Nilmar marcar o segundo gol colorado na vitória por 2 a 1, no Olímpico. Wellington também teve atuações excelentes ao longo da Copa Sul-americana e do Brasileirão.

2005 foi um ano de oscilações de Wellington no Internacional. Com Élder Granja e Gavilán fazendo as duas funções, e Ceará ganhando a titularidade na lateral-direita, o jogador teve que amargar a reserva ao longo do ano. Acabou dispensado e foi contratado pelo Juventude em 2006.

A partir daí começou a peregrinação. Israel, Japão, Tailândia, interior paulista e América-MG foram os caminhos trilhados por Wellington ao longo da carreira, que teve um início promissor, porém, meteórico.

Fabiano Heves

FABIANO HEVES
(goleiro)


Nome completo: Fabiano Heves da Silva

Fabiano Heves começou a carreira profissional no Internacional, em 2001. Oriundo das categorias de base, era 3º goleiro do Inter, atrás de Hiran e João Gabriel. Heves era presença constante nas Seleções de base

Ganhou a condição de titular em poucas partidas, no início da temporada de 2002, enquanto Renato estava afastado por deficiência técnica e o Inter ainda acertava com Carlos Germano e Clemer pra ver quem viria.

Em 2003, Luiz Müller se tornou mais um concorrente na briga pela reserva do gol guardado por Clemer, e Heves seguiu sendo preterido. No ano seguinte, foi para o Juventude para a disputa do Gauchão. Na mesma temporada foi para o Mogi Mirim, onde jogou até 2005.

Passou por Corinthians-AL e XV de Piracicaba, até ir para o Paraná Clube, em 2007. Reencontrou o Internacional em 2008, nas oitavas-de-final da Copa do Brasil. No jogo de ida, fechou o gol na Vila Capanema, na vitória por 2 a 0 para os paranaenses. Porém, o Colorado aplicou um sonoro 5 a 1, com destaque para Andrezinho, e passou adiante na competição.

Fabiano Heves retornou ao Mogi Mirim em 2009. A partir daí, rodou por vários clubes, como Brusque, América-SP, Sport Huancayo-PER, Cuiabá, Santacruzense-SP, Independente de Limeira, Sportivo Carapeguá-PAR, Cerro de Franco-PAR e Anapolina. Recentemente, foi contratado pelo Gama.

Danilo Gomes

DANILO
(meia)


Nome completo: Danilo Gustavo Vergner Gomes
Data de nascimento: 15/10/1981
Local: Salvador (BA)

CARREIRA:
2002-2004 - Bahia
2004 - Internacional
2005 - FC Tokyo-JAP
2006 - Atlas-MEX
2007 - Bahia
2008-2009 - León-MEX
2010 - Bragantino
2011 - Fluminense-BA
2011 - São José-RS


O Bahia não fez boa campanha no Brasileirão de 2003, acabou rebaixado. Mas o jovem meia Danilo se destacou, marcando gols e mostrando um futebol rápido e objetivo. Isso chamou a atenção da diretoria colorada, que o contratou na metade de 2004.



O início de Danilo no Inter foi promissor: marcou gol na sua estreia contra o Flamengo, pelo Brasileirão. Mas a sua atuação marcante foi contra o Atlético-PR. Uma partida fantástica de Danilo, com quatro gols, uma assistência e um pênalti sofrido. 6 a 0 para o Colorado contra o Furacão, que terminou na 2ª colocação do Brasileirão.

Mesmo fazendo um excelente ano dentro de campo, o meia foi afastado do time por problemas disciplinares. Fora das quatro linhas, Danilo causava transtornos com a vizinhança de seu apartamento e desavença com alguns colegas. Jogar em um clube grande do Brasil mexeu com a cabeça de Danilo. O estrelismo estava pesando.

Joel Santana chegou a afastá-lo, mas recuperou algum crédito com Muricy Ramalho. Entretanto, a direção do Internacional não se dispôs a pagar pelo passe do jogador, na época, pertencente ao Bahia. O meia saiu pela porta dos fundos do Beira-Rio, rumo ao Japão. Fim da linha para Danilo "de Todos os Santos" no Colorado.

Oséas

OSÉAS
(atacante)

Nome completo: Oséas Reis dos Santos
Data de nascimento: 14/5/1971
Local: Salvador (BA)

CARREIRA:
1990-1992 - Galícia
 1993-1994 - Pontevedra-ESP
1995 - Uberlândia
1995-1997 - Atlético-PR
1997-1999 - Palmeiras
2000-2001 - Cruzeiro
2001 - Santos
2002-2003 - Vissel Kobe-JAP
2004 - Internacional
2004 - Albirex Niigata-JAP
2005 - Brasiliense


O último artilheiro do Brasileirão jogando pelo Internacional foi o centroavante Nílson Esídio, em 1988. Desde então, o mais próximo a ocupar o posto de matador foi Christian, entre 1997 e 1999. Até a esperança chegar com o centroavante Oséas, em 2004.


O talento de Oséas foi descoberto nas areias de Salvador e começou a ser lapidado pelo Galícia em 1990. Um grupo de empresários alavancou a carreira do centroavante, levando-o para o Pontevedra, da Espanha. Lá, conquistou a terceira divisão do Espanhol na temporada 1993/1994. Retornou ao Brasil para jogar no Maruinense, do Sergipe, em 94. Lá, adotou o visual das trancinhas.

Em 1995, foi para o Uberlândia, onde despertou a atenção de dirigentes do Atlético-PR. Ali a carreira do centroavante alavancou, fazendo uma dupla de ataque goleadora com Paulo Rink. Ajudou o Furacão a retornar à elite do futebol brasileiro e, conseqüentemente, foi chamado à Seleção Brasileira.

No ano de 1997 foi contratado pelo Palmeiras, permanecendo por lá até 99. Conquistou a Copa do Brasil e a Mercosul em 1998, e a Libertadores em 1999. Felipão deixou o Palmeiras em 2000 e levou Oséas junto com ele para o Cruzeiro. Deu certo. Oséas manteve o faro de gol e ajudou o clube mineiro a vencer a Copa do Brasil em 2000 e a Sul-Minas em 2001. Após rápida passagem pelo Santos, foi para o Japão jogar pelo Vissel Kobe. Jogou 44 partidas e fez 19 gols pelo clube japonês.

Em 2004, veio para o Internacional com direito a Salgado Filho lotado pela torcida, que foi prestigiar o "bom baiano" na esperança de gols. Mesmo conquistando o Gauchão, Oséas não repetiu seus tempos de Atlético-PR, Palmeiras e Cruzeiro. Ficou mais marcado pelo seu carisma do que pelo seu desempenho.

O fato curioso é que a última partida em que Oséas foi relacionado antecedeu o Gre-Nal do esperado gol "1.000". Para nossa sorte, e de nossa história, outro grande centroavante foi relacionado...

Kauê

KAUÊ
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Kauê Caetano da Silva

Quando algum dirigente ou a mídia cria toda uma expectativa acerca de algum jogador desconhecido, desconfie. Seja cético, não acredite em Wilsons Mathias ou Edus da bola. Até porque essa história de mistificar jogadores desconhecidos faz parte do passado colorado e as vacas magras falam por si só.

Kauê veio do Ituano com a fama de ter uma "patada" com a perna esquerda, sendo comparado (equivocadamente) pela imprensa a Roberto Carlos por essa característica.

Porém, em um Gre-Nal pelo Gauchão de 2004, no Olímpico, Kauê entrou no segundo tempo e se machucou ao dar um carrinho, deixando o Internacional com um jogador a menos. Felizmente, o resultado de 2 a 1 já estava assegurado.

O lateral-esquerdo acabou ofuscado pelo bom desempenho de Chiquinho e, somado com sua deficiência técnica, retornou para o seu ex-clube. Kauê Caetano, como é "conhecido" no exterior, é ídolo no Ituano e muito querido pela população de Itu.