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Citação #10

Além de disputar Sérgio Galocha e Bráulio disputavam a titularidade no período de transição entre os Eucaliptos e o Beira-Rio. Sérgio representava o futebol-força e voltado ao coletivo, enquanto Bráulio exercia um futebol mais técnico e refinado. Essa dualidade é ilustrada nesse trecho coletado no Blog do Moraes:

“Futebol-arte ou futebol-força? Na Porto Alegre final dos anos 60, quando a preparação física se profissionalizava cada vez mais e atletas habilidosos e eminentemente técnicos pareciam perder lugar para boleiros, corpulentos e de explosão muscular, um meio-campista se tornaria o jogador mais discutido de sua época: Bráulio. Dono de um estilo de jogo clássico, com a mudança de filosofia de futebol ocorrida no Internacional a partir de 1969, o meia passou a ser considerado um representante do 'decadente' estilo dos tempos do Rolo Compressor, dividindo mentes e corações de jornalistas e torcedores contra ou a favor do futebol que ele próprio representava”.


Fonte: Wilson Moraes, no Blog do Moraes.  Disponível em: http://moraesjau.blogspot.com.br/2011/09/sergio-galocha-x-braulio-garoto-de-ouro.html. Acesso em 7 de julho de  2016.

Citação #07

Todo colorado que se preze conhece a história do "time que nunca perdeu". O Internacional de 1979 foi um esquadrão inesquecível na memória do futebol brasileiro. Só que antes dessa glória, o time enfrentou uma tremenda crise antes da disputa do Campeonato Brasileiro.
"Em 1979, o Internacional entrou numa crise de dar dó. Caiu o técnico Cláudio Duarte, veio Zé Duarte, mas não houve jeito: ficou em terceiro no Campeonato Gaúcho, mais que em último para os padrões locais. Zé Duarte é substituído por Ênio Andrade, que contrata apenas um jogador, o limitado centroavante Bira. E o que acontece? O Inter torna-se campeão brasileiro invicto".
Texto retirado da Revista Placar, nº 883, 4/5/1987

Citação #05

O São Paulo foi convidado a inaugurar o estádio do Cruzeiro, de Porto Alegre, em 1941. O Internacional foi convidado a participar dos festejos do Estádio da Montanha. O time paulista perdeu as duas partidas e acabou se tornando uma grande decepção para o público presente.

"INTERNACIONAL X S. PAULO 
Este jogo foi realizado quarta-feira à noite. Os colorados gaúchos iniciaram o jogo com um apetite de leão. Permaneceram durante os primeiros doze minutos bombardeando o arco de King. Aos 4 e aos 9 minutos Carlitos atingiu as redes do irmão de Teleco. Depois destes 13 minutos sufocantes os paulistas se refazem, e finalmente aos 20 minutos, Teixeirinha assinalou bonito goal. Mas logo após, Carlitos - sempre Carlitos – marcou em chute enviezado o 3º ponto do Internacional, ponto esse que constituiu um verdadeiro "frango" de King. Revezam-se as cargas e finaliza o 1º tempo com 3 X 1 no placar. 
Na 2ª fase, Brandão, que vinha sendo o grande esteio dos colorados, cansou e, ao que parece, contagiou seus companheiros que nada mais fizeram. Só então a assistências percebeu que além do Internacional havia outro quadro no campo... Sim, porque aí começou a se locomover uma máquina acionada por Lola, agora como chave do quadro. E esta máquina pressionava cada vez mais, a despeito dos esforços de Alfeu e, notadamente, de Pedrinho. Aos 25 minutos, por fim, Teixeirinha trouxe a bola até as proximidades do arco, de onde, então, fulminou Rubens. 3 X 2 e esperanças de um empate para os sampaulinos. A máquina que varava o centro do campo era, porém, inofensiva dentro da área e o score manteve-se irredutível até o fim. 
Valores: Remo foi a maior figura em campo, a despeito de seu tamanho... Seguiram-lhe em ordem: Brandão, Orozimbo, Sílvio Pirillo, Carlitos, Alfeu e Teixeirinha. 
Juiz: Alvaro Silveira. Atuou regularmente ambas as partidas do S. Paulo em P. Alegre. Renda: Cerca de 19:000$000. 
Quadros: Internacional: - Rubens; Alfeu e Risada; Mascrinha (Nenê), Brandão (Nick), Pedrinho; Tesourinha, Russinho, Silvio Pirillo, Rui (Castillos) e Carlitos. 
São Paulo: - King; Fiorotti e Squarza; Lola (Zachlis), Walter (Lola) e Orozimbo; Bazzoni, Teixeirinha, Hemedio, Remo e Paulo (Novelli)".
Texto retirado da revista Sport Illustrado, 17 de abril de 1941, nº 158.

Citação #04

O informativo A Fundação do dia 12 de abril de 1909 noticiou a fundação do Sport Club Internacional.

"FOOT-BALL 
Fundou-se mais uma sociedade de foot-ball. sob o nome de Sport Club Internacional, da qual foi aclamado presidente honorário o nosso amigo Graciliano Ortiz. 
A diretoria ficou assim composta:
João Leopoldo Sepevin, para presidente; Pantaleão Gonçalves de Oliveira, para vice presidente; Legenave das Chagas Pereira, para 1º secretário; Manoel Lopes da Costa, para 2º secretário; Antônio Coivo, para 1º thesoureiro; Waldemar Fachél, para 2º thesoureiro; José Poppe, para captain; Henrique Poppe Leão, para orador; João Luiz de Andrades Vasconcellos, Irineu dos Santos, Luiz Madeira Poppe Leão e Alcides P. Ortiz, para a comissão de campo. 
Um grupo de distinctos sportsmans acaba de fundar, nesta capital, mais um club, que cultivará esmeradamente o aprasível sport inglez - foot ball
A nova sociedade, que já conta com valiosos elementos, jogará, domingo próximo, o primeiro match-training
Mais tarde, será feita a inauguração official, sendo realisados, por esta occasião, grandes festejos".
Texto retirado do jornal A Federação, do dia 12 de abril de 1909, p. 4.

Citação #03

Você conhece a origem dos uniformes secundários dos clubes? E sabia que, historicamente, o Internacional foi o segundo brasileiro a adotar um fardamento paralelo ao número um. Conheça a história:
"Primeira camisa dois 
Eu ia chamar esse capítulo de "Primeira segunda camisa", mas ficaria muito estranho. De qualquer modo, o propósito aqui é falar justamente sobre qual clube foi o primeiro a adotar um uniforme reserva.
A depender do relato de Mário Filho, o Flamengo já teria definido ambos os uniformes no próprio dia de sua fundação, em 1895, assim: 
'O primeiro uniforme ficará vago. Assim: camisa de meia de seda — manda-se buscar na França uma azul e ouro, para ver se elas desbotam ou não — boné preto, calça de brim branco, cinto branco e sapatos de lona branca, com sola de borracha preta. Isso tem por aí. O segundo uniforme pode ser de camisa de meia preta com duas âncoras vermelhas, cruzadas, boné preto, cinto branco e calção preto ou calça branca, à vontade.'
Só tem um pequeno detalhe: eram uniformes de regatas, não de futebol... Segundo Luís Miguel Pereira, o primeiro uniforme reserva do Flamengo, para o futebol, só foi criado em 1938, a pedido de Dori Krueschner: camisa branca com uma faixa rubronegra horizontal e o escudo no meio. Para o técnico húngaro, seria melhor de enxergá-la nos jogos noturnos e também em partidas contra outros times rubronegros. Involuntariamente, ele estava repaginando o uniforme da primeiríssima partida de futebol do clube — porque, na derrota de 5x1 para o CR Botafogo, em 1903 (ver "Primeiros clubes"), os remadores do Flamengo jogaram com camisas brancas e calções pretos. 
Conforme Paulo Coelho Netto, em 26.12.1906, o Fluminense decidiu lançar, para o ano seguinte, uma camisa branca com faixa diagonal [...]. Segundo Paulo Gini e Rodolfo Rodrigues, graças a essa decisão, o tricolor foi um dos primeiros clubes a adotar uma camisa dois. Só que o site do clube diz que ela não se somou à outra pois, na realidade, substituiu a anterior; que o clube decidiu mudar a camisa porque o uso repetido do tradicional uniforme tricolor de listras verticais estava descaracterizando as cores originais. De acordo com Antonio Carlos Napole, a camisa dois do Fluminense só foi instituída mesmo na década de 30.
Segundo o Guia oficial do campeonato paulista, o primeiro uniforme da Ponte Preta era constituído de camisas de listras verticais alvinegras, sendo que a camisa totalmente preta só era usada em solenidades e jogos festivos. Sendo assim, a primeira camisa dois do futebol brasileiro seria da Macaca.
Todavia, é difícil obter uma confirmação disso. Afinal, de acordo com Sérgio Rossi, André Pécora, Stephan Campineiro e José Bertazzoli, a camisa preta foi efetivamente o primeiro uniforme da Ponte, que jogou com ele até 1913. Isso porque, em 11.08.1913, no amistoso de aniversário do clube, quando empatou com o Ruggerone em 1x1, a camisa preta foi substituída pela camisa listrada alvinegra. Segundo Pécora e Campineiro, somente na década de 20 passou a ter dois uniformes: um listrado e um todo branco. 
Nesse mesmo ano de 1913 quem lançou uma camisa dois foi o América Mineiro. Sua camisa um era branca com faixa diagonal verde e a dois era de listras verticais verdes e brancas. 
Considerando o que foi dito acima e tendo por base o livro de Paulo Gini e Rodolfo Rodrigues, há indícios de que o primeiro clube a lançar uma camisa dois foi o Atlético Mineiro, em 1910. Enquanto a camisa um era preta, a dois tinha listras verticais alvinegras. Em 1911, foi a vez do Internacional de Porto Alegre, com dois uniformes: uma camisa vermelha e outra branca. Já que falamos em camisa dois, pelas informações desse mesmo livro, tudo indica que a primeira camisa três foi do Grêmio. De 1949 a 1955, a camisa tun era listrada, a dois, branca e a três, azul".
Texto retirado da revista Do Fundo do Baú: pioneirismos do futebol brasileiro, de Laércio Becker. 2ª edição, Curitiba - 2012.

Citação #02

O Gaúcho de Passo Fundo queria realizar uma partida amistosa contra o Internacional em 1945, sensação do futebol gaúcho com o mítico Rolo Compressor. Para isso, emitiu um ofício à Liga Passo-fundense para o jogo ser disputado no dia 29 de junho daquele ano. Infelizmente, a partida não aconteceu e o Internacional viajou ao Rio de Janeiro para enfrentar o Flamengo.

"Ofício nº 26-45 
Passo Fundo, 21 de Junho de 1945 
Ilmo. Sr. Presidente da Liga Passofundense de Futebol
Nesta Cidade 
Desejando o S. C. Gaúcho trazer a esta Cidade o esquadrão do S. C. Internacional, da Capital do Estado, para disputar uma partida amistosa, solicito-vos, de ordem do Sr. Presidente desta agremiação, que a data de 29 do corrente seja cedida para o referido jogo. 
Sem mais, subscrevo-me atenciosamente 
Pelo S. C. Gaúcho 
Ney de Moraes FernandesSecretário Geral"

Imagem retirada do livro "Os Donos da Bola: o campeonato citadino de futebol de Passo Fundo 1922-1978", de Lucas Scherer (2012). 

Citação #01

"HISTÓRIAS DO FUTEBOL
por Sandro Moreyra 
No meio da partida, a bola chutada com violência ultrapassa o muro do campo e vai cair na rua. Para não perder tempo, o juiz autoriza o goleiro a reiniciar o jogo com a bola reserva, pedindo que, quando viesse a outra, ele trocasse. 
O jogo continua e, dali a instantes, o gandula chega com a bola extraviada e fica esperando ao lado do gol. Logo em seguida, o goleiro agarra firme um chute e ouve o gandula gritar: 
'Olha a bola titular aqui!'. 
'Joga pra cá', diz o goleiro. E, ao receber a bola nova, atira a outra para dentro do gol. 
Imediatamente, o juiz aponta para o centro do campo, assinalando acertadamente o gol. Mas, como ninguém entendeu nada, o pau comeu solto, o jogo foi suspenso e o juiz teve de sair protegido pela polícia. 
Vocês pensam que isso tudo aconteceu em Portugal? Enganam-se: aconteceu em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, num jogo entre Internacional e Floriano".

Texto retirado da revista PLACAR, nº 681, 10/7/1983.