Dunga

DUNGA
(volante)

Nome completo: Carlos Caetano Bledorn Verri
Data de nascimento: 31/10/1963
Local: Ijuí (RS)

CARREIRA:
1981-1984
Internacional
1984-1985
Corinthians
1986
Santos
1987
Vasco
1987-1988
Pisa-ITA
1988-1992
Fiorentina-ITA
1992-1993
Pescara-ITA
1993-1995
Stuttgart-ALE
1995-1998
Jubilo Iwata-JAP
1999-2000
Internacional

Como um carrapato, Dunga marcava adversários sem deixá-los respirar. Desde jovem, o vigor físico era a marca registrada de Dunga, que além de ser um exímio marcador e líder, possuía um chute fortíssimo e preciso.

Dunga foi lançado aos profissionais do Internacional em 1981, mas só passou a ser titular absoluto da posição em 1983. Ganhou projeção ao conquistar os títulos do Joan Gamper de 82, Gauchão de 84, além de fazer parte da inesquecível SeleInter, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984.

Se transferiu para o Corinthians na metade de 1984 e permaneceu no Parque São Jorge até 1985. Em 1986, foi para o Santos junto com De León, repassados pelo empresário Juan Figger. No ano de 1987, foi campeão carioca defendendo o Vasco, jogando ao lado de Romário.

Rapidamente, foi para e Europa. Passou por Pisa, Fiorentina e Pescara. Na Itália, passou a maior dificuldade na carreira. A Seleção de Lazaroni, eliminada nas oitavas-de-final da Copa de 1990, foi duramente criticada, especialmente Dunga. A imprensa tachou tal momento de fracasso como a "Era Dunga". O volante jamais se abateu e deu bola às críticas da imprensa. Seguiu jogando o futebol que o fazia um dos melhores jogadores do mundo na posição.

Em 93, começou a reviravolta na carreira de Dunga no Stuttgart. No futebol alemão, característico pelo futebol força, o volante retomou a confiança e voltou à Seleção. O tapa de luva dado na mídia veio com o título mundial em 94, numa época de desconfiança nacional em cima do time brasileiro. O volante ergueu a taça e esbravejou contra aqueles que duvidaram do seu potencial e dos seus companheiros.

Foi fazer dinheiro no Japão, jogando pelo Jubilo Iwata. Era cômico ver Dunga se relacionando com os jovens jogadores japoneses. Disputou mais uma Copa do Mundo, em 98, perdendo a decisão para a França.

Dunga retornou ao Internacional em 1999, com muita festa. Uma pena o time não corresponder com a liderança do atacante. O Internacional teve um péssimo ano, mas Dunga foi o grande salvador com o gol que livrou o Internacional do rebaixamento, diante do Palmeiras. O volante pendurou as chuteiras em 2000, depois da eliminação colorada na Copa Sul-Minas.

Retornou ao Beira-Rio em 2013, como técnico. Levantou a taça do Gauchão, mas o time não foi bem na Copa do Brasil e no Brasileirão. Mesmo assim, Dunga é um dos jogadores mais queridos da torcida colorada e se declarou um torcedor apaixonado pelo Inter após sua demissão.

Nenê

NENÊ
(zagueiro)

Nome completo: Carlos Roberto Morais dos Santos
Data de nascimento: 11/11/1967
Local: Guarapuava (PR)

CARREIRA:
1987-1989 - Internacional
1990 - Sport
1991-1992 - Palamós-ESP
1992 - Aimoré
1993 - Ypiranga-RS
1993-1994 - Portimonente-POR
1994 - Santos
1995 - Glória
1996 - São José-RS


O zagueiro Nenê foi promovido aos profissionais do Internacional em 1986, mas em 1987 se afirmou titular na defesa colorada. A missão de Nenê era complicada: substituir o zagueiro Pinga, que teve o joelho detonado em uma dividida no Gre-Nal que decidiu o segundo turno do Gauchão.



Nenê fez uma dupla de zaga sólida ao lado de Aloísio no final da década de 80. O desacreditado time colorado chegou às decisões dos Brasileiros de 87 e 88. Já em 89, perdeu espaço para o zagueiro Norton.

Foi levado ao Sport em 1990. Mesmo não ganhando no título pernambucano, Nenê fez parte do grupo campeão da Série B do Brasileirão. Se transferiu em 1991 para o modesto Palamós, da Espanha, que disputava a segunda divisão espanhola. Na Europa, ainda jogou pelo Portimonense, de Portugal.

Jogou o Brasileirão de 1994 pelo Santos, mas não teve brilho. Acabou na reserva do zagueiro Narciso ao longo do Brasileirão. Retornou ao Rio Grande do Sul, para defender o Glória de Vacaria e o São José.

Sua carreira de jogador foi breve, mas até hoje trabalha com futebol nos Estados Unidos. Nenê é irmão do lateral Dida, campeão brasileiro com o Coritiba em 1985.

Gustavo Nery

GUSTAVO NERY
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Gustavo Nery de Sá da Silva

Uma incógnita. Assim pode se classificar a carreira de Gustavo Nery. Difícil entender como um jogador consegue alternar momentos excelentes e muito ruins, do apogeu ao inferno em um intervalo tão curto de tempo.

Gustavo Nery começou a carreira no Santos, em 1994. Lateral-esquerdo com boas características defensivas, como marcação e desarme, foi emprestado ao Ceará para pegar experiência. Retornou ao Santos em 96, mas o time já não era o mesmo do ano anterior. Nery não substituiu Marcos Adriano à altura e foi emprestado ao Coritiba por um ano.

Retornou ao Santos, quando conquistou seu primeiro título da carreira, a Copa Conmebol de 98. Na ocasião, foi reserva de Athirson. A boa fase de 1998 passou e o Santos voltou a ser um time irregular. Nery acabou emprestado ao Guarani.

Depois da passagem pelo Brinco de Ouro, a carreira de Gustavo Nery começou a deslanchar. Contratado pelo São Paulo em 2000, começou a ter visibilidade e boas atuações. Conquistou o Rio-São Paulo de 2001 e o Supercampeonato Paulista de 2002. Grandes momentos no tricolor paulista levaram o lateral à Seleção, onde se sagrou campeão da Copa América como titular de Parreira.

Conseguiu uma transferência para o Werder Bremen, mas lesões passaram a interferir na carreira do jogador. Após um semestre mal na Alemanha, o Corinthians resgatou o lateral. Campeão do controverso Brasileirão de 2005, Ney não reviveu a boa fase em 2006.

Em 2007, forçou sua saída e uma transferência ao Zaragoza-ESP. Voltou ao Corinthians no meio do Brasileiro, quando o time foi rebaixado. O lateral foi fortemente criticado por não disputar os jogos decisivos do campeonato e ganhou a fama de "chinelinho".

No ano seguinte, mais lesões e frustrações no Fluminense, até ser contratado pelo Inter. Como de costume, viveu altos e baixos também no Colorado. Nem o título da Copa Sul-americana fez com que a torcida confiasse no futebol do lateral. Permaneceu no Inter até abril de 2009, quase sem atuar no ano.

Depois de ser dispensado, foi para o Santo André, que acabou o Brasileirão na zona de rebaixamento. Jogou no Santo André até 2010, quando se aposentou. Voltou a jogar em 2012, pelo São Bernardo, mas a volta de Gustavo Nery foi tão rápida quanto seu bom desempenho nos clubes onde passou.

Diego Aguirre

DIEGO AGUIRRE
(atacante)

Nome completo: Diego Vicente Aguirre Camblor
Data de nascimento:
Local: Montevidéu (URU)

CARREIRA:
1983-1985
Liverpool-URU
1986-1987
Peñarol-URU
1987-1988
Fiorentina-ITA
1988-1989
Internacional
1990
São Paulo
1991
Portuguesa
1991
Peñarol-URU
1992
Independiente-ARG
1992-1993
Bolivar-BOL
1993-1994
Marbella-ESP
1994-1995
Ourense-ESP
1995
Peñarol-URU
1996
Deportivo FAS-ELS
1996-1997
Peñarol-URU
1997-1998
River Plate-URU
1999
Rentistas-URU

Atacante de grande raça e determinação, e com o faro de gol de um típico carrasco, Diego Aguirre era notável pela sua entrega dentro de campo e por não se intimidar diante de qualquer adversário.

Diego Aguirre iniciou sua trajetória profissional no Liverpool, de Montevidéu, em 1983, onde permaneceu até o ano de 1985. No ano de 86, foi para o Peñarol. Ficou conhecido como "La Fiera" pela torcida carbonera, devido à sua bravura e garra. Em seu primeiro ano no Peñarol, conquistou o título uruguaio.

Na final da Libertadores de 1987, o Peñarol enfrentou o América de Cáli. O time colombiano chegara à sua terceira final seguida, sendo derrotado nas duas anteriores. A esperança do título durou até o último minuto do terceiro jogo da decisão, quando Diego Aguirre calou a torcida do América, que fazia contagem regressiva, com um chute forte, levando a torcida do Peñarol ao delírio em Santiago, no Chile.

Depois, jogou uma temporada na Grécia, pelo Olimpiakos, antes de se transferir ao Internacional, graças ao empresário Juan Figger. No Inter, foi reserva imediato do centroavante Nílson, mas nunca se queixou de sua condição. Pelo contrário, sempre mostrou empenho quando exigido.

Substituiu Leomir no Gre-Nal do século, pois Abel colocou o time do Inter para a frente, mesmo com o lateral Casemiro expulso. Na Libertadores de 1989, foi essencial para que o Inter fizesse uma campanha excelente, parando nas semifinais. Diego Aguirre foi essencial nos embates diante do seu amado Peñarol e contra o Bahia.

Em 1990 foi para o São Paulo. Assumiu a condição de titular com o técnico Pablo Forlán, mas com a chegada de Telê Santana acabou perdendo espaço. Em sua passagem pelo São Paulo, marcou um golaço de bicicleta contra o Grêmio.

Ainda passou por Portuguesa, novamente pelo Peñarol, Marbella-ESP, Danubio-URU, Ourense-ESP, Deportivo FAS-ELS, Deportes Temuco-CHI, River Plate-URU e Rentistas-URU. Foi campeão salvadorenho em 1996, pelo Deportivo FAS.

Em 2011, retornou ao Beira-Rio, no duelo em que o Peñarol se classificou em cima do Internacional nas oitavas-de-final da Libertadores. Na ocasião, Aguirre conduziu o Peñarol à final do certame, perdendo a decisão para o Santos.

Fabiano Costa

FABIANO COSTA
(meia)

Fabiano é um meio-de-campo discreto, desses que não fica em evidência e nem faz muita questão. Na verdade, o meia é muito mais conhecido por ser o "genro do Luxemburgo" do que pelo seu futebol.

O jogador começou a carreira nas categorias de base do São Paulo, onde jogou de 1994 a 1997, ano em que se tornou profissional. O tricolor buscava seu bom futebol do início dos anos 90, mas o fim da era Telê, em 1996, fez com que o São Paulo perdesse muito a qualidade.

Conquistou o Paulistão de 1998 e o Torneio Rio-São Paulo de 2001, ambos na condição de reserva. Fabiano Costa foi campeão do Pré-Olímpico, mas caiu diante de Camarões nas Olimpíadas.

Após retornar ao São Paulo e amargar a reserva, ainda testemunhou o surgimento de outros grandes meias com a camisa do São Paulo: Júlio Baptista e Kaká. Acabou emprestado à Portuguesa na metade de 2001.

Em 2002, foi um dos primeiros reforços para o início da reformulação do Inter, a partir da gestão Fernando Carvalho. Fez um bom primeiro semestre, mas a campanha no Brasileirão refletiu no desempenho de muitos jogadores. A fim de enxugar a folha de pagamento, Fabiano foi dispensado no final do ano, assim como quase todo o time.

Foi para o Santos em 2003, onde chegou à decisão da Libertadores, perdendo para o Boca. A partir daí, passou por vários clubes, como Albacete-ESP, Necaxa-MEX, América-MEX, Puebla-MEX, Atlético-MG, Sport, Avaí, Osasco Audax e XV de Piracicaba. Pelo Galo, foi campeão mineiro em 2010.

Batista

BATISTA
(volante)

Nome completo: João Batista da Silva
Data de nascimento: 8/3/1955
Local: Porto Alegre (RS)

Carreira:
1974-1982
Internacional
1982
Grêmio
1983
Palmeiras
1983-1985
Lazio-ITA
1985
Avellino-ITA
1985-1987
Belenenses-POR
1988-1989
Avaí

O torcedor colorado é passional e corneteiro por tradição. Ao ver um ídolo trocar o Olímpico pelo Beira-Rio, independente da circunstância, o torcedor fica possesso. Porém, o caso de Batista envolve muito mais do que o fator rivalidade Gre-Nal. A carreira de Batista teve três grandes embates ao longo de sua trajetória: enfrentou os adversários, a imprensa do eixo Rio-São Paulo, e a ira da torcida colorada ao vestir azul.
Batista começou a carreira em 1973 no Internacional. Subiu para o time profissional em 1974, logo após a conquista da Taça São Paulo de Futebol Júnior, e conquistou a torcida com a sua versatilidade em desempenhar funções defensivas e de armação no meio-de-campo.
Ao lado de Falcão e Paulo Cesar Carpegiani, compôs uma meia-cancha que arrancava suspiros da torcida colorada e atordoava defesas adversárias. Conquistou três Campeonatos Brasileiros e três estaduais.
Mas nem suas conquistas frequentes conseguiram convencer a imprensa do centro do país. Titular no Mundial de 1978, acreditava que seguiria na Seleção até a Copa de 1982. Tudo indicaria que Batista calaria a boca da mídia, com uma atuação perfeita diante do Palmeiras, em 1981. Inter 6 a 0 com show do centro-médio.
Porém, uma fratura na perna colocou Batista no estaleiro. O presidente José Asmuz, praticamente, abandonou o volante e o passe dele ficou preso à Federação Gaúcha. Batista aceitou a proposta do Grêmio, para poder disputar a Copa do Mundo, o que acabou acontecendo.
A torcida colorada não perdoou o jogador. A direção do Internacional não chegou a um acerto contratual e Batista foi profissional, sem contar com a confiança do presidente José Asmuz, cético quanto a recuperação do volante.
No Grêmio, Batista não conquistou títulos, mas foi eleito o melhor centro-médio do Brasileirão de 82. Ainda passou por Palmeiras, Lazio-ITA, Avellino-ITA, Belenenses-POR e Avaí.

Casemiro


CASEMIRO
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Casemiro Mior
Data de nascimento: 7/1/1958
Local: Serafina Corrêa (RS)

CARREIRA:
1979-1988 - Grêmio
1988-1989 - Internacional
1990 - Inter de Limeira


Em 1988, uma negociação causou turbulência no Rio Grande do Sul. Não foi a primeira e nem seria a última vez que um atleta virava a casaca no estado. A bola da vez foi Casemiro, lateral-esquerdo de grande raça e intensidade.



Casemiro começou a carreira profissional no Grêmio em 79, e na sequência foi emprestado ao Juventude. Retornou ao Grêmio e assumiu a titularidade na esquerda tricolor em 1981, ano em que o Grêmio venceu o São Paulo na decisão do Brasileirão.


A disciplina tática e a obediência aos comandos dos treinadores faziam de Casemiro um titular incontestável. Ao longo de sua trajetória no Olímpico, levantou as taças do Mundial e da Libertadores em 83, e quatro estaduais.

Em um tempo em que o passe do jogador pertencia ao clube, Casemiro foi colocado na lista de dispensas pela direção gremista, o que deixou o lateral indignado, afinal, foram oito anos, mais os anos de juvenil, de dedicação ao clube.

Aí veio a mão de Fernando Carvalho, então vice-presidente do Internacional. Carvalho e Casemiro foram até a Federação Gaúcha de Futebol e a compra do passe do jogador foi feita. Casemiro era do Internacional.

Mesmo sendo mais um jogador a trocar o azul pelo vermelho, Casemiro chegou ao Beira-Rio com pompas, pois sempre foi um jogador focado, comprometido e sempre mostrou respeito aos adversários, chegando firme e com lealdade.

O Inter deu a chance e Casemiro não a desperdiçou. Ajudou o Colorado a chegas às finais do Brasileirão de 1989, mesmo quase comprometendo a classificação do Inter ao ser expulso no Gre-Nal do Século, quando o Inter perdia por 1 a 0. Enquanto Abel Braga ficara possuído, Casemiro incendiava a torcida, afinal, Trasante falou pelos cotovelos antes do jogo.

Casemiro ainda esteve presente na campanha da Libertadores de 1989, quando o Inter foi derrotado pelo Olimpia. Deixou o clube após o término de seu contrato, saindo pela porta da frente e com seu dever cumprido. Rumou à Inter de Limeira, onde encerrou a carreira, em 1990.

Ainda retornaria ao Internacional em 1991, mas como auxiliar-técnico, cargo que ocupou até 1993. Trabalhou com Cláudio Duarte, Antônio Lopes e Paulo Roberto Falcão. Ainda teve tempo de levantar a taça da Copa do Brasil.

Caíco

CAÍCO
(meia)

Nome completo: Aírton Graciliano dos Santos
Data de nascimento: 15/5/1974
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1992-1995 - Internacional
1996 - Verdy Kawasaki-JAP
1996 - Flamengo
1997-1998 - Santos
1998 - Atlético-PR
1999-2000 - Santos
2000 - Atlético-MG
2001 - Santos
2002 - Lugano-SUI
2002 - Ponte Preta
2003 - Goiás
2003-2005 - União Leiria-POR
2005 - Juventude
2006 - Marítimo-POR
2007 - Coritiba
2008 - Vila Nova
2008-2009 - Itumbiara


Quando Caíco foi lançado aos profissionais em 1992, encantava os olhos da torcida com a sua velocidade e habilidade para transpor defesas adversárias. A mostra disso foi na Copa do Brasil daquele ano, quando Caíco tirou a titularidade do experiente Silas.


Sua participação ao longo da competição foi essencial, marcando o gol no primeiro jogo da final, nas Laranjeiras. O gol na derrota por 2 a 1 foi importante, pois na volta, o Inter venceu por 1 a 0 em casa e o caneco foi assegurado. Ainda teve participação nas Seleções de base, sendo campeão mundial sub-20, em 1993.

E ali, Caíco ficou só na promessa. A eliminação na Libertadores na primeira fase foi um choque de realidade para que o Inter pudesse ver suas limitações. O clube investiu em medalhões e aproveitou menos as categorias de base. O preço que se pagou foi caro.

94 e 95, últimos anos de Caíco no Internacional, foram anos vexatórios. Um título gaúcho e eliminações precoces em Copas do Brasil e Brasileirão não fizeram com que o jovem Caíco fosse lembrado como um grande jogador, mas como uma eterna promessa.

Em 96, Caíco foi para o Verdy Kawasaki (atual Tokyo Verdy) junto com Argel. Na metade do ano, foi para o Flamengo, onde não teve oportunidades. No Santos, teve melhores performances, mas nada que o impedisse de virar um cigano da bola.

Não se firmou mais em nenhum clube. Passou por Atlético-MG, Santos, Lugano-SUI, Ponte Preta, Goiás, União de Leiria-POR, Juventude, Marítimo-POR, Coritiba, Itumbiara e Vila Nova.

Encerrou a carreira em 2009, pelo Itumbiara. Ao longo da carreira, conquistou a Copa do Brasil de 1992, o Rio-São Paulo de 1997 e cinco estaduais.

Cleitão

CLEITÃO
(volante)


Cleitão é a imagem do Internacional de 2002: um time perdido, limitado e esforçado, no máximo. Impossível não lembrar do trio Cleitão, Claiton e Cleiton Xavier, em uma temporada de mudanças administrativas e muita gente sofrendo de domingo a domingo com os resultados do time.

Cleitão foi formado nas categorias de base do Internacional e jogou no Colorado por apenas duas temporadas como profissional. Na primeira temporada, substituiu Leandro Ávila, que ficou apenas três meses no Inter e foi dispensado por conta de constantes lesões.

A campanha no Brasileirão foi desastrosa, com o Colorado se salvando na última rodada diante do Paysandu. Fernando Baiano e Librelato (R.I.P.) fizeram os gols que livraram o Inter do descenso. No ano seguinte, Cleitão perdeu posição para Sangaletti e amargou a reserva até ser dispensado no final do ano.

Rapidamente, o Caxias contratou o volante, mas não rendeu no clube grená. Em 2005, jogou pela modesta Portuguesa Santista, sem sucesso. Ainda passou por Vilavelhense-ES, Inter de Bebedouro-SP e Moto Club, onde foi campeão maranhense em 2008.

Voltou ao Rio Grande do Sul para defender o Internacional, mas o de Santa Maria. Jogou no clube em 2010 e 2011. Ainda em 2011, foi para o Cianorte-PR e, posteriormente, para o J. Malucelli.

Júnior Baiano

JÚNIOR BAIANO
(zagueiro)

Nome completo: Raimundo Ferreira Ramos Júnior


Jogador polêmico, de termperamento difícil e que não gerava muita credibilidade com diretorias de clubes. Assim era Júnior Baiano, zagueiro de muitas taças e colecionador de desavenças.

Começou a carreira profissional no Flamengo em 1989, onde permaneceu até 1993. Em sua primeira passagem pelo rubro-negro, conquistou a Copa do Brasil de 90, o estadual de 91 e o Brasileirão de 92.

Em 1994, foi para o São Paulo, onde conquistou a Recopa e se envolveu em uma polêmica com o árbitro Oscar Roberto Godói, alegando que o árbitro apitou embriagado uma partida contra o Corinthians.

Depois de uma temporada no Werder Bremen, retornou ao Flamengo, em 1996, quando viveu sua melhor fase. De cara, conquistou o estadual de 1996. Em 1997, fez parte da Seleção na Copa das Confederações e embarcou para a França em 1998, onde foi titular na disputa da Copa do Mundo, ao lado do mítico Aldair.

No segundo semestre, foi para o Palmeiras, onde empilhou mais taças: a Mercosul de 98 e a Libertadores de 99. Quando foi para o Vasco, despertou o ódio da torcida do Flamengo, clube que o formou, alegando ser vascaíno doente quando criança. Como de costume, Júnior Baiano levantou mais canecos no cruz-maltino: a Mercosul e o Brasileirão de 1990.

Um escândalo de doping manchou a carreira de Júnior Baiano. O exame feito após a decisão da João Havelange apontou o uso de cocaína por parte do jogador. Parado, buscou refúgio no futebol chinês, no Shanghai Shenhua.

Veio para o Inter em 2002 na condição de refugo, visto que o futebol do zagueiro já não era o mesmo dos tempos de Rio-São Paulo. Em seu primeiro mês, enfrentou lesões e a desconfiança da torcida aumentou ainda mais.

Quando recuperava seu bom futebol no início do Brasileirão, mais um ato de indisciplina afetou a carreira do jogador. Após ser dispensado para resolver problemas particulares em São Paulo, o atleta não chegou à tempo para a palestra de Guto Ferreira e sumiu do hotel na madrugada. Além disso, não retornou a Porto Alegre com a delegação do Inter. Fernando Baiano, que também não retornou com o grupo foi multado e Júnior Baiano, dispensado. Pelo Inter, foi campeão gaúcho.

Retornou à China, defendeu o Flamengo mais uma vez, e passou a peregrinar por clubes pequenos, como América-RJ, Brasiliense, Volta Redonda e Macapá. Parou de jogar em 2009, pelo Miami FC, da segunda divisão dos Estados Unidos.

Vanderlei Luxemburgo

VANDERLEI LUXEMBURGO
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Vanderlei Luxemburgo da Silva

Vanderlei era um lateral-esquerdo discreto, sem o mesmo brilho que o consagrou como um dos técnicos mais vitoriosos do Brasil. Teve uma carreira como jogador profissional bem breve, depois de começar nos infantis do Botafogo.

Iniciou sua trajetória como profissional no Flamengo, em 1971. Permaneceu à sombra de ninguém menos que Júnior, um dos melhores laterais da história do futebol brasileiro e da Seleção, até o ano de 1978, quando veio para o Internacional.

Sedento pela titularidade, Vanderlei não teve passagem destacável pelo Internacional, que se recuperava de um ano irregular. Sua passagem ficou marcada pela expulsão no Gre-Nal válido pelo Brasileirão daquele ano, partida em que o Inter foi derrotado por 3 a 2 em casa. Perdeu a posição para Jorge Tabajara, que trocou o Grêmio pelo Internacional.

Deixou o Inter e voltou ao Rio de Janeiro, onde defendeu o Botafogo em 79 e 80. Parou de jogar aos 28 anos e passou a se dedicar à função de técnico. Começou no modesto Campo Grande-RJ, mas seu nome começou a ser escrito no cenário nacional quando foi treinador do Bragantino, levando o clube á Série A e conquistando o inédito Paulistão de 90, na famosa "Final Caipira", contra o Novorizontino.

Ainda na ativa, Luxemburgo conquistou 5 Brasileiros, 1 Copa do Brasil, 2 Rio-São Paulo, 1 Conmebol, 1 Série B e 12 estaduais.

Ademir Maria

ADEMIR MARIA
(goleiro)

Nome completo: Ademir Antônio Maria
Data de nascimento: 1/12/1955
Local: Canoas (RS)

CARREIRA:
1975-1976 - Internacional
1977-1979 - Novo Hamburgo
1980-1983 - Santos
1983 - São Bento
1984-1985 - Cruzeiro
1986 - Vitória
1987-1989 - Internacional
1990 - Paraná
1991-1992 - Internacional
1993 - Grêmio



Depois de passar pelas categorias de base do Internacional, Ademir Maria foi promovido em 1978 pelo Novo Hamburgo. No ano seguinte, foi contratado pelo Santos, onde começou a se destacar. O goleiro é o 36º na lista de goleiros que mais jogaram pelo Santos. Ainda teve breve passagem pelo São Bento, a fim de adquirir experiência.


Em 1984, foi para o Cruzeiro, onde foi reserva do veterano Vitor, e conquistou o Campeonato Mineiro. Depois de passagem pelo Vitória, onde foi treinado pelo técnico Abel Braga, foi para o Internacional em 1987.

No Inter, foi reserva de Taffarel, que se profissionalizara em 1985. A grandeza e tranquilidade que Taffarel mostrava em suas atuações acabaram por ofuscar a presença de Ademir. Porém, quando exigido, Ademir também mostrava tranquilidade.

Foi emprestado ao Paraná, que estava em seu segundo ano de existência. Ademir Maria está na história do tricolor paranaense por ser o goleiro da primeira vitória do clube na história. No Paraná, Ademir foi treinado por Rubens Minelli.

Retornou ao Inter em 1991, após um ano trágico 1990, ano em que Maizena comprometeu em muitas partidas ao longo do Brasileirão. Depois da contratação de Gato Fernandez, Ademir Maria retornou ao banco de reservas e por lá permaneceu até metade de 1992, quando se transferiu para o Grêmio.

Em 1993, em uma partida amistosa, o goleiro titular Emerson Ferreti fraturou a perna em duas partes e acabou dando lugar a Ademir Maria. Entretanto, Eduardo Heuser foi prontamente contratado e assumiu o posto de titular. Ademir Maria encerrou a carreira no mesmo ano e se tornou preparador de goleiros do tricolor.