Gardel

GARDEL
(zagueiro)

Nome completo: Carlos Gardel Bruno
Data de nascimento: 7/1/1955
Local: Vitória (ES)

CARREIRA:
1975 - Vasco
1975-1976 - Atlético-RS
1976-1977 - Internacional
1978-1981 - Coritiba
1981-1982 - Barcelona-EQU
1982-1983 - Coritiba
1984 - Maringá
1985 - Coritiba
1985 - Criciúma

Gardel, jogador com o mesmo nome do grande astro do tango, foi um zagueiro que passou pelo Internacional na metade dos anos 70. Iniciou nos juvenis do Vasco da Gama em 1974, levado pelo histórico dirigente Heleno Nunes.

Preterido nos profissionais do Vasco, relutou em se transferir para outro estado, até que tomou a decisão de viajar à Carazinho após receber um convite. Veio para o Rio Grande do Sul em 1975 para defender o Atlético. Em 76, passou a ser assediado por dirigentes de Grêmio e Internacional, ainda mais depois de uma excelente atuação diante do tricolor no Olímpico.

O Internacional contratou o jogador pouco antes de iniciar uma partida entre Internacional e Atlético. Alguns jogadores do Atlético não queriam que ele se queimasse por pensarem que entregaria o resultado. Gardel marcou Dario com vigor e ganhou prestígio com os dirigentes.

Teve raras oportunidades em 76, no elenco octacampeão gaúcho e bicampeão brasileiro. Com a saída de Figueroa, Gardel teve a difícil missão de substituí-lo. Acabou não vingando e ganhando fama de pipoqueiro após a derrota colorada na decisão do Gauchão de 1977.

O discreto Gardel se transferiu para o Coritiba em 78, onde teve boa passagem, conquistando o bicampeonato paranaense de 78 e 79. Foi emprestado ao Barcelona-EQU em 81 e retornou ao Coxa na metade de 82.

Depois de lidar com uma lesão que o tirou de campo por quase um ano, voltou a jogar em 83. Após um empréstimo ao Grêmio Maringá, voltou ao Coritiba em 85. Disputou algumas partidas com o time que se tornou campeão brasileiro, mas não chegou a tocar na taça. Em março daquele ano, foi para o Criciúma, onde encerrou a carreira.

Um infarto tirou a vida de Gardel em 2009, em Vitória, no Espírito Santo.

Schneider

SCHNEIDER
(goleiro)

Nome completo: Luiz Carlos Schneider
Data de nascimento: 15/5/1948
Local: Montenegro (RS)

CARREIRA:
1968-1977 - Internacional

Abílio dos Reis, sem dúvida, foi um dos maiores lançadores de talentos do Internacional. Em 1965, ele foi até o município de Montenegro trazer o jovem goleiro Schneider. No início de sua trajetória pela base do Inter, Schneider não mostrava muita confiança, mas aos poucos foi conquistando o técnico dos juvenis.

O treinador Oswaldo Rolla promoveu Schneider aos profissionais do Internacional em 1968. Instável, o goleiro acabou indo para a reserva assim que Gainete retornou de um empréstimo ao Vasco.

Schneider recuperou a titularidade e, conseqüentemente, a confiança em 1972. Em seu retorno à meta colorada, o goleiro chegou a ficar 473 minutos sem levar gols.

Entretando, a carreira do goleiro foi marcada pela irregularidade e por azares. Entre milagres e frangos, o Inter foi atrás de um goleiro para ser titular. Então, Manga se adonou da camisa 1 e Schneider não voltaria mais a ser titular.

Mesmo veterano, Manga foi o goleiro dos titulos brasileiros de 1975 e 1976 e Schneider, um coadjuvante. Em sinal de respeito, Schneider não se incomodava com a reserva, mas enfrentou problemas com fraturas nos dedos e teve que abandonar a carreira precocemente.

Depois da aposentadoria, Schneider passou a ser treinador de goleiros do Internacional, revelando ao mundo talentos como Gilmar Rinaldi e Taffarel. Apaixonado pelo Internacional, sua maior derrota aconteceu em 1999, quando faleceu em virtude de um câncer, aos 51 anos.

Armindo

ARMINDO Rubin Ceccon (lateral-direito)

Nome completo: Armindo Rubin Ceccon
Data de nascimento: 7/8/1974
Local: Cruz Alta (RS)

CARREIRA:
1993-1996 - Internacional
1997 - Honda FC-JAP
1998 - Xerez-ESP
1998-1999 - Cultural Leonesa-ESP
1999-2001 - Zamora-ESP
2001-2003 - Almería-ESP
2003-2004 - Palamós-ESP
2004-2005 - Guixols-ESP
2005-2006 - Badajoz-ESP
2006-2007 - Motril-ESP
2007-2008 - Villanueva-ESP
2008-2009 - Manchego-ESP

No início dos anos 90, o Internacional não teve o mesmo potencial de lançar grandes garotos para o Brasil e mundo afora. Armindo foi uma das pratas-da-casa que saiu do Inter para o anonimato, sem sequer adquirir o status de promessa.

Promovido aos profissionais em 1992, pouco figurava nas escalações do Internacional entre 92 e 94. Até chegar o ano de 1995 e Armindo ganhar as primeiras oportunidades entre os titulares do Internacional no Gauchão.

A fase ruim do time, afetada por constantes crises nos bastidores graças aos irmãos Záchia e sua trupe, refletia dentro do campo. Fracassos sucessivos do time ao longo do estadual levaram o Inter a fazer rodízio entre jovens e medalhões. Armindo ficou para trás, visto que César Prates abraçou bem a condição de titular na lateral-direita.

Com a contratação do lateral Ronaldo, vindo do interior paulista, Armindo virou terceira opção, perdendo ainda mais espaço. Depois de um péssimo Gauchão em 96, ficando de fora das finais, o Inter se desfez de quase meio-time.

Em 1997, o lateral foi para o Honda FC, clube que venceu a JFL no ano anterior, o equivalente ao segundo nível do futebol japonês. Terminou o campeonato na 4ª colocação.

A partir de 1998, Armindo fincou raízes na Espanha e não voltou mais ao Brasil. Por ter passaporte italiano, o jogador não ocupava vaga de estrangeiros. Defendeu Xerez, Cultural Leonesa, Zamora, Almería, Palamós, Guixols, Badajóz, Motril, Villanueva e Manchego. Conquistou o acesso à segunda divisão espanhola na temporada 01/02 pelo Almería.

Depois de encerrar a carreira, Armindo seguiu trabalhando em clubes juvenis de menor porte na Espanha. Seu único título pelo Internacional foi o Gauchão de 1994.

Silvinho Paiva

SILVINHO PAIVA
(atacante)

Nome completo: Sílvio Paiva
Data de nascimento: 13/11/1953
Local: Franca (SP)

CARREIRA:
1979-1981
América-SP
1981-1986
Internacional
1986-1988
Sporting-POR
1988-1990
Vitória de Guimarães-POR
1990-1993
Tirsense-POR
1993-1994
Nacional-POR
1994-1995
Paços de Ferreira-POR
1996-1997
Maia-POR
1997
Novo Hamburgo

Quando se fala em bons ponteiros, lembramos de jogadores de velocidade e de cruzamentos bem feitos. Esses atributos se encaixam no perfil de Silvinho, ponta-esquerda que infernizava a vida dos laterais adversários.

Vindo do América-SP e destaque nos Jogos Panamericanos de 1979, foi contratado pelo Internacional em 81. Em seu primeiro ano, fez o gol que abriu o caminho no título gaúcho de 1981, marcando o primeiro gol no 1 a 1 contra o Grêmio, no Olímpico.

Depois de receber um lançamento de Sílvio Hickmann, deixou o lateral Paulo Roberto pra trás em uma arrancada sensacional e chutou forte da grande área, encobrindo o goleiro Leão. O Grêmio chegou a empatar, mas a taça acabou indo para o Beira-Rio.

Silvinho fez parte de uma geração de ouro, conquistando o Torneio Joan Gamper de 1982, derrotando o Manchester City na decisão, e participando da Sele-Inter nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, medalha de prata em 1984. Jogou ao lado de grandes nomes do Inter na década de 80, como Mauro Galvão, Dunga, Pinga, Luís Carlos Winck e outros craques.

Conquistou o tetracampeonato gaúcho de 1981-1984 e deixou o Inter em 86, quando foi para Portugal. No Sporting, atuou em duas temporadas, sendo campeão da Supertaça Cândido de Oliveira, o duelo entre o campeão português e o campeão da Taça de Portugal.

No Vitória de Guimarães, onde teve a condição de titular incontestável, ao contrário de sua situação no Sporting, conquistou sua segunda Supertaça de Portugal. Mesmo sem grandes conquistas, Silvinho deixou muitos admiradores em Portugal.

Ainda defendeu Tirsense, Nacional, Paços de Ferreira e Maia, todos de Portugal. Pendurou as chuteiras em 1997, depois de defender o Novo Hamburgo.

Arílton

ARÍLTON
(lateral-direito)

Nome completo: Arílton Medeiros Júnior

Arílton foi contratado pelo Internacional para a temporada de 2009, depois da instabilidade na lateral-direita em 2008. Ângelo, Ricardo Lopes e Rosinei, improvisado, não deram conta do recado.

O lateral veio do Coritiba, time que o formou e onde disputou o Brasileirão em 2008. O Coxa terminou o campeonato na nona colocação. Arílson não chegou a ser destaque, mas quando atuou, o fez com eficiência.

Contratado para o Gauchão, começou bem o ano, com regularidade. Mas o nível do jogador foi caindo e Bolívar retornou à sua posição de origem. Ao longo do Brasileirão, Danilo Silva assumiu a posição, fazendo de Arílton a terceira opção para a posição.

Em 2010, Arílton passou a fazer parte do time B do Internacional, enquanto o time principal disputava a Libertadores com Nei e Bruno Silva. Fez uma única atuação pelo Inter no Brasileirão, na derrota para o Cruzeiro por 2 a 1, no Beira-Rio. Glaydson passou a fazer parte da concorrência atuando improvisado na posição.

Arílton foi dispensado na metade do ano, pois o Inter deu uma enxugada no elenco. Outra dificuldade do lateral era quanto ao porte físico, considerado muito magro. Foi emprestado ao Bahia até o final de 2010, onde não agradou e também foi dispensado.


Desde 2011, atua em equipes de pouca expressão de Minas Gerais: Villa Nova (seu atual clube), Ipatinga e Nacional de Muriaé.

Pinga (1992)

PINGA
(zagueiro)

Nome completo: Jorge Luís da Silva Brum
Data de nascimento: 23/4/1965
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1984-1990
Internacional
1991
Ituano
1992-1993
Internacional
1994
Rio Branco-SP
1994-1995
Corinthians
1996-1997
Londrina
1997
América-SP
1997
Brasil-PEL
1998
Paysandu
1999
Sapiranga
1999
Fortaleza
2000
Serrano-RJ

Geralmente, essa página é destinada a histórias de jogadores mais obscuros, de um passado que o torcedor colorado não gosta muito de recordar. Abriremos exceções ao longo de nossa linha do tempo. Hoje lembraremos do ilustríssimo zagueiro Pinga.
O começo de Pinga no Internacional não poderia ser mais promissor. Em seu primeiro ano como profissional, conquistou a Taça Heleno Nunes, a Copa Kirin, e participou da "SeleInter", vice-campeã olímpica em 1984.
No ano seguinte, começou uma era de vacas magras no Internacional, mas Pinga era presente constante em convocações para a Seleção. Ao lado de Mauro Galvão, formava uma zaga sólida e coesa.
O drama de Pinga começou no ano de 1987. Na fase decisiva do segundo turno, o Inter enfrentaria o Grêmio, no Olímpico. Na partida, o zagueiro dividiu uma bola com o ponta gremista Fernando, que entrou de sola e acertou o joelho de Pinga. A entrada do gremista foi criminosa e quase tirou o jogador do futebol.
Pinga só retornou 100% ao futebol em 1991, mas com toda a cautela possível. Passado o sofrimento, os deuses da bola fizeram a justiça dentro de campo. O zagueiro recuperou a titularidade e foi essencial na conquista da Copa do Brasil cavando o pênalti decisivo, que foi batido por Célio Silva.
Infelizmente, o futebol de Pinga não voltou a ser aquele da metade dos anos 80. Acabou deixando o Colorado em 1993, após a eliminação na Libertadores. Rumou a Americana, para jogar pelo Rio Branco.
No ano seguinte, foi para o Corinthians. Mesmo não jogando muitas partidas pelo time do Parque São Jorge, Pinga conquistou o Paulistão e a Copa do Brasil. Aquela foi a sua última boa fase. Depois rodou por América-SP, Londrina, Brasil-PEL, Paysandu, Sapiranga, Fortaleza e Serrano-RJ. Parou de jogar aos 35 anos.

Ricardo Rambo

RICARDO RAMBO
(lateral-direito)

Nome completo: José Ricardo Rambo
Data de nascimento: 17/8/1971
Local: São Leopoldo (RS)

Carreira:
1989-1992
Novo Hamburgo
1993-1994
Internacional
1995
Brasil-FA
1995
15 de Novembro
1996
Atlético Sorocaba
1997-1998
Náutico
1998-1999
South China-HKG
1999-2001
Sun Hei-HKG
2001-2002
Sagesse-LBN
2003-2005
Buler Rangers-HKG
2005-2007
Happy Valley-HKG

Para relembrar desse zagueiro, é preciso voltar há 21 anos atrás. Somente os mais antigos colorados conseguirão ter uma memória imediata do zagueiro Ricardo Rambo. Não é apelido, o nome dele é esse mesmo.
Ricardo Rambo iniciou a carreira no Novo Hamburgo, em 1989. Pelo Noia, o zagueiro jogou até 92. No início de 1993, foi transferido para o Santos, onde ficou por 3 meses, apenas treinando. Retornou ao Brasil para jogar no Internacional.
Chegou no Beira-Rio, mas não teve muito espaço no grupo profissional comandado por Falcão e, posteriormente, por Antônio Lopes. A concorrência era forte e nem sequer pegava banco. Já em 1994, teve mais oportunidades no chamado "rolinho", uma espécie de Inter B, treinado por Casemiro Mior. Fez parte do time campeão gaúcho.
No ano seguinte, jogou no 15 de Novembro e no Brasil de Farroupilha. Em 1996, foi para o Atlético de Sorocaba. Pelo Náutico, onde jogou em 1997 e 1998, viveu uma boa fase dentro de campo, quando quase classificou o clube pernambucano à Série A do Brasileirão. Acabou em 3º lugar, atrás de América-MG e Ponte Preta. Lá, foi capitão da equipe, mas problemas com salários atrasados pesaram na decisão de deixar o clube.
A proposta de Hong Kong foi mais forte do que seu apêgo à cidade de Recife. No futebol honconguês, Ricardo Rambo é ídolo e referência. Jogou pelo South China, Sun Hei, Sagesse (do Líbano), Buler Rangers e Happy Valley.

Alex Rossi

ALEX ROSSI
(atacante)

Nome completo: Alex Sandro Rossi
Data de nascimento: 22/4/1968
Local: Cacequi (RS)

CARREIRA:
1990-1992 - Internacional
1992-1993 - Cerro Porteño-PAR
1994 - Rosario Central-ARG
1995 - Banfield-ARG
1995-1996 - Universitario-PER
1997-1998 - Osasuña-ESP
1999 - Inter-SM
1999 - Avaí
2000 - São Caetano
2001 - Inter de Limeira
2001 - Avaí
2003 - Caldense
2003 - Tupi-MG

Muitos colorados lembram da famosa "decisão do xixi", os Gre-Nais que decidiram o Gauchão de 1991. Um jogador ficou marcado por ser o protagonista daquela final: o ponta Alex Rossi, o "Touro Indomável", artilheiro e jogador de raça.

Alex foi trazido de Cacequi para defender o Grêmio nas categorias de base, mas acabou não se adaptando à cidade grande. A direção do grêmio o mandou para o Rio de Janeiro, mas voltou ao Rio Grande do Sul para se profissionalizar no Inter-SM.

Ainda em 90, foi trazido para o Internacional de Porto Alegre. Reserva em todo ano, esperava mais oportunidades em 91. A surpresa veio com a sua escalação na decisão do Gauchão. Quarta opção no ataque atrás de Lima, Gérson, Édson e Lê.

No primeiro jogo, Alex Rossi marcou o gol da vitória colorada no Olímpico, saindo correndo como maluco em direção à torcida. Após o jogo, vomitou ao chegar no vestiário. Alex foi acusado pelos dirigentes gremistas por doping, mas Simão e Célio Silva que foram chamados para fazer o exame.

Na segunda partida, vitória tricolor por 2 a 0. O Internacional tinha o direito de disputar um terceiro jogo, pois teve melhor campanha na primeira fase. O que marcou a partida foi o fato de os jogadores do Grêmio fazerem volta olímpica dentro do Beira-Rio, comemorando uma decisão que ainda não tinha terminado.

No jogo derradeiro, Alex foi protagonista mais uma vez, provocando a expulsão de Renato Gaúcho, ídolo e peça-chave do Grêmio. O 0 a 0 garantiu o Inter de volta ao topo do futebol gaúcho depois de cinco anos de jejum. O Touro Indomável foi fortemente saudado pela torcida colorada, que ostentava penicos na cabeça fazendo chacota à volta olímpica feita pelos tricolores no jogo anterior.

O Cerro Porteño tratou de contratar o atacante em 1992. O técnico Valdir Espinosa, vítima do carrasco colorado em 91, foi quem o indicou. Os dois ficaram muito próximos e se sagraram campeões paraguaios naquele ano.

Alex Rossi ainda foi ídolo de Rosario Central-ARG, Banfield-ARG e Universitario-PER. Ainda passou sem brilho por Corinhians e Osasuña-ESP. Retornou ao Inter de Santa Maria, onde virou garçom de um emblemático atacante do interior gaúcho: Badico.

No Avaí, Alex Rossi passou a ser Alex "Raça", onde conquistou os catarinenses pela sua determinação e faro de gol. Passou ainda por São Caetano, Inter de Limeira, Caldense e Tupi-MG, onde encerrou a carreira.

Depois de sua carreira no futebol, Alex se envolveu com drogas pesadas, mas foi buscar a recuperação em uma fazenda no município de Ivorá. Com o apoio da família e de amigos, Alex teve a maior conquista da sua vida, a reabilitação.