27/08/1944 - Citadino 1944 - 2º turno - Internacional 3 x 1 Cruzeiro-RS

PORTO ALEGRE; 2 (Meridional) — O Cruzeiro está se preparando ativamente para o seu préilo com o Internacional, marcado para o próximo dia 13, tido como decisivo para as suas aspirações no campeonato, pois está com 3 pontos perdidos.
O técnico Ari Lund está se desdobrando no exercicios de seus pupilos, tendo experimentado, no treino de ontem um novo ataque, com Ilmo pelo centro e Rui, antigo jogador do Vasco da Gama, na meia direita. Parece, porém, que o problema da dianteira cruzeirense ainda não foi solucionado, apesar do Cruzeiro contar com o maior plantel de jogadores do Estado
Fonte: O Jornal (RJ), n. 7444, 03 ago. 1944, p. 13. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/110523_04/22786. Acesso em: 11 jul. 2025.

[...] O "rolo compressor" tudo fará — e, apesar do revés de domingo, está cegamente confiante — para conquistar o pentacampeonato. Quanto ao Cruzeiro, tem feito esforços ingentes para repetir a sua última façanha, que se distancia para 1934. Há dez anos, portanto, que o "clube dos milionários" não consegue ver ao pavilhão estrelado tremular no mastro da vitória final.
Fonte: O Jornal (RJ), n. 7456, 17 ago. 1944, p. 13. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/110523_04/23018. Acesso em: 11 jul. 2025.

CITADINO 1944 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 3 X 1 CRUZEIRO-RS
Data: 27/08/1944
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Renda: Cr$ 38.646,00
Juiz: Oswaldo Rolla
Gols: Ruy Motorzinho [2], Eliseu (I); Ivo Schmidt (C).
INTERNACIONAL: Ivo Winck; Alfeu e Nena; Assis, Ávila e Abigail; Tesourinha, Ruy Motorzinho, Adãozinho, Cacho Pérez e Elizeu. Técnico: Darío Letona.
CRUZEIRO-RS: Marne; Gaúcho e Osvaldo Só; M. Rodrigues, Ramon e Clóvis; Fay Macedo, Ivo Schmidt, Ilmo, Humberto e Piveta. Técnico: Ary Lund.

O INTERNACIONAL VENCEU
PORTO ALEGRE, 28 (Da Sucursal de A NOITE) — Em match do Campeonato, o Internacional abateu o Cruzeiro por 3x1.
Fonte: A Noite (RJ), n. 11690, 28 ago. 1944, p. 15. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/348970_04/28943. Acesso em: 15 jul. 2025.

NOVAMENTE CAMPEÃO O INTERNACIONAL — Porto Alegre — 28 — (Press Parga) — Derrotando ontem o forte conjunto do Cruzeiro, o famoso quadro do Internacional sagrou-se campeão portoalegrente pela quarta vez.
Fonte: O Dia (PR), n. 6456, 29 ago. 1944, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/092932/53047. Acesso em: 10 jul. 2025.

PORTO ALEGRE, 28 (“A Tribuna”) — No prélio em disputa do campeonato estadual, o Internacional venceu o Cruzeiro por 3 a 1. O jogo rendeu vinte mil cruzeiros. Fizeram os pontos para o Internacional: Rui (2) e Eliseu; do Cruzeiro: Ivo. Assim, o Internacional continua na dianteira do campeonato local, com três pontos de diferença do Grêmio.
Fonte: A Tribuna (SP), n. 130, 29 ago. 1944, p. 9. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/153931_02/22515. Acesso em: 15 jul. 2025.

EM PORTO ALEGRE
O Internacional, abatendo o Cruzeiro por 3 x 1, sagrou-se pela quinta vez consecutiva campeão portoalegrense.
Fonte: A Cidade (SC), n. 243, 29 ago. 1944, p. 3. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/882860/6345. Acesso em: 16 jul. 2025.

EM BUSCA DO TÍTULO DE PENTACAMPEÃO
COMO O INTERNACIONAL, DE PORTO ALEGRE, PASSOU PELO CRUZEIRO
PORTO ALEGRE, 29 (Meridional) — Transpôs o Internacional o maior obstáculo que se lhe antepunha para a conquista do pentacampeonato da cidade: o Cruzeiro. Efetivamente, o esquadrão azul, além de possuir um dos mais perfeitos plantéis do Estado (o técnico cruzeirista nunca sabe qual o quadro que está em melhor forma, se o chamado titular, se os aspirantes, pois, nos treinos, é comum estes suplantarem aqueles, em lutas renhidas), pela primeira vez o conjunto do "Clube dos Milionarios" foi submetido a chamada "concentração". E o seu apetite pela vitória era verdadeiramente pantagruélico, posto que só a vitoria o manteria entre os candidatos ao título máximo. A falta de chance, porém, perseguiu os pupilos de Ari Lund desde os movimentos iniciais. Trinta segundos apenas de jogo, e Fay comete toque intencional, a um metro do retângulo de Ivo, com o arqueiro inteiramente vencido já.
Depois, surgiu o incrivel tiro livre de Rui, a 35 metros do gol, com Marne colocado ao chão. Mas não ficou aí a "guigne" dos rapazes da camiseta alvi-azul. Minutos depois, o mesmo Rui, desta vez de uns 40 metros, atira sobre o arco, e Marne engole o maior "frango" de sua carreira. Esses dois revezes, agravados pela espetacular invulnerabilidade de Ivo na meta colorada, acabou com os nervos dos estrelados. Mesmo assim, o Cruzeiro fez um bonito segundo tempo, reagindo ainda depois de Eliseu (e não Cacho) ter conquistado, de escapada, o terceiro ponto e "pneu".
Quando Ivo Schmidt quebrou a barreira dos tetracampeões, a partida já estava ganha pelos colorados por um score aberto, imerecido, pelos azuis.
Como era óbvio, o três a um, obtido depois de uma terrível "semana de sofrimento", encheu de alegria a vastíssima família rubra, que começou a gastar por conta do pentacampeonato...
DEMITE-SE O TÉCNICO CRUZEIRISTA
Aqui, como aí, e em toda a parte, o técnico é o bode espiatório de todas as situações más. Quando o team ganha, via de regra a vitória é proclamada como fruto da "alta classe, magnífico desempenho dos titulares, etc., etc.", girando todo o "laudamos" em torno dos jogadores. Rara, raríssimamente alguém se lembra de repartir os aplausos com o técnico, o autor anônimo de tudo aquilo, o homem dos bastidores, o verdadeiro cérebro e artífice do triunfo. Mas, quando a derrota bate à porta do team, ninguém se lembra dos jogadores, senão incidentalmente. Desaba sobre o preparador todo o peso da borrasca. É ele o culpado. As palavras "incapaz", "inútil", "dispersivo", "sem autoridade" e outras belezas desse quilate trovejam nas bocas da torcida indignada com "a péssima, incrível performance do seu quadro". A tempestade estruge e o pobre técnico assiste ao triste espetáculo da exaltação clubistica e da incompreensão destruírem, de um golpe, aquilo que foi construído com esforço, dedicação e conhecimentos especializados. Foi isso, precisamente, o que aconteceu, aqui, com o Cruzeiro. Na hora da amargura, os líderes estrelados esqueceram que deviam a derrota irremediável a um Ramón Jesus cansado, a um Ilmo Fleck improvisado em "condottiere", a um Fay Macedo temeroso da estatura de Nena. Mas a figura do "coach" Ari Lund, um preparador de capacidade mais do que comprovada, pois além de doutor em medicina tem o curso superior de educação física, com aperfeiçoamento em futebol essa, desde logo apareceu. E foi culpado de tudo. Resultado: Ari Lund, que já foi diversas vezes presidente do Cruzeiro, achou que se estravasavam as medidas, e pediu demissão irrevogável. De nada valeram os apelos; Ari permaneceu intransigente, e deixou o clube estrelado com um seríssimo problema, precisamente na semana do Grecruz, o jogo que dará ou eliminará o alvi-azul do vice-campeonato (o campeonato o Cruzeiro o perdeu domingo).
Fonte: O Jornal (RJ), n. 7467, 30 ago. 1944, p. 13. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/110523_04/23239. Acesso em: 11 jul. 2025.

A DAMA DE BRANCO ANDA EM P. ALEGRE
PORTO ALEGRE, 30 (Asapress) — O jogador uruguaio Ramon Jesús, pertencente ao Cruzeiro, esteve na redação da “Folha da Tarde”, desmentindo que tenha acusado os “players” do Internacional de macumbeiros, afirmando ser tudo obra de seus inimigos, que desejam malquistá-los com o público esportivo do Estado, em virtude de sua qualidade de estrangeiro.
Fonte: A Tribuna (SP), n. 132, 31 ago. 1944, p. 7. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/153931_02/22543. Acesso em: 15 jul. 2025.

AGITADO O FUTEBOL GAÚCHO
PORTO ALEGRE, 30 (Asapress) — Os meios esportivos desta capital andam alvoroçados ante a pletora de sensacionalismo reinante ultimamente. A todo momento surge a notícia de um caso, de um desmentido, de empreendimentos fracassados. Agora, com a resolução do Força e Luz, andam novamente circulando as mais desencontradas Informações, sendo de realçar a situação em que ficou a numerosa torcida daquele simpático clube, que deverá escolher um outro, assim como quem muda de casa.
Depois da rodada passada, o jogador uruguaio Ramón de Jesús, do Cruzeiro, veio a público desmentir categoricamente houvesse acusado seus colegas do Internacional, taxando-os de macumbeiros. O player em questão declarou que tudo não passa de obra de seus inimigos velados, que desejam malquistá-lo perante o grande público esportivo desta capital.
Por outro lado, começou a debandada dos jogadores profissionais do Força e Luz.
Fonte: Diário de Notícias (RJ), n. 6705, 31 ago. 1944, p. 14. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093718_02/19989. Acesso em: 15 jul. 2025.

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