Sabará

SABARÁ
(atacante)

Nome completo: Éverton Luiz Formoso Pires
Data de nascimento: 18/10/1965
Local: Bagé (RS)


CARREIRA:
1985
Caxias
1986
Internacional
1987-1988
Goiás
1989
Caxias
1990
Novo Hamburgo

O bageense Sabará fez parte de uma família de camisas 9. Seu pai, Leonel Pires, foi atacante de diversos clubes do interior do estado. Além de Sabará, os seus irmãos Washington e Sandro defendiam a camisa vermelha, só que nas categorias de base, e Caçapava defendeu o Internacional em 1990.
Sabará veio para os juniores do Internacional, mas foi emprestado ao Caxias em 85. Depois de adquirir experiência entre os truculentos zagueiros gaúchos, retornou ao Inter em 1986.
Pelo Colorado, Sabará demorou a ter plena confiança dos treinadores. Homero Cavalheiro, sem opções após a lesão de Marcelo Vita, foi "obrigado" a escalar o jovem atacante na reta final do Brasileiro.
Jogador de velocidade e de recuar para buscar o jogo, lembrava o histórico Claudiomiro, também pela baixa estatura e pela determinação. Também era um jovem disciplinado fora das quatro linhas. Pelo Inter, foram 17 partidas e 5 gols como atleta profissional.
Depois de sua passagem pelo Beira-Rio, foi para o Goiás. Depois de duas temporadas no clube esmeraldino, retornou ao Caxias, e em 1990 foi para o Novo Hamburgo. Faleceu prematuramente no dia 16 de dezembro de 1990, aos 25 anos.

Goycochea

GOYCOCHEA
(goleiro)

Nome completo: Sérgio Javier Goycochea
Data de nascimento: 17/10/1963
Local: Lima (ARG)

CARREIRA:
1979-1982
Defensores Unidos-ARG
1982-1988
River Plate-ARG
1988-1990
Millionarios-COL
1990
Racing-ARG
1990-1992
Brest-FRA
1992
Olimpia-PAR
1993
Cerro Porteño-PAR
1993-1994
River Plate-ARG
1995
Mandiyú-ARG
1995-1996
Internacional
1997
Vélez Sarsfield-ARG
1998
Newell's Old Boys-ARG

A camisa colorada de número 1 esteve em posse de goleiros emblemáticos, tanto brasileiros quanto estrangeiros. Seguindo a mística que rondava a meta com nomes gringos como Benítez e Gato Fernández, o Inter trouxe Goycochea para agregar experiência ao elenco colorado em 1995.

Goycochea é um dos goleiros históricos do futebol argentino. Sua carreira começou em 1979, no modesto Defensores Unidos, um pequeno clube da província de Buenos Aires. Goyco, como era carinhosamente chamado, não era um goleiro de grande estatura, mas se destacava pela sua elasticidade.

Em 1982, foi para seu primeiro clube grande, o River Plate. À sua frente, tinha o mítico Nery Pumpido. Na reserva, Goyco fez parte dos elencos campeões argentino, em 85, da Libertadores e do Mundial de Clubes de 86.

No ano de 1988, Goycochea se transferiu para o Millionarios de Bogotá, onde foi campeão colombiano no mesmo ano. Boas atuações o levaram até a Copa do Mundo da Itália, em 1990. A partir daí, o goleiro viveu grandes momentos de glória na carreira.

Pumpido, titular da Argentina no Mundial, fraturou o antebraço no 2º jogo, contra a União Soviética. Goycochea entrou em seu lugar e não decepcionou. Levou a Argentina à final, sendo o nome mais exaltado pelos torcedores graças às suas defesas nos pênaltis diante de Iugoslávia e Itália, nas quartas e nas semi, respectivamente. Goyco não conseguiu evitar o gol da Alemanha marcado por Brehme e seu país terminou com o vice-campeonato.

Depois da Copa, o arqueiro defendeu o Racing, o Brest-FRA, os gigantes paraguaios Cerro Porteño e Olimpia, e o modesto Mandiyú-ARG, até ser contratado pelo Internacional em julho de 95.

Goycochea, saudado fortemente pela torcida colorada, foi um dos destaques colorados na campanha do 1º turno do Brasileiro daquele ano. Infelizmente, o time do Internacional caiu de produção e não fez um bom 2º turno. Paralelo ao time, Goycochea acabou se tornando uma decepção para o torcedor colorado.

Em 96, Goycochea permaneceu no Inter até o fim da participação colorada no Gauchão, em uma decepcionante campanha. Com a consolidação da aposta André, somado ao valor alto para renovar o contrato, Goycochea retornou à Argentina no segundo semestre.

No Vélez, foi campeão nacional mais uma vez, em 1996, mas na reserva do folclórico goleiro paraguaio Chilavert. Encerrou a carreira no Newell's Old Boys, em 1998. Pela seleção argentina, Goycochea levantou as taças da Copa América de 91 e 93, a Copa Kirin de 92 e a Copa das Confederações de 92.

Júnior Paulista

JÚNIOR PAULISTA
(zagueiro)

Nome completo: Luiz Antônio Gaino Júnior

Data de nascimento: 7/1/1981
Local: Jundiaí (SP)

CARREIRA:
2002-2003
Portuguesa
2003-2004
Internacional
2005
Gama
2006
Rio Branco-SP
2006-2007
Santo André
2008
União São João
2008
Mirassol
2009
Feirense-POR
2010
São José-SP
2010
Vila Nova
2011
Marília
2011
Pelotas
2012-2015
Santo André

O zagueiro Júnior começou no Lousano (atual Paulista) de Jundiaí, sua cidade natal, aos 9 anos de idade. Aos 16, foi para a Portuguesa, onde se tornou atleta profissional em 2001, depois de fazer uma excelente Taça São Paulo. Na Lusa, permaneceu até 2003, após o rebaixamento do time no Campeonato Brasileiro de 2002.

Contratado pelo Internacional para integrar o elenco no Brasileirão de 2003, o jovem Júnior teve poucas oportunidades com o técnico Muricy Ramalho, atuando apenas cinco jogos, disputados contra Figueirense, Flamengo, São Paulo, Bahia e Paraná.

Júnior passou a ser "Júnior Paulista" porque o Internacional já tinha um meia homônimo. Em novembro de 2003, sofreu uma grave lesão no joelho e ficou quase um ano parado. Retornou aos gramados no segundo semestre de 2004 pelo Inter B, na disputa da Copa FGF. O Inter acabou eliminado nas semifinais, perdendo para o Gaúcho de Passo Fundo.

No final do ano, Júnior Paulista trocou o Inter pelo Gama. Passou por Rio Branco-SP, Santo André, União São João, Mirassol, Feirense-POR, São José-SP, Vila Nova-GO e Pelotas. Retornou ao Santo André em 2011, onde jogou até encerrar a carreira em 2014. Em janeiro de 2015, foi promovido a auxiliar-técnico do clube.

Wallace

WALLACE
(meia)

Nome completo: Wallace Padrão de Abreu

Data de nascimento: 1/6/1972
Local: Rio de Janeiro (RJ)

Carreira:

1992-1995
Fluminense
1996-1997
Juventude
1998
Internacional
1998-2000
Juventude
2001-2002
Paulista
2003-2004
15 de Novembro
2005
Canoas
2005
CFZ-DF

Meio-campo de grande técnica e com uma excelente perna esquerda, Wallace jogava de cabeça erguida e sem medo de trombar com zagueiros. Porém, suas qualidades acabaram não convencendo comissão técnica e torcida em sua passagem pelo Beira-Rio.
Destaque nas categorias de base do Fluminense, Wallace foi promovido aos profissionais do time em 1992, aos 20 anos, onde permaneceu até 1995. Ao todo, disputou 74 partidas e marcou 7 gols com a camisa do tricolor carioca.
Depois de um rápido empréstimo ao Bangu em 1996, foi contratado pelo Juventude, onde sua carreira parecia alavancar. No duelo diante do Internacional no Brasileirão, marcou o gol que deu início à vitória por 2 a 1, no Alfredo Jaconi.
Em 1997, o Internacional vinha de uma série invicta de 13 jogos. Até encontrar o Juventude pelo caminho. A vitória da "touca" veio com um gol de Wallace. A sina de marcar gols contra o Inter chamou a atenção da diretoria colorada, que providenciou sua contratação por empréstimo em janeiro de 98, para substituir Arílson, vendido ao Palmeiras.
Com a concorrência de Luís Carlos Matos e Mabília, Wallace teve como primeiro obstáculo uma lesão em um de seus primeiros treinos. Favorecido pelo péssimo desempenho de Luís Carlos, Wallace teve suas primeiras oportunidades na reserva de Mabília.
Seu primeiro jogo com a camisa colorada foi em um amistoso diante do Santa Cruz-RS, com vitória colorada por 4 a 1. Wallace marcou o segundo gol. Mas na sua primeira oportunidade como titular, a decepção da eliminação na Copa do Brasil diante do América-MG.
A partir daí, o meia passou a ser contestado pela torcida, mesmo tendo grande potencial. Com Cassiá Carpes, Wallace ganhou a condição de titular, mas acabou não vingando e perdeu a posição para o meia Leandro Augusto.
Retornou ao Juventude para a disputa do Brasileiro de 1998. Mas em 99, o meia adquiriu o status de ídolo do time de Caxias do Sul, sendo um dos protagonistas na campanha do título inédito da Copa do Brasil.
Depois da disputa da Libertadores de 2000 pelo Juventude, a carreira de Wallace empacou, se tornando cada vez mais coadjuvante pelos clubes que passou. Ainda passou por Guarani, Paulista, 15 de Novembro, Canoas, CFZ-DF e Bangu. Encerrou a carreira em 2007, aos 35 anos.

Gasperín

GASPERÍN
(goleiro)

Nome completo: Luiz Carlos Gasperín
Data de nascimento: 
Local: 

CARREIRA:
1971-1974 - Esportivo
1975 - Grêmio
1976 - Juventude
1976-1981 - Internacional
1981 - Cruzeiro
1982-1985 - América-RJ
1985-1987 - Botafogo-SP
1988-1989 - Glória

Nascido em Sarandi, o goleiro Gasperín começou a jogar futebol amador no extinto Brasil, de Vacaria, aos 14 anos. Como para disputar campeonatos profissionais teria que ter 16 anos, Gasperín esperou mais dois anos.

Em seguida, o Grêmio o contratou para defender a meta na categoria juvenil e, logo, foi campeão estadual da categoria. Depois, partiu para Bento Gonçalves, onde encontrou pela primeira vez o saudoso técnico Ênio Andrade.

Após mais uma passagem breve pelo Grêmio em 75 e por Juventude em 76, Gasperín foi contratado pelo Internacional. Em seu primeiro ano no Inter, foi campeão brasileiro na reserva de Manga.

Em 77, amargou a reserva de Manga e Benítez. Assim que o paraguaio foi emprestado ao Palmeiras, Gasperín assumiu a titularidade em 78, voltando a trazer o título estadual ao Beira-Rio em uma vitória inesquecível por 2 a 1 sobre o Grêmio, em pleno Olímpico.

Benítez retornou em 79 e Gasperín já era considerado reserva de luxo. Assim que Benítez se lesionasse, Gasperín entraria imediatamente. O Inter, mais uma vez, foi campeão brasileiro e de forma invicta.

No ano de 1980, Gasperín foi o titular na disputa pelo título da Libertadores. Na ocasião, o goleiro se tornou o brasileiro com menor média de gols sofridos na história da Libertadores, tendo disputado todas as partidas. O vice-campeonato contra o Nacional foi sofrido, mas para Gasperín, lhe valeu um lugar na história centenária do Internacional.

Deixou o Inter em 81, passando por Cruzeiro, América-RJ, Botafogo-SP e Glória de Vacaria. Abandonou os gramados em 89 e passou a se dedicar à casamata. Treinou diversos clubes do interior do Rio Grande do Sul.

Em 2010, Gasperín foi vencido por um câncer no intestino, o qual enfrentava desde 2005. O goleiro, último vencedor do Prêmio Belfort Duarte em 1983, sempre foi lembrado com carinho nas festividades do Inter, inclusive no centenário do clube e nos 100 anos do clássico Gre-Nal.

André Doring

ANDRÉ
(goleiro)

Nome completo: André Doring
Data de nascimento: 25/6/1972
Local: Venâncio Aires (RS)

CARREIRA:
1992-1999 - Internacional
1999-2003 - Cruzeiro
2004-2005 - Internacional
2006-2008 - Juventude 

Um dos grandes nomes da camisa 1 do Internacional nos últimos anos não era um goleiro considerado alto, mas foi um grande guarda-metas. O "alemão" André foi, talvez, o último goleiro formado no clube a ser lembrado pela torcida com boas recordações, mesmo atuando em momentos complicados na história do clube.

Profissional desde o ano de 1992 e jogando nas categorias de base desde 89, André foi promovido depois que o goleiro Maizena foi dispensado pelo clube em 92. Sempre à sombra de grandes goleiros do clube, André adquiriu conhecimento e experiência desde cedo.

Reserva de Gato Fernández na conquista da Copa do Brasil de 92, André ainda amargou a reserva de Sérgio Guedes, César Silva e Goycochea. Depois da saída do argentino na metade de 96, o goleiro vestiu a camisa 1 e não perdeu mais a condição de titular.

O ano mágico de André no Inter foi 1997. A quebra do jejum de dois anos sem o Gauchão vencendo o Grêmio na decisão, somada à atuações inesquecíveis ao longo da Copa do Brasil e do Gauchão, renderam ao goleiro a sonhada convocação à Seleção Brasileira, já em 98.

André foi vendido ao Cruzeiro por 3 milhões de reais, envolvendo metade dos direitos de Elivélton, que pertenciam ao Cruzeiro. Sob forte contestação, a venda foi de grande impacto negativo por parte da torcida, visto que nenhum goleiro foi trazido para preencher a vaga na posição.

Na Toca da Raposa, André conquistou as Copas do Brasil de 2000 e 2003, o Brasileiro de 2003, as Copas Sul-Minas de 2001 e 2002, e o Campeonato Mineiro de 2003. Duas graves lesões fizeram com que André perdesse o posto de titular no Cruzeiro em 2001.

De volta ao Inter em 2004, André se tornou reserva imediato de Clemer. Entretanto, o drama mais grave da carreira do goleiro aconteceu no segundo jogo da decisão do Gauchão de 2005, diante do 15 de Novembro.

Substituindo Clemer, que se lesionou no jogo de ida, André se chocou com um jogador do 15 de Novembro aos 22 minutos do segundo tempo, fraturando o antebraço em dois lugares. Do hospital, André viu o Internacional se sagrar campeão com dois gols de Souza.

A partir daí, a carreira do goleiro entrou em declínio, ao se transferir para o Juventude e sofrer mais lesões graves. O joelho de André o impediu de continuar a vestir suas luvas e o goleiro abandonou as traves em 2008.

Jones

JONES
(atacante)

Nome completo: Jones Roberto Minosso
Data de nascimento: 12/8/1960
Local: Getúlio Vargas (RS)

CARREIRA:
1978-1979 - Inter de Lages-SC
1980-1981 - Internacional
1981-1982 - Operário-CG
1982 - Sport
1982 - XV de Jaú
1983 - Colorado-PR
1984 - Santo André
1984-1985 - Portuguesa
1986 - São Bento
1986 - Rio Branco-ES
1987-1988 - Ferroviária-SP
1988 - Ceará
1988-1989 - Acadêmica de Coimbra-POR
1989 - Porto-POR
1990-1991 - Inter de Lages-SC
1992 - Figueirense
1992 - Inter de Lages-SC
1993 - Operário-PR

Peregrino do futebol, o atacante Jones era um centroavante que, como muitos, se destacava em equipes de menor expressão pelo Brasil. Gaúcho de Getúlio Vargas, começou a carreira na Inter de Lages, em 1978.

Em 1980, Jones deixou Lages e retornou ao Rio Grande do Sul para defender o Internacional. Reserva no Inter, Jones começou a ter espaço a partir da metade da campanha no Brasileiro de 1980. No mesmo ano, o Inter deixou o Gauchão escapar mais uma vez.

Já em 1981, Jones permaneceu até a metade da temporada, deixando o Inter e indo para o Operário de Campo Grande. A partir daí, a carreira do atacante se tornou digna de um nômade, passando pelos quatro cantos do país.

Passou por Sport, XV de Jaú, Colorado-PR, Santo André, São Bento, Rio Branco-ES, Ferroviária-SP, Ceará, mais uma vez pelo Inter de Lages, Figueirense e Operário-PR. No exterior, defendeu a Acadêmica de Coimbra, de Portugal, na temporada 1989/1990.

Pendurou as chuteiras em 1993, se arriscando como técnico até 95, quando abandonou de vez o futebol para se dedicar à fábrica de carrocerias herdada de seu pai.

Em 99, pescava com alguns amigos em uma represa no município de Campo Belo do Sul, em Santa Catarina, quando a canoa que o transportava virou e seu pé ficou preso na rede de pesca. Jones faleceu por volta das 16h30min do dia 15 de novembro.

Jones era muito querido pela população de Lages, especialmente pela torcida do Inter local. A cidade de Lages possui um ginásio com o nome do atleta, em homenagem às alegrias que Jones Roberto Minosso proporcionou à cidade.

Sadi

SADI
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Sadi Schwerdt
Data de nascimento: 15/12/1942
Local: Arroio dos Ratos (RS)

1961 - Internacional
1962 - Atlético-PR
1963-1970 - Internacional
1971 - Corinthians
1972 - Internacional

Ser o capitão de um time é ser a referência no aspecto liderança. Abraçar a causa nos tempos conturbados de um clube é responsabilidade ainda maior. O lateral-esquerdo Sadi matou no peito a responsabilidade e foi notável e honrado enquanto usou a camisa vermelha.

Nascido em Arroio dos Ratos, Sadi foi formado nas categorias de base do Internacional, assinando o primeiro contrato profissional em 1961. Lateral habilidoso, também jogava com ótimo desempenho na zaga.

Foi emprestado ao Atlético-PR para adquirir experiência e retornou ao Internacional em 63. Sadi, um jogador frio, era lembrado por não comemorar os seus gols, tamanha sua frieza. A carreira do lateral foi marcada por glórias, polêmicas e desventuras formadas por terceiros, além da constante luta pela quebra da hegemonia tricolor no estado.

Em 1965, Sadi recebeu a primeira convocação para a Seleção, mas jogou por cinco anos com um caroço na coxa, sem que o departamento médico do Internacional conseguisse uma operação para o jogador. Depois de uma excelente campanha no Robertão de 1967, Sadi foi convocado para a Seleção mais uma vez. 

Em julho de 1968, Sadi entrou no lugar de Rildo na vitória brasileira por 2 a 0 diante do Uruguai. O lateral gaúcho marcou seu primeiro e único gol com a amarelinha, mas a sua felicidade isolada o lembrava de que seria preterido pelos dirigentes da CBD. A preferência era por atletas do eixo RJ-SP.

No início de uma partida contra o Santos, de Pelé, Sadi sentiu uma distensão aos 8 minutos de jogo e deixou a partida. Dias depois, fraturou o pé numa dividida em um jogo contra o Flamengo. No mesmo ano, foi acusado pela diretoria de chefiar um complô contra o técnico Oswaldo Rolla, desmentido pelo lateral.

A partir de 69, Sadi foi mais uma vítima evidente dos Mandarins. Daltro Menezes tirou Sadi do posto de capitão após receber uma avaliação psicológica, até hoje não muito esclarecida. Na briga do Gre-Nal de inauguração do Beira-Rio, Sadi teve um músculo rompido e ficou quase todo o ano de 1970 no departamento médico.

Era o que Daltro, técnico contratado a mando dos Mandarins precisava. Sadi perdeu espaço para Jorge Andrade e outro jovem lateral estava a caminho: Vacaria. O lateral-esquerdo deixou o Internacional em 71, quando ficou oito meses no Corinthians.

Retornou ao Internacional em 1972, a fim de ter mais uma chance. Porém, um acidente envolvendo o carro de Sadi e um caminhão ocasionou em uma fratura na perna. Quatro meses depois, a fratura cedeu em seu primeiro treino. Sadi não tinha opção a não ser encerrar a carreira.

Bicampeão gaúcho nos anos de 69 e 70, Sadi foi mais um grande atleta prejudicado por questões políticas dentro do Internacional.

Bráulio

BRÁULIO
(meia)

Nome completo: Bráulio Barbosa de Lima
Data de nascimento: 4/8/1948
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1965-1973
Internacional
1973
Coritiba
1974
Internacional
1974-1976
América-RJ
1977-1978
Botafogo
1979
Coritiba
1979-1981
Universidad de Chile-CHI

Enquanto o Rolo Compressor desfilava nos gramados dos Eucaliptos, um jovem garoto se deslumbrava com a magia que a camisa vermelha ostentava em seus tempos áureos, em meados das décadas de 40 e 50. Bráulio, um autêntico colorado, não tinha outra alegria a não ser torcer pelo Internacional.
Aos 15 anos, o compenetrado Bráulio passou a integrar o time infanto-juvenil do Inter, sendo promovido aos profissionais em 1965. O talento de Bráulio, a velocidade e a técnica impressionava o saudoso Abílio dos Reis. Bráulio tinha uma intimidade ímpar com a bola, como se ele e a redonda fossem gêmeos siameses. A imprensa gaúcha passou a chamá-lo de "Garoto de Ouro".
Mas nem mesmo o status de craque adquirido no início da carreira fez com que Bráulio tivesse unanimidade dentro do Internacional. Os Mandarins, grupo político formado por jornalistas influentes no clube, perseguiam o meia-cancha, alegando que Bráulio fugia dos adversários.
Passada a construção do Beira-Rio, fortemente apoiada pelos Mandarins, Bráulio passou a ser preterido no time titular, dando lugar a Sérgio Galocha. E nem mesmo a quebra da hegemonia tricolor que desanimava os colorados nos anos 60 fizeram com que Bráulio ganhasse espaço.
Então, Bráulio foi para o Coritiba em 73, depois de faturar o pentacampeonato gaúcho. Um ano depois, foi para o América-RJ, onde conquistou a Taça Guanabara. Jogou no Ameriquinha até 1976, ano em que o clube atravessava uma grande crise financeira.
O Botafogo tratou de contratar o meia. Defendeu o Fogão entre 1976 e 1978 e retornou ao Paraná. Em sua segunda passagem pelo Coritiba, conquistou o título paranaense. Seu último clube foi fora do Brasil foi a Universidad de Chile, onde foi campeão nacional em 1980. Pendurou as chuteiras em 1981.
Excelente profissional, Bráulio nunca sofreu uma lesão na carreira. Até hoje, o "Garoto de Ouro" é reverenciado pelo torcedor com a mesma devoção que ele mesmo tem pelo Internacional.

Edinho (1996)

EDINHO
(lateral-direito)

Nome completo: Édson José Vichetin
Data de nascimento: 5/7/1966
Local: Leme-SP

CARREIRA:
1987 - Sãocarlense
1988-1989 - União São João
1990 - Rio Preto
1991 - Democrata-GV
1992-1994 - União São João
1995 - Portuguesa
1996 - São Paulo
1996 - Internacional
1997 - Portuguesa
1998 - Inter de Limeira

O lateral-direito Edinho era um típico caipira do interior paulista: quietão e avesso a entrevistas. Lateral-direito de velocidade e de bons lançamentos, iniciou a carreira no Sãocarlense, em 1987.

No ano seguinte, se transferiu para o União São João. No time de Araras, Edinho viveu a melhor fase da história do clube. Campeão da Série C em 88, o União teve um crescimento gradativo, chegando à Série A em 1993, após uma virada de mesa que acabou fazendo um campeonato nacional com 32 clubes. Em Araras, Edinho conquistou o status de ídolo depois de cinco anos de serviços prestados, intercalando empréstimos ao Rio Preto e ao Democrata de Governador Valadares.

Se transferiu para a Portuguesa para a disputa do Paulistão. A Lusa fez ótima campanha no certame, terminando o campeonato na 3ª posição, fazendo o maior número de pontos. Edinho se destacou sendo o principal garçom do goleador Paulinho McLaren. No Brasileirão, atuou no jogo que tirou a possibilidade do Inter de disputar as semifinais do campeonato, no 1º turno.

Já em 1996, teve a primeira oportunidade em um time grande, jogando no São Paulo, treinado por Muricy Ramalho. Disputou 22 partidas pelo São Paulo, sendo campeão da Copa Master da Conmebol.

O Inter tratou de contratá-lo no segundo semestre. Edinho começou como titular com Nelsinho Baptista, conquistando o Torneio Mercosul, mas acabou perdendo a posição para César Prates e o improvisado Márcio Tigrão. 

Depois de uma sequência de resultados ruins, Edinho foi resgatado do banco de reservas pelo técnico Elias Figueroa e entrou no time na arrancada da reta final do campeonato, nas vitórias diante de Paraná, Portuguesa e Corinthians. Porém, o Inter derrapou contra o Bragantino na última rodada e perdeu a vaga.

Edinho retornou à Portuguesa em 1997, ano em que a Lusa chegou à reta final do Campeonato Brasileiro, terminando a competição na 6ª colocação. Ainda passou por times do interior paulista antes de encerrar a carreira.