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Confrontos decisivos entre Internacional e Juventude desde 2002

Foto: Fernando Gomes/Agência RBS
Campeão mais uma vez. A rotina de títulos estaduais se estende com a sexta taça consecutiva. Um banho de bola dentro de campo mostrou a diferença gritante que existe entre os grupos de Internacional e Juventude.

O time caxiense não foi páreo para o colorado do técnico Argel. Nem mesmo a grande campanha do Juventude fez com que se criasse qualquer ameaça ao Internacional nas duas partidas da decisão do Campeonato Gaúcho de 2016.

Desde 2002, na sequência dos 20 títulos (Mundial de Clubes, duas Libertadores, duas Recopas, Copa Sul-americana, Dubai Cup, Suruga Bank Cup e 12 estaduais), o Juventude esteve no caminho do Internacional em três ocasiões em que o Internacional acabou levantando o caneco. Vamos relembrar:

Em 2008, o Internacional iniciou a decisão com derrota em Caxias do Sul, mas reverteu em casa com uma goleada histórica de 8 a 1, com direito a gol de pênalti do goleiro Clemer.

CAMPEONATO GAÚCHO 2008
FINAL - IDA
JUVENTUDE 1 X 0 INTERNACIONAL
Data: 27/4/2008
Local: Alfredo Jaconi - Caxias do Sul (RS)
Público: 13.385
Renda: R$ 227.800,00
Juiz: Leonardo Gaciba, auxiliado por Marcelo Barison e Paulo Ricardo Conceição.
Cartões: Orozco, Ji-Paraná, Marcão (I); Márcio Alemão (J);
Gol: Maicon 47'/2 (J).
JUVENTUDE: Michel Alves; Hélder, Márcio Alemão, Nunes e Elvis; Renan (Hércules), Juan Peres, Lauro (Maicon) e Leandro Cruz (Márcio Goiano); Mendes e Ivo. Técnico: Zetti.
INTERNACIONAL: Clemer; Índio, Orozco e Marcão; Bustos, Danny Morais, Magrão, Andrezinho (Adriano) e Ji-Paraná (Titi); Nilmar (Iarley) e Fernandão. Técnico: Abel Braga.

CAMPEONATO GAÚCHO 2008
FINAL - VOLTA
INTERNACIONAL 8 X 1 JUVENTUDE
Data: 4/5/2008
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Público: 42.866 (38.210 pagantes).
Renda: R$ 526.650,00
Juiz: Carlos Simon, auxiliado por Altemir Hausmann e José Carlos Oliveira.
Cartões: Danny Morais, Orozco (I); Juan Perez, Nunes, Elvis e Mendes (J).
Gols: Danny Morais 25'/1 (I); Fernandão 29'/1 (I); Fernandão 31'/1 (I); Alex 37'/1 (I); Fernandão 4'/2 (I); Nilmar 9'/2 (I); Índio, contra 12'/2 (J); Índio 32'/2 (I); Clemer, pênalti 45'/2 (I).
INTERNACIONAL: Clemer; Índio, Orozco e Marcão; Bustos (Jonas), Danny Morais, Magrão, Alex (Andrezinho) e Guiñazu; Fernandão (Iarley) e Nilmar. Técnico: Abel Braga.
JUVENTUDEMichel Alves; Elvis (Leandro Cruz), Laerte, Nunes e Márcio Goiano (Zezinho); Juan Perez, Hércules (Maicon), Hélder e Lauro; Ivo e Mendes. Técnico: Zetti.

No ano de 2013, o colorado conquistou a Taça Piratini, o 1º turno do campeonato. Na decisão da Taça Farroupilha, o Inter bateu o Juventude nos pênaltis, ficando com o título estadual.

CAMPEONATO GAÚCHO 2013
2º TURNO - FINAL
INTERNACIONAL 0 (4) X (3) 0 JUVENTUDE
Local: Centenário - Caxias do Sul (RS)
Público: 18.314 (16.077 pagantes).
Renda: R$ 656.724,00
Juiz: Márcios Chagas, auxiliado por Altemir Hausmann e Júlio César Santos.
Cartões: Gabriel (I); Robinho, Bergson e Jardel (J).
INTERNACIONAL: Muriel; Gabriel, Rodrigo Moledo, Juan e Fabrício; Willians, Aírton, Fred e D'alessandro; Forlán e Leandro Damião (Caio Canedo). Técnico: Dunga.
JUVENTUDE: Fernando; Moisés, Rafael Pereira, Diogo (Romano) e Robinho; Jardel, Gustavo (Dê), Fabrício e Diogo Oliveira; Bergson (Rogerinho) e Zulu. Técnico: Lisca.

Pra fechar, o título desse ano, conquistado com duas vitórias e muita tranquilidade. O Juventude não venceu nenhum dos três confrontos contra o Internacional na temporada. A festa foi no Beira-Rio, com uma goleada de 3 a 0.

CAMPEONATO GAÚCHO 2016
FINAL - IDA
JUVENTUDE 0 X 1 INTERNACIONAL
Data: 1/5/2016
Local: Alfredo Jaconi - Caxias do Sul (RS)
Juiz: Leandro Vuaden, auxiliado por José Javel Silveira e Lúcio Flor.
Cartões: Lucas (J); Fabinho, Anderson, Andrigo e Vitinho (I).
Expulsão: Vitinho (I).
JUVENTUDE: Elias; Lucas, Klaus, Heverton e Pará (Sassá); Wanderson (Felipe Lima), Itaqui (Wallacer), Bruno Ribeiro e Hugo; Dieguinho e Roberson. Técnico: Antônio Carlos Zago.
INTERNACIONAL: Alisson; Paulo Cezar Magalhães, Paulão, Ernando e Artur; Fernando Bob, Fabinho, Ânderson (Marquinhos) e Andrigo (Jair); Vitinho e Sasha (Raphinha). Técnico: Argel Fucks.

CAMPEONATO GAÚCHO 2016
FINAL - VOLTA
INTERNACIONAL 3 X 0 JUVENTUDE
Data: 8/5/2016
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Público: 42.065 (37.179 pagantes).
Renda: R$ 2.244.615,00
Juiz: Anderson Daronco, auxiliado por Rafael da Silva Alves e Júlio César dos Santos.
Cartões: William, Paulão (I); Bruno Ribeiro, Lucas, Pará, Héverton e Hugo (J).
INTERNACIONAL: Alisson; William (Paulo Cezar Magalhães), Paulão, Ernando e Artur; Fernando Bob (Jair), Fabinho, Ânderson (Gustavo Ferrareis) e Andrigo; Aylon e Sasha. Técnico: Argel Fucks.
JUVENTUDE: Elias; Hélder (Wallacer), Klaus, Héverton (Sassá) e Pará; Wanderson, Lucas, Dieguinho e Bruno Ribeiro; Roberson e Hugo. Técnico: Antônio Carlos Zago.

Confira os gols da vitória colorada que decretou o hexacampeonato estadual:

Luiz Carlos

LUIZ CARLOS de Souza Pinto Júnior (atacante)


O Inter vivia uma fase de esperança em 2008. Queria esquecer a ressaca que tomou todo o ano de 2007, após as grandes conquistas. A busca, dessa vez, era por um centroavante de área. Após desistir de tentar a sorte com Guto, Luiz Carlos foi contratado.

O carioca Luiz Carlos começou a carreira no CFZ-RJ, em 2000. Desde jovem, é um nômade do futebol, passando por vários clubes brasileiros e estrangeiros: Bangu, Sol de America-PAR, Al Shabab-EAU, Paysandu, Coritiba, Lleida-ESP, Vasco, Duque de Caxias, Viborg.

Em 2008, viveu o melhor momento de sua carreira, sendo artilheiro da Série B pelo Ceará. Na ocasião, havia marcado 12 gols. O Internacional contratou o jogador para ser reserva de Nilmar ao longo do Brasileirão. Não deu certa a ideia.

A breve passagem de Luiz Carlos "Imperador" se resume a um lance inusitado, pra não dizer bizarro. O Inter treinava em campo de futebol society, quando Edinho, volante brucutu e quebrador de bola, teve seu momento de Riquelme, aplicando uma caneta desconsertante em Luiz Carlos. Os demais jogadores riram mais ainda quando o atacante disse, encabulado, que "o Edinho tem recurso". Teve o privilégio de estar na foto do título da Copa Sul-americana de 2008.

Seu contrato de 3 anos com o Inter se baseou em empréstimos. Durante o período, jogou por Itumbiara-GO, Fortaleza, Portuguesa, Novo Hamburgo, Brasil de Pelotas. Conquistou o Campeonato Cearense de 2009, pelo Fortaleza.

Depois do término de contrato, jogou pelo Brasiliense, Central-PE e Guarany de Sobral-CE. No início desse ano, retornou ao Brasiliense.

Iarley

IARLEY
(atacante)


Iarley é o pequeno gigante da história do Internacional. A valentia e a frieza como encarava os defensores adversários o tornou um dos maiores ídolos colorados das últimas gerações.

O baixinho de Quixeramobim começou a jogar profissionalmente no Ferroviário. Depois de passar pelo Quixadá, foi para o Real Madrid-B. Ainda passou por AD Ceuta-ESP, Nacional-AM, Melilla-ESP e Uniclinic, antes de ser contratado pelo Ceará.

No alvinegro, jogou ao lado de outros dois ex-atacantes do Internacional, Jairo Lenzi e Zezinho, além de ter feito parceria com um dos maiores ídolos do time cearense: Sérgio Alves.

Foi contratado para reforçar o Paysandu na Libertadores de 2003. A partir daí, sua carreira teve uma ascensão fantástica. Nas oitavas-de-final, o Paysandu encarava o Boca Juniors, quando Iarley fez o gol que calou a mítica Bombonera. Na volta, o Papão levou a virada num 4 a 2, mas Iarley é um personagem histórico do Paysandu e da história da Libertadores.

Foi contratado pelo time argentino e, após marcar um gol no Superclássico contra o River, ganhou o status de ídolo. A 10 de Maradona se encaixou perfeitamente no atacante, campeão mundial com o Boca naquele ano.

Depois de rápida passagem pelo Dorados, do México, Iarley veio para o Internacional na metade de 2005. Chegou mostrando serviço na vitória contra o São Paulo em pleno Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro.

Depois de um excelente e controverso Brasileirão, veio a Libertadores. Mesmo sendo reserva de Sobis, na época em ascenção, Iarley era um dos líderes do grupo. O Inter foi campeão da América e vice-brasileiro.

Iarley assumiu a titularidade ao longo do Brasileiro, se tornando referência no ataque depois da venda de Sobis. O Inter terminou o certame em 2º lugar, mesmo se preparando para o Mundial.

E, finalmente, veio o tão esperado 17 de dezembro. Iarley conduziu a bola na intermediária e lançou o contestado Gabiru, que finalizou o Barcelona. E a partir dali, foram os 10 minutos finais de jogo mais lindos da história do Internacional, com o triângulo Iarley-Adriano-Rubens Cardoso prendendo bola na linha de fundo. O Inter era campeão Mundial.

Em 2007, o Inter não foi bem, mas a seriedade de Iarley era admirável, sem falar nos golaços que foram lampejos naquele ano. Levantou a taça da Recopa. Deixou o Inter em 2008, sem entender o motivo. Sua despedida foi comovente, com direito a lágrimas, mas de decepção. Antes de pendurar as chuteiras nesse ano, jogou no Corinthians, Goiás, Ceará, Paysandu e Ferroviário.

Marcão (2008)

MARCÃO
(zagueiro e lateral-esquerdo)


Nome completo: Marcos Alberto Skavinski

Marcão começou a carreira no Coritiba, em 1995. Lateral-esquerdo de qualidades defensivas e um dos destaques da base coxa-branca, não teve muitas oportunidades entre os titulares e foi emprestado ao Rio Branco de Apucarana em 96.

Em 97, foi para o São Caetano. Na época, o clube tinha apenas oito anos. Jogou ao lado de um dos maiores ídolos do clube, o atacante Adhemar. Depois de ser vice-campeão brasileiro com o Atlético-MG em 99, repetiu a façanha mais duas vezes, consecutivamente, com o Azulão, em 2000 e 2001.

Passou por Marília, Santo André e Juventude, até chegar no Atlético-PR, onde conquistou o Paranaense de 2005, e teve mais dois vice-campeonatos na carreira: do Brasileiro de 2004 e da Libertadores de 2005. Se transferiu para o Kawasaki Frontale e retornou ao Furacão em 2007.

Foi contratadado pelo Internacional em maio de 2007 para a vaga de Rubens Cardoso na lateral-esquerda. Teve um pequeno problema com doping devido a um medicamento que usava contra a calvice.

Em 2008, finalmente conseguiu conquistar um título expressivo na carreira: a Sul-Americana, além de levantar a taça do Gauchão. Mas nem isso fez com que o lateral tivesse a confiança da torcida.

No ano seguinte, a contratação de Kléber para a lateral-esquerda, e as boas atuações de Índio e Bolívar na zaga, fizeram com que Marcão fosse para o banco de reservas e não saísse mais.

Deixou o Inter no início de 2009, sendo contratado como reforço do Palmeiras. Sem agradar, rumou ao Goiás, onde seguiu a sua sina de segundo colocado, perdendo a decisão da Sul-Americana para o Independiente-ARG. De quebra, o clube esmeraldino foi rebaixado. Encerrou a carreira em 2011.

Renan

RENAN
(goleiro)

Nome completo: Renan Brito Soares

Renan foi daqueles goleiros que sabiam a carga histórica que o número 1 às costas da camisa colorada carregava. Desde pequeno, figurou nos times da base do Inter, do infantil ao profissional.

Em 2000, fez parte do time campeão da Copa Nike sub-15, ao lado de Diego, Diogo e Danny Morais. Depois de conquistar muitos títulos nos juvenis, foi promovido aos profissionais em 2005, quando Muricy Ramalho era o técnico.


Mas em 2006 que o jovem goleiro se destacava, quebrando o recorde de invencibilidade de Taffarel na meta colorada em Brasileiros, ficando 770 miniutos sem sofrer gols. E, assim como Taffarel, Renan se mostrava um excelente pegador de pênaltis.

Em 2007, mesmo com a má fase do time, Renan conseguia mais espaço com as constantes falhas de Clemer. Seu bom desempenho o levou a ser convocado à Seleção por Dunga.

No ano seguinte, Renan e Clemer revezavam no gol a condição de titular. No Gre-Nal válido pelo 1º turno do Brasileirão, Renan saltou com a perna voltada à frente, acertando Rodrigo Mendes, o que acarretou sua expulsão e, conseqüentemente, críticas por parte da imprensa e da torcida.

Se transferiu para o Valencia na metade do ano, mas não conseguiu se firmar devido a uma lesão. Na temporada seguinte, foi emprestado ao Xerez, também da Espanha.

Renan voltou ao Inter durante a parada da Copa do Mundo de 2010, junto com outros dois remanescentes do título da Libertadores de 2006: Tinga e Rafael Sobis. A volta de Renan não foi das melhores, quase entregando a classificação nas semifinais diante do São Paulo. Porém, o título veio na decisão contra o Chivas.

Aos poucos, Renan foi retomando confiança ao longo do Brasileirão. Mas a mancha veio em Abu Dhabi, diante do Mazembe. O Inter ficou em 3º no Mundial. Em 2011, Renan foi herói na histórica virada do Gre-Nal que decidiu o Gauchão, mas falhou seguidamente no Gauchão.

Perdeu a posição para Muriel em 2012 e trocou o Inter pelo Goiás, em 2013. Conquistou o título goiano e é um dos grandes nomes do esmeraldino na atualidade.

Fernandão

FERNANDÃO
(atacante)

Nome completo: Fernando Lúcio da Costa
Data de nascimento: 18/3/1978
Local: Goiânia

CARREIRA:
1995-2001 - Goiás
2001-2004 - Olympique-FRA
2004 - Toulouse
2004-2008 - Internacional
2008-2009 - Al-Gharafa-EAU
2009-2010 - Goiás
2010-2011 - São Paulo

Difícil falar de Fernandão sem ficar de olhos marejados. Lembrar de um dos nossos maiores mitos é lembrar de uma fase de glórias, que sucedeu uma das fases mais vazias da nossa história. Fernandão fez o torcedor colorado acreditar que o Internacional é um clube capaz de fazer jus ao nome.

Fernandão começou a carreira no Goiás, jogando de meio-campo, em 1995. Em seu clube do coração, conquistou cinco estaduais, duas vezes a Copa Centro-Oeste, e o título da Série B de 99. Também figurou nas Seleções de base.

Em 2001, rumou à França para defender o Olympique de Marseille. Depois de três temporadas sem muito brilho, foi emprestado ao Toulouse em 2004, onde sua altura passou a ser explorada e começou a jogar de atacante.

Fernando Carvalho viajou até Goiânia para contratar o atacante, proposta aceita por Fernandão sem pensar duas vezes. A partir daí, a carreira do centroavante começou a entrar em uma ascenção espetacular.

O Inter mandara Oseas embora e Joel Santana relacionou Fernandão em seu lugar para o Gre-Nal do dia 10 de julho de 2004, em que havia a expectativa do milésimo gol do clássico. Vinícius abriu o placar e Fernandao, que entrou ao longo da partida, testou após o cruzamento de Élder Granja. A partir dali, surgia mais um jogador legendário que vestiu vermelho.

Fernandão era um líder. A sua voz de comando começou a guiar o time passo a passo aos melhores do cenário nacional. Em 2004, três gols em Gre-Nais para cair nas graças da torcida e o susto da primeira lesão diante do Júnior de Barranquilla.

Já em 2005, o ano começou com a conquista do estadual, e seguiu com a chegada às semifinais da Sul-americana, perdendo a vaga na decisão para o Boca Juniors. As grandes decepções vieram com a eliminação na Copa do Brasil diante do Paulista, e o escândalo de arbitragem no Brasileirão, mas o Inter não se entregou e chegou à 2ª colocação, garantindo a vaga na Libertadores do ano seguinte.

E chegou 2006, o ano mágico da história do Internacional. A derrota no Gauchão não tirou o foco do time, determinado a conquistar a América. E 26 anos depois da derrota para o Nacional, o São Paulo sucumbia diante do Colorado, e Fernandão estava imortalizado na galeria dos Capitães América.

Depois de fazer um excelente Brasileirão, terminando mais uma vez em 2º lugar, o Colorado rumava ao Japão para a disputa do Mundial. A estreia foi nervosa diante do Al Ahli, do Egito, mas a vitória se concretizou graças aos nossos guris Pato e Luiz Adriano. Na grande final, mais um susto: Fernandão deixa o gramado com cãibras, dando lugar ao predestinado Adriano Gabiru. E nao deu outra. Inter campeão mundial com Fernandão erguendo a taça.

O ano seguinte foi de ressaca e fracassos. Nem o título da Recopa deu brilho ao ano de 2007. Fernandão passou boa parte do ano lesionado, e as decepções na Libertadores, Gauchão e Brasileirão foram inevitáveis.

Em 2008, Fernandão seguia sendo o líder maior do Colorado, guiando o time aos títulos estadual e da Copa Dubai, e às quartas-de-final da Copa do Brasil. Deixou o Colorado prometendo retornar no futuro da maneira que fosse.

Passou por Al-Gharafa-QAT e retornou ao seu amado Goiás, em 2009. O São Paulo anunciou a contratação de Fernandão em maio de 2010. Ironicamente, o primeiro gol de Fernandão com a camisa tricolor foi contra o clube que o adotou como ídolo, e no estádio onde liquidou o São Paulo quatro anos antes. Ainda enfrentou o Inter nas semifinais da Libertadores daquele ano, mas como é bom lembrar, saímos vitoriosos.

Abandonou os gramados em 2011 e se tornou dirigente executivo do Inter, retornando ao clube como prometido. Depois da demissão de Dorival Júnior, assumiu o comando técnico em julho de 2012. Com um time limitado, aproveitamento baixo e bronca com de alguns jogadores, Fernandão acabou deixando o Inter decepcionado com o clube, mas com o carinho da torcida.

Se tornou comentarista da Sportv, mas no fatídico 7 de junho, sofreu um acidente fatal de helicóptero. Faleceu antes de chegar ao hospital. Fernandão será, pra sempre, nosso eterno capitão, independente de onde estiver.

Gustavo Nery

GUSTAVO NERY
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Gustavo Nery de Sá da Silva

Uma incógnita. Assim pode se classificar a carreira de Gustavo Nery. Difícil entender como um jogador consegue alternar momentos excelentes e muito ruins, do apogeu ao inferno em um intervalo tão curto de tempo.

Gustavo Nery começou a carreira no Santos, em 1994. Lateral-esquerdo com boas características defensivas, como marcação e desarme, foi emprestado ao Ceará para pegar experiência. Retornou ao Santos em 96, mas o time já não era o mesmo do ano anterior. Nery não substituiu Marcos Adriano à altura e foi emprestado ao Coritiba por um ano.

Retornou ao Santos, quando conquistou seu primeiro título da carreira, a Copa Conmebol de 98. Na ocasião, foi reserva de Athirson. A boa fase de 1998 passou e o Santos voltou a ser um time irregular. Nery acabou emprestado ao Guarani.

Depois da passagem pelo Brinco de Ouro, a carreira de Gustavo Nery começou a deslanchar. Contratado pelo São Paulo em 2000, começou a ter visibilidade e boas atuações. Conquistou o Rio-São Paulo de 2001 e o Supercampeonato Paulista de 2002. Grandes momentos no tricolor paulista levaram o lateral à Seleção, onde se sagrou campeão da Copa América como titular de Parreira.

Conseguiu uma transferência para o Werder Bremen, mas lesões passaram a interferir na carreira do jogador. Após um semestre mal na Alemanha, o Corinthians resgatou o lateral. Campeão do controverso Brasileirão de 2005, Ney não reviveu a boa fase em 2006.

Em 2007, forçou sua saída e uma transferência ao Zaragoza-ESP. Voltou ao Corinthians no meio do Brasileiro, quando o time foi rebaixado. O lateral foi fortemente criticado por não disputar os jogos decisivos do campeonato e ganhou a fama de "chinelinho".

No ano seguinte, mais lesões e frustrações no Fluminense, até ser contratado pelo Inter. Como de costume, viveu altos e baixos também no Colorado. Nem o título da Copa Sul-americana fez com que a torcida confiasse no futebol do lateral. Permaneceu no Inter até abril de 2009, quase sem atuar no ano.

Depois de ser dispensado, foi para o Santo André, que acabou o Brasileirão na zona de rebaixamento. Jogou no Santo André até 2010, quando se aposentou. Voltou a jogar em 2012, pelo São Bernardo, mas a volta de Gustavo Nery foi tão rápida quanto seu bom desempenho nos clubes onde passou.

Clemer

CLEMER
(goleiro)


O maranhense Clemer iniciou a carreira profissional no Moto Club. Depois passou por Guaratinguetá, Santo André, Catanduvense, Maranhão, novamente Moto Club e Ferroviário-CE, até chegar à possibilidade de disputar a Série A do Brasileirão pelo Remo, em 1994.


O time paraense não repetiu o bom desempenho de 1993, quando terminou o campeonato na 8ª posição, e acabou rebaixado. Clemer foi contratado pelo Goiás em 1995 e fez um bom Campeonato Brasileiro, mesmo o time não fazendo uma campanha das melhores.

Já em 1996, fez parte do histórico time da Portuguesa que chegou à decisão do Campeonato, perdendo para o Grêmio no final da partida. Se transferiu para o Flamengo em 1997, depois da saída de Zé Carlos. Viveu oscilações e irregularidade na meta flamenguista, mas conquistou títulos. A profissionalização de Júlio César colocou Clemer no banco de reservas.

Em 2002, o Internacional contratou o goleiro depois de Carlos Germano não ser aprovado nos exames médicos. Clemer viveu o inferno e o céu no Colorado, sendo o único remanescente do time de 2002 a ser campeão mundial em 2006. Pelo Inter, foram 8 anos de dedicação ao time profissional, mais quatro meses como treinador interino em 2013.

Segue os títulos de Clemer ao longo de sua carreira:

Remo: campeão paraense em 1994 e 1995;
Goiás: campeão goiano em 1996;
Flamengo: campeão carioca em 1999, 2000 e 2001, da Copa Mercosul em 1999 e da Copa dos Campeões em 2001;
Internacional: campeão gaúcho em 2002, 2003, 2004, 2005, 2008 e 2009, da Libertadores em 2006, do Mundial em 2006, da Recopa em 2007, da Sul-americana em 2008 e da Suruga Bank Cup em 2009.

Clemer fez um trabalho excelente com a base do Internacional e é cidadão honorário de Porto Alegre.