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Citação #06

Quem torce para o Flamengo, é flamenguista. Quem torce para o Grêmio, é gremista. Quem torce para o Remo, é remista. E quem torce para o Internacional é... Colorado! Soa estranho, né? Mas existe uma explicação que vai além da vigorosa cor vermelha. Vamos a ela:
"713 - Colorado
Hoje a palavra colorado é ligada à cor vermelha. No passado, a palavra ligava-se à cor negra.
Qual o significado da palavra colorado?
Nos dias de hoje, qualquer um responderia que esta é a denominação dada aos torcedores do Sport Club Internacional. Mas há cem anos, quando surgiu este clube e seus primeiros torcedores, a palavra tinha um outro significado. Colorado queria dizer escuro, ou negro. Por isso, alguns rios e arroios receberam o nome de colorado. Eram rios de águas turvas, ou seja, escuras devido à presença de terra escura carregada pela correnteza. Existe no Rio Grande do Sul, inclusive, um Rio Colorado, na região de Não-Me-Toque. E a razão deste nome está na sua água barrenta e escura. Por isso, até as primeiras décadas do século XX, pessoas negras (ou "de cor", como se costumava dizer) eram chamadas de coloradas. 
Na Porto Alegre de cem anos atrás havia uma tendência de pessoas de origem alemã torcerem pelo Grêmio Porto Alegrense, enquanto que os negros tinham predileção pelo Internacional. Mais do que isso, enquanto no Grêmio foi mantida uma forte discriminação impedindo a utilização de jogadores negros, o Inter os utilizava e tirava disso uma grande vantagem. Daí o torcedor do Inter, e o próprio clube, serem chamados de colorado. 
Este significado da palavra aparece claramente num trecho das memórias do padre Theodor Amstad em que ele se refere a uma louvável iniciativa do padre Klefer, vigário de São Sebastião do Cai:
'De forma idêntica à de todos os portos fluviais, existia também em São Sebastião uma acentuada população de gente de cor, sendo ela descendente, em boa parte, das famílias de marinheiros e operários das docas. Houve então a coincidência precisa de celebrar-se, em 1888, a canonização do 'Apóstolo dos Negros' ou de São Pedro Claver, SJ. Em seu zelo ardente de almas, o padre Klefer mandou confeccionar um belo e vistoso quadro daquele Santo, apresentando-se este na posição e hora de conferir o batismo a um preto. Ao mesmo tempo, fundou o padre Klefer uma 'Irmandade de São Pedro Claver', destinando-a aos representates da população colorada, que se reunia todos os últimos domingos do mês, depois da missa, diante da imagem do seu padroeiro. Em setembro daquele ano celebrou-se a festa do orago dos negros com procissão solene, sendo carregada por eles a imagem de São Claver num andor. Tudo isso contribuiu para que o fervor religiosos da gentinha de cor se revitalizasse, não demorando muito que, todos os domingos, a parte de trás da igreja fosse ocupada por negros, em torno do quadro de São Pedro Claver'. 
O uso da expressão 'gentinha' para designar o povo negro da vila pode parecer algo preconceituoso e discriminatório. Porém, analisando o contexto, não é difícil perceber que - na verdade - o padre Klafer (e Amstad) demonstrava amor cristão por aquela gente. Os negros, que na época saíam da escravidão, eram pessoas extremamente carentes, incultas e dependentes de amparo. A palavra 'gentinha', utilizada por Amstad deve ser entendida como uma palavra carinhosa, equivalente à expressão 'gente humilde' e não tem conotação pejorativa. 
Louve-se aqui a coragem do padre Rabuske em fazer uma tradução exata das palavras de Amstad, sem medo de que esta tradução fosse usada para lançar acusações de racismo ou discriminação contra o autor. Rabuske, certamente, fez isto porque sabia que Amstad, pelo grande homem que foi, estava acima de tais suspeitas".


Fonte: Renato Klein, no blog Histórias do Vale do Caí. Disponível em http://historiasvalecai.blogspot.com.br/2009/11/713-colorado.html. Acesso em 15 jun 2016.

Arílton

ARÍLTON
(lateral-direito)

Nome completo: Arílton Medeiros Júnior

Arílton foi contratado pelo Internacional para a temporada de 2009, depois da instabilidade na lateral-direita em 2008. Ângelo, Ricardo Lopes e Rosinei, improvisado, não deram conta do recado.

O lateral veio do Coritiba, time que o formou e onde disputou o Brasileirão em 2008. O Coxa terminou o campeonato na nona colocação. Arílson não chegou a ser destaque, mas quando atuou, o fez com eficiência.

Contratado para o Gauchão, começou bem o ano, com regularidade. Mas o nível do jogador foi caindo e Bolívar retornou à sua posição de origem. Ao longo do Brasileirão, Danilo Silva assumiu a posição, fazendo de Arílton a terceira opção para a posição.

Em 2010, Arílton passou a fazer parte do time B do Internacional, enquanto o time principal disputava a Libertadores com Nei e Bruno Silva. Fez uma única atuação pelo Inter no Brasileirão, na derrota para o Cruzeiro por 2 a 1, no Beira-Rio. Glaydson passou a fazer parte da concorrência atuando improvisado na posição.

Arílton foi dispensado na metade do ano, pois o Inter deu uma enxugada no elenco. Outra dificuldade do lateral era quanto ao porte físico, considerado muito magro. Foi emprestado ao Bahia até o final de 2010, onde não agradou e também foi dispensado.


Desde 2011, atua em equipes de pouca expressão de Minas Gerais: Villa Nova (seu atual clube), Ipatinga e Nacional de Muriaé.

Internacional x Universidad de Chile (Histórico)

Um dos adversários do Internacional na Libertadores 2015, a tradicional Universidad de Chile, cruzou o caminho colorado em cinco oportunidades. Dos cinco enfrentamentos, apenas dois foram de caráter oficial. O Internacional saiu vitorioso em apenas uma ocasião, perdendo um duelo e empatando os outros três.
Os dois primeiros embates entre o Inter e La U foram jogos amistosos, válidos pelo Torneio Noche Azul. Esse jogo é a partida de apresentação do elenco e do uniforme da Universidad de Chile para a temporada.
O Internacional foi o convidado da primeira edição do amistoso. A Universidad de Chile promovia um show musical e, em seguida, apresentava o elenco e seu uniforme para a temporada. O time chileno se preparava para a disputa da Libertadores, depois de conquistar o campeonato nacional em 94 e 95.
Torneio Noche Azul 1996
21/01/1996
Estádio Nacional - Santiago/CHI
Público: aprox. 30.000 pessoas
Universidad de Chile 2 x 2 Internacional
Gols: Mardones (UCh), Leo Rodriguez (Uch), Fabinho (Int) e Lico (Int).

Em 1997, o Internacional foi convidado para a disputa do amistoso mais uma vez. Porém, o Inter acabou com a festa da Universidad de Chile, semifinalista da Libertadores no ano anterior e sem o brilho de 1996, vencendo a partida por 2 a 1.
Torneio Noche Azul 1996
29/01/1997
Estádio Nacional - Santiago/CHI
Público: aprox. 40.000 pessoas
Universidad de Chile 1 x 2 Internacional
Gols: Castañeda (UCh), Christian (Int) e Fabiano (Int).

23 anos depois de conquistar o Torneio Viña del Mar, novamente o Colorado se sagraria campeão do certame. Na semifinal, o Inter triunfou mais uma vez sobre a Universidad de Chile, vencendo a partida nos pênaltis. A peculiaridade da partida foi o reencontro de Arílson com o Internacional, mais uma vez como adversário.
Torneio Viña del Mar 2001 - Semifinal
16/02/2001
Sausalito - Viña del Mar/CHI
Árbitro: Jorge Osorio (CHI)
Universidad de Chile 1 (6) x (7) 1 Internacional
UNIVERSIDAD DE CHILE: Vargas; Cáceres, Von Schwedler, Olarra (Tampe); Arancibia, Marcos González, Chavarria, Arílson, Pizarro (García); Maestri (Diego Rivarola) e Pedro González (Suazo). Técnico: César Vaccia.
INTERNACIONAL: João Gabriel; Bruno, Fernando Cardozo, Ronaldo, Dênis; Leandro Guerreiro (Duílio), Fábio Rochemback, Marcelo Rosa, Gil Baiano (Luiz Cláudio); Fábio Pinto e Lê (Leandro Tavares). Técnico: Zé Mário.
Gols: Pedro González (Uch) pênalti aos 33', Luiz Cláudio (Int) aos 52'.

A primeira partida válida em competições oficiais entre Internacional e Universidad de Chile ocorreu em 2009, na Copa Sul-Americana. O Inter, campeão da edição de 2008, enfrentaria o time chileno nas oitavas-de-final. Depois de eliminar o Deportivo Cáli, a Universidad de Chile arrancou um empate no jogo de ida.
Copa Sul-Americana 2009 - Oitavas-de-final
23/09/2009
Beira-Rio - Porto Alegre/RS
Público: 6.031 pessoas
Árbitro: Sergio Pezzota (ARG)
Internacional 1 x 1 Universidad de Chile
INTERNACIONAL: Lauro; Bolívar, Índio, Fabiano Eller; Danilo Silva (Andrezinho), Guiñazu, Sandro, D´Alessandro (Marquinhos), Kléber; Edu e Alecsandro (Taison). Técnico: Tite.
UNIVERSIDAD DE CHILE: Miguel Pinto; Victorino, Olarra, Gonzalez, Contreras; Arias, Seymour (Diaz), Rojas, Iturra, Montillo (Pinto); Gomez (Villalobos). Técnico: José Basualdo.
Gols: Montillo (UCh) aos 23' e Kléber (Int) aos 76'.

No jogo de volta, e o último entre os times, a Universidad do Chile despachou o Internacional de volta para o Brasil sem a vaga nas quartas-de-final. O Inter foi eliminado precocemente na competição, justamente no ano do seu centenário. A chance do bicampeonato da Sul-americana iria por água abaixo.
Copa Sul-Americana 2009 - Oitavas-de-final
30/09/2009
Santa Laura - Santiago/CHI
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR)
Universidad de Chile 1 x 0 Internacional
UNIVERSIDAD DE CHILE: Miguel Pinto; González, Victorino, Olarra, Arias; Contreras, Seymour, Rojas, Iturra, Montillo; Olivera. Técnico: José Horacio Basualdo.
INTERNACIONAL: Lauro; Bolívar, Índio, Sorondo, Marcelo Cordeiro (Kléber); Glaydson (Guiñazu), Sandro, Maycon, Andrezinho; Marquinhos (Taison) e Alecsandro. Técnico: Tite.
Gols: Olivera (UCh) aos 37'.

Bolaños

BOLAÑOS
(atacante)

Nome completo: Luis Alberto Bolaños León


Bolaños começou a carreira na LDU, em 2002. Na época, o futebol equatoriano vivia uma boa fase, participando de sua primeira Copa do Mundo e revelando talentos para o futebol.


Depois de um rápido empréstimo ao Maracá, também do Equador, retornou à LDU, onde esteve presente no maior momento do clube. Conquistou o título equatoriano de 2007 e a Libertadores de 2008, em cima do Fluminense.

Foi para o Santos no início de 2009, mas problemas com a diretoria do clube devido a salários atrasados fizeram com que o atacante passasse a treinar em separado do grupo. O grupo DIS logo comprou o passe do jogador e o transferiu ao Internacional.

Logo de cara, fez três gols em sua estreia. A partida contra o Coritiba, no Beira-Rio, dava indícios de que o Internacional havia, finalmente, encontrado o substituto de Nilmar. Porém, a sequência mostrou as limitações de Bolaños e o potencial de Taison, que o desbancou de vez do time titular. Aqueles foram os três únicos gols de Bolaños pelo Inter.

Bolaños deixou o Inter no final de 2009 e rumou ao Barcelona de Guayaquil e, na sequência, retornou à LDU. Em 2011, levou dois tiros no ombro em uma tentativa de assalto, mas no mesmo ano voltou a jogar.

Passou por Atlas-MEX, San Martín-ARG e, atualmente, defende seu clube de coração, a LDU.

Marcão (2008)

MARCÃO
(zagueiro e lateral-esquerdo)


Nome completo: Marcos Alberto Skavinski

Marcão começou a carreira no Coritiba, em 1995. Lateral-esquerdo de qualidades defensivas e um dos destaques da base coxa-branca, não teve muitas oportunidades entre os titulares e foi emprestado ao Rio Branco de Apucarana em 96.

Em 97, foi para o São Caetano. Na época, o clube tinha apenas oito anos. Jogou ao lado de um dos maiores ídolos do clube, o atacante Adhemar. Depois de ser vice-campeão brasileiro com o Atlético-MG em 99, repetiu a façanha mais duas vezes, consecutivamente, com o Azulão, em 2000 e 2001.

Passou por Marília, Santo André e Juventude, até chegar no Atlético-PR, onde conquistou o Paranaense de 2005, e teve mais dois vice-campeonatos na carreira: do Brasileiro de 2004 e da Libertadores de 2005. Se transferiu para o Kawasaki Frontale e retornou ao Furacão em 2007.

Foi contratadado pelo Internacional em maio de 2007 para a vaga de Rubens Cardoso na lateral-esquerda. Teve um pequeno problema com doping devido a um medicamento que usava contra a calvice.

Em 2008, finalmente conseguiu conquistar um título expressivo na carreira: a Sul-Americana, além de levantar a taça do Gauchão. Mas nem isso fez com que o lateral tivesse a confiança da torcida.

No ano seguinte, a contratação de Kléber para a lateral-esquerda, e as boas atuações de Índio e Bolívar na zaga, fizeram com que Marcão fosse para o banco de reservas e não saísse mais.

Deixou o Inter no início de 2009, sendo contratado como reforço do Palmeiras. Sem agradar, rumou ao Goiás, onde seguiu a sua sina de segundo colocado, perdendo a decisão da Sul-Americana para o Independiente-ARG. De quebra, o clube esmeraldino foi rebaixado. Encerrou a carreira em 2011.

Gustavo Nery

GUSTAVO NERY
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Gustavo Nery de Sá da Silva

Uma incógnita. Assim pode se classificar a carreira de Gustavo Nery. Difícil entender como um jogador consegue alternar momentos excelentes e muito ruins, do apogeu ao inferno em um intervalo tão curto de tempo.

Gustavo Nery começou a carreira no Santos, em 1994. Lateral-esquerdo com boas características defensivas, como marcação e desarme, foi emprestado ao Ceará para pegar experiência. Retornou ao Santos em 96, mas o time já não era o mesmo do ano anterior. Nery não substituiu Marcos Adriano à altura e foi emprestado ao Coritiba por um ano.

Retornou ao Santos, quando conquistou seu primeiro título da carreira, a Copa Conmebol de 98. Na ocasião, foi reserva de Athirson. A boa fase de 1998 passou e o Santos voltou a ser um time irregular. Nery acabou emprestado ao Guarani.

Depois da passagem pelo Brinco de Ouro, a carreira de Gustavo Nery começou a deslanchar. Contratado pelo São Paulo em 2000, começou a ter visibilidade e boas atuações. Conquistou o Rio-São Paulo de 2001 e o Supercampeonato Paulista de 2002. Grandes momentos no tricolor paulista levaram o lateral à Seleção, onde se sagrou campeão da Copa América como titular de Parreira.

Conseguiu uma transferência para o Werder Bremen, mas lesões passaram a interferir na carreira do jogador. Após um semestre mal na Alemanha, o Corinthians resgatou o lateral. Campeão do controverso Brasileirão de 2005, Ney não reviveu a boa fase em 2006.

Em 2007, forçou sua saída e uma transferência ao Zaragoza-ESP. Voltou ao Corinthians no meio do Brasileiro, quando o time foi rebaixado. O lateral foi fortemente criticado por não disputar os jogos decisivos do campeonato e ganhou a fama de "chinelinho".

No ano seguinte, mais lesões e frustrações no Fluminense, até ser contratado pelo Inter. Como de costume, viveu altos e baixos também no Colorado. Nem o título da Copa Sul-americana fez com que a torcida confiasse no futebol do lateral. Permaneceu no Inter até abril de 2009, quase sem atuar no ano.

Depois de ser dispensado, foi para o Santo André, que acabou o Brasileirão na zona de rebaixamento. Jogou no Santo André até 2010, quando se aposentou. Voltou a jogar em 2012, pelo São Bernardo, mas a volta de Gustavo Nery foi tão rápida quanto seu bom desempenho nos clubes onde passou.

Clemer

CLEMER
(goleiro)


O maranhense Clemer iniciou a carreira profissional no Moto Club. Depois passou por Guaratinguetá, Santo André, Catanduvense, Maranhão, novamente Moto Club e Ferroviário-CE, até chegar à possibilidade de disputar a Série A do Brasileirão pelo Remo, em 1994.


O time paraense não repetiu o bom desempenho de 1993, quando terminou o campeonato na 8ª posição, e acabou rebaixado. Clemer foi contratado pelo Goiás em 1995 e fez um bom Campeonato Brasileiro, mesmo o time não fazendo uma campanha das melhores.

Já em 1996, fez parte do histórico time da Portuguesa que chegou à decisão do Campeonato, perdendo para o Grêmio no final da partida. Se transferiu para o Flamengo em 1997, depois da saída de Zé Carlos. Viveu oscilações e irregularidade na meta flamenguista, mas conquistou títulos. A profissionalização de Júlio César colocou Clemer no banco de reservas.

Em 2002, o Internacional contratou o goleiro depois de Carlos Germano não ser aprovado nos exames médicos. Clemer viveu o inferno e o céu no Colorado, sendo o único remanescente do time de 2002 a ser campeão mundial em 2006. Pelo Inter, foram 8 anos de dedicação ao time profissional, mais quatro meses como treinador interino em 2013.

Segue os títulos de Clemer ao longo de sua carreira:

Remo: campeão paraense em 1994 e 1995;
Goiás: campeão goiano em 1996;
Flamengo: campeão carioca em 1999, 2000 e 2001, da Copa Mercosul em 1999 e da Copa dos Campeões em 2001;
Internacional: campeão gaúcho em 2002, 2003, 2004, 2005, 2008 e 2009, da Libertadores em 2006, do Mundial em 2006, da Recopa em 2007, da Sul-americana em 2008 e da Suruga Bank Cup em 2009.

Clemer fez um trabalho excelente com a base do Internacional e é cidadão honorário de Porto Alegre.