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Milton

MILTON
(goleiro)

Nome completo: Milton Ramos Vergara
Data de nascimento: 29/9/1931
Local: Porto Alegre (RS)

Carreira:
1947-1949
Vila Cristal
1950-1951
Internacional
1951
Brasil-PEL
1952-1956
Internacional
1956
Esportivo
1958-1959
Atlético-PR

Como muitos atletas dos anos 40 e 50, o goleiro Milton surgiu na várzea porto-alegrense, no time da Vila Cristal. Veio para o Internacional em 1950, ano em que foi campeão juvenil, mas foi emprestado ao Brasil de Pelotas para adquirir mais experiência.
Ao retornar para Porto Alegre, foi promovido ao time profissional em 1952, com a missão de substituir o emblemático Ivo Winck, que havia adoecido. De última hora, o goleiro Éverton também não pôde jogar. Imediatamente, assumiu a titularidade do time que sucedeu o famoso “Rolo Compressor” dos anos 40, o “Rolinho”.
Uma de suas maiores façanhas é ter ficado mais de 900 minutos sem sofrer gols com a camisa colorada. Foi campeão gaúcho em 1952, 1953 e 1955, e do Torneio Régis Pacheco, disputado na Bahia, sendo convocado à Seleção Gaúcha em 1954. Milton foi o goleiro titular do Gre-Nal de inauguração do estádio Olímpico, em uma acachapance goleada de 6 a 2, estragando a festa do co-irmão.
Teve que abandonar a carreira no final dos anos 50, quando defendia o Atlético Parananense, por causa da instabilidade financeira.
Faleceu no dia 27 de outubro de 2012, em Porto Alegre, vítima de um câncer de pulmão. Na reta final de sua vida, Milton fez parte de eventos consulares do Internacional. O goleiro foi um dos maiores guardiões da camisa nº 1.

Goycochea

GOYCOCHEA
(goleiro)

Nome completo: Sérgio Javier Goycochea
Data de nascimento: 17/10/1963
Local: Lima (ARG)

CARREIRA:
1979-1982
Defensores Unidos-ARG
1982-1988
River Plate-ARG
1988-1990
Millionarios-COL
1990
Racing-ARG
1990-1992
Brest-FRA
1992
Olimpia-PAR
1993
Cerro Porteño-PAR
1993-1994
River Plate-ARG
1995
Mandiyú-ARG
1995-1996
Internacional
1997
Vélez Sarsfield-ARG
1998
Newell's Old Boys-ARG

A camisa colorada de número 1 esteve em posse de goleiros emblemáticos, tanto brasileiros quanto estrangeiros. Seguindo a mística que rondava a meta com nomes gringos como Benítez e Gato Fernández, o Inter trouxe Goycochea para agregar experiência ao elenco colorado em 1995.

Goycochea é um dos goleiros históricos do futebol argentino. Sua carreira começou em 1979, no modesto Defensores Unidos, um pequeno clube da província de Buenos Aires. Goyco, como era carinhosamente chamado, não era um goleiro de grande estatura, mas se destacava pela sua elasticidade.

Em 1982, foi para seu primeiro clube grande, o River Plate. À sua frente, tinha o mítico Nery Pumpido. Na reserva, Goyco fez parte dos elencos campeões argentino, em 85, da Libertadores e do Mundial de Clubes de 86.

No ano de 1988, Goycochea se transferiu para o Millionarios de Bogotá, onde foi campeão colombiano no mesmo ano. Boas atuações o levaram até a Copa do Mundo da Itália, em 1990. A partir daí, o goleiro viveu grandes momentos de glória na carreira.

Pumpido, titular da Argentina no Mundial, fraturou o antebraço no 2º jogo, contra a União Soviética. Goycochea entrou em seu lugar e não decepcionou. Levou a Argentina à final, sendo o nome mais exaltado pelos torcedores graças às suas defesas nos pênaltis diante de Iugoslávia e Itália, nas quartas e nas semi, respectivamente. Goyco não conseguiu evitar o gol da Alemanha marcado por Brehme e seu país terminou com o vice-campeonato.

Depois da Copa, o arqueiro defendeu o Racing, o Brest-FRA, os gigantes paraguaios Cerro Porteño e Olimpia, e o modesto Mandiyú-ARG, até ser contratado pelo Internacional em julho de 95.

Goycochea, saudado fortemente pela torcida colorada, foi um dos destaques colorados na campanha do 1º turno do Brasileiro daquele ano. Infelizmente, o time do Internacional caiu de produção e não fez um bom 2º turno. Paralelo ao time, Goycochea acabou se tornando uma decepção para o torcedor colorado.

Em 96, Goycochea permaneceu no Inter até o fim da participação colorada no Gauchão, em uma decepcionante campanha. Com a consolidação da aposta André, somado ao valor alto para renovar o contrato, Goycochea retornou à Argentina no segundo semestre.

No Vélez, foi campeão nacional mais uma vez, em 1996, mas na reserva do folclórico goleiro paraguaio Chilavert. Encerrou a carreira no Newell's Old Boys, em 1998. Pela seleção argentina, Goycochea levantou as taças da Copa América de 91 e 93, a Copa Kirin de 92 e a Copa das Confederações de 92.

Gasperín

GASPERÍN
(goleiro)

Nome completo: Luiz Carlos Gasperín
Data de nascimento: 
Local: 

CARREIRA:
1971-1974 - Esportivo
1975 - Grêmio
1976 - Juventude
1976-1981 - Internacional
1981 - Cruzeiro
1982-1985 - América-RJ
1985-1987 - Botafogo-SP
1988-1989 - Glória

Nascido em Sarandi, o goleiro Gasperín começou a jogar futebol amador no extinto Brasil, de Vacaria, aos 14 anos. Como para disputar campeonatos profissionais teria que ter 16 anos, Gasperín esperou mais dois anos.

Em seguida, o Grêmio o contratou para defender a meta na categoria juvenil e, logo, foi campeão estadual da categoria. Depois, partiu para Bento Gonçalves, onde encontrou pela primeira vez o saudoso técnico Ênio Andrade.

Após mais uma passagem breve pelo Grêmio em 75 e por Juventude em 76, Gasperín foi contratado pelo Internacional. Em seu primeiro ano no Inter, foi campeão brasileiro na reserva de Manga.

Em 77, amargou a reserva de Manga e Benítez. Assim que o paraguaio foi emprestado ao Palmeiras, Gasperín assumiu a titularidade em 78, voltando a trazer o título estadual ao Beira-Rio em uma vitória inesquecível por 2 a 1 sobre o Grêmio, em pleno Olímpico.

Benítez retornou em 79 e Gasperín já era considerado reserva de luxo. Assim que Benítez se lesionasse, Gasperín entraria imediatamente. O Inter, mais uma vez, foi campeão brasileiro e de forma invicta.

No ano de 1980, Gasperín foi o titular na disputa pelo título da Libertadores. Na ocasião, o goleiro se tornou o brasileiro com menor média de gols sofridos na história da Libertadores, tendo disputado todas as partidas. O vice-campeonato contra o Nacional foi sofrido, mas para Gasperín, lhe valeu um lugar na história centenária do Internacional.

Deixou o Inter em 81, passando por Cruzeiro, América-RJ, Botafogo-SP e Glória de Vacaria. Abandonou os gramados em 89 e passou a se dedicar à casamata. Treinou diversos clubes do interior do Rio Grande do Sul.

Em 2010, Gasperín foi vencido por um câncer no intestino, o qual enfrentava desde 2005. O goleiro, último vencedor do Prêmio Belfort Duarte em 1983, sempre foi lembrado com carinho nas festividades do Inter, inclusive no centenário do clube e nos 100 anos do clássico Gre-Nal.

André Doring

ANDRÉ
(goleiro)

Nome completo: André Doring
Data de nascimento: 25/6/1972
Local: Venâncio Aires (RS)

CARREIRA:
1992-1999 - Internacional
1999-2003 - Cruzeiro
2004-2005 - Internacional
2006-2008 - Juventude 

Um dos grandes nomes da camisa 1 do Internacional nos últimos anos não era um goleiro considerado alto, mas foi um grande guarda-metas. O "alemão" André foi, talvez, o último goleiro formado no clube a ser lembrado pela torcida com boas recordações, mesmo atuando em momentos complicados na história do clube.

Profissional desde o ano de 1992 e jogando nas categorias de base desde 89, André foi promovido depois que o goleiro Maizena foi dispensado pelo clube em 92. Sempre à sombra de grandes goleiros do clube, André adquiriu conhecimento e experiência desde cedo.

Reserva de Gato Fernández na conquista da Copa do Brasil de 92, André ainda amargou a reserva de Sérgio Guedes, César Silva e Goycochea. Depois da saída do argentino na metade de 96, o goleiro vestiu a camisa 1 e não perdeu mais a condição de titular.

O ano mágico de André no Inter foi 1997. A quebra do jejum de dois anos sem o Gauchão vencendo o Grêmio na decisão, somada à atuações inesquecíveis ao longo da Copa do Brasil e do Gauchão, renderam ao goleiro a sonhada convocação à Seleção Brasileira, já em 98.

André foi vendido ao Cruzeiro por 3 milhões de reais, envolvendo metade dos direitos de Elivélton, que pertenciam ao Cruzeiro. Sob forte contestação, a venda foi de grande impacto negativo por parte da torcida, visto que nenhum goleiro foi trazido para preencher a vaga na posição.

Na Toca da Raposa, André conquistou as Copas do Brasil de 2000 e 2003, o Brasileiro de 2003, as Copas Sul-Minas de 2001 e 2002, e o Campeonato Mineiro de 2003. Duas graves lesões fizeram com que André perdesse o posto de titular no Cruzeiro em 2001.

De volta ao Inter em 2004, André se tornou reserva imediato de Clemer. Entretanto, o drama mais grave da carreira do goleiro aconteceu no segundo jogo da decisão do Gauchão de 2005, diante do 15 de Novembro.

Substituindo Clemer, que se lesionou no jogo de ida, André se chocou com um jogador do 15 de Novembro aos 22 minutos do segundo tempo, fraturando o antebraço em dois lugares. Do hospital, André viu o Internacional se sagrar campeão com dois gols de Souza.

A partir daí, a carreira do goleiro entrou em declínio, ao se transferir para o Juventude e sofrer mais lesões graves. O joelho de André o impediu de continuar a vestir suas luvas e o goleiro abandonou as traves em 2008.

Gainete

GAINETE
(goleiro)

Nome completo: Carlos Gainete Filho
Data de nascimento: 25/11/1940
Local: Florianópolis (SC)

CARREIRA:
1959
Paula Ramos-SC
1960-1961
Guarany-BG
1962-1964
Internacional
1965
Vasco
1966-1972
Internacional
1972-1974
Atlético-PR
1974
Atlético-RS

Grandes saltos consagram grandes goleiros. Gainete é lembrado pelos colorados até hoje pela voadora dada entre um bando de jogadores gremistas no Gre-Nal de inauguração do Beira-Rio. Aquela cena está eternizada como mais um momento em que o goleiro, frio e passional, mostrava o que significava vestir vermelho diante do rival.

Carlos Gainete, nascido em Florianópolis, começou a carreira no extinto Paula Ramos-SC, em 1958. Em 60 defendeu a Seleção Catarinense que conquistou o Campeonato Sul-Brasileiro de Seleções. O Guarany de Bagé tratou de trazer o goleiro no início da década de 60 para a disputa do Gauchão.

Veio para o Internacional em 1962, após o título estadual de 61, que antecedeu sete títulos consecutivos do Grêmio. Aos poucos, Gainete foi conquistando a torcida com a devoção mostrada ao vestir a camisa colorada. Ainda que o Grêmio tivesse a hegemonia no Rio Grande do Sul, Gainete fez parte do Internacional duas vezes vice-campeão nacional em 67 e 68, depois de ser emprestado ao Vasco em 1965.

Além da rivalidade Gre-Nal, as torcidas que lotavam Olímpico e Eucaliptos testemunharam duelos inesquecíveis entre Gainete e Alcindo, que se odiavam. O goleiro era catimbeiro e brigador, enquanto o atacante tricolor se gabava de suas conquistas. Em tempos do autêntico amor à camisa, ir ao estádio era um prato cheio.

Gainete foi o primeiro goleiro da Era Beira-Rio. Além de capitão, levava as reivindicações dos jogadores à direção. Em seus onze anos defendendo o Internacional, ganhou os dois títulos estaduais que antecederam o octacampeonato.

A dispensa de Gainete foi um tanto controversa. Depois de um amistoso contra a Seleção Francesa, ganhou uma camiseta, amarela, mas de golas azuis. O diretor de futebol do Internacional, Gildo Russowski, vetou a camisa e mandou o goleiro embora do Beira-Rio.

Gainete ainda passou por Atlético-PR e Atlético de Carazinho, antes de pendurar as luvas e se dedicar à carreira de treinador. Teve ainda mais duas passagens pela casamata colorada em 77-78 e 88.

Schneider

SCHNEIDER
(goleiro)

Nome completo: Luiz Carlos Schneider
Data de nascimento: 15/5/1948
Local: Montenegro (RS)

CARREIRA:
1968-1977 - Internacional

Abílio dos Reis, sem dúvida, foi um dos maiores lançadores de talentos do Internacional. Em 1965, ele foi até o município de Montenegro trazer o jovem goleiro Schneider. No início de sua trajetória pela base do Inter, Schneider não mostrava muita confiança, mas aos poucos foi conquistando o técnico dos juvenis.

O treinador Oswaldo Rolla promoveu Schneider aos profissionais do Internacional em 1968. Instável, o goleiro acabou indo para a reserva assim que Gainete retornou de um empréstimo ao Vasco.

Schneider recuperou a titularidade e, conseqüentemente, a confiança em 1972. Em seu retorno à meta colorada, o goleiro chegou a ficar 473 minutos sem levar gols.

Entretando, a carreira do goleiro foi marcada pela irregularidade e por azares. Entre milagres e frangos, o Inter foi atrás de um goleiro para ser titular. Então, Manga se adonou da camisa 1 e Schneider não voltaria mais a ser titular.

Mesmo veterano, Manga foi o goleiro dos titulos brasileiros de 1975 e 1976 e Schneider, um coadjuvante. Em sinal de respeito, Schneider não se incomodava com a reserva, mas enfrentou problemas com fraturas nos dedos e teve que abandonar a carreira precocemente.

Depois da aposentadoria, Schneider passou a ser treinador de goleiros do Internacional, revelando ao mundo talentos como Gilmar Rinaldi e Taffarel. Apaixonado pelo Internacional, sua maior derrota aconteceu em 1999, quando faleceu em virtude de um câncer, aos 51 anos.

Benítez

BENÍTEZ
(goleiro)

Nome completo: José de la Cruz Benítez
Data de nascimento: 3/5/1952
Local: Assunção (PAR)

CARREIRA:
1972-1977 - Olimpia-PAR
1977 - Internacional
1978 - Palmeiras
1978-1983 - Internacional


Uma dividida e uma carreira brilhante era abreviada. Ficaram sequelas e a difícil aceitação de que um gigante goleiro colorado teria que abandonar os gramados em virtude de um lance habitual de jogo. Ali, um dos grandes nomes da história vencedora do Colorado se rendia à uma lesão, mas deixou lembranças épicas de um time,l literalmente, invencível.

O paraguaio Benítez começou jogando no Olimpia, maior clube do país. O goleiro, de 1,86m, era considerado de altura privilegiada na época. Era conhecido pela segurança, reflexo e saídas do gol com serenidade.

Iniciou nas categorias de base do alvinegro paraguaio em 1966, e conquistou a vaga de titular na seleção de base no Sul-americano de 1971, no qual o Paraguai se sagrou campeão invicto. No mesmo ano, Benítez se tornou profissional e titular da posição.

Jogou por sete anos no Olimpia, sendo campeão nacional em 71 e 75. Seu grande momento pela "albiroja" foi em um jogo das Eliminatórias da Copa de 78. Tal atuação levou o Internacional a contratá-lo, depois de Manga se transferir para o Operário-MS.

Em seus primeiros jogos, em 77, o Inter não vivia bom momento, abalado pela perda do Gauchão e sem o guardião Figueroa. No ano seguinte, Benítez foi emprestado ao Palmeiras, depois do Inter ser goleado pelo Grêmio por 4 a 0 em pleno Beira-Rio.

Em seu retorno, Gasperín já havia assumido a condição de titular. Aos poucos, o paraguaio foi recuperando a titularidade e não largou mais essa condição. Benítez fez parte do elenco campeão gaúcho de 1978.

Em 1979, o ano de ouro de Benítez. Ao lado de nomes como Mauro Galvão, Falcão, Batista, Mário Sérgio e Jair, o goleiro se sagrou campeão invicto do Brasileirão.

A partir daí, a carreira do goleiro começou a decolar. Chegou à final da Libertadores de 1980, perdendo a decisão para o Nacional-URU. Faturou mais dois títulos estaduais e seguiu em plena forma, se preparando para o ano de 1983.

Em alta, Benítez continuava sendo um pilar no time colorado. Mas em um amistoso contra o Associação Altética, em Alegrete, aconteceu o inesperado. O atacante Celeni dividiu uma bola com Benítez usando os pés, batendo direto na cabeça de Benítez, que ficou momentaneamente paralisado.

Benítez teve de encerrar a carreira naquele ano, tendo uma grave lesão na coluna. O goleiro não guarda mágoas de Celeni, tendo reencontrado o atacante em duas ocasiões, sendo bem receptivo. Se tornou empresário de jogadores nos anos 90, sendo responsável pelas vindas de Arce e Rivarola para o Grêmio, e Gamarra e Enciso para o Internacional.

Taffarel

TAFFAREL
(goleiro)


Nome completo: Cláudio André Mergen Taffarel
Data de nascimento: 8/5/1966
Local: Santa Rosa (RS)

CARREIRA:
1985-1990
Internacional
1990-1993
Parma-ITA
1993-1995
Reggiana-ITA
1995-1998
Atlético-MG
1998-2001
Galatasaray-TUR
2001-2003
Parma-ITA

Alguns grandes jogadores se sagram grandes campeões ao longo da carreira. O goleiro Taffarel está na galeria dos campeões mundiais, graças ao título da Copa do Mundo de 94. Mas os deuses do futebol não quiseram que Taffarel fosse campeão no Internacional.



O goleiro Taffarel se profisssionalizou no Internacional em 1985, ano em que conquistou o Mundial sub-20 pela Seleção. Sucessor de Gilmar, que foi para o São Paulo, Taffarel abraçou a titularidade do Inter e não largou até deixar o clube em 1990.


Ao longo de sua trajetória no Colorado, Taffarel teve o azar de pegar um hiato de seis anos sem o Inter conquistar um título sequer, mas tendo grandes atuações e se sagrando o melhor goleiro do Brasil no final da década de 80, sendo campeão da Copa América de 1989.

Pelo Inter, chegou às finais dos Brasileiros de 1987 e 1988, à semifinal da Libertadores de 1989 e levou ainda dois prêmios da Bola de Prata da Placar. Foi eleito o melhor jogador do Brasileirão de 1988. Deixou o Internacional em 1990, brigado com a direção. Asmuz não valorizou e Taffarel rumou à Itália.

Jogou três temporadas no Parma, sendo campeão da Copa da Itália na época 1991/1992, Taça das Taças da Europa na época 1992/1993, e recuperou sua auto-estima depois da fatídica derrota para a Argentina, na Copa de 90.

Em 1993, foi para o Reggiana, onde permaneceu até o final de 1994, ano em que foi fundamental na Copa do Mundo, se tornando um dos heróis do Mundial e um dos remanescentes de 90.

Foi contratado pelo Atlético-MG em 1995, com o sonho de ser campeão no Brasil, o que de fato aconteceu. Foi campeão mineiro em 1995, e campeao da Conmebol de 1997. Teve constantes problemas com a direção do Galo, mas nunca escondeu o carinho recíproco pela torcida atleticana, mesmo sendo declaradamente colorado.

Se transferiu para o Galatasaray, da Turquia em 1999. No leste europeu, foi campeão turco em 1998/99 e 1999/2000, além de levar as taças da Turquia nas mesmas temporadas e a Supercopa Europeia em 2000.

Defendeu o Parma por mais duas temporadas, sendo mais uma vez campeão da Copa da Itália, na época 2001/2002. Deixou o futebol em 2003. Atualmente, é preparador de goleiros.

Se Taffarel não teve a sorte de levantar taças pelo Internacional, seu amor pelo clube sempre foi visível e ainda é presença freqüente no Beira-Rio.

Hiran

HIRAN
(goleiro)

O gigante goleiro Hiran, de 1,99m e personalidade forte, começou a carreira em 1993, pelo Linhares-ES. Em seu primeiro ano como profissional, foi campeão capixaba. A elasticidade e as atuações na Copa do Brasil de 94 chamaram a atenção do presidente do Guarani, Beto Zini, que tratou de efetivar sua contratação.

Em suas duas primeiras temporadas no Bugre, Hiran era o quarto goleiro do time, atrás de Pitarelli, Narciso e Leo Percovich. Mas a partir de 1996, Hiran foi ganhando terreno, marcando alguns gole e assumindo a titularidade com a camisa 1. Permaneceu no Guarani até 1997.

Depois de meio ano no Atlético-MG, foi para o Santo André, onde jogou de 1998 a 1999. Em 2000, defendeu a Matonense até abril, quando foi contratado pelo Internacional. Assumiu a titularidade, colocando o baixinho e contestado João Gabriel na reserva.

Em seu primeiro ano no Inter, o time não chegou às finais do Gauchão, parou no Botafogo na Copa do Brasil e foi eliminado na primeira fase da Copa Sul-Minas. No Brasileirão, Hiran teve atuações regulares, mas a partida épica contra o Atlético-PR jamais será esquecida, pela virada e pelos milagres operados pelo goleiro. O Inter foi eliminado pelo Cruzeiro nas quartas-de-final.

Já em 2001, o desempenho do time foi ruim em todas as competições que disputou. A fase era tão braba, que João Gabriel recuperou a titularidade, depois de atuações nada agradáveis de Hiran. Deixou o Inter início de 2002 e retornou à Matonense.

O goleiro foi contratado pela Ponte Preta em julho de 2002, com um contrato inicial de seis meses. Acabou permanecendo na Macaca até 2003, quando sofreu um grave acidente de carro e chegou a ser dado como morto, mas o boato foi desmentido imediatamente pelo próprio Hiran.

Forçado a se aposentar, ficou parado até 2010, quando tomou coragem e retornou ao Linhares, clube que o projetou. Ainda jogou pelo São Mateus-ES, Aracruz, Colatina e Satntacruzense

Renan

RENAN
(goleiro)

Nome completo: Renan Brito Soares

Renan foi daqueles goleiros que sabiam a carga histórica que o número 1 às costas da camisa colorada carregava. Desde pequeno, figurou nos times da base do Inter, do infantil ao profissional.

Em 2000, fez parte do time campeão da Copa Nike sub-15, ao lado de Diego, Diogo e Danny Morais. Depois de conquistar muitos títulos nos juvenis, foi promovido aos profissionais em 2005, quando Muricy Ramalho era o técnico.


Mas em 2006 que o jovem goleiro se destacava, quebrando o recorde de invencibilidade de Taffarel na meta colorada em Brasileiros, ficando 770 miniutos sem sofrer gols. E, assim como Taffarel, Renan se mostrava um excelente pegador de pênaltis.

Em 2007, mesmo com a má fase do time, Renan conseguia mais espaço com as constantes falhas de Clemer. Seu bom desempenho o levou a ser convocado à Seleção por Dunga.

No ano seguinte, Renan e Clemer revezavam no gol a condição de titular. No Gre-Nal válido pelo 1º turno do Brasileirão, Renan saltou com a perna voltada à frente, acertando Rodrigo Mendes, o que acarretou sua expulsão e, conseqüentemente, críticas por parte da imprensa e da torcida.

Se transferiu para o Valencia na metade do ano, mas não conseguiu se firmar devido a uma lesão. Na temporada seguinte, foi emprestado ao Xerez, também da Espanha.

Renan voltou ao Inter durante a parada da Copa do Mundo de 2010, junto com outros dois remanescentes do título da Libertadores de 2006: Tinga e Rafael Sobis. A volta de Renan não foi das melhores, quase entregando a classificação nas semifinais diante do São Paulo. Porém, o título veio na decisão contra o Chivas.

Aos poucos, Renan foi retomando confiança ao longo do Brasileirão. Mas a mancha veio em Abu Dhabi, diante do Mazembe. O Inter ficou em 3º no Mundial. Em 2011, Renan foi herói na histórica virada do Gre-Nal que decidiu o Gauchão, mas falhou seguidamente no Gauchão.

Perdeu a posição para Muriel em 2012 e trocou o Inter pelo Goiás, em 2013. Conquistou o título goiano e é um dos grandes nomes do esmeraldino na atualidade.

Ademir Maria

ADEMIR MARIA
(goleiro)

Nome completo: Ademir Antônio Maria
Data de nascimento: 1/12/1955
Local: Canoas (RS)

CARREIRA:
1975-1976 - Internacional
1977-1979 - Novo Hamburgo
1980-1983 - Santos
1983 - São Bento
1984-1985 - Cruzeiro
1986 - Vitória
1987-1989 - Internacional
1990 - Paraná
1991-1992 - Internacional
1993 - Grêmio



Depois de passar pelas categorias de base do Internacional, Ademir Maria foi promovido em 1978 pelo Novo Hamburgo. No ano seguinte, foi contratado pelo Santos, onde começou a se destacar. O goleiro é o 36º na lista de goleiros que mais jogaram pelo Santos. Ainda teve breve passagem pelo São Bento, a fim de adquirir experiência.


Em 1984, foi para o Cruzeiro, onde foi reserva do veterano Vitor, e conquistou o Campeonato Mineiro. Depois de passagem pelo Vitória, onde foi treinado pelo técnico Abel Braga, foi para o Internacional em 1987.

No Inter, foi reserva de Taffarel, que se profissionalizara em 1985. A grandeza e tranquilidade que Taffarel mostrava em suas atuações acabaram por ofuscar a presença de Ademir. Porém, quando exigido, Ademir também mostrava tranquilidade.

Foi emprestado ao Paraná, que estava em seu segundo ano de existência. Ademir Maria está na história do tricolor paranaense por ser o goleiro da primeira vitória do clube na história. No Paraná, Ademir foi treinado por Rubens Minelli.

Retornou ao Inter em 1991, após um ano trágico 1990, ano em que Maizena comprometeu em muitas partidas ao longo do Brasileirão. Depois da contratação de Gato Fernandez, Ademir Maria retornou ao banco de reservas e por lá permaneceu até metade de 1992, quando se transferiu para o Grêmio.

Em 1993, em uma partida amistosa, o goleiro titular Emerson Ferreti fraturou a perna em duas partes e acabou dando lugar a Ademir Maria. Entretanto, Eduardo Heuser foi prontamente contratado e assumiu o posto de titular. Ademir Maria encerrou a carreira no mesmo ano e se tornou preparador de goleiros do tricolor.

Gato Fernández

FERNÁNDEZ
(goleiro)

Nome completo: Roberto Eládio Fernandez Roa
Data de nascimento: 9/7/1954
Local: Assunção (PAR)

CARREIRA:
1973 - River Plate-PAR
1973-1974 - Malmö-SUE
1974-1975 - River Plate-PAR
1975-1976 - Valencia-ESP
1976-1978 - Espanyol-ESP
1978 - Cerro Porteño-PAR
1978-1980 - Espanyol-ESP
1980-1981 - Cerro Porteño-PAR
1981-1983 - Espanyol-ESP
1984-1985 - Deportivo Cáli-COL
1985 - Cerro Porteño-PAR
1986-1988 - Deportivo Cáli-COL
1989-1991 - Cerro Porteño-PAR
1991-1993 - Internacional
1994 - Palmeiras
1995-1997 - Cerro Porteño-PAR


Um dos melhores goleiros da história do futebol sul-americano defendeu a meta colorada. Como um gato, o elástico goleiro Fernández saltava debaixo da meta, agarrando e espalmando os chutes adversários com uma naturalidade impressionante.

Gato Fernández começou a carreira em 1973, no modesto River Plate, do Paraguai. Passou pelo Malmö, onde foi campeão sueco na temporada de 1974. Retornou ao River Plate e rumou á Espanha.

Defendeu o Valencia em seu primeiro ano na Europa, mas foi no Espanyol que o goleiro começou a ganhar um destaque maior, fazendo grandes defesas e se firmando na seleção paraguaia. Foram 7 anos jogando em Barcelona, até se transferir para o Deportivo Cáli.

Fernández jogou na Colômbia em um momento não muito favorável ao Deportivo, mas suas performances continuavam sendo convincentes. No Cerro Porteño, chamou a atenção da direção colorada, que buscava um substituto para Maizena, muito contestado em 90.

Em seu primeiro ano no Beira-Rio, ajudou o Internacional a quebrar a hegemonia tricolor e conquistou o Gauchão. Finalmente, o torcedor colorado tinha um goleiro em quem confiar. A confirmação veio na Copa do Brasil de 1992, em que o goleiro foi essencial nas disputas por pênaltis contra Grêmio e Palmeiras. O título veio na decisão contra o Fluminense. Ainda em 92, faturou o bicampeonato gaúcho.

O goleiro veterano deixou o Internacional no final de 1993, muito saudado pela torcida colorada. Fernández é um dos símbolos da boa fase do Internacional no início da década.

Em 94, foi para o Palmeiras e conquistou o título paulista como titular, já que Velloso se lesionou no início da temporada. Porém, falhas na Copa do Brasil culminaram na perda da posição para Sérgio. Deixou o Verdão e jogou no Cerro Porteño até os 43 anos. Deixou o futebol em 97.