15/06/1930 - Citadino 1930 - 2º turno - Internacional 1 x 2 Americano-RS

OS EMBATES DE AMANHÃ
Será, sem dúvida, o melhor prélio da tarde de amanhã, o que vae ter por theatro o campo da tradicional Chácara dos Eucaliptos. É que se vão encontrar, em jogo de campeonato da Amgea, dois dos nossos melhores clubes: Internacional e Americano. Ambos trataram com verdadeiro carinho e preparo de suas esquadras durante a semana. O Americano, que conta com uma das primeiras defesas da capital, onde são figuras de real quilate Alegrete, Luiz e Zezé, apresentando também uma linha de avantes consistente e forte, disposta, como todo o quadro, a levar de vencida o seu adversário.
O Internacional, por sua vez, não querendo perder mais nenhuma partida neste campeonato, estamos certos, terá em ação todas as suas energias positivas para a conquista da vitória. Magno e Risadinha vão mostrar de quanto são capazes.
Conquanto não tenhamos recebido a lista oficial dos combatentes, cremos que os quadros pisarão em campo da seguinte forma, conforme ouvimos de pessoas interessadas no assunto:
Americano - Alegrete: Vasco (cap.) e Luiz; Dilorenzi, Aldo e Zezé; Lacy, Bigode, Artigas, João e Walter.
Internacional - Léo; Risada e Miro; Elpidio, Hugo e Moreno (cap.); Marroni, Magno, Ribeiro, Miro e Kessler.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 14/06/1930, n. 198, p. 11. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/093203/2981. Acesso em: 27 jul. 2023.

CITADINO 1930 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 1 X 2 AMERICANO-RS
Data: 15/06/1930
Local: Chácara dos Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: José Ávila
Gols: Ribeiro 20'/1 (I); Artigas 31'/1 (A); Lacy 8'/2 (A).
INTERNACIONAL: Penha; Risada e Carneiro; Elpídio, Hugo e Moreno; Quincas, Felix Magno, Ribeiro, Vanzetto e Miro Vasques. Técnico: Miguel Genta.
AMERICANO-RS: Alegrete; Vasco e Luiz Luiz; Zezé II, Aldo e De Lorenzi; Lacy, Bigode, Artigas, João e Walter.

PROSSEGUIU, ONTEM, A DISPUTA DO CAMPEONATO DA AMGEA
Um jogo bem movimentado em sururus. A bella tarde que ontem fez, de nada serviu para o brilhantismo dessa importante partida, que foi empanado pelas contínuas discussões entre os jogadores é o juiz, a ponto da partida ser suspensa quando faltavam 17 minutos para o final.
E assim, a grande assistência que affluiu o campo do Internacional, de lá se retirou, convencida de que em Porto Alegre não se pode mais assistir a uma partida de futebol.
Chamamos a attenção dos dirigentes da Amgea para essas contínuas suspensões de jogos, devido em parte, à pouca  garantia que têm os juízes.
Quanto ao jogo, temos a dizer que o quadro “colorado” foi um fracasso. Somente Risadinha se salvou. E o mesmo jogador que tantas vezes tem brilhado, foi ontem o sustentáculo do seu quadro. Peña não está em condições de figurar no 1º quadro. A linha média não appareceu. Parecia até que não estava em campo. Do ataque, Magno produziu alguma coisa, seguido de Miro. Os outros, nada fizeram.
O Internacional não teve sequer um ataque vantajoso. O jogo fazia-se no seu campo. O quadro grenat também actuou mal. O seu ataque ressente-se de arremate final, perderam inúmeros tentos. A linha média esteve activa, aparecendo Aldo. Luiz foi o esteio da defesa, assim como Vasco, que esteve bem. Alegrete, um pouco indeciso.
Após finalizar o jogo dos quadros secundários, que terminou com a vitória dos colorados, por 9 x 1, deram entrada em campo, os quadros primeiros, que se alinharam da seguinte maneira, sob as ordens do Sr. Ávila:
Internacional - Peña; Risada e Carneiro; Elpidio, Hugo e Moreno; Quincas, Magno, Ribeiro, Vanzetto e Walter.
Americano - Alegrete: Vasco e Luiz; Zezé, Aldo e Dilorenzi; Lacy, Bigode, Artigas, João e Walter.
Dada a saída, registra-se um ataque colorado respondido por um americanista, que não surtem effeito. Há um canto a favor do Americano, que Risada salva. Peña segura um bom tiro, mas fraco, de Bigode. O jogo torna-se um pouco movimentado, mas a esphera não passa dos pés dos zagueiros. Ribeiro chama a Alegrete, que se sai bem. São decorridos quinze minutos de jogo, sem que haja uma jogada boa. O Internacional organiza um bom ataque, que termina numa defesa de Alegrete, Miro corre pela ponta e envia magnífico centro, que Ribeiro apara, enviando forte pelotaço e conquistando, aos 20 minutos de jogo, o ÚNICO TENTO DO INTERNACIONAL.
Agora cabe ao Americano atacar. O Internacional vê-se obrigado a conceder vários cantos, tal a pressão do ataque grenat, que, no entanto, não sabe aproveitar-se das oportunidades que se lhe deparam, Peña, ao fazer uma defesa, concede um canto, que Lacy atira mas Risada salva, em diffícil situação. Entretanto, o domínio por parte do Amerícano é vísível, e espera-se a cada momento o ponto de empate. Aos 31 miínutos de jogo, Artigas, entrando por entre os zagueiros, envia fortemente o couro, marcando o 1º TENTO DO AMERICANO.
Os restantes minutos do primeiro tempo, são caracterizados por forçados ataques dos grenat, que resultam em vários cantos, batidos sem resultado.
De início, na phase final, nota-se que o jogo vai se tornando violento, pois são punidas várias faltas de ambos os lados. O Americano ensaia várias cargas, que não surtem effeito. João apossa-se do couro e levanta-o para Lacy, que, na carreira, envia indefensável tiro, marcando o 2º TENTO DO AMERICANO aos o minutos de jogo. O Internacional tenta tirar a vantagem, mas Luiz, o grande zagueiro gaúcho, está vigilante. Os minutos vão se passando e uma carga colorada é respondida por duas grenats, que são mais perigosas, mas Risada se encarrega, auxiliado por Peña, em annulá-las.
Ao faltarem 17 minutos de jogo, João dá forte pelotaço e Peña apara; João entra, avançando no guardião, e o juiz pune. Magno passa perto de Ávila e diz-lhe qualquer coisa, e é com espanto de todos, que o juiz se dirige para a mesa do fiscal, para não voltar mais a actuar a partida. A caça de juizes começa, mas o sol se esconde e o jogo não pode continuar, tendo a massa popular que se retirar, lograda com essa  partida, que foi falha em tudo. Ao ser suspenso o jogo, o resultado era o seguinte:
Americano - 2
Internacional - 1
Alegrete fez, durante o jogo, 4 defesas, enquanto que Peña praticou 12 defesas.
O juiz mostrou-se, apesar de actuar mediocremente, muito indeciso.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 16/06/1930, n. 199, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/093203/2994. Acesso em: 27 jul. 2023.

18/05/1930 - Amistoso - Internacional 6 x 1 Ypiranga-POA

AMISTOSO - INTERNACIONAL 6 X 1 YPIRANGA-POA
Data: 18/05/1930
Local: Chácara dos Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Gols do Inter:  Elpídio, Félix Magno, Moreno, Nenê, Hugo e Miro Vasques.
INTERNACIONAL:Gress; Risada e Mário Gomes; Elpídio, Felix Magno e Moreno; Hugo, Nenê, Ribeiro, Miro Vasques e Kessler. Técnico: Miguel Genta.
YPIRANGA-POA: Krum; Bode e Campana; Tigre, Fausto e Costinha; Luiz, Nenê, Graveto, Neves e Djalma.
Obs.: o Ypiranga entregou os pontos da partida, então, a partida valeu como amistoso.

O YPIRANGA ENTREGOU OS PONTOS AO INTERNACIONAL
O Ypiranga entregou os pontos, efetuando-se então um jogo amistoso, que esteve mais ou menos parelho, terminando com a vitória do quadro colorado, pela contagem de 6 x 1.
No jogo dos quadros secundários verificou-se a vitória do quadro colorado, que conseguiu vazar a cidadela contrária por 19 vezes (?), ao passo que o arco de Peña não foi atingido.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 19/05/1930, ano 1930, n. 175, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2690. Acesso em: 22 out. 2024.

13/05/1930 - Amistoso - Internacional 2 x 5 Cruzeiro-RS

AMISTOSO - INTERNACIONAL 2 X 5 CRUZEIRO-RS
Data: 13/05/1930
Local: Montanha - Porto Alegre (RS)
Juiz: Damião Pavani
Gols: Gabriel ?'/1 (C); Hugo ?'/1 (I); Ferreira ?'/2 (C); Ferreira ?'/2 (C); Nenê ?'/2 (I); Gabriel ?'/2 (C); Bojuba ?'/2 (C).
INTERNACIONAL: Léo; Risada e Miro Vasques; Elpídio, Moreno e Felix Magno; Nenê, Dante Marroni, Hugo, Ribeiro e Jaeger. Técnico: Miguel Genta.
CRUZEIRO-RS: Chico (Edmundo); Cauduro e Espir; Jorge, Nestor e Fagundes; Ferreira, Bojuba, Gabriel, Germano e Pesce.

No jogo de campeonato de foot-ball riograndense do sul, realizado em Porte Alegre, o Cruzeiro bateu o Internacional por 5 a 2.
Fonte: O Jornal (RJ), 17/05/1930, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/110523_03/2106. Acesso em: 07 ago. 2023.

04/05/1930 - Citadino 1930 - 1º turno - Grêmio 3 x 1 Internacional

PERMITINDO O TEMPO, SERÁ REALIZADO O GRANDE EMBATE DE AMANHÃ
GRÊMIO X INTERNACIONAL
Realiza-se amanhã, caso o tempo permita, no campo dos Moinhos de Vento, o grande embate entre os dois tradicionais rivais de sempre: o Grêmio e o Internacional.
Dizer algo sobre o valor de ambos os contendores achamos quase desnecessário, pois tanto o Grêmio como o Internacional têm seu nome firmado nos anais desportivos do Rio Grande do Sul, para cujo engrandecimento muito têm contribuído.
Rivais velhos, sempre discutindo com ardor a palma da vitória, são sempre esses encontros esperados com grande impaciência pelo mundo desportivo local.
Já inúmeras vezes, Grêmio e Internacional se bateram em partidas amistosas como de campeonato, e nunca os que tiveram a felicidade de assistir a tais jogos deixaram o local da pugna arrependidos de lá terem ido. Isso, devido em grande parte, à sensação de que se reveste cada jogo entre esses dois clubes. O encontro de amanhã, todavia, terá maior importância, em vista da grande responsabilidade do clube tricolor, cuja boa colocação na tabela do campeonato do corrente ano, depende muito do resultado desse prélio.
Ambos os quadros estão treinadíssimos, possuindo elementos de grande valor, já de sobejo conhecidos.
O local do jogo será na confortável praça dos Moinhos de Vento, que se acha em boas condições de acomodar o grande público.
Os quadros formarão da seguinte maneira:
Grêmio - Lara; Sardinha e Dario; Macarrão, Poroto e Russo; Jawel, Luiz, Fogo, Coró e Nenê.
Internacional - Léo; Risada e Miro; Elpídio, Magno e Moreno; Jorge, Nenê, Ribeiro, Marroni e Kessler.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 03/05/1930, ano 1930, n. 150, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2544. Acesso em: 22 out. 2024.

CITADINO 1930 - 1º TURNO - GRÊMIO 3 X 1 INTERNACIONAL
Data: 04/05/1930
Local: Baixada - Porto Alegre (RS)
Juiz: Balleta
Gols: Risada, pênalti ?'/1 (I); Luiz Carvalho, pênalti ?'/1 (G); Javel ?'/2 (G); Luiz Carvalho ?'/2 (G).
GRÊMIO: Lara; Dario e Eurides Sardinha; Macarrão, Poroto e Russo; Javel, Coró, Luiz Carvalho, Foguinho e Nenê. Técnico: Telêmaco Frazão de Lima.
INTERNACIONAL: Léo II; Risada e Miro Vasques; Elpídio, Felix Magno e Moreno; Jorge, Nenê, Ribeiro, Dante Marroni e Kessler. Técnico: Miguel Genta.

NO CAMPO DOS MOINHOS DE VENTO, ENCONTRARAM-SE, ONTEM, O GRÊMIO E O INTERNACIONAL
APÓS ENTUSIÁSTICA LUTA, SAIU VENCEDOR O QUADRO TRICOLOR POR 3 A 1
Apesar do forte aguaceiro que caiu no meio-dia, a vasta praça desportiva dos Moinhos de Vento estava repleta de torcedores ansiosos de verem o mais renhido embate de turno: Grêmio x Internacional.
Sobre o jogo, temos a dizer o que já tinhamos previsto: muito deixou a desejar quanto a técnica.
Um verdadeiro bate-bola de lado para lado. O quadro gremista, entretanto atuou melhor, principalmente no final, quando começou a desenvolver um bom jogo de passes. Os “colorados” pouco fizeram. As suas linhas atuaram desarticuladamente, e daí o fracasso.
Preliminarmente ao grande jogo, bateram-se os quadros secundários. Foi uma boa partida, sendo brilhantemente vencida pelo Internacional,
No primeiro tempo, Amâncio abre a contagem e Jaeger empata a partida. Na segunda fase, Jaeger, que apesar de ter fraturado o pulso, vem atuando muito bem, marca o 2º tento colorado. Cabe a Domingos empatar a partida, para, logo a seguir, Niza conquistar o ponto da vitória.
O grande jogo
Sob as ordens do juiz Balleta, do Bancário, os quadros se alinharam da seguinte forma:
Grêmio — Lara; Dario e Sardinha; Macarrão, Poroto e Russinho; Jawel, Coró, Fogo e Nenê.
Internacional — Léo; Miro e Risada; Elpídio, Magno e Moreno; Jorge, Nenê, Ribeiro, Marroni I e Kessler.
1º tempo
Ribeiro dá a saida, organizando-se a primeira carga colorada, defendida por Dario. O Grêmio ataca, tendo Elpídio defendido. Registra-se a primeira falta contra o Grêmio, batida por Risada e defendida por Dario. Nenê, do Internacional. dá bom centro, que se perde. Léo faz brilhante defesa de um tiro rasteiro de Nenê. Kessler faz falta em Dario, que a bate, e Coró atira fora, Russo intercepta um bom corte de Nenê para Jorge. Luiz atira por fora. Léo faz fraca defesa e Elpídio salva. Registra-se uma forte carga “colorada”, que Sardinha defende. Há um canto contra o Grêmio, batido sem resultado. Macarrão faz falta em Marroni I, que resulta em forte carga, com boa defesa de Dario. Ribeiro atira fora. O Internacional faz uma carga, que resulta numa mão de Sardinha, na área perigosa, que o juiz cobra. Risada bate, obtendo o 1º e único tento colorado.
Logo a seguir, Léo defende dois tiros de Luiz e de Fogo, concedendo um canto, que Moreno defende. Risada comete mão na área perígosa. Batido por Luiz, a penalidade resulta no
1º tento tricolor.
O Grêmio começa a carregar com impetuosidade. Miro faz ótima defesa deitado. Kessler desfere violento tiro que Lara tira com o pé. Léo é chamado a intervir num tiro de Luiz. Magno atira várias bolas, passando rente à trave do gol de Lara. Jorge escapa e atira fora, terminando o 1º tempo com o seguinte resultado:
Grêmio - 1
Internacional - 1
2º tempo
O Grêmio, logo de saída, entra a atacar, tendo Miro salvo. Registra-se uma mão de Poroto, que Magno bate e Lara segura. Nenê escapa, atirando, tendo Léo defendido. Ribeiro escapa e Poroto salva. Jawel afoba-se em frente ao arco, perdendo boa ocasião de desempatar a partida. Sardinha tira com maestria e Poroto ataca com firmeza. Jawel dá bom tiro, que Léo apara, para, logo a seguir, segurar novamente um tiro enviesado de Jawel. Moreno começa a fazer muitas faltas, que são batidas sem resultado. Nenê escapa e centra e Jawel entra, marcando o 2º tento do Grêmio.
Moreno concede canto, que Jawel bate e Risada salva. Poroto atira, de longe, perdendo-se o tiro. Miro defende o couro com a mão na área perigosa, resultando um tiro máximo que, batido por Luiz, é defendido por Léo. que concede canto, sem resultado. Dario tira o couro dos pés de Jorge, em situação perigosa. Léo segura um bom tiro de Jawel. Lara segura um tiro de escanteio, enviado por Nenê. Coró corta, de cabeça, para Luiz, que correndo pela esquerda, dá violento tiro, marcando o 3º tento gremista.
Uma forte carga do Grêmio é prejudicada por impedimento de Nenê. Magno passa para a linha atacante, tendo desferido bom pelotaço, que Lara segura. Faltam 8 minutos para terminar e o tricolor continua fazendo forte pressão, sem resultado. Risada faz boa tirada e logo após, salva de cabeça. E sem haver alteração, termina o embate com o seguinte resultado:
Grêmio - 3
Internacional - 1
Apreciação
Lara muito bom. Dario e Sardinha formaram uma boa parelha. Macarrão regular. Poroto o melhor homem do Grêmio. Um grande centro médio, que muitas vezes joga de zagueiro. Russinho fez uma excelente partida, agradando bastante. Jawel foi o melhor atacante gremista, seguido de Luiz, que melhorou bastante no final. Coró esteve infeliz, assim como Nenê, que perderam boas ocasiões de alterarem a contagem. Fogo nada fez.
Léo atuou muito bem, fazendo boas e difíceis defesas. Risada foi o herói da tarde, trabalhador infatigável. Miro, só se firmou no final. Elpídio regular. Magno foi, como Risada, um baluarte na defesa. Jogou esplendidamente. Moreno a contento. Jorge e Nenê pouco fizeram. Ribeiro fracassou por completo. Marroni foi o melhor atacante colorado, muito esforçado, fazendo bons passes. Kessler um bom ponteiro.
Após o encontro foi entregue ao quadro vencedor, por intermédio do nosso representante, a taça oferecida ao vencedor pelo desportista João de Mello.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 05/05/1930, ano 1930, n. 163, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2558. Acesso em: 22 out. 2024.

NÃO HOUVE TÉCNICA
Dizem as crônicas desportivas dos jornais desta capital que o grande match entre o Internacional e Grêmio foi falho de técnica, tendo apenas o segundo destes clubes demonstrando melhor eficiência de conjunto. Isto mesmo já havíamos previsto dias antes do match, atendendo ao estado de excitação nervosa em que ficam, quando se defrontam, os velhos rivais de todos os tempos. É preciso, porém, frisar-se bem que a culpa não é totalmente dos teams, mas sim dos dirigentes técnicos dos clubes, os quais, com raras exceções, ao invés de dirigirem os treinos como devem e fazem de modo diverso, isto é, se limitam a ver o que fazem os seus jogadores. Muitos destes dirigentes chegam ao ponto de atuarem como juízes nestes treinos, ficando, assim, impossibilitados de orientar os jogadores tecnicamente.
Não. Os treinos precisam ser dados com os instrutores dentro do campo, sem outras ocupações, senão aquelas de ministrarem ensinamentos nos jogadores, mostrando-lhes as falhas, e forçando-os ao jogo de passe e sobretudo à permanência de suas posições. Há em futebol enormes observações a fazer, desde as cabeçadas nas bolas até a posição em que deve estar o pé, para que o tiro saia com a violência precisa. Mas, isto não se aprende só em ver os outros jogar, é mister ler os compêndios e as opiniões dos grandes mestres neste gênero de desporto. É verdade que a grande maioria dos jogadores não se dá nem quer dar a este trabalho, mas cabe a seus instrutores transmitir-lhes estes ensinamentos. Se isto não for feito, com métodos e verdade, jamais pode remos assistir partidas tecnicamente jogadas, tendo, e como resultantes os seus lances emocionantes e belos, Quase todos os grandes clubes de Europa, Uruguai, Argentina e S. Paulo têm instrutores competentes para os seus teams, que, entretanto, nãoo prescindem dos seus dirigentes técnicos.
Por que, pois, Porto Alegre, não tem tambm, em seus clubes instrutores de foot-ball?
JOFFRE
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 06/05/1930, ano 1930, n. 164, p. 11. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2573. Acesso em: 22 out. 2024.

13/04/1930 - Citadino 1930 - 1º turno - Ruy Barbosa-POA 2 x 4 Internacional

Ruy Barbosa x Internacional — O gramado da Bella Vista apanhará, amanhã, ótima amistência, que muito se interessera pelo desfecho dessa pugna.
Se não bastasse a velha rivalidade desportiva dos dois contendores, teríamos a emprestar maior brilho à partida, atuação dos dois encontros em que tomaram parte os ruystas que, apesar de enfrentarem adversários fortes foram vencidos por pouca diferença. O Ruy conseguia graças à sua boa direção reorganizar o seu primeiro quadro, nele incluindo elementos novos, e que no todo formam um ótimo conjunto treinadíssimo e capaz de fazer periclitar a vitória dos valentes colorados.
Quanto ao quadro "colorado”, será o mesmo que enfrentou o Bancário, empatando por 2 x 2. Ao que soubemos, os seus componentes irão atuar com denodo, a fim de apagarem a má impressão deixada no último jogo.
Os quadros formarão assim:
Ruy Barbosa — Lucindo; Octacílio e Bombeiro: Luto, Barulho e Antonello; Naqui, Fernando, Costa, Dirceu e Rothfuchs.
Internacional — Léo; Risada e Carneiro; Elpídio, Hugo e Moreno; Jorge, Nenê, Magno, Marroni e Kessler.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 12/04/1930, ano 1930, n. 145, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2344. Acesso em: 22 out. 2024.

CITADINO 1930 - 1º TURNO - RUY BARBOSA-POA 2 X 4 INTERNACIONAL
Data: 13/04/1930
Local: Campo da Bela Vista - Porto Alegre (RS)
Juiz: José Ávila
Gols: Batista, Rothfuchs (R); Ribeiro [3] e Jaeger (I).
RUY BARBOSA-POA: Lucindo; Bombeiro e Octacílio; Romeu, Barulho e Antonello; Dirceu, Grigolo, Costa, Didico e Rothfuchs.
INTERNACIONAL: Léo II; Risada e Carneiro; Ryff, Elpídio e Moreno; Jorge, Nenê, Ribeiro, Dante Marroni e Jaeger. Técnico: Miguel Genta.

O INTERNACIONAL VENCEU O RUY BARBOSA, POR 4 A 2
Mais um susto passaram, ontem, os "Colorados". O jogo efetuado entre o Internacional e o Ruy Barbosa, veio demonstrar o preparo a que se tem submetido o quadro ruysta.
A 1ª fase do jogo foi um desastre para os “colorados”, pois apesar dos seus esforços, não conseguiram vazar a cidadela ruysta, ao passo que estes, em boas e combinadas cargas, conseguiram, por duas vezes, por intermédio de Baptista e Rothfuchs, iludir a vigilância de Léo.
No 2º tempo, o Internacional fez ótima reação, Ribeiro abriu a contagem para o seu clube para, momentos depois, empatar a partida. Jaeger, um excelente ponteiro, em boa centrada, desempatou a partida, cabendo ainda a Ribeiro aumentar a contagem com mais um ponto, terminando este embate com o seguinte resultado:
Internacional - 4
Ruy Barbosa - 2
O quadro vencedor estava assim constituído: Léo; Risada e Carneiro: Ryff, Elpídio e Moreno; Jorge, Nenê, Ribeiro, Marroni e Jaeger.
Risada esteve excelente e Ribeiro foi a alma do quadro. Nenê esteve bom, fazendo um jogo digno do seu nome. Lucindo, arqueiro ruysta, saiu-se bem, fazendo boas defesas. Barulho esteve bom no 1º tempo, decaindo no 2º. Rothfchus foi o melhor atacante, sendo um ótimo centrador.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 14/04/1930, ano 1930, n. 146, p. 9. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2355. Acesso em: 22 out. 2024.

PORTO ALEGRE, 14 (A. A.) - É o seguinte o resultado dos jogos de football realizados ontem, nesta capital:
Grêmio Foothall Club x Concordia, 4 x 0; Internacional, 4 e Ruy Barbosa, 2.
Fonte: A Noite (RJ), 15/04/1930, p. 7. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/348970_03/798. Acesso em: 08 ago. 2023.

06/04/1930 - Citadino 1930 - 1º turno - Bancário-POA 2 x 2 Internacional

BANCÁRIO X INTERNACIONAL
Será realizado amanhã este importante prélio em disputa do campeonato da Amgea. Esta partida, que promete ser [...], dado o ótimo preparo dos contendores, está sendo esperada com ansiedade por parte do mundo desportivo local.
Tanto bancários como colorados têm se submetido a rigorosos treinos, quer individuais quer de conjunto, estando ambos em excelente forma, o que quer dizer que teremos uma partida movimentada.
O Internacional fará todo o possível para levar de vencida o seu adversário, [...] e que conta com um bom quadro, que ainda domingo último venceu o Concórdia pelo significativo "score" de 5x1. Integram o seu quadro elementos de valor como Risada, o grande médio e zagueiro; Elpídio, que é um bom médio; Hugo, que está se reabilitando; Magno, um bom atacante; e Ribeiro, o "crack" de sempre, que comandará o ataque colorado.
Com um quadro com esses elementos é que o Internacional pisará o campo, disposto a levar de vencida o seu leal adversário.
O Bancário, por sua vez, não se tem [...] em preparar o seu quadro [...] de fazer boa figura, e talvez consolidar a sua primeira vitória deste ano.
Para isso, conta com jogadores de renome, como Júlio, Heitor, Odorico e [...], que tudo farão para o engrandecimento de suas cores.
O jogo será realizado no campo da rua Veador Porto, no Parthenon.
Os quadros formarão da seguinte maneira:
Bancário - Pavim; Júlio e Agrippino; Rao, Heitor e Trois; Miro, Nona, Odorico, Brenol e Lourival.
Internacional - Léo; Risada e Carneiro; Elpídio, Hugo e Moreno; Jorge, Nenê, Ribeiro, Magno e Kessler.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 05/04/1930, ano 1930, n. 139, p. 11. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2281. Acesso em: 22 out. 2024.

CITADINO 1930 - 1º TURNO - BANCÁRIO-POA 2 X 2 INTERNACIONAL
Data: 06/04/1930
Local: Campo da Rua Veador Porto - Porto Alegre (RS)
Juiz: Alfredo Mancuso
Gols: Kessler ?'/2 (I); Dante Marroni?'/2 (I); Odorico ?'/2 (B); Odorico ?'/2 (B).
BANCÁRIO-POA: Leal; Júlio e Agripino; Rao, Heitor (Balleta) e Trois; Miro, Nona, Odorico, Brenol e Lourival.
INTERNACIONAL: Léo II; Carneiro e Risada; Elpídio, Hugo e Moreno; Ludovico Marroni, Dante Marroni, Nenê, Felix Magno e Kessler. Técnico: Miguel Genta.

BANCÁRIO E INTERNACIONAL EMPATARAM EM 2 A 2
O jogo realizado ontem, no campo da rua Veador Porto, deixou muito a desejar, expecialmente peta técnica apresentada pelos combatentes. Quanto ao ardor dos jogadores, devedores devemos frisar que foi maior o empregado pelos bancários, que conseguiram um honroso empate.
Uma grande assistência, mas nenhuma torcida. O prélio dos quadros principais não esteve à altura dos foros desportivos dos disputantes, principalmente por parte do Internacional, que se entregou após estar com dois tentos na frente. Quanto aos jogadores, vamos fazer os nossos commentários.
O guardião Léo atuou bem, com numerosas pegadas firmes. Carneiro foi o melhor zagueiro. Boas tiradas, todas firmes. Risada regular. Elpídio marcou com precisão, auxiliando bastante o ataque. Hugo agradou, fazendo boa distribiução. Moreno foi o melhor médio. Bastante enérgico e infatigável. Marroni I, na ponta direita, só brincou. Nenê fez alguns passes, mas não deu os seus costumeiros tiros em arco. Magno jogou bem na primeira fase, para esmorecer na segunda. Marroni II e Kessler, foram os melhores do ataque, bastante cavadores e com boas centradas.
Leal foi uma revelação. Ligeiro é frime nas pegadas. O primeiro ponto, entretanto, foi devido no seu excesso de golpe de vista. E um bom guardião.
Júlio o melhor zagueiro em campo. Fez uma boa partida, trabalhando bastante.
Agrippino esteve um pouco infeliz nas tiradas, mas marcou bem. Rao foi um esforçado, tendo trabalhado bastante. Heitor o melhor elemento do Bancário, foi um centro médio infatigável, dirigindo bem os passes. Trois marcou bem a sua ala. Bregnol, o tempo que jogou, esteve ótimo. Odorico fez uma boa partida,
apesar de um pouco moroso nos passes. Nona foi um bom comandante do ataque. Lourival dirigiu bons tiros ao arco. Miro centrou com precisão, mas abusa muito das fintas. Baleta, que jogou no segundo tempo, fez o que pôde.
O primeiro tempo foi carecterizado por fortes ataques dos bancários, obrigando a defesa colorada a movimentar-se. Os colorados ensaiam boas cargas, mas jogam muito aberto, dando ensejo aos zagueiros do Bancário de fazerem boas defesas.
Os rapazes do Bancário insistem no ataque, até aos 30 minutos de jogo, sem abrirem a contagem. Nessa ocasião, Bregnol é obrigado a retirar-se do campo, em virtude de haver fraturado o braço. O Bancário, apesar de actuar somente com 10 homens, continua atacando. O primeiro tempo terminou, sem que nenhum dos contendores abrisse a contagem.
Na segunda fase, o Internacional começou a avançar, fazendo um certado tiroteio ao arco confiado a Leal, que praticava boas defesas. Numa investida “colorada”, Kessler dá bom pelotaço, que Leal deixa passar. Estava marcado o 1º tento do Internacional.
O Bancário não desanimava, mas a linha média do Internacional está segura, enviando todas as bolas aos seus dianteiros. Moreno dá um tiro ao arco que Agrippino tenta defender, atrapalhando Leal, do que se aproveita Marroni II para conquistar o 2º tento colorado.
Com a vantagem de dois pontos, o Internacional começa a exercer franco domínio, mas os seu dianteiros, com exceção de Marroni II e Kessler, começam a fazer jogo para a assistência. Júlio intervém várias vezes, o que faz com maestria. Entretanto, o domínio por parte dos “colorados” é evidente, sem que a comtagem se altere. As poucas cargas do Bancário vão morrer nos pés de Risada ou Carneiro. Faltam poucos minutos para terminar e o Bancário inicia algumas excursões ao campo adversário. Numa dessas investidas, Odorico, aproveitando um passe de Lourival, marca o 1º ponto do Bancário, quando faltavam 6 minutos para terminar. Esse feito é bastante aplaudido, o que vem encorajar os rapazes do Bancário. O jogo é suspenso em virtude de Heitor ter se machucado. Reiniciado o jogo, o Bancário leva nova carga, e Odorico conquista, em belo tiro enviesado o 2º tento do Bancário.
Estava empatada a partida, quando faltavam somente três minutos para a sua terminação. O Internacional ainda tenta uma reação, mas a defesa do Bancário está firme. E com o seguinte resultado, termina esse embate:
Bancário - 2
Internacional - 2
O Internacional ressentiu-se da falta de Ribeiro, que estava machucado. Como sempre, houve um "sururu” entre torcedores exaltados. O jogo dos quadros secundários terminou com a vitória do Internacional por 3 x 0. O juiz Alfredo Mancuso atuou a contento geral.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 07/04/1930, ano 1930, n. 140, p. 15. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2297. Acesso em: 22 out. 2024.