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Carbone

CARBONE
(meia)

Nome completo: José Luiz Carbone
Data de nascimento: 22/3/1946
Local: São Paulo (SP)

Carreira:
1963-1965
São Paulo
1966
Ponte Preta
1968
Metropol
1968
São Paulo
1969-1973
Internacional
1973-1974
Botafogo
1975
Grêmio
1975-1979
Botafogo
1980-1982
Nacional-SP

Todo grande ídolo de um clube tem um antecessor. Antes do promissor Paulo Roberto Falcão estrear no time profissional, havia um meia-cancha de muita garra e qualidade no Internacional no início dos anos 70: Carbone.
A carreira de Carbone começou no São Paulo, depois de jogar pela várzea paulistana e rejeitar Juventus (por ter de jogar como ponta) e Coritnhians (por receio de ser sombra do seu tio, Rodolfo Carbone). O emblemático José Poy foi quem lançou o meia aos profissionais do tricolor paulista.
Depois de passagem pela Ponte Preta, foi emprestado ao Metropol (atual Criciúma), mas uma grave contusão no joelho fez com que Carbone tivesse de dar uma pausa em sua carreira, ficando quase um ano inteiro parado.
Após retornar ao São Paulo, foi negociado em definitivo com o Internacional, que buscava uma referência pelo lado esquerdo do meio-campo no início da era Beira-Rio. A sorte finalmente sorriu para Carbone. O Internacional recuperou a hegemonia do estado e, por duas vezes, o meia foi eleito o melhor jogador do Rio Grande do Sul.
Carbone conquistou os títulos estaduais de 1969 a 1973 e suas boas atuações o levaram a Seleção Brasileira. Mas para se manter com a amarelinha, o meia quis proximidade do eixo Rio-São Paulo. Assim, se transferiu para o Botafogo. A grande frustração foi com a não convocação para a Copa do Mundo de 1974, dada como certa pelo meia.
Depois de quatro meses emprestado ao Grêmio, Carbone retornou ao Botafogo, mas com a sua relação estremecida com os dirigentes cariocas, o que levou o meia a iniciar seus estudos na faculdade de Jornalismo.
No final de 1979, retornou a São Paulo para encerrar a carreira pelo Nacional e dar continuidade aos seus estudos. Além disso, foi no mesmo Nacional que iniciou a sua promissora carreira de treinador. Até hoje, a sua não ida para a Copa do Mundo de 1974 não ficou bem esclarecida pelo técnico Zagallo.

Pontes

PONTES
(zagueiro)

Nome completo: Bibiano Pontes
Data de nascimento: 11/7/1947
Local: General Câmara (RS)

Carreira:
1965-1975
Internacional
1976
Associação Caxias
1976
Londrina
1977
Criciúma

A família é o bem mais importante do ser humano. Pelos irmãos mais velhos, a admiração. Pelos mais novos, o zelo. Bibiano, gaúcho de General Câmara, é irmão caçula dois icônicos zagueiros do interior gaúcho: Daison Pontes e João Pontes. Típico defensor viril, Pontes jamais abria mão de uma dividida, sem nenhum temor. Ao contrário de seus irmãos, Pontes era mais contido e não apelava para a deslealdade.
Indicado por um cônsul colorado na sua cidade natal, foi buscado por Abílio dos Reis em 1964, quando jogava pelo Arsenal de Guerra. Não deu outra, Pontes era mais um jovem promissor do Celeiro de Ases e campeão estadual juvenil. No ano seguinte, já era integrado ao time profissional pelas mãos do técnico Oswaldo Rolla em 1968, mas a sua titularidade foi conquistada sob o comando de Daltro Menezes, tendo como companheiros grandes nomes da defesa colorada, como Scala, Valmir Louruz e Figueroa.
Pontes viveu a época de transição entre os Eucaliptos e o Beira-Rio, defendendo o Internacional de 1966 a 1975, sendo heptacampeão estadual e campeão brasileiro em 1975. Acabou perdendo a titularidade para Hermínio ao longo do ano, em virtude de lesões e paradas para tratamentos.
Além disso, Pontes rendeu ao futebol boas histórias.
No dia 21 de maio de 1972, houve um Gre-Nal eletrizante no estádio Beira-Rio. Ao recuar mal uma bola para o goleiro Schneider, Pontes marcou um gol contra e abrindo o placar para o Grêmio. Três minutos depois, marcou o gol de empate. Tamanha a euforia que o zagueiro desmaiou de alegria. O jogo terminou 2 a 2.
Em um confronto contra o Cruzeiro, Palhinha incessantemente partia para cima de Pontes. Em um determinado momento, o zagueiro se dirigiu ao craque cruzeirense e disse: “quero ver tu ir para cima do Figueroa, que ganha mais do que eu”.
O gigante Bibiano Pontes defendeu a Associação Caxias (fusão do Flamengo com o Juventude), Londrina e encerrou a carreira no Criciúma. Ele foi o primeiro jogador a completar 500 jogos pelo Internacional.

Garcia

GARCIA
(meia)

Nome completo: Sulei Garcia da Costa
Data de nascimento: 12/12/1949
Local: Santana do Livramento (RS)

CARREIRA:
1970
Grêmio Santanense
1970
Fluminense-SL
1971
Cruzeiro-RS
1971-1973
Internacional
1974
América-RN
1975-1976
Sport
1977-1979
Náutico
1980-1984
Operário-CG
1985
Remo
1986
Operário-CG

Meia e ponta-esquerda, Garcia começou a carreira no futebol de Santana do Livramento e foi contratado pelo Cruzeiro, de Porto Alegre, no início dos anos 70. Depois de marcar o gol da vitória em um jogo contra o Grêmio, Garcia passou a ser visado por vários clubes do sul do Brasil.

O Internacional tomou a frente e, em 1971, levou a jovem promessa para o Beira-Rio. Permaneceu no clube até o final de 1973, sem espaço entre os titulares. À sua frente havia Paulo César Carpegiani, Djair e Volmir Massaroca. Garcia foi bicampeão gaúcho pelo Internacional.

Da capital gaúcha, Garcia partiu para a capital potiguar para defender o América-RN em 74. Por lá, encontrou o zagueiro Scala, também ex-atleta do Internacional. Foi campeão potiguar daquele ano.

Depois, defendeu dois times pernambucanos rivais: o Sport e o Náutico. Pelo Sport, venceu a competição em 76. O máximo que conseguiu com o Náutico foi o vice-campeonato de 1979, em seu último ano no Recife.

Entre 1980 e 1984, e em 1986, Garcia defendeu o Operário, de Campo Grande, tendo uma breve passagem pelo Remo em 85. Os ex-atletas colorados Escurinho II, Dionísio e Lima atuaram com Garcia no Operário, campeão sul-matogrossense nas temporadas 80, 81, 83 e 86. Garcia pendurou as chuteiras no final de 1986, aos 37 anos.


Volmir

VOLMIR
(atacante)

Nome completo: Volmir Francisco de Souza
Data de nascimento: 5/7/1944
Local: Vacaria (RS)

CARREIRA:
1963 - Concórdia de Roca Sales
1963-1964 - Lajeadense
1964-1971 - Grêmio
1972-1973 - Internacional
1974 - América-RJ
1975 - Figueirense
1976-1977 - Chapecoense
1977 - Paranavaí-PR
1977 - Sergipe

Volmir começou a carreira nas categorias de base do Flamengo, de Caxias do Sul (clube extinto, que atualmente é o S.E.R. Caxias), se profissionalizando no Concórdia, de Roca Sales.

Depois de passar pelo Lajeadense, foi para o Grêmio em 1964. Jogando pelo tricolor, Volmir ganhou o apelido de "Massaroca", dado por Lauro Quadros, por se enrolar com a bola. Mesmo assim, Volmir fez parte do grande time do Grêmio dos anos 60, sendo campeão estadual de 1965 a 1968. Seu bom momento no tricolor o levou à Seleção Brasileira, onde se tornou campeão da Taça Bernardo O'Higgins, em 66.

Em 1970, o ponta-esquerda sofreu uma grave lesão e ficou longe dos gramados. O Internacional confiou no potencial do jogador e o trouxe em 1972. Volmir não decepcionou no Internacional, sendo campeão estadual duas vezes.

Em seguida, se transferiu para o América-RJ, onde jogou ao lado de Bráulio, grande adversário dos anos 60 e seu companheiro dos tempos de Internacional.

Rodou por Santa Catarina, Paraná e Sergipe. Encerrou a carreira aos 37 anos. Volmir era um jogador imprevisível, que errava o fácil e acertava o impossível.

Bráulio

BRÁULIO
(meia)

Nome completo: Bráulio Barbosa de Lima
Data de nascimento: 4/8/1948
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1965-1973
Internacional
1973
Coritiba
1974
Internacional
1974-1976
América-RJ
1977-1978
Botafogo
1979
Coritiba
1979-1981
Universidad de Chile-CHI

Enquanto o Rolo Compressor desfilava nos gramados dos Eucaliptos, um jovem garoto se deslumbrava com a magia que a camisa vermelha ostentava em seus tempos áureos, em meados das décadas de 40 e 50. Bráulio, um autêntico colorado, não tinha outra alegria a não ser torcer pelo Internacional.
Aos 15 anos, o compenetrado Bráulio passou a integrar o time infanto-juvenil do Inter, sendo promovido aos profissionais em 1965. O talento de Bráulio, a velocidade e a técnica impressionava o saudoso Abílio dos Reis. Bráulio tinha uma intimidade ímpar com a bola, como se ele e a redonda fossem gêmeos siameses. A imprensa gaúcha passou a chamá-lo de "Garoto de Ouro".
Mas nem mesmo o status de craque adquirido no início da carreira fez com que Bráulio tivesse unanimidade dentro do Internacional. Os Mandarins, grupo político formado por jornalistas influentes no clube, perseguiam o meia-cancha, alegando que Bráulio fugia dos adversários.
Passada a construção do Beira-Rio, fortemente apoiada pelos Mandarins, Bráulio passou a ser preterido no time titular, dando lugar a Sérgio Galocha. E nem mesmo a quebra da hegemonia tricolor que desanimava os colorados nos anos 60 fizeram com que Bráulio ganhasse espaço.
Então, Bráulio foi para o Coritiba em 73, depois de faturar o pentacampeonato gaúcho. Um ano depois, foi para o América-RJ, onde conquistou a Taça Guanabara. Jogou no Ameriquinha até 1976, ano em que o clube atravessava uma grande crise financeira.
O Botafogo tratou de contratar o meia. Defendeu o Fogão entre 1976 e 1978 e retornou ao Paraná. Em sua segunda passagem pelo Coritiba, conquistou o título paranaense. Seu último clube foi fora do Brasil foi a Universidad de Chile, onde foi campeão nacional em 1980. Pendurou as chuteiras em 1981.
Excelente profissional, Bráulio nunca sofreu uma lesão na carreira. Até hoje, o "Garoto de Ouro" é reverenciado pelo torcedor com a mesma devoção que ele mesmo tem pelo Internacional.

Schneider

SCHNEIDER
(goleiro)

Nome completo: Luiz Carlos Schneider
Data de nascimento: 15/5/1948
Local: Montenegro (RS)

CARREIRA:
1968-1977 - Internacional

Abílio dos Reis, sem dúvida, foi um dos maiores lançadores de talentos do Internacional. Em 1965, ele foi até o município de Montenegro trazer o jovem goleiro Schneider. No início de sua trajetória pela base do Inter, Schneider não mostrava muita confiança, mas aos poucos foi conquistando o técnico dos juvenis.

O treinador Oswaldo Rolla promoveu Schneider aos profissionais do Internacional em 1968. Instável, o goleiro acabou indo para a reserva assim que Gainete retornou de um empréstimo ao Vasco.

Schneider recuperou a titularidade e, conseqüentemente, a confiança em 1972. Em seu retorno à meta colorada, o goleiro chegou a ficar 473 minutos sem levar gols.

Entretando, a carreira do goleiro foi marcada pela irregularidade e por azares. Entre milagres e frangos, o Inter foi atrás de um goleiro para ser titular. Então, Manga se adonou da camisa 1 e Schneider não voltaria mais a ser titular.

Mesmo veterano, Manga foi o goleiro dos titulos brasileiros de 1975 e 1976 e Schneider, um coadjuvante. Em sinal de respeito, Schneider não se incomodava com a reserva, mas enfrentou problemas com fraturas nos dedos e teve que abandonar a carreira precocemente.

Depois da aposentadoria, Schneider passou a ser treinador de goleiros do Internacional, revelando ao mundo talentos como Gilmar Rinaldi e Taffarel. Apaixonado pelo Internacional, sua maior derrota aconteceu em 1999, quando faleceu em virtude de um câncer, aos 51 anos.

Pedrinho Gaúcho

PEDRINHO GAÚCHO
(atacante)

Nome completo: Pedro Antônio Simeão

O lajeadense Pedrinho Gaúcho estreou no time principal do Internacional em 1973, depois de disputar as Olimpíadas de 1972 pela Seleção, ao lado de Falcão, Roberto Dinamite, Dirceu e outros grandes nomes do futebol.

No Inter, foi reserva imediato de Valdomiro por seis anos. Enquanto Valdomiro tinha como característica principal a bola parada, Pedrinho era homem de movimentação. Ganhou cinco títulos estaduais e dois campeonatos brasileiros.

Deixou o Internacional após a eliminação nas semifinais do Brasileiro de 78, rumando o América-SP. Depois de dois anos em São José do Rio Preto, foi para o Atlético-MG, onde ficou de 1979 até 1982. Ganhou o campeonato mineiro em todos os anos em que esteve em Minas Gerais.

Em 83, foi para o Vasco da Gama, onde jogou ao lado de Roberto Dinamite, Acácio e Rosemiro. No cruzmaltino, pegou uma época de vacas magras. Passou pelo Coritiba em 1984 e foi para o Bangu em 1985.

Curiosamente, Pedrinho Gaúcho passou pelos dois times finalistas do Brasileirão de 85, mas na final foi derrotado, pois estava no Bangu. Deixou o Bangu em 1986 e encerrou a carreira no Avaí, aos 33 anos.

Falcão

FALCÃO
(volante)


Nome completo: Paulo Roberto Falcão

A elegância de Paulo Roberto Falcão fez com que o volante fosse, sem dúvida, um dos maiores jogadores do país na década de 70. Pelo Internacional, foram 8 anos no time profissional e conquistou cinco estaduais (73, 74, 75, 76 e 78) e três Brasileirões (75, 76 e 79). 

Gols épicos como o marcado contra o Atlético-MG, em 1976, numa tabela sensacional de cabeça com Escurinho, mandando às redes de Ortiz, e o gol de primeira nas semifinais de 1979, em uma dividida com Mococa, do Palmeiras, arrancam suspiros de qualquer torcedor colorado.

Pela Seleção, foi preterido pelo técnico Cláudio Coutinho para a Copa de 1978, mas fez parte no legendário time de 1982, onde jogavam Zico, Sócrates, Júnior e uma legião de craques. O título Mundial não veio, mas aquele futebol ofensivo fez história.

Na Roma, se tornou o Rei. Foi o jogador chave na conquista do Scudetto de 1982/1983 e as Copas da Itália de 1981 e 1984. A Roma nunca foi um time de grandes objetivos, mas Falcão deu ao clube da capital italiana uma nova perspectiva no cenário futebolístico europeu.

Depois de deixar o clube romano por divergências com a diretoria, em 1985, retornou ao Brasil para defender o São Paulo. Disputou apenas 25 partidas, mas teve tempo de conquistar seu último título como jogador, o Paulistão de 1985.

Como treinador, Falcão comandou a Seleção Brasileira em 1990-1991, América do México, Internacional, Japão e Bahia. Conquistou os títulos da Copa Interamericana de 91 e a Copa dos Campeões da CONCACAF em, 92 pelo América, e o Gauchão de 2011, pelo Colorado.

Batista

BATISTA
(volante)

Nome completo: João Batista da Silva
Data de nascimento: 8/3/1955
Local: Porto Alegre (RS)

Carreira:
1974-1982
Internacional
1982
Grêmio
1983
Palmeiras
1983-1985
Lazio-ITA
1985
Avellino-ITA
1985-1987
Belenenses-POR
1988-1989
Avaí

O torcedor colorado é passional e corneteiro por tradição. Ao ver um ídolo trocar o Olímpico pelo Beira-Rio, independente da circunstância, o torcedor fica possesso. Porém, o caso de Batista envolve muito mais do que o fator rivalidade Gre-Nal. A carreira de Batista teve três grandes embates ao longo de sua trajetória: enfrentou os adversários, a imprensa do eixo Rio-São Paulo, e a ira da torcida colorada ao vestir azul.
Batista começou a carreira em 1973 no Internacional. Subiu para o time profissional em 1974, logo após a conquista da Taça São Paulo de Futebol Júnior, e conquistou a torcida com a sua versatilidade em desempenhar funções defensivas e de armação no meio-de-campo.
Ao lado de Falcão e Paulo Cesar Carpegiani, compôs uma meia-cancha que arrancava suspiros da torcida colorada e atordoava defesas adversárias. Conquistou três Campeonatos Brasileiros e três estaduais.
Mas nem suas conquistas frequentes conseguiram convencer a imprensa do centro do país. Titular no Mundial de 1978, acreditava que seguiria na Seleção até a Copa de 1982. Tudo indicaria que Batista calaria a boca da mídia, com uma atuação perfeita diante do Palmeiras, em 1981. Inter 6 a 0 com show do centro-médio.
Porém, uma fratura na perna colocou Batista no estaleiro. O presidente José Asmuz, praticamente, abandonou o volante e o passe dele ficou preso à Federação Gaúcha. Batista aceitou a proposta do Grêmio, para poder disputar a Copa do Mundo, o que acabou acontecendo.
A torcida colorada não perdoou o jogador. A direção do Internacional não chegou a um acerto contratual e Batista foi profissional, sem contar com a confiança do presidente José Asmuz, cético quanto a recuperação do volante.
No Grêmio, Batista não conquistou títulos, mas foi eleito o melhor centro-médio do Brasileirão de 82. Ainda passou por Palmeiras, Lazio-ITA, Avellino-ITA, Belenenses-POR e Avaí.