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André Luís

ANDRÉ LUÍS
(zagueiro)

Nome completo: André Luís dos Santos Ferreira
Data de nascimento: 21/10/1959
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1978-1986
Internacional
1986
Bahia
1986
Coritiba
1987-1988
São José-SP
1988
Bangu
1989
São José-SP
1990
Sport
1990
Blumenau
1991
São Carlos-SP
1991
Taubaté
1992
Ypiranga-RS
1992
Bandeirante-SP
1993
São José-CS
1993
Pousada das Missões
1994
Catanduva

A história de André Luís e do Internacional é muito estreita. Com 14 anos de idade, o zagueiro ingressou nas categorias de base do clube. Foi promovido ao time profissional pelo técnico Cláudio Duarte, no final de 1978. Ainda jovem, André Luís era destaque pela firmeza e pela força com que dividia a bola com o adversário.

O ano de 79 foi complicado para a jovem revelação. Duas graves lesões deixaram o atleta fora de quase toda a temporada. Depois de um 1980 sem brilho, sem títulos, sem Falcão e com a desconfiança da torcida colorada, André Luís se preocupou em recuperar a titularidade e ajudou a levantar a auto-estima do torcedor em 81, com a conquista do Gauchão, anulando o tricampeonato do Grêmio. O mesmo feito foi alcançado em 82, com o bicampeonato estadual e, de quebra, a conquista do Torneio Joan Gamper, no qual o zagueiro foi o capitão da equipe.

No ano de 1983, surgia outro jovem zagueiro querendo espaço na zaga: Pinga. Com Mauro Galvão afirmado e assediado pelos grandes clubes do Brasil, a solução para não preterir ninguém foi passar André Luís para a lateral-esquerda. A fórmula funcionou, garantindo os títulos estaduais de 83 e 84.

Ainda em 84, fez parte da Seleção Olímpica, na sua maioria, representada por atletas do Internacional. Ao seu lado, Gilmar Rinaldi, Luís Carlos Winck, Mauro Galvão, Pinga, Luís Carlos Winck, Dunga, Kita e Paulo Santos. O Brasil ficou com a medalha de prata dos jogos de Los Angeles.

As temporadas de 1985 e 1986 não foram boas para o Internacional, que via o Grêmio reconstruir uma hegemonia no estado e se destacar no cenário nacional. André Luís deixou o Internacional em 86, seguindo para o Bahia, e depois, Coritiba, onde se sagrou campeão paranaense.

No São José-SP, André Luís foi peça-chave para o clube que, na época, se transformou em “sensação” do futebol paulista. Vice-campeão da Série A-2 em 87, 4º lugar no Paulistão de 88 e vice-campeão em 89. Mas a façanha maior foi o vice-campeonato da Série B do Brasileirão em 1989, condicionando o São José à disputa da Série A em 1990.

Enquanto estava no São José, o Bangu contratou André Luís por empréstimo para substituir Mauro Galvão, seu companheiro dos tempos de Internacional, que foi vendido ao Botafogo. Pelo time carioca, André Luís disputou poucas partidas, apenas 16, e não conseguiu evitar o rebaixamento do clube no Campeonato Brasileiro.

André Luís ainda defendeu Blumenau, São Carlos-SP, Taubaté, Ypiranga-RS, Bandeirante-SP, São José-CS, Pousada das Missões e Catanduva-SP.

Torneio Viña del Mar 1978

Internacional buscava a reabilitação após o decepcionante ano de 1977. Com a hegemonia de oito títulos estaduais consecutivos quebrada, uma campanha mediana no Campeonato Brasileiro e sem contar com o mítico zagueiro Elias Figueroa, o Colorado precisava se reerguer, conquistar a confiança da torcida e restaurar o ânimo do grupo. A pré-temporada de 78 iniciou com o Torneio Viña del Mar.


Disputado no tradicional estádio Sausalito, a primeira edição do torneio foi em 76, vencido pelo Fluminense. O Internacional queria trazer o caneco novamente para o Brasil em 1978. Os adversários colorados foram os anfitriões Everton-CHI e o Colo Colo-CHI. Com duas vitórias, o Internacional se tornou campeão e trouxe a taça para Porto Alegre.


No primeiro jogo do triangular, Internacional e Colo Colo se enfrentaram e os gaúchos venceram a partida por 2 a 1. Severino Vasconcelos e Alcione garantiram a vitória colorada.


FICHA PARCIAL DO JOGO
AMISTOSO 1978 - TORNEIO VIÑA DEL MAR
COLO COLO-CHI 1 X 2 INTERNACIONAL
Data: 11/02/1978
Local: Estádio Sausalito (Viña del Mar/CHI)
Gols: Orellana 26'/1 (CC); Vasconcelos 14'/2 (I) e Alcione 41'/2 (I).


Precisando de uma vitória simples, o Internacional jogou com o time da casa com a casa cheia. O resultado simples de 1 a 0 deu o título para o Colorado. Pela primeira vez, o Internacional conquistava um torneio no Chile. Luizinho Lemos foi o autor do gol do título.


FICHA PARCIAL DO JOGO
AMISTOSO 1978 - TORNEIO VIÑA DEL MAR
EVERTON 0 X 1 INTERNACIONAL
Data: 11/02/1978
Local: Estádio Sausalito (Viña del Mar/CHI)
Árbitro: Juan Silvagno (CHI)
Gols: Luizinho Lemos 6'/1

Amistosos internacionais do dia 11 de fevereiro

O dia 11 de fevereiro é marcado por três amistosos realizados pelo Internacional nas décadas de 50 e 70: Estrela Vermelha, da antiga Iugoslávia; CSKA Sofia, da Bulgária; e Colo Colo, do Chile.


O Estrela Vermelha era a base da seleção iugoslava. Parte do time titular disputou a Copa do Mundo de 1950, no Brasil. Curiosamente, a Iugoslávia jogou em Porto Alegre, nos Eucaliptos, jogo em que resultou em uma sonora goleada por 4 x 1 contra o selecionado mexicano.

O amistoso realizado contra o Internacional aconteceu durante uma excursão do time iugoslavo no Brasil. Além do Inter, o Estrela Vermelha enfrentou Grêmio e Flamengo durante sua passagem pelo nosso país, amado pelos sérvios.

FICHA PARCIAL DO JOGO
AMISTOSO 1955
INTERNACIONAL 4 X 2 ESTRELA VERMELHA-IUG
Data: 11/02/1955
Local: Eucaliptos (Porto Alegre/RS)
Gols do Internacional: Bodinho (3) e Larry


Na década de 70, o CSKA Sofia, clube do Exército Búlgaro, começava a se erguer no cenário europeu, figurando entre os grandes times do continente em competições como a Recopa Europeia e a Copa Europeia (a atual Champions League). O time também serviu de base para a seleção búlgara.

Em 1971, o Inter enfrentou o CSKA Sofia no Torneio Internacional de Verão, um certame amistoso realizado no verão porto-alegrense. O torneio disputado entre Internacional, Grêmio, CSKA Sofia-BUL e Rapid Viena se deu em um quadrangular, vencido pelo tricolor gaúcho. 

FICHA DO JOGO
AMISTOSO 1971 - TORNEIO INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE
INTERNACIONAL 3 X 0 CSKA SOFIA-BUL
Data: 11/02/1971
Local: Estádio Beira-Rio (Porto Alegre/RS)
Renda: Cr$ 82.468,00
Juiz: Agomar Marins
Expulsão: Penev aos 80'
Gols: Valdomiro 1’/1, Claudiomiro 7’/1 e Claudiomiro 28'/1.
INTERNACIONAL: Valdir (Schneider); Jorge Andrade, Pontes, Valmir (Hermínio) e Vacaria (Edson Scott); Carbone, Tovar e Dorinho (Mosquito); Valdomiro, Didi (Pauo César), Claudiomiro (Rubem)
Técnico: Daltro Menezes
CSKA SOFIA-BUL: Yorganov (Philipov); Kiril Stasnkov, Kolev, Penev e Gagalenov (Jankov); Denev e Yakimov; Atanasov (Boris Stankov) (Dantchev),  Nicodimov; Jekov e Marachilev (Trankov).



O Colo Colo enfrentava uma fase de vacas magras nos anos 70. Longe daquele time finalista da Libertadores de 1973, "El Cacique" se encontrava no ostracismo do futebol chileno. Com sete anos sem levantar uma taça, o tradicional Colo Colo buscava uma reformulação em seu futebol.

No verão de 1978, o Colo Colo e Internacional foram convidados pelo Everton-CHI para a disputa do Torneio Viña del Mar, pequeno campeonato realizado no verão chileno. Depois do Fluminense em 76, o Internacional foi o segundo campeão do torneio, ao vencer as duas partidas no histórico estádio Sausalito, uma das sedes da Copa do Mundo de 1962.

FICHA PARCIAL DO JOGO
AMISTOSO 1978 - TORNEIO VIÑA DEL MAR
COLO COLO-CHI 1 X 2 INTERNACIONAL
Data: 11/02/1978
Local: Estádio Sausalito (Viña del Mar/CHI)
Gols: Orellana 26'/1 (CC); Vasconcelos 14'/2 (I) e Alcione 41'/2 (I).

Gasperín

GASPERÍN
(goleiro)

Nome completo: Luiz Carlos Gasperín
Data de nascimento: 
Local: 

CARREIRA:
1971-1974 - Esportivo
1975 - Grêmio
1976 - Juventude
1976-1981 - Internacional
1981 - Cruzeiro
1982-1985 - América-RJ
1985-1987 - Botafogo-SP
1988-1989 - Glória

Nascido em Sarandi, o goleiro Gasperín começou a jogar futebol amador no extinto Brasil, de Vacaria, aos 14 anos. Como para disputar campeonatos profissionais teria que ter 16 anos, Gasperín esperou mais dois anos.

Em seguida, o Grêmio o contratou para defender a meta na categoria juvenil e, logo, foi campeão estadual da categoria. Depois, partiu para Bento Gonçalves, onde encontrou pela primeira vez o saudoso técnico Ênio Andrade.

Após mais uma passagem breve pelo Grêmio em 75 e por Juventude em 76, Gasperín foi contratado pelo Internacional. Em seu primeiro ano no Inter, foi campeão brasileiro na reserva de Manga.

Em 77, amargou a reserva de Manga e Benítez. Assim que o paraguaio foi emprestado ao Palmeiras, Gasperín assumiu a titularidade em 78, voltando a trazer o título estadual ao Beira-Rio em uma vitória inesquecível por 2 a 1 sobre o Grêmio, em pleno Olímpico.

Benítez retornou em 79 e Gasperín já era considerado reserva de luxo. Assim que Benítez se lesionasse, Gasperín entraria imediatamente. O Inter, mais uma vez, foi campeão brasileiro e de forma invicta.

No ano de 1980, Gasperín foi o titular na disputa pelo título da Libertadores. Na ocasião, o goleiro se tornou o brasileiro com menor média de gols sofridos na história da Libertadores, tendo disputado todas as partidas. O vice-campeonato contra o Nacional foi sofrido, mas para Gasperín, lhe valeu um lugar na história centenária do Internacional.

Deixou o Inter em 81, passando por Cruzeiro, América-RJ, Botafogo-SP e Glória de Vacaria. Abandonou os gramados em 89 e passou a se dedicar à casamata. Treinou diversos clubes do interior do Rio Grande do Sul.

Em 2010, Gasperín foi vencido por um câncer no intestino, o qual enfrentava desde 2005. O goleiro, último vencedor do Prêmio Belfort Duarte em 1983, sempre foi lembrado com carinho nas festividades do Inter, inclusive no centenário do clube e nos 100 anos do clássico Gre-Nal.

Beliato

BELIATO
(zagueiro)


Nome completo: João Carlos Beliato

Beliato nunca teve o status de grande zagueiro do futebol brasileiro, mas sempre teve como principais virtudes a lealdade e a confiança com que encarava as divididas com os atacantes adversários.

O discreto zagueiro começou a carreira no Ypiranga-SP, em 1970, passando pelo Fluminense-MG em 1971 e sendo contratado pelo Palmeiras em 72. No Verdão, Beliato não teve muitas chances, pois a zaga titular era Alfredo e Luís Pereira. Mesmo assim, o zagueiro esteve no time campeão brasileiro de 1972.

Depois de pedir dispensa para Osvaldo Brandão, foi buscar um time para ser titular. Sua nova casa foi o Náutico. No time de Recife, foi ídolo da torcida, jogando por cinco temporadas no clube. Nem mesmo propostas do Sport conseguiram tirá-lo do alvi-rubro.

Com a saída de Figueroa, Beliato foi trazido como uma das posibilidades para jogar ao lado de Marinho Peres. Em 77, quem assumiu a titularidade foi Gardel. Já em 1978, Beliato assumiu a condição de titular no time campeão gaúcho, depois de se recuperar de um ano ruim.

No ano de 1979, depois de um péssimo Gauchão, a auto-estima colorada foi recuperada em grande estilo, com o título nacional invicto. Beliato perdeu a posição para Mauro Pastor, mas entrou ao longo dos jogos, sem falhar.

Deixou o Inter em 1980, rumando ao seu último clube, o extinto Pinheiros-PR. Pendurou as chuteiras aos 32 anos.

Dionísio

DIONÍSIO
(lateral-esquerdo)


Nome completo: Antônio Dionísio Filho
Data de nascimento: 14/4/1956
Local: Ribeirão Preto (SP)

CARREIRA:
1970-1972 - Botafogo-SP
1972-1975 - Guarani
1975 - Itumbiara-GO
1976 - Vila Nova
1976 - Atlético-MG
1977-1979 - Internacional
1979-1980 - Coritiba
1981 - Pinheiros-PR
1982 - Atlético-PR
1983 - Botafogo-SP
1984 - Operágio-CG
1984-1988 - Pinheiros-PR
1988-1989 - Coritiba

O lateral Dionísio começou nas categorias de base do Botafogo-SP, onde se profissionalizou em 1970. Permaneceu em Ribeirão Preto até 1972, ano em que se transferiu para o Guarani.

Ficou no Brinco de Ouro até 1975, fazendo bons jogos e se consolidando titular. Depois de uma rápidas passagens pelo Itumbiara-GO e Vila Nova, foi contratado pelo Atlético-MG, em 1976. Foi campeão mineiro ao lado de grandes nomes do Galo.

O Internacional contratou o lateral em 1977. Não chegou a ser titular do Internacional, pois à sua frente tinha: Vacaria em 1977; Jorge Tabajara em 1978; e Cláudio Mineiro em 1979.

A partir de 1980 fez carreira jogando no Paraná, jogando por Coritiba, Atlético-PR, Cascavel e Pinheiros (um dos clubes que originou o Paraná Clube). Jogou também no Operário-MS. Deixou o futebol em 1989.

Pedrinho Gaúcho

PEDRINHO GAÚCHO
(atacante)

Nome completo: Pedro Antônio Simeão

O lajeadense Pedrinho Gaúcho estreou no time principal do Internacional em 1973, depois de disputar as Olimpíadas de 1972 pela Seleção, ao lado de Falcão, Roberto Dinamite, Dirceu e outros grandes nomes do futebol.

No Inter, foi reserva imediato de Valdomiro por seis anos. Enquanto Valdomiro tinha como característica principal a bola parada, Pedrinho era homem de movimentação. Ganhou cinco títulos estaduais e dois campeonatos brasileiros.

Deixou o Internacional após a eliminação nas semifinais do Brasileiro de 78, rumando o América-SP. Depois de dois anos em São José do Rio Preto, foi para o Atlético-MG, onde ficou de 1979 até 1982. Ganhou o campeonato mineiro em todos os anos em que esteve em Minas Gerais.

Em 83, foi para o Vasco da Gama, onde jogou ao lado de Roberto Dinamite, Acácio e Rosemiro. No cruzmaltino, pegou uma época de vacas magras. Passou pelo Coritiba em 1984 e foi para o Bangu em 1985.

Curiosamente, Pedrinho Gaúcho passou pelos dois times finalistas do Brasileirão de 85, mas na final foi derrotado, pois estava no Bangu. Deixou o Bangu em 1986 e encerrou a carreira no Avaí, aos 33 anos.

Falcão

FALCÃO
(volante)


Nome completo: Paulo Roberto Falcão

A elegância de Paulo Roberto Falcão fez com que o volante fosse, sem dúvida, um dos maiores jogadores do país na década de 70. Pelo Internacional, foram 8 anos no time profissional e conquistou cinco estaduais (73, 74, 75, 76 e 78) e três Brasileirões (75, 76 e 79). 

Gols épicos como o marcado contra o Atlético-MG, em 1976, numa tabela sensacional de cabeça com Escurinho, mandando às redes de Ortiz, e o gol de primeira nas semifinais de 1979, em uma dividida com Mococa, do Palmeiras, arrancam suspiros de qualquer torcedor colorado.

Pela Seleção, foi preterido pelo técnico Cláudio Coutinho para a Copa de 1978, mas fez parte no legendário time de 1982, onde jogavam Zico, Sócrates, Júnior e uma legião de craques. O título Mundial não veio, mas aquele futebol ofensivo fez história.

Na Roma, se tornou o Rei. Foi o jogador chave na conquista do Scudetto de 1982/1983 e as Copas da Itália de 1981 e 1984. A Roma nunca foi um time de grandes objetivos, mas Falcão deu ao clube da capital italiana uma nova perspectiva no cenário futebolístico europeu.

Depois de deixar o clube romano por divergências com a diretoria, em 1985, retornou ao Brasil para defender o São Paulo. Disputou apenas 25 partidas, mas teve tempo de conquistar seu último título como jogador, o Paulistão de 1985.

Como treinador, Falcão comandou a Seleção Brasileira em 1990-1991, América do México, Internacional, Japão e Bahia. Conquistou os títulos da Copa Interamericana de 91 e a Copa dos Campeões da CONCACAF em, 92 pelo América, e o Gauchão de 2011, pelo Colorado.

Batista

BATISTA
(volante)

Nome completo: João Batista da Silva
Data de nascimento: 8/3/1955
Local: Porto Alegre (RS)

Carreira:
1974-1982
Internacional
1982
Grêmio
1983
Palmeiras
1983-1985
Lazio-ITA
1985
Avellino-ITA
1985-1987
Belenenses-POR
1988-1989
Avaí

O torcedor colorado é passional e corneteiro por tradição. Ao ver um ídolo trocar o Olímpico pelo Beira-Rio, independente da circunstância, o torcedor fica possesso. Porém, o caso de Batista envolve muito mais do que o fator rivalidade Gre-Nal. A carreira de Batista teve três grandes embates ao longo de sua trajetória: enfrentou os adversários, a imprensa do eixo Rio-São Paulo, e a ira da torcida colorada ao vestir azul.
Batista começou a carreira em 1973 no Internacional. Subiu para o time profissional em 1974, logo após a conquista da Taça São Paulo de Futebol Júnior, e conquistou a torcida com a sua versatilidade em desempenhar funções defensivas e de armação no meio-de-campo.
Ao lado de Falcão e Paulo Cesar Carpegiani, compôs uma meia-cancha que arrancava suspiros da torcida colorada e atordoava defesas adversárias. Conquistou três Campeonatos Brasileiros e três estaduais.
Mas nem suas conquistas frequentes conseguiram convencer a imprensa do centro do país. Titular no Mundial de 1978, acreditava que seguiria na Seleção até a Copa de 1982. Tudo indicaria que Batista calaria a boca da mídia, com uma atuação perfeita diante do Palmeiras, em 1981. Inter 6 a 0 com show do centro-médio.
Porém, uma fratura na perna colocou Batista no estaleiro. O presidente José Asmuz, praticamente, abandonou o volante e o passe dele ficou preso à Federação Gaúcha. Batista aceitou a proposta do Grêmio, para poder disputar a Copa do Mundo, o que acabou acontecendo.
A torcida colorada não perdoou o jogador. A direção do Internacional não chegou a um acerto contratual e Batista foi profissional, sem contar com a confiança do presidente José Asmuz, cético quanto a recuperação do volante.
No Grêmio, Batista não conquistou títulos, mas foi eleito o melhor centro-médio do Brasileirão de 82. Ainda passou por Palmeiras, Lazio-ITA, Avellino-ITA, Belenenses-POR e Avaí.

Vanderlei Luxemburgo

VANDERLEI LUXEMBURGO
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Vanderlei Luxemburgo da Silva

Vanderlei era um lateral-esquerdo discreto, sem o mesmo brilho que o consagrou como um dos técnicos mais vitoriosos do Brasil. Teve uma carreira como jogador profissional bem breve, depois de começar nos infantis do Botafogo.

Iniciou sua trajetória como profissional no Flamengo, em 1971. Permaneceu à sombra de ninguém menos que Júnior, um dos melhores laterais da história do futebol brasileiro e da Seleção, até o ano de 1978, quando veio para o Internacional.

Sedento pela titularidade, Vanderlei não teve passagem destacável pelo Internacional, que se recuperava de um ano irregular. Sua passagem ficou marcada pela expulsão no Gre-Nal válido pelo Brasileirão daquele ano, partida em que o Inter foi derrotado por 3 a 2 em casa. Perdeu a posição para Jorge Tabajara, que trocou o Grêmio pelo Internacional.

Deixou o Inter e voltou ao Rio de Janeiro, onde defendeu o Botafogo em 79 e 80. Parou de jogar aos 28 anos e passou a se dedicar à função de técnico. Começou no modesto Campo Grande-RJ, mas seu nome começou a ser escrito no cenário nacional quando foi treinador do Bragantino, levando o clube á Série A e conquistando o inédito Paulistão de 90, na famosa "Final Caipira", contra o Novorizontino.

Ainda na ativa, Luxemburgo conquistou 5 Brasileiros, 1 Copa do Brasil, 2 Rio-São Paulo, 1 Conmebol, 1 Série B e 12 estaduais.