Amistosos contra o Chivas Guadalajara em 1995

Antes de o Internacional enfrentar o Chivas Guadalajara nas semifinais da Sul-americana de 2008 e na decisão da Libertadores de 2010, os times se enfrentaram em dois amistosos em 1995. Enquanto o time titular excursionava, o time B disputava as partidas do Gauchão. Ambos os amistosos foram realizados nos Estados Unidos.

O primeiro foi realizado em Los Angeles e o Internacional perdeu por 2 a 0.
"AS CHIVAS DERROTARAM O INTERNACIONAL POR 2 A 0 
LOS ANGELES, Califórnia - 7 de maio (Especial) - No encontro amistoso realizado hoje nessa cidade, as Chivas Rayadas de Guadalajara derrotaram por dois gols a zero o Internacional do Brasil.
O Memorial Coliseu, estádio onde se realizou esse compromisso, registrou um público regular e os torcedores apoiaram o plantel mexicano.
Mas na primeira parte desse compromisso foi pouco espetacular, levando em consideração que não houve espaços para as ambas equipes mostrarem seu brilho.
E foi na segunda etapa que saíram os gols.
O primeiro gol veio quando Missael Espinosa cobrou um escanteio, Carlos Turrubiates cabeceou e guardou na goleira brasileira.
O segundo tento rojiblanco foi marcado por Espinosa, que depois de se livrar dos rivais chutou cruzado.
A escalação que os rojiblancos apresentaram foi confirmada com os seguintes elementos: Eduardo Fernández; Felipe Robles, Manuel Vidrio, Carlos Turrubiates e Camilo Romero; Omar Arellano, José Manuel de la Torre, Alberto García e Ramón Ramírez (Gabriel García, depois Alberto Coyote); Missael Espinosa e Daniel Guzmán (Ignácio Vásquez).
O Guadalajara viajará amanhã para San José, Califórnia, para enfrentar na terça-feira à noite, novamente, o Internacional".
Fonte: EL INFORMADOR. 8 de maio de 1995, p. 33. México.

"O MEXICANO CHIVAS GUADALAJARA DERROTA O BRASILEIRO INTERNACIONAL POR 2 A 0 
Pelo menos não choveu.
Em um jogo anunciado como "o melhor contra o melhor", pois ambos os times são os líderes em seus respectivos países*, o mexicano Guadalajara e o brasileiro Internacional de Porto Alegre realizaram uma frustrante partida de futebol no domingo, no Coliseum.
No final, o Chivas venceu por 2 a 0, mas nenhum time parecia um campeão.
Embora o Guadalajara seja o time mais popular do México e o Internacional seja quatro vezes campeão no Brasil, cerca de 5.000 e 6.000 marcaram presença. Ninguém perdeu muita coisa.
Aos oito minutos de jogo, Chivas sofreu um desfalque quando seu capitão, a estrela da seleção mexicana Ramón Ramirez, zagueiro-chave que frequentemente ajuda no meio de campo e no ataque pela ponta esquerda, sofreu uma lesão".
Fonte: LOPETEGUI, Enrique. Los Angeles Times, 8 de maio de 1995. Estados Unidos. Disponível em: <http://articles.latimes.com/1995-05-08/sports/sp-63668_1_guadalajara-s-chivas>. Acesso em 26 jul 2016.


O segundo amistoso terminou com vitória colorada pelo mesmo placar do primeiro jogo: 2 a 0.
"O GUADALAJARA CAIU AGORA POR 2 A 0 
SAN JOSÉ, Califórnia - 9 de maio (Especial) - Em um encontro amistoso e de revanche efetuado hoje à noite nessa cidade, o Internacional superou o Guadalajara por dois gols a zero. Ambos os plantéis haviam se enfrentado no domingo passado e o triunfo terminou a favor do time tapatío*.
Na primeira etapa, o time brasileiro teve mais chegadas diante da meta defendida por Celestino Morales. O Guadalajara, por sua vez, com um esquema defensivo, poucas vezes chegou à meta defendida pelo goleiro César Silva.
Assim, o grupo brasileiro pôs o marcador a funcionar aos 23 minutos. Caíco, de fora da área e sem nenhuma pressão, teve todo o tempo do mundo para mandar um chute potente e vencer a rede de Celestino Morales.
Os rojiblancos poderiam ter empatado, mas um chute de Missael Espinosa dentro da área chegou fácil às mãos do goleiro brasileiro. 
VÁRIAS MUDANÇAS
Para o segundo tempo, Alberto Guerra, técnico do Chivas, fez quatro substituições buscando mais investidas ao inimigo. O time mostrou certa força no ataque nos primeiros minutos e um gol de Espinosa foi anulado, mas essa força pouco a pouco foi se apagando, além disso, sua linha defensiva deu muita liberdade e o time do Internacional marcou seu segundo tento através de Zé Alcino.
Houve uma briga no final do jogo, e De La Torre e Leandro Machado foram expulsos.
Esse foi a escalação que o Guadalajara utilizou: Morales (Eduardo Fernández); Felipe Robles (Camilo Romero), Manuel Vidrio (De la Torre), Carlos Turrubiates e Omar Arellano; Guillermo Hernández, Alberto García, Alberto Coyote e Missael Espinosa; Ignácio Vásquez (Daniel Guzmán) e Manuel Martínez".
Fonte: EL INFORMADOR. 10 de maio de 1995, p. 19. México.


Chamada para Chivas-MEX x Internacional na televisão mexicana.
Fonte: El Informador
* Tipatío é como é chamado o habitante de Guadalajara.

Once Caldas 1 x 1 Internacional (Amistoso 1996)

Em fevereiro de 1996, o Internacional foi convidado pelo Once Caldas para realizar um amistoso de inauguração da nova cobertura do seu estádio, o Palogrande, como mostra o periódico El Tiempo, da Colômbia:
"O PALOGRANDE ESTREIA A COBERTURA
Haverá uma segunda inauguração hoje no estádio Palogrande, um dos mais cômodos e funcionais da América do Sul. 
O cenário, constuído em tempo recorde, 2 anos e meio, com um investimento de cerca de 5 milhões de pesos, teve seu início em 31 de julho de 1994.
Para esta quinta-feira, os governos de Caldas e Manizales, entregarão oficialmente a cobertura, iluminação e som interno em um ato que inclui, além de um amistoso entre Once Caldas e Internacional de Porto Alegre, um espetáculo artístico com a orquestra Iván e seus Bam Band.
A cobertura do Palogrande foi desenhada, fabricada, montada e instalada pela empresa Jubal Estrada y Compañía.
No intervalo de 300 dias se realizaram os trabalhos para fixar sobre as vigas, as estruturas metálicas de suporte e o teto que cobre 90% da área total das arquibancadas.
A área da cobertura é de 13.780 m² e serve de para todo o estádio, sede tradicional do quadro profissional do Once Caldas na Primeira Divisão Colombiana.
A iluminação consiste de 8 torres com uma altura de 30 metros cada uma e, por sua qualidade e a luz do dia que oferece para o campo de jogo, é uma das mais modernas do país.
Igualmente, a administração municipal entregará um completo sistema de som com equipamentos de amplificação, composto por 40 auto-falantes, distribuídos em todas as arquibancadas.
Na parte desportiva, a Corporación Deportiva Once Caldas tem programada a presença do Internacional de Porto Alegre, que traz em seu elenco o goleiro campeão do mundo com a Argentina, Sergio Goycochea*.
O Caldas apresentará seus recentes reforços, os sul-africanos Tebogo Moloy e Belakane Cetrick, e o argentino Sergio Galván Rey.
Jorge Hernán Hoyos, Eduardo Botero e Ojen Román estão encarregados da arbitragem
A programação começará às 7 da noite e antes do encontro futebolístico, o governador, Ricardo Zapata Arias, e o prefeito, Mauricio Arias Arango, se dirigirão aos espectadores. Além disso, de última hora foi confirmada a presença de María Emma Mejía, a ministra da Educação.
No ato, haverá um minuto de silêncio como homenagem a Kevin Angel Mejía e Fortunato Gaviria Botero, ex-prefeito e ex-governador, respectivamente, os quais promoveram a obra construída durante o mandato municipal de Germán Cardona Gutiérrez".
*Goychochea não esteve no grupo campeão do mundo de 1986, mas no vice-campeonato mundial de 1990 com a Argentina.

Fonte: MARTINEZ, Duvan. El Tiempo, 8 de fevereiro de 1996. Colômbia. Disponível em: <http://www.eltiempo.com/archivo/documento/MAM-364892>. Acesso em 26 jul 2016.


A partida terminou  empatada em 1 a 1, com um público muito abaixo do esperado em uma noite muito fria. Élson marcou o gol colorado e Argel foi expulso por reclamação.
"E A COBERTURA FOI ESTREIADA
A segunda inauguração do estádio Palogrande terminou alegre pela música em uma noite fria, e de esperança para uma equipe que ainda não exibe o nível que todos esperam. 
Ao rival do Once Caldas, o Internacional de Porto Alegre, faltou beleza para o espetáculo, mas demonstrou a qualidade de alguns de seus jogadores.
A estreia do atacante sul-africano Cetrick deixou as coisas interessantes, sem chegar a convencer. Voltou ao campo Carlos Zuñiga com o temperamento de sempre depois de um ano de inatividade por uma fratura dupla durante um jogo contra o Envigado.
O público não respondeu como se esperava o espetáculo organizado pela prefeitura de Manizales, Postobón e o Once Caldas. Pagaram o ingresso 12 mil pessoas que deixaram 32 milhões na bilheteria. Por várias razões o ingresso não foi superior: o mau momento futebolístico do Caldas, o intenso inverno a falta de promoção mais chamativas em torno do goleiro campeão do mundo, Sergio Goycochea, por exemplo. O esforço de Posobón e Leona de trazer uma equipe de renome, assim o justificaria.
A ministra da Educação, María Emma Mejía felicitou os caldenses e as autoridades locais pelo enorme cenário que está à altura dos melhores da América do Sul.
Para muitos, é muito estádio para pouco time. Na parte esportiva, ficou o empate por um gol, o mesmo marcador da partida que os mesmos representantes deixaram em 1983, no antigo Fernando Londoño para celebrar o Torneo de La Paz.
O 3-5-2- imposto pelo técnico visitante Pedro Virgilio Rocha causou estragos no meio de campo caldista onde o sul-africano Tebogo Moloy reapareceu com grande demonstração de futebol e o argentino Galván Rey apenas avançou sem êxito o ataque.
Houve várias possibilidades diante das metas, mesmo que o argentino Goycochea sendo menos exigido do que Torres.
O Internacional abriu o marcador logo depois de um tiro livre em que a defesa falhou e, no rebote, o volante Élson aproveitou para vencer o goleiro Hernán Torres aos 25 minutos do primeiro tempo. O empate veio com Arnulfo Valentierra, de pênalti, por falta dentro da área aos 10 minutos do segundo tempo.
A arbitragem composta por Jorge Hernán Hoyos, Eduardo Botero e Ojen Román foi conduzida com técnica e disciplina. Por reclamação, Argel foi expulso, do time visitante".
Fonte: MARTINEZ, Duvan. El Tiempo, 10 de fevereiro de 1996. Colômbia. Disponível em: <http://www.eltiempo.com/archivo/documento/MAM-363206>. Acesso em 26 jul 2016.

Pós-jogo - Ponte Preta 2 x 2 Internacional (Campeonato Brasileiro 2016 - 1º turno)

É, coloradagem... 22 pontos perdidos nas últimas 8 rodadas. Os problemas continuam os mesmos, porém, duas boas "surpresas" se mostraram nesse jogo: Valdívia voltando a marcar e Ariel mostrando uma vontade maior do que Vitinho e Eduardo Sasha juntos.
Ariel marcou seu primeiro gol com a camisa vermelha.
Foto: Zero Hora.
O Internacional continua aquele amontoado de jogadores desorganizado. Saímos na frente com Valdívia e tomamos a virada, como nunca é hipótese descartada. Roger e Wendel fizeram o serviço para a Ponte Preta. Com a expulsão de Fernando Bob, a situação ficou complicada, mas o persistente Ariel anotou de cabeça para empatar o jogo. Até o final do jogo, Marcelo Lomba conseguiu evitar mais uma derrota.

Mas o destaque negativo da partida foi a arbitragem. Somos colorados e parcias, mas jamais injustos. A Ponte Preta teve um pênalti não marcado e um gol MUITO mal anulado. Colorado que não admite a cagada da arbitragem ontem merece os anos 80, 90 e 2005, sem choro. Aliás, falando em 2005, o que foi o lance do goleiro Cássio contra o Figueira... Já vimos esse filme antes.

Não há muito o que dizer sobre a atuação colorada, mas o que eu deixo aqui é um apelo ao Géferson:
- Brother, o Enem é logo ali.

CAMPEONATO BRASILEIRO 2016 - 1º TURNO - PONTE PRETA 2 X 2 INTERNACIONAL
Data: 24/7/2016
Local: Moisés Lucarelli - Campinas (SP)
Público: 5940
Renda: R$ 99.120
Juiz: Leonardo Garcia Cavaleiro, auxiliado por Rodrigo Henrique Corrêa e Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha.
Cartões: Reinaldo, Matheus Jesus, Clayson (P); Géferson e Vitinho (I).
Expulsão: Fernando Bob (I).
Gols: Valdívia 25'/1 (I); Roger 42'/1 (P); Wendel 1'/2 (P); Ariel 37'/2 (I).
PONTE PRETA: João Carlos; Nino Paraíba, Fábio Ferreira, Douglas Grolli e Reinaldo; João Vítor, Wendel (Matheus Jesus), Rhayner, Clayson e Maicon (Wellington Paulista); Roger. Técnico: Eduardo Baptista.
INTERNACIONAL: Marcelo Lomba; Fabinho, Paulão, Ernando e Géferson; Fernando Bob, Anselmo, Gustavo Ferrareis (Ânderson) e Valdívia (Ariel); Eduardo Sasha (Marquinhos) e Vitinho. Técnico: Falcão.

Paulo Santos

PAULO SANTOS
(atacante)

Nome completo: Paulo Santos
Data de nascimento: 14/4/1960
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1981
Internacional
1982-1983
Criciúma
1983-1985
Internacional
1986
Ferroviária-SP
1987
América-RJ
1988-1989
Glória
1990
Marcílio Dias
1991
Passo Fundo
1992
Caxias
1992
Brasil-FA
1993-1994
Palmeirense-RS
1998
Cruzeiro-RS

Oriundo das categorias de base do Internacional, Paulo Santos surgiu como uma forte promessa na ponta-direita, sendo uma das apostas do técnico Mário Juliato, entusiasta do seu futebol rápido e objetivo. Paulo é irmão do ex-gremista Beto, que defendeu o tricolor na década de 60, mas jogou a carreira fora aos 27 anos, por problemas com álcool.

O técnico Mário Juliato foi demitido no primeiro semestre de 1981 e o atacante acabou sendo emprestado no final de 1981. Depois de duas temporadas em Santa Catarina, retornou ao Beira-Rio sob muita desconfiança, ainda mais pela expectativa criada acerca de seu futebol.

Mas em seu retorno, Paulo voltou a adquirir confiança com os títulos estaduais de 83 e 84, a Copa Kirin de 84 e a participação nas Olimpíadas de Los Angeles, integrando a memorável SeleInter. Entretanto, não conseguiu dar continuidade às boas atuações e foi repassado à Ferroviária de Araraquara.

Depois de passar pelo Rio de Janeiro, voltou a atuar no futebol gaúcho. Defendeu Glória de Vacaria, Passo Fundo, Caxias, Brasil de Farroupilha, Palmeirense e Cruzeiro de Porto Alegre, além do Marcílio Dias-SC. Encerrou a carreira aos 38 anos.

Paulo César (1982)

PAULO CÉSAR
(zagueiro)

Nome completo: Paulo César Domingues Maurente
Data de nascimento: 1/2/1959
Local: Bagé (RS)

CARREIRA:
1977-1982
Pelotas
1982-1983
Internacional
1983-1984
Esportivo
1985
Sampaio Corrêa
1985-1986
Esportivo
1986-1987
CSA-AL
1987
XV de Jaú
1988
Goiás
1990-1991
Araçatuba
1991
Pelotas
1991-1992
Araçatuba

O bageense Paulo César começou a carreira no Pelotas em 1977. Curiosamente, enquanto o zagueiro esteve no Pelotas, o clube esteve na elite do futebol gaúcho. Contratado pelo Internacional no início de 1982, Paulo César teve raras oportunidades no time colorado. À sua frente, havia três monstros da defesa: Mauro Galvão, Mauro Pastor e André Luís. Permaneceu no Internacional entre 82 e 83, sendo repassado ao Esportivo.
Depois de duas boas temporadas em Bento Gonçalves, foi emprestado ao Sampaio Corrêa. Retornou ao Esportivo em 85, permanecendo até o ano seguinte. Pelo CSA, ajudou o clube a chegar à 2ª fase do Brasileirão de 86, mas fez uma vexatória campanha em 87.
Depois disso, teve passagens pelo XV de Jaú, Goiás, Araçatuba e Pelotas, com dificuldades de se firmar como titular nas equipes que defendeu. Parou de jogar em 1992, no Araçatuba.

Oreco

ORECO
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Waldemar Rodrigues Martins
Data de nascimento: 13/6/1932
Local: Santa Maria (RS)

Carreira:
1949
Inter-SM
1950-1956
Internacional
1957-1965
Corinthians
1965-1966
Millionarios-COL
1967-1968
Toluca-MEX
1969-1971
Dallas Tornado-EUA

Falar de Oreco é falar de versatilidade. O jogador atuava pelos dois lados do campo, além de jogar centralizado na defesa. Natural de Santa Maria, o jogador iniciou a carreira no Internacional local, em 1949. Seu apelido vem de uma forma reduzida de “reco-reco”.
Prestes a embarcar para o Rio de Janeiro para jogar pelo Fluminense, a direção colorada convidou o jovem lateral para um amistoso. E a partir de 1950, Oreco era o lateral-esquerdo titular do Internacional. Nos Eucaliptos, conquistou os estaduais de 1950 a 1953 e 1955. A Seleção Brasileira, representada por jogadores gaúchos, conquistou o Pan-americano de 1956. Oreco foi um dos jogadores mais aclamados.
Em 1957, Oreco foi para o Corinthians. O treinador do time era um grande conhecedor do futebol gaúcho: Osvaldo Brandão, ex-Inter. O ídolo colorado estava no caminho para se tornar grande ídolo do clube paulista, com atuações excepcionais que o levaram à Copa do Mundo de 1958.
Mas uma lesão grave o tirou da Copa de 62 e acabou deixando o craque no ostracismo. Depois de nove temporadas defendendo o clube do Parque São Jorge, Oreco foi explorar o exterior. Jogou no futebol colombiano, mexicano e no então novíssimo cenário estadunidense.
Pendurou as chuteiras em 71, mas seguiu divulgando o “soccer” nos Estados Unidos através de sua escolinha de futebol, que teve um sucesso gigantesco. Entretanto, o mesmo futebol que era sua paixão, acabou por vitimar o ex-atleta. Durante uma partida de masters, Oreco se sentiu mal e acabou falecendo no dia 3 de abril de 1985, em Ituverava, São Paulo.

Ademir Alcântara

ADEMIR ALCÂNTARA
(meia)

Nome completo: Ademir Bernardes Alcântara
Data de nascimento: 17/12/1962
Local: Mandaguaçu (PR)

CARREIRA:
1979
Cianorte
1979-1984
Pinheiros-PR
1984
Pelotas
1985
Internacional
1986-1988
Vitória de Guimarães-POR
1988-1990
Benfica-POR
1990-1991
Boavista-POR
1991-1994
Marítimo-POR
1994
Mogi Mirim
1995-1996
Coritiba
1997
Pelotas

Ademir Alcântara começou a carreira no Cianorte em 1979. Ademir era o camisa 10 clássico: habilidoso e de um passe preciso, porém, a mobilidade não era o seu maior trunfo. No mesmo ano, foi para o extinto Pinheiros, onde jogou até 1984, sendo campeão da segunda divisão paranaense em 82.

Sua primeira passagem pelo futebol gaúcho foi no Pelotas, em 84. No áureo-cerúleo foi artilheiro do Campeonato Gaúcho e se tornou um dos maiores ídolos do clube pelotense. No Inter, em 85, não teve o mesmo sucesso. Mesmo assim, as portas se abriram para o habilidoso meio-campo, que partiu para Portugal.

De 1986 a 1988, defendeu o Vitória de Guimarães, onde também se tornou ídolo da torcida. Sua transferência para o Benfica foi bastante conturbada, pois o Porto também estava na negociação do atleta, mas acabou ficando para trás. No Benfica, Ademir foi campeão nacional na temporada 1988/1989.

Depois de passagens por Boavista e Marítimo, Ademir decidiu retornar ao Brasil. No tempo em que esteve em Portugal, Ademir Alcântara era conhecido por “Ademirável”, pelos que idolatravam o meia, e por “A-dormir”, por aqueles que achavam o jogador lento.

Ficou um ano no Mogi Mirim e foi para o Coritiba. No Coxa, Ademir é um dos ídolos do time nos anos 90, ajudando o clube a se reerguer no cenário nacional, com o acesso à Série A conquistado em 1995. Até hoje, o jogador é mencionado por Alex, o “Cabeção”, como uma das maiores referências de sua carreira.
Ademir Alcântara encerrou a carreira em 1997, no Pelotas. Atualmente, trabalha no ramo da construção civil no Paraná.

Zezinho

ZEZINHO
(atacante)

Nome completo: José Conceição Costa
Data de nascimento: 13/9/1974
Local: Macaúbas (BA)

CARREIRA:
1994
Vitória
1995
Rio Branco-SP
1996
Veranópolis
1996
Rio Branco-SP
1997
Caldense
1997
Toulouse-FRA
1998
Madureira
1998
América-RN
1999
Vasco
1999
Internacional
2000
Vasco
2000
Náutico
2001
Portuguesa
2001-2002
Ceará
2002-2003
Beira-Mar-POR
2004
Ceará
2004
Atlético-MG
2005
América-RN
2006
Cascavel
2006
ASA-AL
2007
PetrolinaPE
2007
Cratéus-CE
2007
4 de Julho-PI
2008
Boa Viagem-CE
2008
River-PI
2009
Tiradentes-PI
2009
Picos-PI
2009
Nova Russas-CE
2010-2011
Cratéus-CE

Quando Zezinho abria a boca, sempre soava arrogante. Mas em suas atitudes, o atacante tinha humildade exemplar. Quando adolescente, Zezinho trabalhava em uma empresa de granito e mármore, mas a lei o impediu de seguir trabalhando. O futebol, até então um hobby, se tornou uma alternativa para driblar as dificuldades.

Apadrinhado pelo prefeito de Macaúbas, Zezinho foi levado às categorias de base do Flamengo no início dos anos 90. Retornou à Bahia em 1992 e se profissionalizou no Vitória em 94. No Rio Branco de Americana começou a alçar os primeiros vôos da carreira, marcando gols e ganhando destaque.

Depois de passar pela Caldense, Zezinho ficou meio ano no Toulouse. Com problemas de adaptação, retornou ao Brasil. Defendeu Madureira, América de Natal e Vasco, onde marcou um dos gols da decisão do Torneio Rio-São Paulo, driblando o goleiro Zetti, no jogo de ida.

Zezinho veio para o Internacional em setembro de 99, e às vésperas de um Gre-Nal válido pelo Campeonato Brasileiro, já chegou botando lenha na fogueira fora das quatro linhas. O Internacional foi derrotado e o atacante deixou o gramado do Olímpico vaiado por ambas as torcidas. Walmir Louruz insistia em apostar no atacante, mas foi demitido e a insistência de nada valeu. Com Émerson Leão, Celso retomou a titularidade absoluta e Zezinho ficou na reserva até o final do ano.


Retornou ao Vasco e, a partir de então, se aventurou por Portugal e pelo nordeste no Brasil, especificamente por Piauí e Ceará. Encerrou a carreira no Cratéus, em 2011. Zezinho pendurou as chuteiras, mas tem uma escolinha de futebol na sua cidade natal, Macaúbas, na Bahia. Durante sua passagem por Porto Alegre, o atacante fazia doações a instituições de caridade, além de distribuir cestas básicas em Macaúbas.