27/09/1931 - Citadino 1931 - 1º turno - Ruy Barbosa-POA 1 x 5 Internacional

RUY BARBOSA X INTERNACIONAL
A Associação Metropolitana Gaúcha de Esportes Atléticos proporcionará, amanhã, aos amantes do “association", se o tempo permitir. Pois ele se mostra instável, com chuvisqueiros amiudados, uma linda tarde desportiva, na qual fomarão parte quatro primeiros teams, em provas oficiais.
A prova principal é o encontro entre os quadros do S. C. Ruy Barbosa e S. C. Internacional em disputa do campeonato da cidade.
Essa pugna, apesar da superioridade do team colorado, promete ser bastante renhida.
O valoroso team do Ruy Barbosa, que vem atuando este ano com bastahte acerto, não se deixará vencer facilmente e, pelo contrário, há de dar muito trabalho ao seu poderoso adversário.
O Internacional, que desde o início da temporada vem ocupando a vanguarda do campeonato sem um único revés, tem necessidade de vencer para sustentar a posição que ocupa.
E isso cooperará para que o público tenha ocasião de apreciar um magnífico jogo.
Tudo induz que issó se verificará, pois conhecendo o valor do adversário que terá de enfrentar, os ruystas se preparam com dedicação.
O jogo terá lugar no campo de Bella Vista, no Caminho do Meio e será arbitrado pelo competente juiz Heitor Deste, do Americano.
Fonte: A Federação (RS), 19/09/1931, ano 1931, n. 219, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/388653/69749. Acesso em: 08 nov. 2024.

RUY BARBOSA X INTERNACIONAL, EM PARTIDA DE CAMPEONATO
No campo de Bella Vista, no Caminho do Meio, terão lugar, amanhã, os jogos transferidos de domingo último, devido ao mau tempo.
O local, por certo, não apresentará grandes melhoras, pois ainda ontem choveu, e o tempo se mostra duvidoso.
O mundo desportivo espera com ansiedade a realização desses embates, pois nas pelejas tomarão parte quatro valorosos primeiros teams. [...]
A prova principal é o encontro entre os quadros do S. C. Ruy Barbosa e S. C. Internacional, em disputa do campeonato da cidade.
Essa pugna, como a antecedente, promete ser bastante porfiada, embora o quadro colorado esteja em melhores condições para vencer.
Dos rapazes que representam o valoroso Ruy Barbosa, e que este ano vêm atuando com acerto, não se deixarão vencer faclimente e, pelo contrário, darão muito trabalho à poderosa defesa do clube dos Eucaliptos.
Quanto aos colorados, que vêm na vanguarda desde o início da temporada, têm necessidade de vencer para sustentar a posição que ocupam na tabela.
Fonte: A Federação (RS), 26/09/1931, ano 1931, n. 225, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/69789. Acesso em: 07 nov. 2024.

CITADINO 1931 - 1º TURNO - RUY BARBOSA-POA 1 X 5 INTERNACIONAL
Data: 27/09/1931
Local: Campo da Bela Vista - Porto Alegre (RS)
Juiz: Luciano Jacques (Waldomiro Zanini)
Gol: Javel 45’/1 (I); Javel ?’/2 (I); Dante Marroni?’/2 (I); Rancho ?’/2 (R); Marreco ?’/2 (I); Dante Marroni?’/2 (I).
RUY BARBOSA-POA: Jayme; Octacílio e Trajano; Vadico, Waldemar e Bruno; Lockmann, Rancho, Baptista, Chico e Fornari.
INTERNACIONAL: Penha; Miro Vasques (Chanes) e Risada; Ribeiro, Felix Magno e Moreno; Armando, Marreco, Alfredo, Dante Marroni e Javel.

Com a vitória do Internacional sobre o Ruy Barbosa por 5 x 1 no domingo passado, está virtualmente terminado o primeiro turno do campeonato de Porto Alegre, em nada influindo os cinco minutos que faltam do jogo Gremio x Internacional e a nova partida entre o Cruzeiro x Marechal de Ferro, pela anulação da anterior.
A colocação dos 1ºs quadros é a seguinte, por pontos ganhos: Internacional 15; Grêmio 14; Concórdia 8, Americano, Força e Luz, Cruzeiro 7 cada um; Marechal de Ferro 6, Ruy Barbosa 5 e Bancário 1.
Fonte: República (SC), 01/10/1931, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/711497x/33202. Acesso em: 07 ago. 2023.

O INTERNACIONAL, COM MELHOR TÉCNICA, ABATEU O RUY POR 5 A 1
Depois de dois dias de chuva e quando todas julgava, que teríamos mais um domingo perdido, o tempo firmou-se, fazendo ontem uma magnífica tarde, de um sol ameno e convidativo aos desportos ao ar livre.
Isso cooperou para levar ao campo de Bella vista uma animadora assistência.
Momentos depois, fizeram entrada em campo os primeiros teams do Ruy Barbosa e Internacional, para a disputa da partida de campeonato da cidade.
Os quadros obedeciam à seguinte formação:
Ruy Barbosa — Jayme; Octacílio e Trajano; Vadico, Waldemar e Bruno; Lockmann, Rancho, Baptisla, Chico e Fornari.
Internacional — Penha; Miro (depois ,Chanes) e Risada; Ribeiro, Magno e Moreno; Armando, Marreco, Alfredo, Marroni e Javel.
O centro colorado inicia o jogo às 16,15, horas. Estes levam o primeiro ataque, obrigando Jayme a intervir com dificuldade.
Os rapazes da jaqueta rubra se mantêm no ataque, porém, não se sabem aproveitar da situação, pois os dianteiros rematam pessimamente.
Javel, na ponta esquerda perde excelentes oportunidades.
O triângulo final ruyista atua com felicidade, notadamente Octacílio, que faz excelentes defesas.
Numa escapada pela esquerda, Chico, a poucos metros do gol, obriga a Penha praticar uma admirável defesa.
Os ruystas se entusiasmam e levam dois bons avanços, tendo Penha praticado linda defesa.
Voltam os colorados ao campo contrário, dando insano trabalho à defesa local.
Nova escapada do Ruy e a defesa colorada faz o primeiro corner da tarde, batido sem resultado.
Os colorados reagem fortemente, pondo em cheque o arco de Jayme. Dois corners são batidos, bem aparados e melhor ainda defendidos.
Apesar do domínio da turma rubra, o placard continuava zero a zero.
No último minuto da luta, no primeiro tempo, a linha do Internacional carrega fortemente sobre o arco ruysta, resultando um corner.
Javel cobra com maestria, indo a bola cair no início do gol. Nessa ocasião, forma-se um embrulho e Alfredo, Marreco e Armando entram com a esfera no retângulo, marcando o primeiro ponto da sua turma.
Os rapazes do Ruy Barbosa protestam contra a validade do ponto conquistado pelos colorados, alegando que o mesmo fora feito com a mão. O juiz não os atende e manda consignar o tento.
Desse fato, resultou a desistência do Sr. Luciano Jacques de continuar a arbitrar.
O segundo período levou mais de meia hora para se iniciar.
Os dirigentes dos dois clubes procuram por todos os cantos um novo árbitro, até que apareceu o player americanista Waldomiro Zanini.
Este período foi mais ou menos, a repetição do primeiro, pois os colorados continuaram senhores do campo, com pequenas reações por parte dos locais.
Javel, em forte tiro de meia altura, faz o segundo gol do Internacional.
Momentos depois, Marroni, acossado por Octacílio e Trajano, consegue aninhar pela terceira vez a pelota no goal de Jayme.
A linha ruysta, com excepção de Baptista, que se mostra cansado, procura chegar ao campo contrário.
Registra-se um bom avanço dos locais e Rancho, em belo estilo, consegue burlar a vigilância de Penha, marcando o primeiro e único gol do seu bando.
Dada nova saída, os colorados continuam a atacar insistentemente. Marreco, em tiro rasteiro, consigna o quarto gol do Internacional.
Passados alguns minutos, Marroni fecha a contagem para o seu quadro, assinalando, o quinto e último tento.
Momentos depois findava o jogo com o seguinte resultado:
Internacional - 5
Ruy Barbora - 1
No quadro vencedor não há nomes a destacar. A defesa agiu bem desde o início. O ataque, que esteve falho no primeiro período, melhorou sensivelmente no segundo.
No quadro, do Ruy, Barbosa, merecem destaque os backs Octacílio e Trajano e o goleiro Jayme, que tudo fizeram para defender o arco. A linha média agiu regularmente. No ataque, os players de maior evidéncia foram Rancho e Lockmann.
— A partida dos segundos quadros, foi adiada “sine die”.
Os juizes
Como já dissemos acima, serviu de árbitro, no primeiro tempo, o Sr. Luciano Jacques, do Concórdia.
A sua atuação ontem, não esteve má. Quanto ao fato que motivou a sua desistência de continuar a refiar a partida, não podemos dar a opinião certa, pois na posição em que nos achávamos e o embrulho que se formou na porta do gol ruysta, a isso nos inibe.
No entanto, achamos que o Sr. Jacques andou mal, abandonando o apito, uma vez que a sua decisão foi dada de consciência e amparado como estava pelas autoridades desportivas presentes. A retirada de um árbitro nessas condições, sempre deixa má impressão no público, pois a maioria dele julga, e com razão, que a pena marcada não fora acertadamente cobrada.
Por isso, discordamos, quando surge qualquer desavença entre jogadores e juiz, este abandonar o campo.
Essa praxe deve acabar, pois estamos certos que, quando um desportista empunha o apito é porque sabe o que fazer. E senão o souber, desista com antecedência, mas não faça retiradas...
Miro, que substituiu o Sr. Jacques, andou bem.
Fonte: A Federação (RS), 28/09/1931, ano 1931, n. 226, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/69797. Acesso em: 07 nov. 2024.

13/09/1931 - Citadino 1931 - 1º turno - Cruzeiro-RS 1 x 1 Internacional

OS TRADICIONAIS RIVAIS , CRUZEIRO E INTERNACIONAL, PROMETEM UMA SENSACIONAL JOGADA
Os apreciadores do popular desporto bretão assistirão, amanhã, se não falharem os prognósticos, uma sensacional partida.
Trata-se do já tradicional encontro entre as falanges do S. C. Cruzeiro e. S. C. Internacional, no campo do Caminho do Meio. 
Toda a vez que esses dois valentes adversários vão ao campo, temos tido ocasião de apreciar um bom jogo, pois ambos se empenham seriamente para a conquista da vitória.
No ano passado, os alvi-azuis venceram por quatro vezes o seu forte adversário, e este ano, num jogo amistoso e que não chegou no fim, coube a vez dos colorados vencerem.
Os quadros se acham bem equilibrados, figurando neles elementos de real valor. Na equipe do clube do Caminho do Meio, aparecem Nestor, um excelente centro-médio; Espir, um back de respeito; Chico, um dos melhores goleiros da capital; Bojuga e Gabriel, dois esforçados e temíveis dianteiros que, com os outros, formam um team homogêneo; no lado dos colorados vemos a melhor defesa da capital, onde se sobressaem Risada, Magno e Miro; no ataque, a inclusão de elementos jovens e valorosos que vêm do quadro secundário, no lado dos temíveis artilheiros Honório e Javel, darão um trabalho exaustivo aos defensores cruzeiristas.
Esse equilíbrio de forças é a garantia do êxito do jogo. Além disso, ambos empregam, quando se empenham em luta, a máxima lealdade e cavalheirismo, o que esperamos ver confirmada ainda amanhã.
O entusiasmo que se nota para o desfecho desse importante prélio é enorme, fazendo crer que ele será assistido por um numeroso público.
Os quadros principais
Salvo modificação ulterior, os teams principais entrarão em campo assim formados:
Cruzeiro:
Chico
Cauduro - Espir
Souza - Nestor - Toco
Chato, Bojuga, Gabriel, Germano e Franco.
Internacional:
Penha
Miro - Risada
Alfredo - Magno - Moreno
Armando, Marroni, Mancuso, Honório e Javel.
Para dirigir a pugna principal, foi escalado pela Amgea, o desportista Heitor Deste, do Americano. O jogo dos segundos. quadros será arbitrado pelo Sr. Waldomiro Zanini, do mesmo clube.
— O preço das localidades serão vendidos à razão de 3$000 e 2$000 (menores e fardados),
— O embate dos terceiros teams não se realizará, por haver o Cruzeiro feito a entrega dos pontos.
Fonte: A Federação (RS), 12/09/1931, ano 1931, n. 213, p. 3. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/69706. Acesso em: 07 nov. 2024.

CITADINO 1931 - 1º TURNO - CRUZEIRO-RS 1 X 1 INTERNACIONAL
Data: 13/09/1931
Local: Caminho do Meio - Porto Alegre (RS)
Juiz: Heitor Deste
Gols: Felix Magno 10’/1 (I); Bojuga 30’/1 (C).
CRUZEIRO-RS: Chico; Cauduro e Espir; Souza, Nestor e Sampaio; Chatinho, Toco, Bojuga, Germano e Franco.
INTERNACIONAL: Penha; Miro Vasques e Risada; Alfredo, Felix Magno e Moreno; Armando, Dante Marroni, Mancuso, Honório e Javel.

APÓS PORFIADA LUTA, CRUZEIRO E INTERNACIONAL EMPATARAM POR 1 CONTRA 1
Não nos enganamos ao afirmar que o jogo entre os tradicionais rivais Cruzeiro e Internacional seria um dos melhores da atual temporada.
Apesar de todos os contratempos que surgiram: mal tmepo, campo lamacento e times desfalcados, a partida decorreu num ambiente de entusiasmo e com magníficas jogadas.
E a prova do equilíbrio das forças combatentes está no resultado final, o honroso empate de 1 contra 1.
Na verdade, os colorados atacaram com mais frequência, dominando por várias vezes, porém, a defesa cruzeirista se multiplicou nesses instantes para evitar a queda do retângulo.
Com um ataque superior ao contrário, os cruzeiristas, também, puseram à prova a perícia de Penha, Risada, Miro e Magno.
Ambos atuaram sem "chance", porque várias bolas que pareciam pontos certos, encontravam defesa na trave.
Além de tudo isso, o match teve uma assistência grande e entusiástica que, apesar dos impertinentes chuvisqueiros, não arredou pé, incitando os seus favoritos à vitória.
Os quadros - Pouco antes das 16 horas, os dois times fizeram entrada em campo, assim formados:
Cruzeiro - Chico; Cauduro e Espir; Souza, Nestor e Sampaio; Chato, Toco, Bojuga, Germano e Franco.
Internacional - Penha; Miro e Risada; Alfredo, Magno e Moreno; Armando, Marroni, Mancuso, Honório e Javel.
Resumo do jogo - O Cruzeiro escolheu o gol a favor do vento, em cima.
Às 16 horas, Mancuso, inicia o jogo, passando ao meia direita. Os colorados tentam o primeiro ataque e Souza intercepta.
Novo avanço colorado e Armando atira por fora.
Os cruzeiristas levam uma carga pela direita que Risada anula.
Voltando ao ataque os colorados, Javel força Cauduro ao primeiro corner, batido sem resultado.
Os rapazes do Menino Deus continuama forçar a defesa cruzeirista, dando-lhe insano trabalho.
Os locais reagem e levam dois bons arremessos ao campo de Penha, sem resultado, pois Miro e Risada, vigilantes, annulam.
Decorriam 40 minutos de jogo, quando Honório recebe a pelota e passa-a a Magno que se, adiantara. Este em violenta entrada, consegue, apesar do esforço de Chico para o evitar, o ponto do Internacional.
Palmas e vivas, se ouve por todo o campo.
O triângulo cruzeirista se mostra nervoso e Cauduro começa aplicar o jogo “pesado”, porém, o árbitro, pune com severidade. Há um foul perto da área que Honório bate e Chico faz linda defesa.
O jogo decorre agora parelho, com cargas revezadas.
Num avanço colorado, registra-se um momento de grande sensação.
Armando atira em gol e Espir defende mal. A linha colorada
fecha e forma-se um entrevero na porta do gol, andando a bola de um lado para outro, sem no entretando, transpor a linha, até que Chico, de gatinha, consegue apanhá-la e afastar o perigo.
O público que assistia, preso de um nervosismo extraordinário, rompe em aplausos.
O Cruzeiro ataca e Chato atira com violência, porém, a esfera
vai de encontro a trave.
A seguir, Bojuga atira rente a trave.
A torcida anima os seus favoritos.
Novo avanço cruzeirista e Penha segura um forte pelotaço de Chato a quatro jardas do arco.
Os colorados reagem com vigor, porém, sem remate.
Aos 30 minutos, Bojuga, em violento tiro, consegue o ponto do Cruzeiro, resultante de uma má defesa de Penha, que deixa escapar-lhe das mãos a bola.
Os dois quadros desenvolvem esforços para o desempate.
Alfredo faz um feio foul em Franco, resultando perigoso ataque cruzeirista que Germano não soube aproveitar para marcar um gol certo.
A primeira fase terminou com o resultado abaixo:
Cruzeiro: 1
Internacional: 1
Todos esperavam que os rapazes do Internacional fizessem como é costume, a célebre “virada” e que por certo, lhe garantiria a vitória e muito principalmante jogando a favor do vento.
A "virada” foi terrível, chegando os backs Miro e Risada, atirar em gol, porém, a defesa cruzeirista sustentou firme.
O jogo se reiniciou com dois avanços cruzeiristas, interceptados por Penha e Risada.
Os colorados reagem fortemente pondo em cheque campo contrário. Por largos minutos se mantém no terreno adversário. Armando dá violento tiro que vai de encontro a trave
A seguir, Sampaio, defende por duas vezes, quando  periclitava o posto de Chico.
Registram-se dois corners contra o Cruzeiro, sendo, que no último, Sampaio faz admirável defesa, quando a bola ia transpor a linha do gol.
A torcida anima os jogadores e estes despendem esforços extraordinários, mas nada conseguem.
Nos 20 minutos últimos, o Cruzeiro reage, equilibrando-se novamente o jogo. As cargas são feitas de lado a lado.
O jogo foi ao final sem que houvesse modicação na contagem, com o resultado seguinte:
Cruzeiro: 1
Internacional: 1
Apreciações - Estamos certos, se o campo estivesse em melhores condições, a partida entre o Cruzeiro e Internacional, teria sido a melhor da temporada.
Os elementos de maior destaque na equipe do Cruzeiro foram: Chico, Espir, Nestor, Bojuga e Souza. E outros acompanharam de perto aqueles. Cauduro se destacou pelo jogo “pesado”.
O quadro do Internacional, teve em Risada, Magno, Moreno, Honório e Marroni os seus melhores homens; outros agiram regularmente. Alfredo, também, abusou do jogo bruto.
- Arbitrou a partida principal o competente juiz Sr. Heitor Deste, do Americano, que agiu muito bem, marcando com precisão o jogo bruto, e assim evitou a reprodução de fatos desagradáveis, como os últimos verificados.
- Nas turmas, secundárias venceu o Internacional por 3 a 0. Marcavam os gols Marreco, Tijolada e Vanzetto.
Fonte: A Federação (RS), 14/09/1931, n. 214, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/69715. Acesso em: 07 ago. 2023.

Continuando o campeonato porto-alegrense, enfrentaram-se domingo último os clubes Cruzeiro e Internacional. Este, o chamado colorado, obteve difícil empate de 1 x 1, continuando na vanguarda da tabela.
Na turma do Cruzeiro está atuando com maestria o zagueiro Cauduro, que iniciou sua carreira de futebol no Gymnasio Catharinense, jogando na zaga do valoroso Internato, que tanta saudade deixou no esporte oficial catarinense.
Fonte: República (SC), 19/09/1931 (RS), p. 4. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/711497x/33102. Acesso em: 07 ago. 2023. 

06/09/1931 - Citadino 1931 - 1º turno - Internacional 7 x 0 Marechal de Ferro

CAMPEONATO DA CIDADE
Domingo próximo prosseguirá o campeonato da cidade.
Nesse dia realizar-se-á apenas um jogo, entre o Força e Luz e o Concórdia. Os dois outros, marcados pela tabela, no qual tomavam parte o Gremio x Americano e Internacional x Marechal, não se efetuarão em vista de estarem dispensados por haverem fornecido mais de dois jogadores para o combinado gaúcho.
Fonte: A Federação (RS), 04/08/1931, ano 1931, n. 181, p. 2. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/69493. Acesso em: 07 nov. 2024.

INTERNACIONAL X MARECHAL
Também em match de campeonato deverão se encontrar amanhã, no Estádio dos Eucaliptos, os quadros do S. C. Internacional e Marechal de Ferro.
Esta pugna promete ser muito renhida, dado o entusiasmo com que se batem os rapazes do Marechal.
Fonte: A Federação (RS), 05/09/1931, ano 1931, n. 209, p. 2. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/69677. Acesso em: 07 nov. 2024.

CITADINO 1931 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 7 X 0 MARECHAL DE FERRO
Data: 06/09/1931
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Gols do Inter: Honório [3], Felix Magno, Javel e Armando [2].
INTERNACIONAL: Penha; Risada e Chanes; Alfredo, Felix Magno e Moreno; Armando, Dante Marroni, Mancuso, Honório e Javel. Técnico: Carlos de Lorenzi.
MARECHAL DE FERRO: Benito; Mário e Batilana; Armando, Gonçalves e Marroni; Emílio, Mingo, Carvalho, Lutti e Prego.

GRÊMIO E INTERNACIONAL FORAM OS VENCEDORES DA RODADA
O embate entre o Internacional e o Marechal de Ferro, realizado no Estádio dos Eucaliptos, resultou na vitória dos colorados pela elevada contagem de 7 contra 0.
Os dirigentes do clube da rua Silveiro, trocando os craques velhos pela rapaziada nova e vigorosa, deu em resultado a formação de boa esquadra.
Os rapazes do team secundário que ingressaram na turma principal, se desempenharam muito bem. Foram autores dos gols do Internacional: Honório, 3; Magno, 1; Javel, 1; e Armando, 2.
— Nos segundos teams coube a vitória, também, ao Inlernacional por 6 a 0.
Fonte: A Federação (RS), 08/09/1931, ano 1931, n. 210, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/69687. Acesso em: 07 nov. 2024.

30/08/1931 - Citadino 1931 - 1º turno - Internacional 3 x 2 Força e Luz

INTERNACIONAL X FORÇA E LUZ, ESTÁDIO DOS EUCALIPTOS
Outro bom encontro será o que terá por cenário o Estádio dos Eucaliptos, no qual se defrontarão pela primeira vez no corrente ano, os quadros do Internacional e Força e Luz.
O team desse último clube, muito disciplinado e com ótimo, treinamento, vêm se impondo como um sério adversario.
Os colorados não contarão amanhã com o eficiente concurso do consagrado zagueiro Risadinha, que ainda não regressou do Rio, e provavelmente com a falta de Penha e Miro, aquele por ter ficado na cidade de Rio Grande e este por se achar contundido de uma perna, recordação de um pé mineiro.
Esse desfalque no bando colorado vem dando o que pensar aos seus numerosos torcedores.
Não é para menos essa apreensão, pois eles sabem perfeitamente que os forçaluzenses estão bem aparelhados para a luta.
Qualquer descuido por parte da turma colorada pode redundar em um fracasso.
Pelos motivos, acima é de se esperar uma luta porfiada e na qual não fatiarão lances sensacionais.
Para esse encontro, o Dr. João Pedro Rosário, diretor técnico do G. S. Força e Luz, escalou os teams abaixo:
1º — Lucindo; Luizelli e Amado; Juvenal; Gradim e Álvaro; Ferreira, Costa, Elpídio (cap.), Dinga e Apparício.
2º — Rosa; Bruno (cap.) e Vieira; Máximo, Raymundo e Alberico; Janella, Gueire, Paulino, Velho e Peixe.
Fonte: A Federação (RS), 29/08/1931, ano 1931, n. 203, p. 2. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/69639. Acesso em: 07 nov. 2024.

CITADINO 1931 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 3 X 2 FORÇA E LUZ
Data: 30/08/1931
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Carlos Froelich
Gols: Dinga 17’/1 (F); Alfredo 25’/1 (I); Honório 15’/2 (I); Ribeiro 20’/2 (I); Dinga ?’/2 (F).
INTERNACIONAL: Penha; Chanes e Miro Vasques; Ribeiro, Felix Magno e Moreno; Nenê, Dante Marroni, Alfredo, Honório e Javel.
FORÇA E LUZ: Lucindo; Luizelli e Amado; Juvenal, Gradim e Álvaro (Quintiliano); Ferreira, Mascrinha, Elpídio, Dinga e Apparício.

INTERNACIONAL, 3 — FORÇA E LUZ, 2
Como marcava o carnet da Amgea, encontraram-se, ontem, no Estádio dos Eucaliptos, no Menino Deus, os fortes quadros do Sport Club Internacional e do Grêmio Sportivo Força e Luz.
O jogo, apesar de muito violento de ambas as partes, esteve regular, se bem que falho de técnica.
Venceu o quadro colorado, porque agiu com mais ardor.
Podemos dizer que o "onze" do G. S. Força e Luz é um dos mais bem treinados da capital.
Às 15,55, o juiz escalado, Sr. Carlos Froelich, do Concórdia, chamou os contendores às suas posições.
Os quadros estavam assim formados:
Internacional — Penha; Chanes e Miro; Ribeiro, Magno e Moreno; Nenô, Marroni, Alfredo, Honório e Javel.
Força e Luz — Lucindo; Luizelli e Amado; Juvenal, Gradim e Álvaro (depois Quintiliano); Ferreira, Mascra, Elpídio, Dinga e Apparício.
Sortendo o toss, o Força e Luz escolheu o gol de baixo (lado da cidade).
Às 16 horas, Alfredo movimenta a pelota passando para Honório.
Os rapazes do Força e Luz, nos primeiros minutos se mostram indecisos, para aos poucos se firmarem.
Magno intercepta uma entrada de Elpídio, passando a Marroni e este a Nenê, que atira por cima da trave.
O Força o Luz carrega, tendo Penha feito a primeira defesa da tarde.
Nenê, entrando pela sua ala dá lindo centro, que é defendido por Amado.
Voltam os forçaluzensos a atacar,sendo desta vez com mais vigor e coragem.
Apparício que, apesar de jogar muito adiantado, prejudicando os seus companheiros, pois seguidamente estava off-side, pegando uma bola passada por Gradim, corre pela esquerda e depois de se desvinciliar de Ribeiro, centra, tendo Dinga, em lindo estilo, feito o 1º ponto da tarde, às 16,17 horas.
Aplausos gerais saudaram o feito desse. jogador.
Os colorados dão nova saída, tendo Marroni perdido a pelota.
Elpídio, organizando um ataque, obriga a Penha fazer uma brilhante defesa, abandonando o seu posto.
Alfredo, de posse da esfera, dá lindo corte a Javel. Este corta pela sua ala e após burlar a vigilância de Juvenal, atira o centro. Alfredo, dando um magnífico pulo e aproveitando ter Lucindo abandonado a área, marca, de cabeça, aos 25 minutos de jogo, o 1º ponto, para os colorados.
A torcida colorada aplaude o feito de Alfredo.
Estava empate a partida.
Agora, ambas desenvolvem esforçor para conseguir mais um tento.
Os quadros trabalham com ardor e vontade de vencer.
Os forçaluzenses levam seguidos ataques ao arco confiado a Penha. Este, auxiliado por Miro e Chanes, faz prodígios.
Mascra, se deslocando de sua posição, corre pela direita, tendo dado forte tiro que passa rente à trave.
O jogo mantém-se no centro do campo, não havendo domínio.
E com o resultado de 1 a 1, terminou o primeiro tempo.
Após o descanso regulamentar, voltam os contendores às suas posições.
Nesse tempo, Ribeiro atuou de centro atacante, tendo Alfredo passado para half.
A saída foi do Força e Luz, que ataca sem resultado.
Os internacionalistas carregam, tendo Honório atirado rente à trave.
Ferreira atira, dando lugar a Penha fazer uma linda defesa.
Nenê, que estava bem marcado por Álvaro, corre pela direita e após driblar o half, atira por cima da trave.
Alfredo desfaz uma carga dos rapazes do Força e Luz, tendo passado a Ríbeiro e este corta para Javel. O ponteiro esquerdo colorado adianta a pelota e centra. Honório aproveita para marcar, aos 15 minutos, o 2º gol do seu bando.
Esse feito do grande Honório foi recebido com palmas gerais.
Cinco minutos após o brilhante feito de Honório, Javel se apodera de outra bola.
Corre pela esquerda e dá formidável tiro, que bate embaixo da trave, tendo Ribeiro, em entrada de peito, feito o 3º ponto dos colorados.
A torcida internacionalista saúda o feito do velho craque de todos os tempos.
O Força e Luz dá nova saída, tendo Magno parado o quinteto adversário.
Elpídio se desdobra pela conquista do ponto para os seus.
Dinga, pegando uma bola passa para Apparício. Este entra, tendo se chocado com Penha.
O jogo é suspenso para fazer as massagens.
Recomeçado o embate, Mascra corta largo para Ferreira, tendo esta posto fora.
Numa má entrada, Álvaro, chocando-se com Alfredo, é obrigado a abandonar o campo.
Para substitui-lo, entra o jogador Quintiliano.
Dinga passa largo para Apparício. Este corre e dá forte tiro que Penha não consegue deter, marcando o 2º ponto do Força e Luz.
Com mais algumas cargas, termina o embate com o seguinte resultado:
Internacional - 3
Força e Luz - 2
Penha esteve bom; Chanes e Miro, também, sendo que aquele é fraco para a esquadra principal. A linha de halves esteve boa.
Os dianteiros estiveram bons, sobressaindo-se Honório.
Do Força é Luz — Lucindo não comprometeu; Luizelli e Amado estiveram bons; Gradim foi a principal figura do seu quadro; Álvaro, durante o tempo que atuou, jogou bem; os demais estiveram excelentes.
— O juiz, apesar de deixar passar o jogo violento, não atuou mal.
Fonte: A Federação (RS), 31/08/1931, ano 1931, n. 204, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/69649. Acesso em: 07 nov. 2024.