Cidimar

CIDIMAR Rodrigues da Silva (atacante)


Nilmar retornou ao Internacional, trazendo a esperança de um ataque efetivo e confiável em 2014. Talvez alguns colorados não se recordam e os mais novos não tenham conhecimento da polêmica envolvendo a vinda do atacante a Porto Alegre, quando ainda era juvenil.

O técnico das categorias de base, Mano Menezes, ficou encantado com a performance do jovem atacante Cidimar em um torneio de juniores e o convidou para jogar pelo Internacional. Por terem surgido no mesmo clube, na época se especulava que Nilmar veio como contrapeso à contratação do jovem Cidimar, ambos pertencentes ao Matsubara. Na realidade, Cidimar veio ao Inter um ano antes de Nilmar.

Habilidoso e de boa técnica, Cidimar foi promovido aos profissionais em 2003, com Muricy Ramalho. Em sua primeira atuação no time principal, marcou o gol na derrota colorada para o Flamengo, no Maracanã, em jogo válido pelo Brasileirão.

Mesmo com suas qualidades, Cidimar passou pela mesma situação que outros jovens colorados tiveram com o técnico Muricy Ramalho. O treinador preservava demais os jovens, e não os lançava "na fogueira". O Inter pagou por isso na última rodada do Brasileirão, quando levou uma goleada acachapante por 5 a 0, ficando de fora da Libertadores de 2004.

No ano seguinte, foi emprestado ao Caxias para adquirir experiência. Teve uma ótima passagem pela serra, onde trabalhou novamente com Mano Menezes. Em 2005 jogou pelo Paysandu e em 2006, pelo Guarani. Problemas com salários atrasados. Nesses dois anos, Cidimar teve passagens pelo time B do Internacional.

Em 2006, se encerrou o vínculo do atacante com o Inter e ele partiu pra Alemanha. Lá, jogou pelo Greuther Fürth, FSV Frankfurt, Dynamo Dresden e VfR Aalen, seu clube atual. Ainda marca seus gols, mas muitos ainda vêem um talento desperdiçado.

Ferreira

Manoel FERREIRA dos Santos Filho (meia)


Ferreira começou a carreira no Santo André, em 1982 e jogou no clube do ABC paulista até 1994. O Santo André acabaria rebaixado no Paulistão daquele ano, mas Ferreira se destacou e veio para o Internacional.

No início de 1995, veio ao Beira-Rio e teve suas primeiras oportunidades no time que disputava o Gauchão. O início foi promissor, mas a sequência de resultados ruins e o prestígio que os jovens Murilo e Caíco tinham, acabaram por ofuscar o meia-atacante.

Em 1996, a fase de Ferreira se complicou devido a uma lesão no púbis, tirando o meia do time no resto do ano. Permaneceu até 97 no Inter, quando se transferiu para a LDU-EQU. No Equador, foi ídolo da torcida, conquistanto o título equatoriano de 1998. Após uma briga generalizada, foi dispensado pelo clube.

Depois de jogar no primeiro semestre de 1999 pelo Passo Fundo, Ferreira retornou ao exterior. Dessa vez, seu destino foi o México. Lá, jogou por três clubes: o Atlante, em 1999; o Toluca, em 2000-2001; e o Atlas, em 2002.

Na sequência, uma frustrada passagem pelo Al-Riad, da Arábia Saudita, onde Valdir Espinosa era o treinador. Mas com a demissão de Valdir, problemas com atraso de salário e a desorganização do clube fizeram Ferreira deixar o Oriente Médio e retornar ao Brasil.

Jogou novamente pelo Passo Fundo e encerrou a carreira na Inter de Limeira. Hoje, mora em Porto Alegre e disputa campeonatos amadores.

Amarildo

Em um jogo de pouca técnica, mas de muita determinação, o Cruzeiro sufocava o Internacional e Taffarel assegurava o empate. O 0 a 0 levou a partida à prorrogação. Mas Norberto fez um cruzamento pela direita, de perna esquerda, na cabeça de Amarildo, o herói da classificação colorada à decisão.

AMARILDO
(atacante)

Nome completo: Amarildo Souza do Amaral
Data de nascimento: 2/10/1964
Local: Curitiba (PR)

CARREIRA:
1983 - Toledo-PR
1984 - Operário-MS
1984-1985 - Botafogo
1985 - Inter de Limeira
1986 - XV de Piracicaba
1986-1988 - Internacional
1988-1989 - Celta-ESP
1989-1990 - Lazio-ITA
1990-1992 - Cesena-ITA
1992 - Logroñés-ESP
1992-1994 - Famalicão-POR
1995 - União São João
1995 - São Paulo
1996 - Inter de Limeira
1996 - Bahia
1997 - XV de Piracicaba
1998 - Independente-SP


O paranaense Amarildo começou a carreira jogando pelo Toledo-PR, em 1983. No ano seguinte, foi para o Botafogo, mas no mesmo ano foi emprestado ao Operário-MS. Retornou ao Fogão em 1985 e, posteriormente, foi para a Inter de Limeira. Em 1986, foi contratado pelo XV de Piracicaba. Na metade da temporada veio para o Internacional. Mas sua titularidade só veio em 87.



Protagonizou uma cena grotesca no Gauchão, quando perdeu perdeu dois dentes em um choque com o goleiro Almir, do Inter-SM. No Gre-Nal da rodada seguinte, marcou o gol de empate numa cabeçada, jogando com uma dentadura providenciada. O atacante batizou a jogada de "Gol Dentadura". Permaneceu no Internacional até 1988, quando rumou à Europa.

Defendeu Celta-ESP, Lazio-ITA, Cesena-ITA, Famalicão-POR, Logroñés-ESP e, novamente, o Famalicão-POR. Na Europa, suas melhores passagens foram por Celta e Famalicão, onde marcou muitos gols. 

Retornou ao Brasil para jogar no União São João, em 1995. Disputou o Brasileirão do mesmo ano pelo São Paulo, de Telê Santana. Em 1996, foi para o Bahia, mas quase nem jogou. Seus dois últimos clubes foram XV de Piracicaba e Independente de Limeira.

Luiz Carlos

LUIZ CARLOS de Souza Pinto Júnior (atacante)


O Inter vivia uma fase de esperança em 2008. Queria esquecer a ressaca que tomou todo o ano de 2007, após as grandes conquistas. A busca, dessa vez, era por um centroavante de área. Após desistir de tentar a sorte com Guto, Luiz Carlos foi contratado.

O carioca Luiz Carlos começou a carreira no CFZ-RJ, em 2000. Desde jovem, é um nômade do futebol, passando por vários clubes brasileiros e estrangeiros: Bangu, Sol de America-PAR, Al Shabab-EAU, Paysandu, Coritiba, Lleida-ESP, Vasco, Duque de Caxias, Viborg.

Em 2008, viveu o melhor momento de sua carreira, sendo artilheiro da Série B pelo Ceará. Na ocasião, havia marcado 12 gols. O Internacional contratou o jogador para ser reserva de Nilmar ao longo do Brasileirão. Não deu certa a ideia.

A breve passagem de Luiz Carlos "Imperador" se resume a um lance inusitado, pra não dizer bizarro. O Inter treinava em campo de futebol society, quando Edinho, volante brucutu e quebrador de bola, teve seu momento de Riquelme, aplicando uma caneta desconsertante em Luiz Carlos. Os demais jogadores riram mais ainda quando o atacante disse, encabulado, que "o Edinho tem recurso". Teve o privilégio de estar na foto do título da Copa Sul-americana de 2008.

Seu contrato de 3 anos com o Inter se baseou em empréstimos. Durante o período, jogou por Itumbiara-GO, Fortaleza, Portuguesa, Novo Hamburgo, Brasil de Pelotas. Conquistou o Campeonato Cearense de 2009, pelo Fortaleza.

Depois do término de contrato, jogou pelo Brasiliense, Central-PE e Guarany de Sobral-CE. No início desse ano, retornou ao Brasiliense.

João Santos

JOÃO dos SANTOS Ferreira (atacante)


Um cigano da bola. Nenhuma expressão pode definir melhor a carreira do atacante João Santos. O jogador nunca foi o queridinho da torcida, mas tinha prestígio com os treinadores, principalmente Vanderlei Luxemburgo, com quem trabalhou no Bragantino, Paraná Clube e Santos.

João Santos começou a carreira no Fluminense em 1986, permanecendo até 1990. No tricolor carioca, o atacante não levantou nenhuma taça. Foi emprestado na segunda metade de 89 ao América-RJ.

No início de 1990, se apresentou ao Bragantino, campeão da Série B do ano anterior. No Bragantino, fez história com a conquista do título paulista na famosa "final caipira", como ficou conhecida a decisão contra o Novorizontino. E em 1991, o grande momento: chegou na decisão do Brasileirão contra o São Paulo. Perdeu o jogo de ida por 1 a 0 no Morumbi. Na volta, no Marcelo Stéfani, empate em 0 a 0. O tricolor paulista foi o campeão do certame.

Em 1992, o Bragantino não repetiu o mesmo futebol competitivo dos três anos anteriores. João Santos acabou sendo emprestado ao Remo, onde fez boa campanha no Brasileirão de 1993. No ano seguinte, foi emprestado novamente, mas ao Araçatuba. No segundo semestre, retornou ao Bragantino. Jogou no time de Bragança Paulista até 1995.

Depois de passagens apagadas por Paraná Clube e Santos, viveu outro bom momento no Coritiba, em 1998. O clube terminou a primeira fase do Brasileirão em 3º lugar, mas caiu nas quartas-de-final para a Portuguesa.

João Santos chegou no Internacional no início de 99. Como vinha sendo há anos, a base era pouco aproveitada e a direção investia em refugos. Sem brilho e com um futebol discreto em demasia, o atacante não ficou para o Brasileirão e retornou ao Coxa.

Ainda defendeu o União São João e a Matonense. Pendurou as chuteiras em 2002.

Mazinho Loyola

MAZINHO LOYOLA
(atacante)

Nome completo: Lindomar Ferreira de Loyola
Data de nascimento: 27/6/1969
Local: Tauá (CE)

CARREIRA:
1987-1988
Ferroviário-CE
1988-1989
São Paulo
1989-1991
Santa Cruz
1991
Ceará
1992
Fortaleza
1992-1993
Rio Branco-SP
1993-1994
Internacional
1995
Araçatuba
1995
Internacional
1996
Paraná
1997
Fortaleza
1997
Paraná
1998
Internacional
1998
ABC
1999
Gama
1999-2000
União Barbarense
2000
Avaí
2001-2003
Fortaleza
2004
Ferroviário-CE

Atacante baixinho e de velocidade, Mazinho Loyola foi um dos jogadores-símbolo da fase colorada na metade dos anos 90: discreto, mediano e de raros lampejos. Mesmo assim, Mazinho era xodó da torcida pela garra exibida em campo.

Oriundo das categorias de base do Ferroviário-CE, ganhou seu primeiro estadual em 88. Chamou a atenção de Cilinho, técnico do São Paulo na época e foi para a capital paulista. Com a saída de Cilinho, acabou emprestado ao Santa Cruz em 90.

Depois de passar por Ceará e Fortaleza, viveu um grande momento no interior de São Paulo, defendendo o Rio Branco. Marcou 23 gols em seus dois anos em Americana. O Internacional foi buscá-lo para a disputa do Brasileirão de 93, por indicação de Cassiá Carpes, então técnico do Rio Branco.

O Inter fez temporadas irregulares nos anos de 93 e 94 e Mazinho acabou emprestado ao Araçatuba em 95. Depois do Paulistão, retornou ao Internacional a tempo da decisão do Gauchão, na qual o Colorado foi derrotado pelo time reserva do Grêmio. No Brasileirão, perdeu espaço para Zé Alcino e Aílton.

O Paraná Clube contratou o jogador por empréstimo em 1996, depois de rápida passagem pelo Corinthians. Sem campanhas de destaque, Mazinho acabou caindo no gosto da torcida paranista. Retornou ao Internacional, que era dono de seu passe, em 1998. Teve espaço com o técnico Cassiá, mas a direção mostrava insatisfação com o desempenho do jogador.

Com o descontentamento recíproco, deixou o Inter e foi para o ABC, após conquistar um título gaúcho em 1994 e ter marcado 33 gols com a camisa vermelha. Passou por Gama, União Barbarense, Avaí e Fortaleza.

Esteve presente na partida em que o Fortaleza eliminou o Inter da Copa do Brasil em 2001, na 2ª fase da competição. Jogou no Leão do Pici até 2004. Encerrou a carreira em 2004, defendendo o Ferroviário, mesmo clube que o projetou. Hoje em dia, é taxista na cidade de Fortaleza.