02/08/1925 - Amistoso - Novo Hamburgo 3 x 2 Internacional

AMISTOSO - NOVO HAMBURGO 3 X 2 INTERNACIONAL
Data: 02/08/1925
Local: Taquarais - Novo Hamburgo (RS)
Gols do Inter: Clóvis e Donaldo Ross.
INTERNACIONAL: Bard; Meneghetti e Grant; Ryff, Moacyr e Ryff; Barros, Donaldo Ross, Veiga, Souza e Clóvis.

A EXCURSÃO DO INTERNACIONAL A NOVO HAMBURGO
Um dia infeliz, o de anteontem, para os esportes porto-alegrenses. Perdemos, em S. Paulo, no Rio de Janeiro e nesta capital, jogando com o Juventude, de Caxias.
O valoroso Internacional, com uma equipe feita "à la minuta", demandou, anteontem, à florescente localidade de Novo Hamburgo, a fim de, em match amistoso, bater-se com o Novo Hamburgo. Outro fracasso para os porto-alegrenses! Perdemos ali por 3 a 2, vindo esta prova fechar a série das derrotas esportivas na tarde de anteontem, para os nossos sportmen.
Já é muito "peso"!...
Fonte: Correio do Povo (RS), 04 ago. 1925.

Match Inter-municipal — NOVO HAMBURGO, 3 — Dessa capital, chegaram ontem dois teams do Sport Club Internacional, que foram festivamente recebidos pelo Esporte Clube Novo Hamburgo.
À tarde, efetuou-se o encontro dos segundos teams, vencendo o Internacional, por 3 a 2.
O jogo dos primeiros teams despertou muito entusiasmo, vencendo o Novo Hamburgo por 3 a 2.
A vitória do clube local foi muito festejada.
Fonte: Correio do Povo (RS), 05 ago. 1925.

07/06/1925 - Citadino 1925 - 1º turno - Internacional 1 x 0 Americano-RS

CAMPEONATO DA "APAD" — OS GRANDES JOGOS DE HOJE — INTERNACIONAL VERSUS AMERICANO
As atenções do mundo esportivo porto-alegrense estão, hoje, voltadas para os jogos do campeonato da Apad, que vem se realizando debaiko do mais vivo interesse.
É o caso que, pela primeira vez, na atual temporada, medem suas forças as valorosas equipes dos clubes Internacional e Americano. São dois clubes respeitabilíssimos que vão medir suas forças.
Um é o conhecido e valoroso clube da Chácara dos Eucaliptos e o outro o o detentor do campeonato de 1924.
Portanto, são dois fortes rivais que se encontrarão na chácara acima, a qual, certamente regorgitaram de amantes deste esporte.
Os contendores também tem primado no seu preparo, fazendo nos últimos dias, puxados treinos dos seus melhores elementos, por que cada qual deseja, hoje, mostrar a sua supremacia.
OS TEAMS
O Internacional, que vai ao campo confiante numa bela representação, escalou os seguintes players para as diversas provas:
3º TEAM — Dias; Rangel e De Lorenzi; Brunelli, Lopes e Kuntz; Átila, Pino, De Simoni, Scalco e Salatino.
Reservas — Palhares, Prates, Medina e Darcy.
2º TEAM — Roberto; Riff e Só; Moacyr e Paulo; Brum II, Brum I, Scalco, Gallego e Zezé.
1º TEAM — Bard; Meneghetti e Grant; Ribeiro, Lampinha e Moreno; Rosário, Barros, Veiga, Clóvis e Guimarães.
Por sua vez, o Americano escalou estes quadros:
3º TEAM — Bagre; Fernando e Bandeira; Gradim, Nello e Almeida; Saraiva, Fioravante, Deco, Caturra, Achylles.
Suplentes: Felix e Sanches.
2º TEAM — Bianchi; Vasco e Trommer; Azzarini, Raul e Paulada; Cubas, Rihel, Travi, João e Estevão.
Suplente — Juca.
1º TEAM — Fonseca; Heitor e Coi I; Pavani, Hugo e Tote; Batista, Polaco, Nalério, Olympio e Coi II.
Os juízes serão dados pelo Cruzeiro.
Fonte: Correio do Povo (RS), 07 jun. 1925.

CITADINO 1925 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 1 X 0 AMERICANO-RS
Data: 07/06/1925
Local: Chácara dos Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Odomiro Gomes
Gol: Clóvis 3’/1 (I).
INTERNACIONAL: Bard; Meneghetti e Grant; Ribeiro, Lampinha e Moreno; Rosário, Barros,Veiga, Clóvis e Guimarães.
AMERICANO-RS: Fonseca; Heitor e Coy I; Pavani, Hugo e Totte; Baptista, Heit, Valério, Olympio e Coy III.
Obs.: partida suspensa faltando 10 minutos por falta de iluminação.

FOI RENHIDO E DISPUTADO O ENCONTRO ENTRE O INTERNACIONAL E O AMERICANO
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A CONTAGEM ERA DE 1 A 0, FAVORÁVEL AO QUADRO ALVI-RUBRO, QUANDO A PARTIDA FOI SUSPENSA, FALTANDO-LHE 10 MINUTOS
Feriu-se ontem, como esperava com ansiedade o mundo esportivo porto-alegrense e como determinava a sinopse de jogos da Associação Porto Alegrense de Desportos, o embate entre os conjuntos representativos do Sport Club Americano, o campeão do ano de 1924, e do Sport Club Internacional, a sociedade valorosa que, com tanta galhardia, se tem esforçado pela nossa cultura física.
Pela manhã encontraram-se os terceiros quadros, verificando-se a vitória do Internacional pela contagem de 1 a 0.
Sobressaíram da linha do Internacional: Mosquito, que conquistou o ponto da vitória, e Nilo que desenvolveu um excelente jogo em prol do seu quadro. Na defesa salientou-se De Lorenzi. Do Americano deve-se notar o arqueiro Bagre, que jogou bem.
Às 14,15 entraram em campo as esquadras secundárias.
Movimentado decorreu o primeiro tempo de jogo que terminou com o resultado de 2 a 1 a favor do Internacional.
Os pontos obtidos pelo quadro alvi-rubro, foram marcados: um por Scalco e outro por Gallego, ao bater a penalidade máxima imposta pelo juiz em punição de um toque de Souza e o ponto do Americano foi conseguido graças a uma furada de Só.
Começada que foi a segunda fase do jogo, às 15,10, desenrola-se o jogo movimentado com cargas de ambos os lados até às 15,35, quando Sebo marca o terceiro ponto para o seu quadro. Não decorria muito desse feilo quando Travi, do Americano, marca o 2º ponto para o seu quadro, e 5 minutos depois, às 15,46. Scalco, aproveitando uma má defesa de Bianchi, que deixa cair a pelota, envia violento tiro à rede do Americano.
Às 15,50 terminou o encontro entre os quadros secundários, com o resultado de 4 a 2, e com a vitória, pois, do Internacional.
Justo é salientar nesta crônica, o jogo de Joãozinho, o melhor dos componentes da linha americanista, elemento que se impõe pela sua hábil colocação e pelo vigor e oportunidade de suas investidas, e Mello, o centro médio, por ter jogado bem.
Do Internacional sobressaíram o arqueiro, o centro médio Moacyr e Scalco, o centro avante que tão bem conduziu sua linha à meta adversária.
Terminado esse encontro preliminar, voltaram-se as atenções para o jogo mais importante da tarde, que era entre os primeiros quadros.
Eram já 16 horas e o juiz escaIado para arbitrar a prova não aparecia.
Foi-se então à cata de outro entre a assistência, mas ninguém queria arcar com o peso do encargo e, por isso, andaram longo tempo os srs. presidentes e capitães a convidar, pedir, rogar, suplicar, sem serem atendidos.
Entre as pessoas apontadas que se negaram, estão os jogadores Mandarino e Danico, pertencentes ao F. B. C. Porto Alegre.
É lamentável que e Associação de Desportos ainda não tenha levado a sério a necessidade de indicar um juiz que se comprometa a comparecer à partida, para evitar esses tristes episódios.
Finalmente, conseguiram os capitães Heitor e Ribeiro que o Sr. Odomiro Gomes, do Cruzeiro, arbitrasse a partida e os adversários se colocaram no campo do modo seguinte:
INTERNACIONAL
Bard
Meneghetli e Grant
Ribeiro, Lampinha e Moreno
Rosário, Barros, Veiga, Clóvis e Guima
AMERICANO
Fonseca
Heitor (cap.) e Coy I
Pavani, Hugo e Totte
Baptista, Heit, Nalério, Olympio e Coy III
Às 16,36, precisamente, é dada a saída pelo centro-avante do Internacional, o veloz Veiga, que tenta com seus companheiros de ataque uma incursão no campo do adversário, que se defende e contra-ataca, fazendo um dos jogadores do Americano um toque que o juiz pune. Favorecida com o tiro livre, resultante daquela penalidade, a linha, sob o comando de Veiga, avança, mas tem a sua tentativa frustrada por Clóvis que atira a pelota por cima do arco de Fonseca.
Este dá a saída e o Americano carrega, notando-se, então, duas defesas de Moreno e um pelotaço de Hugo, que vai fora.
Voltando a bola ao campo, o Americano carrega, obrigando Meneghetti e Grant a fazerem uma defesa cada um, depois do que o Internacional reage fortemente, obrigando o Americano a conceder um tiro de canto que, bem atirado por Rosário e melhor emendado por Clóvis, importa no primeiro ponto a favor do Internacional, aos 3 1/2 minutos de jogo.
Às 16,40, dada a saída do centro por Nalério, investe o Americano sem resultado e a seguir, o Internacional contra-ataca, obrigando Totte e Heitor a praticar defesas consecutivas. A seguir, Barros chuta fora e pouco depois, recebe um passe de Moreno, que perde para o Ameriano que carrega, obrigando Grant a uma defesa de cabeça, depois do que o Internacional carrega, perdendo a bola para os adversários que obrigam Bard a defender. Notou-se a seguir um impedimento de Baptista, uma defesa de cabeça de Hugo e uma carga do Americano em que Nalério atira fora; uma carga do Internacional, que termina por um tiro desferido por Rosário e que passa rente a trave; um avanço do Americano que Meneghetti detem; e uma contra-ofensiva alvi-rubra anulada pelo zagueiro esquerdo do Americano.
Às 16:45, carregando o Internatonal, Clóvis fica impedido, e
o Americano ataca, defendendo Meneghetti e fazendo toque o Americano. O Internacional volta à carga, defendendo Coy I de cabeça. Em seguida, notam-se uma cabeçada de Lampinha e uma carga dos alvi-rubros, uma furada de Coy I; a seguir, um impedimento de Rosário, que logo depois atira a bola fora. Volta o Americano a carregar, mas Meneghetti defende, mandando a pelota aos seus dianteiros para que Clóvis ponha fora. Há, após, mão do Internacional, de cujo tiro livre resulta uma escaramuça na área de Meneghetti, que a salva cometendo mão, que o juiz não pune por não ser intencional.
O jogo mantem-se no centro por momentos e, às 16,50, Barros carrega e Totte faz um toque, sendo punido. Nota-se então forte ofensiva dos alvi-rubros: Moreno dá um tiro e pouco depois, o tiro de [...] concedido ao Internacional e defendido por Nalério. Continuando os alvirubros a atacar, Moreno e Clóvis, por sua vez, dão tiros, errando o arco de Fonseca. Veiga faz mão sem querer, e o Americano carrega, defendendo Meneghetti duas vezes, sendo que, ao dar uma cabeçada, concede um tiro de canto que Bard defende galhardamente. Ribeiro erra a meta e voltando o Americano ao campo contrário, aí se mantém algum tempo, errando Nalério o arco contrário. Guimarães emana e erra o tiro. Barros fica impedido; o mesmo acontecendo a um dos do Americano no contra-ataque; Ribeiro defende e as cargas sucedem-se de lado a lado, vendo-se um centro de Baptista e uma investida de Nalério, que Meneghetti intercepta. O Americano ataca, mas Moreno defende e o Intenacional carrega, defendendo Heitor e pondo fora Guimarães.
Às 17,00, o Internacional investe, vendo-se um impedimento de Clóvis, uma ofensiva do Americano e duas defezas de Grant, uma de cabeça e outra defesa de Bard, e, voltando o Internacional ao campo contrário; um impedimento de Barros, uma cabeçada de Lampinha, uma defesa de Heitor, um tiro de Veiga e uma escapada de Baptista, sem resultado. Volta à carga o Internacional, sendo obstado por Heitor; Rosário dá um centro e Barros entra sem resultado, pois Heitor intercepta, Lampinha defende por duas vezes e Baptista fica impedido. Veiga faz magnífico passe a Barros, que perde a bola. Lampinha pôs mão proposital e o tiro livre é dado por Hugo e emendado fora por Nalério. Ribeiro carrega e centra a Guimarães, que passa a Clóvis, sem resultado; Guimarães volta ao ataque e centra, fazendo Heitor, uma linda defesa de cabeça, atirando-se ao chão; Guimarães põe fora. Investe o Americano e Meneghetti defende; Baptista escapa, mas nada faz; Rosário escapa, mas erra o tiro; Ribeiro efetua uma carga para os seus comandados e desfere um pelotaço que Heitor defende de cabeça. Dão-se a seguir: um impedimento de Clóvis, escaramuças no centro do campo, um toque de Hugo e mão intencional de Ribeiro.
Às 17,10, Hugo leva uma carga ao campo de Ribeiro e desfere um tiro a que Grant responde, levando Ribeiro a bola que Totte atira fora pela linha lateral. São dignos de nota: uma defesa e uma carga do Americano, obstada por Lampinha, um tiro de Nalério, que Ribeiro defende; um tiro de Guimarães, defendido, por Heitor, uma carga do Americano, que Meneghetti anula, concedendo canto que Barros defende de cabeça. Continua o Americano a carregar, defendendo Lampinha e Ribeiro, até que Meneghetti concede canto, que atirado por Coy III, vai fora; Baptista ativa, mas erra o arco; Barros, em resposta; escapa, defendendo o Americano e apitando o juiz o final do primeiro tempo, às 17,16.
Durante o intervalo dado para o descanso, parte da assistência se retira, em vista do frio intenso.
Ficam os torcedores apaixonados que redrobam de entusiasmo no segundo tempo e que animam os seus favoritos com entusiasmo, concorrendo para que o jogo fique mais renhido durante o tempo restante.
Eram 17,22 quando a saída é dada por Nalério, o esforçado centro avante do Americano que perde a bóla, notando-se  defesas do Americano e do Internacional, um tiro de Baptista e outro, a seguir, de Barros, que vai fora; duas defesas de Meneghetti e um ótimo passe de Barros que vai fora; duas defesas de Meneghetti e um ótimo passe de Barros que Guimarães não aproveita; uma carga do Americano e defesas de Meneghetti e Moreno que põe fora, assediado por Baptista; uma defesa de Grant, um impedimento de Nalério e uma defesa de Lampinha. Durante uma carga do Internacional, pisa-se Totte, sendo o jogo suspenso.
Recomeçado o jogo, salienta-se uma ofensiva do Internacional, um tiro de Barros e outro de Veiga.
Com superioridade temporária do Internacional, continua o jogo até que o Americano escapa, furando Grant, mas salvando Meneghetti o arco de Bard, que perigou, às 17,32.
Depois, há escaramuças no centro, investindo a linha de Veiga, que cede, perdendo a bola para os contrários que obrigam Meneghetti e Grant a defesas; Coy III atira a bola fora.
A seguir, dão-se: carga do Internacional, defendida por Heitor; pisa-se um jogador levemente; Meneghetti defende e Guimarães avança, atravessando a Rosário que põe fora e faz toque a seguir; Guimurães acerta o arco de Fonseca, que defende brilhantemente.
Os ataques e defesas são de parte a parte até às 17,42, quando Nalério, investindo com ímpeto, vai esbarrar em Meneghetti, pisando-se.
Então o jogo torna-se muito movimentado, com ataques impetuosos que a torcida açula, nervosamente.
Há cargas e ataques de ambos os lados e feitos brilhantes, quer deste, quer aquele quadro, tiros que não se sabem de quem foram, porque já escurece, até que 17,48, quando o juiz, sob protestos da assistência, suspende a partida por não enxergar a bola.
Consultados, os capitães consentem em continuar o jogo. Há uma carga do Americano e uma defesa de Grant que, após, fura, pois não enxergou a bola. A torcida é impetuosa. Dá-se uma carga cerrada do Americano, que Meneghetli anula em última instância, e escaramuças no centro do campo.
Às 17,52 volta o juiz a querer suspender o jogo e, ainda uma vez, sob protestos da assistência, é a partida continuada. O Internacional ataca, mas põe fora. Meneghetti é obrigado a intervir e logo após, Grant também o faz para dar a pelota aos seus diuateiros, que obrigam Fonseca a uma defesa apurada. Volta o Americano e Ribeiro e Grant defendem.
Eram 17,56 quando o juiz apita e faz suspender o jogo, faltando-lhe 10 minutos, mais ou menos. Alguns jogadores são levados em triunfo.
A nossa impressão foi de que os adversários são parelhos, sendo a contagem devida à oportunidade apresentada a Clóvis por um ardil de Veiga que pulou para deslocar a defesa adversa.
Salientaram-se no quadro do Internacional: Veiga, Clóvis, Ribeiro e os zagueiros, que estavam firmes; João de Barros pisou-se de saída e por isso teve o seu jogo prejudicado.
Do Americano, sobressaíram Nalério, que é muito esforçado, Hugo e Heitor.
Fonte: A Federação (RS), n. 132, 08 jun. 1925, p. 3. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/56195. Acesso em: 26 jul. 2024.

OS JOGOS DE DOMINGO EM DISPUTA DO CAMPEONATO DA "APAD"
O "INTERNACIONAL" VENCEU O "AMERICANO" POR 1 A 0
Nos jogos secundários a vitória também sorriu aos alvi-rubros
A descrição da pugna principal
A linda tarde de domingo, embora fria, muito contribuiu, para que o match de campeonato anunciado pela "Apad", — Internacional versus Americano — que vinha sendo aguardado com ansiedade nas rodas do foot ball, atraiu à pitoresca Chácara dos Eucaliptos numerosa concorrência de apreciadores deste esporte.
O jogo principal, embora medíocre na feição técnica, entusiasmou fortemente a assistência pela energia e correcção com que lutaram os contendores, não se registrando, durante o seu desenrolar, o menor incidente desagradável, desses incidentes a que já estamos habituados...
Ambas as esquadras trabalharam com energia e sem desfalecimentos. O Internacional mereceu a vitória porque atuou com mais firmeza e homogeneidade, embora não apresentasse a mesma técnica brilhante dos jogos anteriores.
O team americanista esteve à altura do adversário e o enfrentou galhardamente, sendo vencido pelo score mínimo.
OS JOGOS SECUNDÁRIOS
Pela manhã, bateram-se os terceiros teams. Numa luta porfiada saiu vencedor o Internacional pelo score de 1 a 0.
— Às 14 horas, com regular assistência deram entrada em campo os segundos teams, obedecendo à seguinte organização:
INTERNACIONAL — Roberto; Riff e Só; Moacyr e Paulo; Brum II, Brum I, Scalco, Gallego e Zezé.
AMERICANO — Bianchi; Vasco e Trommer; Azzarini, Raul e Paulada; Cubas, Rihel, Travi, João e Estevam.
O jogo foi fraco, sem técnica, oferecendo raros lances interessantes.
A vitória coube ao Internacional que, exercendo acentuada supremacia sobre o Americano, conseguiu 4 pontos a seu favor contra 2 de seu antagonista.
Os gols do team veneedor foram marcados: 1 por Gallego, 1 por Scalco e 2 por Brum. Os do Americano, foram feitos por João e Só, (back do Internacional) numa defesa infeliz.
O JOGO PRINCIPAL
O jogo dos primeiros teams teve o seu início retardado por mais de meia hora, visto não haver comparecido o referee oficialmente escalado e que deveria ser fornecido pelo E. C. Cruzeiro.
Procedeu-se, então, a clássica procura do substituto, no que foram gastos 30 minutos. Essa espera irritou a assistência, que ansiosa, se impacientava cada vez mais, que então, aqui e ali vozeirias de protestos.
A "Apad" deveria, parae de uma vez para sempre sanar essa irregularidade que se repete a miúdo, desligar do seu quadro de juízes os que dela incorressem.
Não foi vaga a procura. Achado, o sportman Odomiro Gomes, do Cruzeiro, prontificou-se a atuar e chamou os teams que entraram em campo assim organizados:
INTERNACIONAL
Bard
Meneghetti — Grant
Ribeiro — Lampinha — Moreno
Rosário — Barros — Veiga — Clóvis — Guimarães
AMERICANO
Fonseca
Heitor — Coi I
[...]
Baptista — Polaco — Nalério — Olympio — Coi II
Tirado o "toss" favorável ao Americano, o Internacional dá a saída, às 4,35, fazendo rápida incursão ao campo contrário. O Americano rechaça-o e reage, invadindo [...], onde Coy se coloca "off-side". Batida a falta, o Internacional volta ao ataque com impetuosidade, rematando mal.
A linha grenat toma a ofensiva e carrega por duas vezes, sem resultado.
Após, os "colorados" avançam [...]. A bola é entregue ao extrema Rosário, que centra em boas condições, dando oportunidade a que Clóvis, bem colocado, entre célere, e, a poucos metros do arco obtenha, em forte tiro, o gol da vitória para o Internacional, conquistado aos 5 minutos de jogo e aplaudido com entusiasmo.
Movmentada a pelota, o Internacional organiza nova ofensiva, carregando por três vezes, sucessivamente após o que o quinteto visitante avança sem resultado. [...] Os ataques revezam-se, infrutíferos, notando-se tiros mal dirigidos de Nalério e Rosário [...].
Registram-se, a seguir, alguns lances de violência, punindo o juiz vários "fouls".
Os ataques do Internacional tornam-se mais frequentes e impetuosos, constituindo, por vezes, sério perigo para o arco americanista.
Numa dessas investidas Hugo faz "corner", que, batido, não surte efeito, pois Clóvis põe a bola fora. Devolvida a pelota, o Americano investe obrigando Meneghetti a concede "corner", também sem resultado. Volta a esfera ao campo internacionalista e Meneghetti produz sensacional defesa. Os locais atacam novamente e Guimarães centra fora. Outra carga dos alvi-rubros é anulada por Barros, que se coloca "off-side". Ribeiro desfaz nova investida adversária.
Guimarães aposse-se da bola e centra mal. O jogo volta ao campo dos locais e Bard intervém pela peimeira vez.
O jogo prossegue sempre movimentado e por vezes, violento com grandes esforços de parte a parte. Os ataques sucedem-se, em ambos os lados e o juiz pune vários "hands" e "fouls".
O score, contudo, não sofre alteração e o 1º half-time termina com este resultado:
Internacional — 1 gol
Americano — nihil
A impressão geral foi de que nesse half-time o Internacional atuou com mais firmeza de que o seu adversário, pois a sua linha atacou com maior eficácia e combinou com mais precisão.
As defesas atuaram bem.
Após o descanso de praxe, voltam contendores ao campo, dando o Americano a saída, às 5,20.
A peleja assume, desde logo, feição mais movimentada e o ardor dos combatentes é mais intenso.
O Americano mostra-se disposto a desfazer a vantagem do adversário, levando, de saída, vigoroso ataque, que Grant annula em belo golpe de defesa. Outras cargas dos visitantes são desfeitas por Nalério e Baptista que rematam com precipitação, atirando a bola fora. A seguir a linha alvi-rubra investe pela primeira vez, também sem resultado.
O jogo equilibra-se e oferece lances magníficos, que entusiasmam a assistência. As linhas atacantes trabalham com grande atividade, investindo reciprocamente e dando exaustiva tarefa às linhas defensivas.
Baptista e Rosário anulam novos ataques de seus quintetos, chutando fora. Moreno intercepta perigosa investida por sua ala. Guimarães recebe a bola e produz uma entrada inaproveitável. Registra-se um "off-side" de Nalério.
Nesta altura o jogo foi interrompido por se ter contundido o back Coi I. Reinicia-se minutos depois com impetuosa carga do Internacional, rematada por Veiga com forte chute, que Fonseca apara brilhantemente. Os alvi rubros levam mais três ataques ao campo inimigo, onde Heitor e Hugo praticam magistrais defesas.
A seguir o jogo concentra-se por alguns minutos, no centro do campo, tornando-se algo monótono.
O Americano leva novo ataque, forçando Bard a intervir. A bola permanece alguns instantes nos domínios alvi-rubros, para em seguida voltar novamente ao centro do campo, onde se desenrolam fases algo desinteressantes. Após, o Americano investe, atirando Coy a bola fora. Os atacantes locais reagem e forçam Fonseca a praticar nova defesa.
O jogo equilibra-se cada vez mais e, à medida que se escoam os minutos, mais violentos e impetuosos se tornam os ataques. Ribeiro cometeu foul e Lampinha anula perigosa carga da linha americanista. Esta assedia energicamente a defesa alvi-rubra e obriga Moreno a fazer "corner". Batida a penalidade, o arco de Bard, certamente ameaçado, é salvo de cabeça por Meneghetti e Lampinha. O Internacional carrea e Heitor defende. O Americano incursiona sem resultado.
Os locais, a seguir, investem por duas vezes nos domínios do adversário; o primeiro ataque é desfeito por Guimarães que chuta fora e o segundo é rematado por Veiga, com forte tiro em gol, que Fonseca detém.
Há um "hands" de Olympio e um "corner" de Hugo, que não surtem efeito.
Começa a escurecer. Lampinha atira em gol e Fonseca produz ótima defesa. O Internacional firma-se na ofensiva. Moreno chuta e Fonseca salva o arco novamente.
A defeza grenat desdobra-se numa atividade extraordinária. O Internacional carrega ainda uma vez e o juiz apita finalizando a pugna por falta de luz quando ainda faltavam 10 minutos de jogo.
O JUIZ
O sr. Odomiro Gomes, do Cruzeiro, que como dissemos acima substituiu o juiz escalado que não compareceu, atuou a contento geral.
As suas decisões foram acertadas e o seu critério foi de absoluta imparcialidade. Satisfez a gregos e troianos.
Fonte: Correio do Povo (RS), 09 jun. 1925.