Dessa situação resulta uma grande responsabilidade para os dois. Qualquer fracasso equivale a perder a dianteira.

Daí o interesse que despertarão todos os encontros em que eles forem partes.

Domingo teremos um desses embates. Os colorados vão enfrentar um conjunto valoroso e preparado, e além disso, cioso de “revanche” — o Cruzeiro.

É uma partida difícil de prever qual dos dois será o vencedor.

De valores equilibrados e em ótima forma, vão ao campo dispostos a lutar com denodo e esforço para alcançar a palma da vitória.

O público e o renome dos contendores está confiante que vai assistir uma grande jogada e nós ratificamos a previsão.

Ontem, os dois adversários fizeram os últimos exercícios preparatórios, sendo coroados de pleno êxito.

Muita gente está convencida, por haver o internacional abatido o seu destemido adversário, em 30 minutos, por 3 a 0, que a vitória daquele está garantida de antemão.

Puro engano. O fracasso dos cruzeiristas teve causas diversas. E amanhã quem comparecer ao estádio se certificará dessa verdade. Pode perder, mas estamos certos que o valoroso quadro do Caminho do Meio venderá muito caro a derrota.

É difícil mesmo adiantar qualquer prognóstico sobre o resultado desse embate.

A vitória está pendente para os dois lados. O que melhor souber aproveitar as jogadas e as ocasiões oportunas logrará o triunfo.

Os consagrados elementos que integram os dois lados são a garantia de uma peleja eletrizante.

O mundo desportivo de Porto Alegre que ansioso espera a realização dessa importante luta, acorrerá em massa ao teatro do grande jogo, a fim de assistir de perto as jogadas técnicas e empolgantes, desenvolvidas pelos componentes das turmas que se defrontarão, embora o tempo se mostre contário.

Asesquadra do Caminho do Meio está preparada e quer desfazer a má impressão deixada pelos fracassos anteriores, ao passo que os colorados querem manter a supremacia.

O Internacional vai ao campo com uma dupla responsabilidade garantir a sua invejável posição na tabela e velar pela sua larga tradição.

O Porto Alegre, após um período de inércia, se levanta como um leão. E de fraco que era passa a ser um espantalho.

Animados pelo esplêndido triumfo que obtiveram sobre a valorosa turma grenat, os defensores do pavilhão alvi-verde empregarão, na luta de amanhã, os maiores esforços para renovar a façanha perante a poderosa esquadra colorada.

Assim, o prélio, que se vai travar no Estádio, está destinado a ser um dos melhores da temporada.

Tal não se verificou. A turma colorada agiu bem do princípio ao fim e a linda vitória que obteve foi o fruto do esforço inteligente e educado de todos os seus componentes.

O triunfo do Internacional o colocou na vanguarda do campeonato, ao lado do seu tradicional adversário Grêmio Porto Alegrense.

A representação do Porto Alegre merece também elogios. Perdeu, mas soube perder.

Os alviverdes se conduziram como verdadeiros desportistas e durante o desenrolar do empate não se verificou o mínimo incidente.

Pelo lado moral, o último encontro do turno do campeonato da Amgea deve ficar assinalado nos seus anais.

Tupan escapa pelo centro e, a poucas jardas do gol de Penha, atira com violência, praticando este linda defesa.

Javel novamente é dado como impedido.

Foul de Garnizé que Penha defende.

Os colorados avançam e Javel, aos 15 minutos, conquista o 2º gol do Internacional.

Os alvi-verdes tentam uma reação. Tupan atira e Penha defende.

O team do Porto Alegre joga sem entusiasmo, nem parecendo aquele que venceu o Americano. Souza é o único que encoraja os companheiros. É incansável, mas não tem auxílio.

Desse fato se aproveitam os locais para dominar o campo. Risada atira por fora. Benito defende um tiro de Honório. O goleiro do Porto Alegre é novamente chamado a defender seu posto de um tiro de Javel, que resulta em corner de nulo efeito.

Novo avanço colorado, perdendo Marreco boa oportunidade. Toque de Octacílio junto à área. Risada atira pelo lado.

Os raros avanços dos alviverdes não passam dos zagueiros contrários.

E com os colorados no ataque, findou o primeiro tempo, com o resultado abaixo:

Internacional - 4

Porto Alegre - 0

O segundo período pouco diferiu do primeiro. Os colorados agiram sempre com desenvoltura.

Iniciado o jogo, o árbitro cobra dois fouls do Internacional, resultando em avanços dos alviverdes, desfeitos por Grant e Álvaro.

Risada atira alto. Benito defende um tiro de Marreco.

Aos 5 minutos, Honório passa a Wanderlino, e este não podendo atirar, estende o couro a Javel que, em violento tiro, faz o 5º gol do Internacional.

Tupan dá nova saída, atirando a esfera para Jaguarão, que centra fora.

Benito defende um tiro de Marreco. Marroni atira pelo lado.

O Porto Alegre investe, e quando parecia inevitável a queda do posto de Penha, surge Grant como um relâmpago, para afastar o perigo, fazendo a mais linda defesa da tarde, valendo-lhe fartos aplausos.

Honório corta largo para Marreco. Este corre pela ala e passa novamente a Honório, para conquistar aos 16 minutos o 6º gol do Internacional

Os rapazes do Internacional demonstram pouca vontade de aumenta a contagem, porém, os “torcedores" exigem mais.

O Porto Alegre reage. Corner do Internacional. Mingo bate e Risada defende. A seguir, Penha detém um forte tiro de Tupan.

Os colorados avançam. Marreco centra, Marroni emenda e Benito defende.

O árbitro marca dois fouls, um de Risada e outro de Ross, batidos sem resultado.

Foul do Internacional e Penha defende uma bola adiantada. Foul do Internacional que Andrade põe fora. Corner do Internacional, batido por Jaguarão vai fora. Marroni atira pelo lado. Corner do Internacional. Mingo bate e Penha defende. Aos 30 minutos, Marreco e Honório avançam em boa combinação, tendo aquele, em tiro cruzado, encerrado a contagem da tarde, assinalando o 7º gol do Internacional.

Penha defende uma forte entrada de Souza. O match terminou com com um toque de Alfredo e consequente defesa de Penha, com o resultado seguinte:

Internacional - 7

Porto Alegre - 0