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31/03/1965 - Amistoso - Municipal-SG 0 x 3 Internacional

A primeira partida disputada em São Gabriel pelo Internacional foi no dia 31 de março de 1965, em jogo de caráter amistoso. O técnico colorado na ocasião era Sérgio Moacir Torres, o mesmo que queria abandonar o Gre-Nal de inauguração do estádio Olímpico. O Internacional venceu o jogo por 3 a 0.
Time do Internacional no dia 31/3/1965.
Em pé: Carlos Alberto, Célio, Ica, Luiz Carlos, Scala e Sadi.
Agachados: Pucinelli, Vanderley, Darlan, Edmílson e Laone.
Fonte: Acervo de Gilberto Trindade de Oliveira
Time do Municipal-SG no dia 31/3/1965
Fonte: Acervo de Gilberto Trindade de Oliveira.
O destaque do clube gabrielense era o atacante Canjica, jogador que tinha problemas com o álcool. Canjica, quando defendia o Gabrielense, se recusou a defender o Internacional, pois a condição imposta pela direção colorada afetava o seu ego: teria que parar com a bebida. Devanir Jobim Batista, nome do jogador, faleceu em 1994.



O Esporte Clube Municipal foi fundado no dia 30/3/1963. Disputou a Segundona Gaúcha em 1964, mas foi extinto no ano seguinte, no dia 20/4/1965, menos de um mês depois da passagem do Internacional pela cidade. De sua extinção, ressurgiram Esporte Clube Cruzeiro e Grêmio Esportivo Gabrielense.




AMISTOSO - MUNICIPAL-SG 0 X 3 INTERNACIONAL
Data: 31/03/1965
Local: Sílvio de Faria Corrêa - São Gabriel (RS)
Renda: R$ 1.020.000,00
Juiz: Flávio Cavedini
Gols: Darlan ?’/1 (I); Puccinelli ?’/2 (I); Vanderlei ?’/2 (I).
MUNICIPAL-SG: Fernandes; Wilson, Rubens, Caio e Doneval; Canguca e Zico; Marron, Sherba, Chola e Worney.
INTERNACIONAL: Célio (Beno); Carlos Alberto, Scala (Jorge), Luís Carlos e Sadi (Rui Cidade); Ica (Eduardo) e Edmílson (Dorinho); Puccinelli (Carlos Castro), Vanderlei, Darlan (Ênio Souza) e Laone (Gilberto Andrade). Técnico: Sérgio Moacir Torres.


Referências:
https://n1noticia.wordpress.com/category/esporte/
http://reliquiasdofutebol.blogspot.com.br/2009/04/zico-professor-ilo-de-oliveira-e-caio.html
http://timesdors.blogspot.com.br/2014/06/municipal-de-sao-gabrielrs.html
http://vivasaogabriel.blogspot.com.br/2012/04/blog-post_19.html

10/11/1999 - Campeonato Brasileiro 1999 - 1ª fase - Internacional 1 x 0 Palmeiras


O descenso é o inferno para qualquer clube no cenário nacional. Qual torcedor gostaria de ver seu time do coração disputando partidas no segundo escalão do futebol brasileiro? A dor do rebaixamento deve doer e nós, colorados, jamais gostaríamos de provar esse sabor amargo.
A apreensão da torcida colorada foi levemente amenizada pelo ponto ganho na justiça, depois da constatação da irregularidade na escalação de Sandro Hiroshi por parte do São Paulo. Casa cheia e os nervos aflorados, em um misto de confiança e apreensão na luta contra a queda à Série B.  O Inter ainda dependia de resultados paralelos para permanecer na Série A.
A esperança colorada estava depositada em Lúcio, Dunga e Fabiano. O Palmeiras tinha um time excelente, com Marcos, Cléber, Zinho e Paulo Nunes, odiado pela massa vermelha em virtude de sua identificação com o Grêmio.
Mal o árbitro Márcio Rezende de Freitas apitou o início de jogo e o Inter começou a pressionar o Palmeiras, que se preparava para a disputa do Mundial contra o Manchester United. Quem imaginava que o Verdão viria somente pra cumprir tabela, se enganou. O Palmeiras se defendeu e criou grandes possibilidades no primeiro tempo. O Inter, nervoso, não conseguia ter o controle da bola.
Felipão, gremista escancarado, parecia disposto a rebaixar o Internacional. Ainda nervoso, mas determinado a não cair, o Inter e seu time de operários suportavam a pressão palmeirense do jeito que dava. Mesmo desfalcado, o Verdão era um timaço. Os alto-falantes do Beira-Rio não informavam os resultados alheios, para não desmotivar o torcedor e o time. Tudo estava desfavorável e o Colorado precisava da torcida mais do que tudo.
Aos 35 do segundo tempo, o Inter chegava na frente em um contra-ataque, quando Celso, que entrou no lugar do lateral-esquerdo Gustavo, aplica um lençol no volante Galeano e é derrubado. A falta era sinônimo de esperança. Celso, artilheiro do Inter no campeonato, e Elivélton se posicionavam para a cobrança de falta.
Celso cobrou por cima da barreira e Dunga, 15 anos de volta depois de deixar o Beira-Rio, escora de cabeça, fugindo da marcação. Ele, que foi preterido por Leão nas últimas rodadas, se tornou nosso salvador.
A partir daí, loucura total. O Inter fazia o que dava para segurar o Palmeiras, depois de ter o técnico Leão expulso. Rezende deu apenas dois minutos de acréscimo e na virada dos 46, os refletores se apagam. Depois de quinze minutos sem luz, a bola volta a rolar e Pena dá o último susto, chutando uma bola por cima do gol do baixinho João Gabriel.
Fim de jogo. Internacional permanece na elite do futebol nacional e, de quebra, termina o campeonato na frente do rival. A fatídica década de 90 chegava ao fim com duas fugas do rebaixamento. Ambas bem sucedidas, graças a Deus, Letelier e Dunga.

CAMPEONATO BRASILEIRO 1999 - 1ª FASE - INTERNACIONAL 1 X 0 PALMEIRAS
Data: 10/11/1999 
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS) 
Público: 40.068 
Renda: R$ 63.206,00 
Juiz: Márcio Rezende de Freitas, auxiliado por Marco A. Gomes e Marco A. Martins.
Cartões: Enciso (I); Asprilla e Cléber (P). 
Gol: Dunga 36’/2 (I).
INTERNACIONAL: João Gabriel; Denílson, Ânderson Luiz, Lúcio e Gustavo (Celso); Dunga, Enciso, Claiton e Elivélton; Fabiano e Almir. Técnico: Émerson Leão.
PALMEIRAS: Marcos; Arce (Jackson Coelho), Agnaldo Liz (Edmílson), Cléber e Júnior; Galeano, Rogério Fidélis, Zinho e Asprilla; Paulo Nunes e Evair (Pena). Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Canal: Edu Cesar

28/03/1981 - Campeonato Brasileiro 1981 - 2ª fase - Internacional 6 x 0 Palmeiras

O Internacional é responsável pela maior goleada sofrida pelo Palmeiras em Campeonatos Brasileiros. Em 1981, o Inter aplicou uma inapelável goleada por 6 a 0 em cima do alviverde, com uma atuação de gala do meio-campo Batista. O Goiás repetiria o feito, vencendo o Palmeiras pelo mesmo placar em 2014.
A partida foi válida pela 2ª fase do Campeonato Brasileiro de 1981. O resultado, praticamente, eliminou o time paulista da competição, que dependia de resultados paralelos. O Internacional passou adiante como 1º lugar do grupo J.
Os gols da partida você confere no vídeo abaixo:

CAMPEONATO BRASILEIRO 1981 - 2ª FASE - INTERNACIONAL 6 X 0 PALMEIRAS
Data: 28/03/1981
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Juiz: Wilson Carlos dos Santos, auxiliado por Paulo Roberto Chaves e José Maria Brandão.
Cartões: Rodrigues Neto (I); Paulinho, Freitas e Vitor Hugo (P).
Gols: Batista 13'/1 (I); Cléo Hickmann 36'/1 (I); Batista 2'/2 (I); Mauro Pastor 17'/2 (I); Nílson Dias 20'/2 (I); Mauro Pastor 38'/2 (I).
INTERNACIONAL: Benítez (Bagatini); Betão, Mauro Pastor, Mauro Galvão e Rodrigues Neto; Ademir Kaefer, Batista e Cléo Hickmann (Silvio Hickmann); Jair, Nílson Dias e Mário Sérgio. Técnico: Mário Juliato.
PALMEIRAS:  João Marcos; Vágner Benazzi (Pires), Édson, Marquinhos e Pedrinho; Vitor Hugo, Célio e Freitas; Osni, Paulinho e Romeu. Técnico: Dudu.

17 de dezembro de 2006: o dia em que tudo aconteceu

Por Geison Munhoz

Me perdoa!

Ninguém levava fé. Seja honesto, colorado: nem tu mesmo acreditava que terminaria do jeito que terminou. Parecia impossível, intangível, inconcebível. Era algo tão distante, como a estrela solitária de 1992 diante do Fluminense e toda aquela polêmica acerca do pênalti em cima de Pinga. A conquista da Taça Libertadores de 2006 alimentou um sonho e uma incógnita na cabeça do torcedor colorado: "SERÁ QUE DÁ"?
Entre agosto e dezembro, perdemos quatro referências fundamentais do time-base: Bolívar (general da zaga colorada), Jorge Wagner (lateral-esquerdo que marcou dois golaços contra Nacional e LDU na fase final), Tinga (nosso motor incansável e autor do gol do título) e Rafael Sobis (o guri que rasgou a camisa do São Paulo, calou o Morumbi e fez a zorra toda na reta final da Copa). Vieram Hidalgo (lateral-esquerdo do Libertad, adversário do Inter na semifinal), Vargas (campeão com o Boca Juniors em 2003) e Pinga (sim, ele mesmo, mas estava sem condições, graças a Deus).
Aqueles meses foram angustiantes, como se já não bastasse a parada da Copa do Mundo que gerou aquele hiato gigantesco entre os confrontos contra a LDU. No Campeonato Brasileiro, o Internacional ia deixando a taça escapar rodada por rodada para um São Paulo mordido, porém, aguerrido e lutador, como nunca mais visto desde 2008.
Aos poucos apareciam bons nomes entre os jovens, como os campeões do Brasileiro Sub-20 Alexandre Pato (que arrebentou com o Palmeiras na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro) e Luiz Adriano, ao mesmo tempo em que tivemos as baixas de Márcio Mossoró e Rentería. Na última rodada, fomos goleados pelo Goiás em pleno Beira-Rio, mas quem se importava? Cara, estávamos a caminho do Japão!
Agora tu, colorado... Imaginou que aquele coloradinho que cresceu com uma camiseta escrito "Aplub" em meio de um monte de camisetas escrito "Renner", veria o Internacional jogando contra o Barcelona em uma manhã de domingo, a não ser no Ronaldinho Soccer 97? Imaginou que teu pai te colocaria em um carro junto com toda a tua família e vocês fariam parte da maior festa que esse estado já viu em comemoração de um título mundial?
Passado o cagaço do jogo contra o Al-Ahly, veio um cagaço ainda maior quando o Barcelona socou sem cuspe e com areia o coitado do América do México. A madrugada do dia 17 de dezembro foi de total angústia. Sono? Fome? Sede? A única coisa que se pensava era em não passar do horário do jogo. Quem conseguiu dormir só teve esse sucesso depois de tomar um tarja preta, porque meu Deus... Que agonia do cacete!
O jogo começa e vai se desenrolando em meio a muitos "haja coração", "quem é que sobe", "bateu pro gol". E aquele dentuço FDP, que tanto nos fez chorar, não parava de sorrir. Futebol era a alegria de Ronaldinho, mas aquele dia era de cerrar seus dentes e costurar a sua boca. Ele era a esperança do lado azul e o que mantinha a rivalidade viva, mesmo do outro lado do mundo.
O embate estava sendo melhor do que o esperado. Víamos um time compactado, marcador, saindo para o jogo nas horas apropriadas, sem a afobação que vitimou o time mexicano na semifinal. Aí começa a loucura e a resposta para a pergunta do início do texto é: "É DIFÍCIL, MAS DÁ". Edinho (sim, o nome dele vai estar aqui, tu querendo ou não) acerta o nariz de Índio, que cai sangrando, enquanto Fernandão sente cãibras e não se aguenta em pé.
Clemer segue fechando o gol, enquanto Fernandão segue no sacrifício. "IH, ACHO QUE NÃO VAI DAR". E, finalmente, Fernandão tem que deixar o campo e o escolhido por Abelão é Adriano Gabiru. "ACABOU O SONHO, GURIZADA. FOI LINDO VER O INTER NO JAPÃO, MAS QUEM SABE EM UMA OUTRA OPORTUNIDADE. VAMOS PERDER DE CABEÇA ERGUIDA".
Só que o futebol é uma coisa muito louca. Tem um misto de senso de justiça com mística, onde o plot-twist é a cereja do bolo. E nas palavras de Denardin (2006):
"Índio faz o domínio da bola, Ronaldinho faz a marcação a distância. Índio chuta de qualquer maneira para o meio do campo, de cabeça torneou Adriano Gabiru. Tocou para Luiz Adriano pro Iarley... Olha o gol do Inter pintando... Luiz Adriano ta livre, lá vai Iarley, tocou no Gabiru, vai marcar, atirou, Gooooool! Goooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooool".
A partir desse momento, a água virou vinho, os peixes se multiplicaram, mares se abriram. O maior dos colorados ateus levantou as mãos para o céu e disse: "OBRIGADO, SENHOR". Vizinhanças finalmente desentocaram em um momento único de confraternização, agitando bandeiras e camisetas aos gritos de "INTER! INTER! INTER!". O vizinho que era fuzilado com os olhos pelo pessoal da rua por causa do som alto passou a ser amado pela vizinha ao colocar no alto-falante: "PAPAI É O MAIOR! PAPAI É QUE É O TAL! QUE COISA LOUCA! QUE COISA RARA! PAPAI NÃO RESPEITA CARA!".
Mas o jogo ainda não tinha acabado. Faltavam menos de 10 minutos e os joelhos não paravam de doer. As articulações estavam judiadas pelos sinais de fé do torcedor, ora de pé, ora ajoelhado, como se brincasse de vivo ou morto. Estávamos vivos, mas qualquer vacilo custaria esse sonho que um dia foi tão surreal.
Aí que São Clemer e seus apóstolos começaram uma sucessão de milagres em cima de milagres. Viram como as forças divinas estiveram conosco?! A cara de bosta de Ronaldinho, Deco e cia. era impagável. Cada torcedor se tornou um Abel Braga em frente às suas respectivas TVs, fazendo o sinal universal de ACABA LOGO COM ESSA MERDA, PELAMORDEDEUS! Se os espanhóis não sabiam quem era o Internacional, pois então... Muito prazer, campeões do mundo. Então, o juiz apitou o fim do jogo.
Foi lindo demais aquele caos de jogadores e comissão técnica correndo de um lado para o outro. Nunca um torcedor foi tão bem representado. Soava como uma imitação da vida real aquela explosão de alegria. Jamais na história haverá algo mais lindo do que a manhã do dia 17 de dezembro de 2006. Foi um domingo em que o churrasco foi secundário, o chimarrão esfriou, a cerveja chocou e o almoço teve que esperar a festa acabar.
Para o colorado que viveu o amargor dos anos 80 e 90, aquele dia nunca acabou e nunca mais vai ter fim. E no dia em que inventarem uma máquina do tempo, experimente. Volte ao passado e diga para aquele ou aquela coloradinha de camisetinha escrito "Aplub" que sim, um dia seremos campeões do mundo!

Once Caldas 1 x 1 Internacional (Amistoso 1996)

Em fevereiro de 1996, o Internacional foi convidado pelo Once Caldas para realizar um amistoso de inauguração da nova cobertura do seu estádio, o Palogrande, como mostra o periódico El Tiempo, da Colômbia:
"O PALOGRANDE ESTREIA A COBERTURA
Haverá uma segunda inauguração hoje no estádio Palogrande, um dos mais cômodos e funcionais da América do Sul. 
O cenário, constuído em tempo recorde, 2 anos e meio, com um investimento de cerca de 5 milhões de pesos, teve seu início em 31 de julho de 1994.
Para esta quinta-feira, os governos de Caldas e Manizales, entregarão oficialmente a cobertura, iluminação e som interno em um ato que inclui, além de um amistoso entre Once Caldas e Internacional de Porto Alegre, um espetáculo artístico com a orquestra Iván e seus Bam Band.
A cobertura do Palogrande foi desenhada, fabricada, montada e instalada pela empresa Jubal Estrada y Compañía.
No intervalo de 300 dias se realizaram os trabalhos para fixar sobre as vigas, as estruturas metálicas de suporte e o teto que cobre 90% da área total das arquibancadas.
A área da cobertura é de 13.780 m² e serve de para todo o estádio, sede tradicional do quadro profissional do Once Caldas na Primeira Divisão Colombiana.
A iluminação consiste de 8 torres com uma altura de 30 metros cada uma e, por sua qualidade e a luz do dia que oferece para o campo de jogo, é uma das mais modernas do país.
Igualmente, a administração municipal entregará um completo sistema de som com equipamentos de amplificação, composto por 40 auto-falantes, distribuídos em todas as arquibancadas.
Na parte desportiva, a Corporación Deportiva Once Caldas tem programada a presença do Internacional de Porto Alegre, que traz em seu elenco o goleiro campeão do mundo com a Argentina, Sergio Goycochea*.
O Caldas apresentará seus recentes reforços, os sul-africanos Tebogo Moloy e Belakane Cetrick, e o argentino Sergio Galván Rey.
Jorge Hernán Hoyos, Eduardo Botero e Ojen Román estão encarregados da arbitragem
A programação começará às 7 da noite e antes do encontro futebolístico, o governador, Ricardo Zapata Arias, e o prefeito, Mauricio Arias Arango, se dirigirão aos espectadores. Além disso, de última hora foi confirmada a presença de María Emma Mejía, a ministra da Educação.
No ato, haverá um minuto de silêncio como homenagem a Kevin Angel Mejía e Fortunato Gaviria Botero, ex-prefeito e ex-governador, respectivamente, os quais promoveram a obra construída durante o mandato municipal de Germán Cardona Gutiérrez".
*Goychochea não esteve no grupo campeão do mundo de 1986, mas no vice-campeonato mundial de 1990 com a Argentina.

Fonte: MARTINEZ, Duvan. El Tiempo, 8 de fevereiro de 1996. Colômbia. Disponível em: <http://www.eltiempo.com/archivo/documento/MAM-364892>. Acesso em 26 jul 2016.


A partida terminou  empatada em 1 a 1, com um público muito abaixo do esperado em uma noite muito fria. Élson marcou o gol colorado e Argel foi expulso por reclamação.
"E A COBERTURA FOI ESTREIADA
A segunda inauguração do estádio Palogrande terminou alegre pela música em uma noite fria, e de esperança para uma equipe que ainda não exibe o nível que todos esperam. 
Ao rival do Once Caldas, o Internacional de Porto Alegre, faltou beleza para o espetáculo, mas demonstrou a qualidade de alguns de seus jogadores.
A estreia do atacante sul-africano Cetrick deixou as coisas interessantes, sem chegar a convencer. Voltou ao campo Carlos Zuñiga com o temperamento de sempre depois de um ano de inatividade por uma fratura dupla durante um jogo contra o Envigado.
O público não respondeu como se esperava o espetáculo organizado pela prefeitura de Manizales, Postobón e o Once Caldas. Pagaram o ingresso 12 mil pessoas que deixaram 32 milhões na bilheteria. Por várias razões o ingresso não foi superior: o mau momento futebolístico do Caldas, o intenso inverno a falta de promoção mais chamativas em torno do goleiro campeão do mundo, Sergio Goycochea, por exemplo. O esforço de Posobón e Leona de trazer uma equipe de renome, assim o justificaria.
A ministra da Educação, María Emma Mejía felicitou os caldenses e as autoridades locais pelo enorme cenário que está à altura dos melhores da América do Sul.
Para muitos, é muito estádio para pouco time. Na parte esportiva, ficou o empate por um gol, o mesmo marcador da partida que os mesmos representantes deixaram em 1983, no antigo Fernando Londoño para celebrar o Torneo de La Paz.
O 3-5-2- imposto pelo técnico visitante Pedro Virgilio Rocha causou estragos no meio de campo caldista onde o sul-africano Tebogo Moloy reapareceu com grande demonstração de futebol e o argentino Galván Rey apenas avançou sem êxito o ataque.
Houve várias possibilidades diante das metas, mesmo que o argentino Goycochea sendo menos exigido do que Torres.
O Internacional abriu o marcador logo depois de um tiro livre em que a defesa falhou e, no rebote, o volante Élson aproveitou para vencer o goleiro Hernán Torres aos 25 minutos do primeiro tempo. O empate veio com Arnulfo Valentierra, de pênalti, por falta dentro da área aos 10 minutos do segundo tempo.
A arbitragem composta por Jorge Hernán Hoyos, Eduardo Botero e Ojen Román foi conduzida com técnica e disciplina. Por reclamação, Argel foi expulso, do time visitante".
Fonte: MARTINEZ, Duvan. El Tiempo, 10 de fevereiro de 1996. Colômbia. Disponível em: <http://www.eltiempo.com/archivo/documento/MAM-363206>. Acesso em 26 jul 2016.

Internacional 1 x 0 Grêmio (Campeonato Gaúcho 1997)

Os anos 90 foram difíceis para o torcedor colorado. Víamos o co-irmão se erguendo e se posicionando entre os grandes. Enquanto isso, e Internacional era vitimado por péssimas administrações que afligiam o torcedor ano a ano. Depois do título estadual de 1994 (o famoso "interminável"), vivemos dois anos insossos, sem sequer passar à próxima fase do Campeonato Brasileiro.

Em 1995, vice-campeão estadual e a vaga às semifinais do Brasileirão escapou no primeiro turno, em uma derrota bisonha para a Portuguesa em casa, com direito a pênalti desperdiçado por Branco. No ano seguinte, ficamos de fora da decisão do Gauchão e, mais uma vez, eliminação na última rodada da primeira fase do Campeonato Brasileiro, com a famosa derrota para o rebaixado Bragantino e, mais uma vez, com pênalti desperdiçado, dessa vez por Leandro Machado.

O torcedor colorado estava cansado de sofrer. Era foda vestir a camisa vermelha naquele tempo... Mas Deus guardou algo de bom para a coloradagem que enfrentava a friaca da beira do Guaíba ou o calorão dos meses de dezembro a março. O povão sempre esteve presente, jamais abandonou. Esteve junto com cânticos apaixonados.

1997 foi um ano para nenhum colorado esquecer. Está certo que o maior título do Internacional na década foi a Copa do Brasil, mas nós sabíamos o quanto valia aquele Gre-Nal. No jogo de ida, 1 a 1 no Olímpico, com gols de Christian e Vágner Fernandes.

Na semana do clássico, uma jogada de mestre: Fabiano simula uma contusão e a imprensa vai na onda. Porém, o predestinado Fabiano aparece nos onze iniciais. E quem deciciu? O nosso amado cachaceiro. Depois de um lançamento primoroso de Enciso, improvisado na lateral, o camisa 7 lança um canudo na meta de Danrlei e a vitória dava o caneco para o Internacional.

Aqueles dois anos duraram uma eternidade para o torcedor. Eu ainda tenho na memória a imagem do gol do Fabiano de trás da goleira, junto com a narração de Pedro Ernesto Denardin... Hoje eu olho para o time do Internacional e não vejo nem 10% da determinação daquele time. Recordar é bom sempre, mas fica um sentimento de tristeza por ver o Internacional nessa situação.

Fiquem com o jogo completo (salve Master Colorado!) e suspirem de nostalgia:


CAMPEONATO GAÚCHO 1997 - FINAL - VOLTA - INTERNACIONAL 1 X 0 GRÊMIO
Data: 2/7/1997
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Juiz: Carlos Eugênio Simon
Gol: Fabiano 4'/2 (I).
INTERNACIONAL: André; Enciso, Márcio Dias, Gamarra e Régis; Ânderson Luiz, Fernando, Arílson e Sandoval; Christian e Fabiano. Técnico: Celso Roth.
GRÊMIO: Danrlei; Arce, Vágner Fernandes, Mauro Galvão e Roger; Otacílio, Luiz Carlos Goiano, Émerson e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Zé Alcino. Técnico: Evaristo Macedo.

Internacional 2 x 0 Grêmio (Campeonato Brasileiro 2004)

Quem imaginaria que um rapaz pouco conhecido da massa vermelha até então entraria para a história do maior clássico do mundo?
E quem imaginaria que esse mesmo rapaz mudaria a história do nosso amado clube a partir desse momento mágico?

Quando Vinícius anotou o primeiro gol no decadente time do Grêmio, a expectativa aumentou ainda mais acerca de quem faria o milésimo gol da história dos Gre-Nais. O folclórico Joel Santana convocou o centroavante Fernandão logo após Oseas deixar o clube. A mão de "papai" Joel fez toda a diferença no clássico. Convenhamos que o gol 999 teve uma baita ajuda do goleiro gremista Tavarelli, que conseguiu levar um gol de encobrida debaixo dos paus em uma jogada de cabeça.

Aos 33 minutos do segundo tempo, Élder Granja dominou a bola na ponta direita e, cirurgicamente, cruzou na cabeça do atacante que aguardava dentro da área. Um cabeludo meio desengonçado (sim, foi isso que eu pensei quando vi Ele entrar em campo) subiu mais que a defesa tricolor e arrematou. Impiedosamente. Fulminante. Amigos, aquilo foi lindo demais!

Era o 2 a 0 no clássico e o gol 1.000 nos Gre-Nais. Sim, foi um jogo valendo três pontos, mas foi um divisor de águas na história do clube que via Fernandão e Internacional criarem um vínculo de paixão, devoção e confiança. A partir desse gol, o torcedor colorado passou a acreditar que aquele tempo de vacas magras estava próximo do fim. A partir do gol 1.000, o Beira-Rio ganhou uma atmosfera de otimismo e fé, que agitou o mar vermelho tal como nos anos 70.

Somos eternamente gratos ao FernanDeus, o homem Gre-Nal, testa de aço e representante-mor da instituição Sport Club Internacional no topo do mundo. 10 de julho de 2004 é um dia que vai durar para a eternidade.

Essa lembrança na voz de Pedro Ernesto Denardin fica mais maravilhosa ainda, vai dizer...

CAMPEONATO BRASILEIRO 2004 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 2 X 0 GRÊMIO
Data: 10/7/2004
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Público: 23.525 (20.218 pagantes).
Renda: R$ 282.661,00
Juiz: Paulo César Oliveira
Cartões: Sangaletti, Vinícius (I); Tavarelli, Claudiomiro, Leonardo Inácio, Marcelinho e Christian (G).
Gols: Vinícius 8'/2 (I); Fernandão 33'/2 (I).
INTERNACIONAL: Clemer; Sangaletti, Wilson (Fernandão) e Vinícius; Bolívar, Edinho, Marabá, Élder Granja e Alex; Danilo Gomes e Rafael Sobis (Dauri). Técnico: Joel Santana.
GRÊMIO: Tavarelli; Michel, Fábio Bilica (Baloy), Claudiomiro e Michel Bastos; Cocito, Leonardo Inácio (Cláudio Pitbull), Felipe Melo e Bruno (Élton); Marcelinho e Christian. Técnico: Plein.

Internacional 0 x 0 Grêmio (Amistoso 1969)

O lateral Laurício embolado com os jogadores tricolores.
Fonte: Colecionador Colorado
Clássico Gre-Nal é sinônimo de tensão, ânimos acirrados e qualquer faísca alastrada é capaz de causar uma catástrofe. E foi o que aconteceu no clássico Gre-Nal 189, no Torneio de Inauguração do estádio Beira-Rio. O lado azul guardava ressentimento da derrota histórica no primeiro clássico jogado em seu estádio. Além disso, as duas diretorias trocavam farpas através da imprensa. O clássico quase foi cancelado.

O Grêmio estava disposto a esculhambar as festividades de inauguração do Estádio Beira-Rio. A cereja do bolo era que o técnico gremista era Sérgio Moacir Torres Nunes, o goleiro que queria abandonar o primeiro Gre-Nal no Olímpico, puxado de volta pelo centroavante colorado Larry. Temendo pela integridade dos seus atletas, o técnico Daltro Menezes mandou 37 jogadores se fardar antes da partida.

O jogo começou com domínio colorado, que investia em jogadas de velocidade e de habilidade, enquanto o Grêmio descia o sarrafo, muito longe de ser o time hegemônico do estado na década de 60. O árbitro Orion Satter de Mello se mostrava perdido no meio de tanta canelada. Na virada do segundo tempo, o Internacional passou a responder com truculência e violência. Até que aos 38 minutos da segunda etapa, se iniciou o caos...

A bola estava segura nas mãos do goleiro Alberto, quando Urruzmendi atropelou Espinosa e Tupanzinho foi tirar satisfação. A partir daí, foi chute e soco pra todo lado. Alcindo foi correndo socorrer Tupanzinho, mas Sadi o bloqueou, acertando o jogador gremista. Os reservas de cada clube invadiram o gramado para ajudar seus respectivos colegas.
Sadi derruba Alcindo, em uma imagem que ilustra
a reviravolta colorada no final da década de 60.
Fonte: Placar
O ápice da briga foi a voadora de Gainete no meio dos jogadores tricolores. Ele que vivia em pé de guerra com o atacante Alcindo, acabou errando o chute e foi pontapeado por Volmir, Tupanzinho e Ari Ercílio... Ao fim da partida, apenas dois jogadores não foram expulsos: o goleiro gremista Alberto e o meia colorado Dorinho.
Gainete voa entre os gremistas. Na confusão, Valmir Louruz, Volmir,
Everaldo e Alcindo.
Fonte: Placar.
Gainete, que odiava o tricolor com todas as suas forças, foi profético quando abordado pelos repórteres: "aqui nós é que vamos cantar de galo!". E a partir da construção do Beira-Rio, o Internacional caminhava em direção ao octacampeonato gaúcho.

AMISTOSO 1969
INTERNACIONAL 0 x 0 GRÊMIO
Data: 20/4/1969
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Arbitro: Orion Satter de Mello
INTERNACIONAL: Gainete; Laurício, Pontes, Valmir Louruz e Sadi; Tovar e Dorinho; Valdomiro (Urruzmendi), Bráulio, Sérgio Galocha, Gílson Porto. Técnico: Daltro Menezes
GRÊMIO: Alberto; Valdir Espinosa, Ari Hercílio, Áureo e Everaldo; Jadir e Sérgio Lopes (Cléo); Hélio Pires, João Severiano, Alcindo e Volmir (Tupanzinho). Técnico: Sérgio Moacir.

Veja o vídeo do "Gre-Nal da Pauleira" (áudio bem ruim):

Internacional 3 x 2 Pelotas (Campeonato Gaúcho 2010)

Fonte: Valdir Friolin/Zero Hora
Internacional e Pelotas decidiram a Taça Fábio Koff de 2010, o 2º turno do Gauchão daquele ano. O Inter sequer chegou à decisão do 1º turno, sendo eliminado pelo Novo Hamburgo na semifinal.

Na Taça Fábio Koff, o Internacional terminou a fase de grupos na 3º colocação. Já o Pelotas, terminou em 4º. Ambos faziam parte do mesmo grupo no Gauchão. Na primeira fase, os times empataram em 2 a 2 no estádio Beira-Rio.

No dia 18 de abril, os times se encontraram, novamente, no Beira-Rio. Nas arquibancadas, as torcidas davam show. De um lado, o Internacional vinha embalado pela boa campanha na Libertadores. O Pelotas tinha um ataque formado por Clodoaldo e o experiente Alex Dias, além do folclórico Sandro Sotilli.

O jogo começou dramático para o Internacional, que se arriscava com chutes de fora da área, pois o Pelotas adotou uma postura retrancada, jogando nos contra-ataques. O Pelotas se aproveitava dos erros de passe do Internacional.

Aos 30 minutos do primeiro tempo, começava a brilhar a estrela de Clodoaldo. Em um lançamento primoroso, Alex Dias encontrou Clodoaldo, que saiu da marcação de Bolívar e mandou pro fundo da rede do goleiro Abbondanzieri.

Nove minutos mais tarde, a situação se agravou com o segundo gol do Pelotas. Mais uma vez, Clodoaldo. E, mais uma vez, grande jogada de Alex Dias, que tirou Abbondanzieri da jogada e lançou o companheiro com o gol livre à sua frente.

As vaias começaram antes mesmo do intervalo e os jogadores sentiram a cobrança. O resultado veio aos 43 minutos do primeiro tempo, quando Andrezinho cobrou escanteio e encontrou o zagueiro Bolívar livre, que arrematou de primeira, sem chances para o goleiro Jonatas. O gol renovou a esperança da torcida.

A partir de então, Jorge Fossati lançou o time ao ataque, trocando Giuliano por Walter, passando Fabiano Eller para a lateral e mandando Kléber para a meia-cancha. D'alessandro e Edu entraram em campo para tentar dominar a intermediária.

O empate veio com o gol do contestado Edu, aos 29 minutos do segundo tempo, depois de mais uma jogada de escanteio. O atacante venceu a disputa com o defensor pelotense e anotou para o Inter. O Pelotas ficou atordoado e o gol da vitória era apenas questão de tempo.

E a vitória finalmente aconteceu. Walter cruzou a bola pela direita, o goleiro Jonatas se antecipou a Alecsandro, mas o rebote caiu no pé direito de D'alessandro, que não desperdiçou a oportunidade, aos 36 minutos da etapa final. Vitória colorada por 3 a 2. Inter campeão da Taça Fábio Koff e classificado para a decisão do Gauchão.

CAMPEONATO GAÚCHO 2010
2º TURNO - FINAL
INTERNACIONAL 3 X 2 PELOTAS
Data: 18/4/2010
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Juiz: Carlos Simon, auxiliado por José Eduardo Calza e Vilmar Burini.
Cartões: Fabiano Eller (I); Jucemar e Bruno Salvador (P).
Gols: Clodoaldo 30'/1 (P); Clodoaldo 39'/1 (P); Bolívar 43'/1 (I); Edu 29'/2 (I); D'alessandro 36'/2 (I).
INTERNACIONAL: Abbondanzieri; Bolivar, Sorondo e Fabiano Eller; Glaydson, Sandro, Andrezinho (D'Alessandro), Giuliano (Walter) e Kléber; Taison (Edu) e Alecsandro. Técnico: Jorge Fossati.
PELOTAS: Jonatas; Jonas, Bruno Salvador e Jonatas Costa (Maurício); Maurinho, Gavião, Jucemar, Maicon Sapucaia (Jonatan) e Dick; Clodoaldo e Alex Dias (Sandro Sotilli). Técnico: Beto Almeida.

Veja os gols da vitória colorada:

América-MG 1 x 1 Internacional (Copa Sul-Minas 2000)

Três minutos. Esse foi o tempo em que o Internacional esteve classificado para a segunda fase da Copa Sul-Minas de 2000. A eliminação para o América-MG, não surpreendeu nenhum torcedor colorado na época, que via o time em frangalhos e como uma grande incógnita depois de uma temporada melancólica, como foi 1999.

Foto: Correio do Povo
Depois da Copa Sul de 1999, times de Minas Gerais foram inclusos na  competição a partir de 2000, formando a primeira Copa Sul-Minas. No  grupo do Internacional, Avaí, Atlético-PR e América-MG. Na última  rodada, o Colorado dependia de si e de resultados paralelos para se classificar.
O América-MG também dependia de uma vitória para se classificar. A esperança dos mineiros era depositada em Zé Afonso, dispensado pelo Grêmio no final do ano anterior. O Internacional era liderado por Dunga, herói colorado na fuga do rebaixamento do Brasileiro de 99.
Ambos os times começaram a partida cautelosamente, brigando pela bola no meio-de-campo, sem ousadia e criatividade. Já na segunda etapa, Lúcio abriu o placar após o bate-rebate em uma cobrança de escanteio. A alegria colorada aumentou quando o Grêmio Maringá empatou a partida contra o Coritiba.
Como visto muitas vezes, o Internacional se acomodou com o resultado e recuou o time. Depois de pressionar o Inter durante quase todo o segundo tempo, o América empatou a partida aos 42 minutos. O Internacional protagonizou mais uma decepção ao seu torcedor, enquanto o do América festejava a classificação.

FICHA DO JOGO
COPA SUL-MINAS 2000
PRIMEIRA FASE
AMÉRICA-MG 1 X 1 INTERNACIONAL
Data: 13/02/2000
Local: Independência (Belo Horizonte/MG)
Árbitro: Evandro Roman (PR)
Gols: Lúcio 6'/2 (I); Zé Afonso 42'/2 (A)
AMÉRICA-MG: Milagres; Estêvam (Tucho), Dênis, Wellington Paulo e Fabrício; Edgar, Pintado e Ruy; Rinaldo, Palhinha (Álvaro) e Welington Amorim (Zé Afonso). Técnico: Flávio Lopes.
INTERNACIONAL: João Gabriel; Lúcio, Ronaldo e Espínola; Denílson, Enciso, Dunga (Paulo César), Juca (Claiton) e Elivélton; Fabiano (Marcelo Scott) e Rodrigão. Técnico: Zé Mário.

Veja os melhores/piores momentos da partida.

Navegantes 0 x 7 Internacional (Amistoso 1967)

AMISTOSO - NAVEGANTES 0 X 7 INTERNACIONAL
Data: 07/05/1967
Local: Claudino de Almeida Neves - Jaguarão (RS)
Renda: NCr$ 4.420,00
Juiz: Nede Brum Neves
Gols: Marino [2], Lambari [2], Laone, Claudiomiro e Scala (I).
NAVEGANTES: Antônio; Nei, Ernani, Chorinho e Orelhano; Barbosa e Gersiu; Ademir, Arismendi, Nogue e Darcy.
INTERNACIONAL: Gainete (Schneider); Laurício, Scala (Nitota), Pontes e Sadi (Jorge Andrade); Lambari e Élton (Bido); Marino, Bráulio (Joaquim), Claudiomiro e Dorinho (Laone). Técnico: Sérgio Moacir Torres.
Obs.: entraram no Navegantes os jogadores Edinho e Petela.

Visitando algumas páginas com a finalidade de pesquisar jogos antigos, encontrei dados de um amistoso do Internacional em um blog administrado pelo gremista Ricardo Wortmann.
Em 1967, o Major Nelson Wortmann, personalidade muito conceituada no município de Jaguarão, foi atrás de um adversário para o Navegantes inaugurar o novo estádio da cidade. Amigo de Pinheiro Borda e de Ildo Meneghetti, Wortmann convocou o Sport Club Internacional para as festividades.
Num tempo em que não se poupava jogadores nem em partidas amistosas, o Inter levou os titulares para a disputa da partida. A zona sul do estado entrou em polvorosa ao ver o escrete colorado desfilando no gramado do recém-fundado Estádio Claudino de Almeida Neves.
Mas o que importava era a alegria do povo jaguarense e a estreia de seu coliseu naquele 7 de maio de 1967, orgulho da cidade desde o final dos anos 60. Hoje em dia, a cancha abriga jogos da várzea local.

Fonte:

Internacional 0 x 1 Cruzeiro (Campeonato Brasileiro 2002)


O ano de 2002 não foi bom para o Internacional. Com a nova direção, dívidas acumuladas e as típicas contratações de balaio, o Colorado acumulava campanhas pífias e desempenhos que não davam continuidade à esperança do torcedor, discretamente extasiado pela reconquista do Gauchão.

O clube vivia o mesmo inferno de 1999, lutando constantemente contra o fantasma do rebaixamento. Nem mesmo o brilho deslumbrante de Mahicon Librelato e a descoberta da jóia Chiquinho fizeram com que o Internacional encontrasse um norte para se manter na Série A sem drama.

Depois da demissão de Celso Roth, na derrota para o Coritiba em casa no último minuto, Cláudio Duarte foi chamado com a difícil missão de livrar o Inter do descenso. Seu "começo" foi dramático: empate com São Caetano em 1 a 1 no Anacleto Campanella, e derrota por 3 a 2 para o Juventude no Alfredo Jaconi.

O obstáculo na penúltima rodada do Brasileirão seria o Cruzeiro, que brigava por uma das vagas na próxima fase da competição e tinha um dos melhores elencos do Brasil. Desfalcado de Alexandre, Cleitão era o responsável por deter as ações ofensivas do Cruzeiro ao lado de Márcio Hahn.

O Inter foi de: Clemer; Chris, Luiz Alberto, Vinícius; Claiton, Márcio Hahn, Cleitão, Cleiton Xavier, Cássio; Mahicon Librelato e Fernando Baiano. O Cruzeiro, do técnico Luxemburgo escalou: Gomes; Marcelo Batatais, Cris, Luisão; Ruy, Paulo Miranda, Augusto Recife, Alex, Leandro; Marcelo Ramos e Fábio Júnior.

Empurrado por um mar vermelho, o Internacional tomou a iniciativa e foi à moda louco para o ataque, assustando o Cruzeiro com um chute na trave de Márcio Hahn logo aos 2 minutos. Fernando Baiano ainda teria mais duas grandes chances de abrir o placar.

A superioridade do Cruzeiro foi estabelecida na metade da primeira etapa, depois de desperdiçar uma grande chance com Fábio Júnior. Uma falta pelo lado direito do ataque cruzeirense e um testaço de Luisão, aos 24 do primeiro tempo, calaram o Beira-Rio.

Daniel Carvalho e Chiquinho entraram em campo e incendiaram a partida. O Internacional não se abateu dentro de campo e seguiu martelando o Cruzeiro, que resistia bravamente. Assim se seguiu até os instantes finais, quando Clemer foi se aventurar na área cruzeirense e furou em bola.

Héber Roberto Lopes encerrou a partida e lágrimas corriam em todos os olhos colorados. Os sentimentos de raiva, tristeza e inconformidade com o time se misturavam, tornando o Beira-Rio um campo de batalha com a Brigada Militar. Dentro do gramado, Claiton saía correndo chorando desconsolado. Luiz Alberto permaneceu deitado no gramado, incrédulo com o resultado.

Fernando Baiano prometia permanecer no Inter para jogar a Série B de 2003, sem saber que ainda existia a possibilidade, mesmo que remota, do Colorado permanecer na primeira divisão. Felizmente, os resultados da quinta-feira foram bons para o Internacional, que enfrentaria o Paysandu na esperança de se manter na elite do futebol brasileiro.

Reveja os lances desse duelo no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=FrB6AEACzX0

Palmeiras x Internacional (Campeonato Brasileiro 1979)


O Campeonato Brasileiro de 1979 foi enxuto e envolveu 94 clubes ao todo. Os times do eixo Rio-São Paulo entraram apenas na segunda fase, sendo que São Paulo, Corinthians, Santos e Portuguesa abriram mão da disputa, por priorizarem um Torneio Rio-SP que acabou não acontecendo.

A rivalidade do Internacional com o técnico Telê Santana começou em 1977, quando o Grêmio quebrou a hegemonia de oito títulos estaduais do lado vermelho. Mais uma vez, Telê estava no caminho do Sport Club Internacional, dessa vez, pelo Palmeiras, na semifinal na competição.

Palmeias e Internacional buscavam seu terceiro título nacional. O Palmeiras tinha um time jovem, muito diferente do time de 72 e 73, mas com muita qualidade individual. O Inter contava com a experiência de Falcão e Batista e o talento de Jair, além do fato de estar invicto na competição.

O jogo começou com o Palmeiras tocando o terror na defesa colorada. Baroninho investia nas cobranças de falta, enquanto Gilmar fechava a meta alvi-verde. O Inter apostava nos contra-ataques para percorrer o caminho do gol.

Aos 34 minutos do primeiro tempo, Benitez rebate um cruzamento de Jorge Mendonça. A bola cai nos pés do insistente Baroninho que chuta com força da entrada da área. O Palmeiras abria o placar no Morumbi.

O Palmeiras seguia na pressão, mas o Internacional não deixava de persistir. Mário Sérgio e Falcão assustavam o time palmeirense com um show de técnica e habilidade. O time colorado não desistia e conhecia seu potencial.

O Inter chegou ao empate aos 5 minutos do segundo tempo, em um chute de Jair, de fora da área. O arremate não foi forte, é verdade, mas Gilmar foi traído pelo morrinho artilheiro. Palmeiras 1 x 1 Internacional.

Mal deu tempo do Inter comemorar e o Palmeiras passava adiante do placar mais uma vez, aos 10 minutos do segundo tempo. Pires, da intermediária, lança Jorge Mendonça, que dá um drible mágico em Mauro Galvão e chuta no canto de Benítez.

O time colorado não se entregou e seguiu martelando, até que Valdomiro cruza para dentro da área e Falcão cabeceia no cantinho de Gilmar. Era mais um empate colorado aos 19 minutos.

Chances incríveis eram desperdiçadas pelo Palmeiras, especialmente pelo atacante Carlos Alberto. O Inter mandava na meia cancha e Mário Sérgio fazia o que queria com os homens de contenção palmeirenses.

O gol da vitória veio, literalmente, na coragem. Cláudio Mineiro cruzou, a bola foi rebatida duas vezes de cabeça dentro da área. Até quicar entre Falcão e Mococa. O volante colorado enfiou o pé e só teve tempo de tirá-lo, até a bola estufar as redes, aos 25 minutos da segunda etapa.

A vitória colorada se consolidava na genialidade de Paulo Roberto Falcão, que foi comparado a Mococa pela imprensa paulistana, lançando a manchete "Falcão ou Mococa?". A bola mostrou quem a tratava com mais carinho, e o Inter dava um grande passo à decisão do Brasileirão.

Veja os melhores momentos desse partidaço:

Internacional x Atlético-MG (Campeonato Brasileiro de 1976)


O cenário perfeito: semifinal de Campeonato Brasileiro, Beira-Rio lotado e dois grandes times querendo conquistar o segundo título nacional a qualquer custo.

Mais um clube mineiro era a pedra no sapato do Inter, que vinha embalado pela conquista do octacampeonato gaúcho. Em 75, o Inter bateu o Cruzeiro na final. Agora era a vez de eliminar o Galo na semi. De um lado, o Internacional de Falcão buscava o bicampeonato consecutivo. Do outro, o Atlético-MG de Toninho Cerezo tentava levar mais uma conquista para Minas Gerais.

Aos 30 minutos do primeiro tempo, parecia que o sonho ia por água abaixo. Em cobrança de falta, no mesmo lado direito onde Valdomiro colocou na cabeça de Figueroa no famoso "gol iluminado", Cafuringa cruzou no miolo da área colorada e Vantuir colocou no canto de Manga. Galo 1 a 0. A torcida colorada, como sempre, não se calou diante da adversidade. Os gritos incessantes de "colorado, colorado" seguiam ecoando até o término da primeira etapa.

O jogo continuou com a intensidade e o calor que uma semifinal de campeonato exige. Até que Batista, aos 28 minutos do segundo tempo, ameniza a angústia colorada, emendando um canudo na gaveta de Ortiz. Era o empate necessário para dar novo ânimo à massa vermelha.

A mágica veio nos minutos finais. Figueroa, da intermediária, faz um lançamento para Dario, que lança de perna direita na cabeça de Falcão na meia-lua da grande área. O mítico camisa 5 escora para o saudoso Escurinho devolver de cabeça para Falcão, que corre para dentro da área. Antes da bola cair, Falcão chuta com a ponta do pé direito. A bola ainda bate no goleiro Ortiz e entra. Falcão corre alucinado em direção à lateral para festejar a obra, seguido de Valdomiro. Mais uma festa no mar vermelho.

E foi nesse dia 5 de dezembro que o Brasil testemunhava uma das viradas mais sensacionais do futebol brasileiro. Nem tanto pelo placar, mas pelo gol mágico de Falcão, onde a bola parou na rede sem sequer ser tocada ao chão. Inter 2 x 1 Atlético-MG. Colorado finalista do Brasileirão de 1976.

Relembre os gols desse duelo inesquecível: