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Citação #10

Além de disputar Sérgio Galocha e Bráulio disputavam a titularidade no período de transição entre os Eucaliptos e o Beira-Rio. Sérgio representava o futebol-força e voltado ao coletivo, enquanto Bráulio exercia um futebol mais técnico e refinado. Essa dualidade é ilustrada nesse trecho coletado no Blog do Moraes:

“Futebol-arte ou futebol-força? Na Porto Alegre final dos anos 60, quando a preparação física se profissionalizava cada vez mais e atletas habilidosos e eminentemente técnicos pareciam perder lugar para boleiros, corpulentos e de explosão muscular, um meio-campista se tornaria o jogador mais discutido de sua época: Bráulio. Dono de um estilo de jogo clássico, com a mudança de filosofia de futebol ocorrida no Internacional a partir de 1969, o meia passou a ser considerado um representante do 'decadente' estilo dos tempos do Rolo Compressor, dividindo mentes e corações de jornalistas e torcedores contra ou a favor do futebol que ele próprio representava”.


Fonte: Wilson Moraes, no Blog do Moraes.  Disponível em: http://moraesjau.blogspot.com.br/2011/09/sergio-galocha-x-braulio-garoto-de-ouro.html. Acesso em 7 de julho de  2016.

Bráulio

BRÁULIO
(meia)

Nome completo: Bráulio Barbosa de Lima
Data de nascimento: 4/8/1948
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1965-1973
Internacional
1973
Coritiba
1974
Internacional
1974-1976
América-RJ
1977-1978
Botafogo
1979
Coritiba
1979-1981
Universidad de Chile-CHI

Enquanto o Rolo Compressor desfilava nos gramados dos Eucaliptos, um jovem garoto se deslumbrava com a magia que a camisa vermelha ostentava em seus tempos áureos, em meados das décadas de 40 e 50. Bráulio, um autêntico colorado, não tinha outra alegria a não ser torcer pelo Internacional.
Aos 15 anos, o compenetrado Bráulio passou a integrar o time infanto-juvenil do Inter, sendo promovido aos profissionais em 1965. O talento de Bráulio, a velocidade e a técnica impressionava o saudoso Abílio dos Reis. Bráulio tinha uma intimidade ímpar com a bola, como se ele e a redonda fossem gêmeos siameses. A imprensa gaúcha passou a chamá-lo de "Garoto de Ouro".
Mas nem mesmo o status de craque adquirido no início da carreira fez com que Bráulio tivesse unanimidade dentro do Internacional. Os Mandarins, grupo político formado por jornalistas influentes no clube, perseguiam o meia-cancha, alegando que Bráulio fugia dos adversários.
Passada a construção do Beira-Rio, fortemente apoiada pelos Mandarins, Bráulio passou a ser preterido no time titular, dando lugar a Sérgio Galocha. E nem mesmo a quebra da hegemonia tricolor que desanimava os colorados nos anos 60 fizeram com que Bráulio ganhasse espaço.
Então, Bráulio foi para o Coritiba em 73, depois de faturar o pentacampeonato gaúcho. Um ano depois, foi para o América-RJ, onde conquistou a Taça Guanabara. Jogou no Ameriquinha até 1976, ano em que o clube atravessava uma grande crise financeira.
O Botafogo tratou de contratar o meia. Defendeu o Fogão entre 1976 e 1978 e retornou ao Paraná. Em sua segunda passagem pelo Coritiba, conquistou o título paranaense. Seu último clube foi fora do Brasil foi a Universidad de Chile, onde foi campeão nacional em 1980. Pendurou as chuteiras em 1981.
Excelente profissional, Bráulio nunca sofreu uma lesão na carreira. Até hoje, o "Garoto de Ouro" é reverenciado pelo torcedor com a mesma devoção que ele mesmo tem pelo Internacional.