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André Luís

ANDRÉ LUÍS
(zagueiro)

Nome completo: André Luís dos Santos Ferreira
Data de nascimento: 21/10/1959
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1978-1986
Internacional
1986
Bahia
1986
Coritiba
1987-1988
São José-SP
1988
Bangu
1989
São José-SP
1990
Sport
1990
Blumenau
1991
São Carlos-SP
1991
Taubaté
1992
Ypiranga-RS
1992
Bandeirante-SP
1993
São José-CS
1993
Pousada das Missões
1994
Catanduva

A história de André Luís e do Internacional é muito estreita. Com 14 anos de idade, o zagueiro ingressou nas categorias de base do clube. Foi promovido ao time profissional pelo técnico Cláudio Duarte, no final de 1978. Ainda jovem, André Luís era destaque pela firmeza e pela força com que dividia a bola com o adversário.

O ano de 79 foi complicado para a jovem revelação. Duas graves lesões deixaram o atleta fora de quase toda a temporada. Depois de um 1980 sem brilho, sem títulos, sem Falcão e com a desconfiança da torcida colorada, André Luís se preocupou em recuperar a titularidade e ajudou a levantar a auto-estima do torcedor em 81, com a conquista do Gauchão, anulando o tricampeonato do Grêmio. O mesmo feito foi alcançado em 82, com o bicampeonato estadual e, de quebra, a conquista do Torneio Joan Gamper, no qual o zagueiro foi o capitão da equipe.

No ano de 1983, surgia outro jovem zagueiro querendo espaço na zaga: Pinga. Com Mauro Galvão afirmado e assediado pelos grandes clubes do Brasil, a solução para não preterir ninguém foi passar André Luís para a lateral-esquerda. A fórmula funcionou, garantindo os títulos estaduais de 83 e 84.

Ainda em 84, fez parte da Seleção Olímpica, na sua maioria, representada por atletas do Internacional. Ao seu lado, Gilmar Rinaldi, Luís Carlos Winck, Mauro Galvão, Pinga, Luís Carlos Winck, Dunga, Kita e Paulo Santos. O Brasil ficou com a medalha de prata dos jogos de Los Angeles.

As temporadas de 1985 e 1986 não foram boas para o Internacional, que via o Grêmio reconstruir uma hegemonia no estado e se destacar no cenário nacional. André Luís deixou o Internacional em 86, seguindo para o Bahia, e depois, Coritiba, onde se sagrou campeão paranaense.

No São José-SP, André Luís foi peça-chave para o clube que, na época, se transformou em “sensação” do futebol paulista. Vice-campeão da Série A-2 em 87, 4º lugar no Paulistão de 88 e vice-campeão em 89. Mas a façanha maior foi o vice-campeonato da Série B do Brasileirão em 1989, condicionando o São José à disputa da Série A em 1990.

Enquanto estava no São José, o Bangu contratou André Luís por empréstimo para substituir Mauro Galvão, seu companheiro dos tempos de Internacional, que foi vendido ao Botafogo. Pelo time carioca, André Luís disputou poucas partidas, apenas 16, e não conseguiu evitar o rebaixamento do clube no Campeonato Brasileiro.

André Luís ainda defendeu Blumenau, São Carlos-SP, Taubaté, Ypiranga-RS, Bandeirante-SP, São José-CS, Pousada das Missões e Catanduva-SP.

Torneio Mohamed V 1980

O XVI Torneio Mohamed V foi disputado em agosto de 1980, tendo como destaques Internacional e Atletico de Madrid, que haviam diputado, na semana anterior, o Torneio Villa de Madrid.

Os competidores foram:
Internacional: que já não contava mais com Paulo Roberto Falcão;
Atletico de Madrid, da Espanha: time de maior destaque da competição e que contava com novo presidente e treinador;
MAS Fès, do Marrocos: anfitrião do torneio e campeão da Copa do Marrocos naquele ano;
Lokomotiv Sofia, da Bulgária: adversário do Atletico e modesto clube búlgaro.

SEMIFINAL
MAS Fès-MAR 0 X 7 INTERNACIONAL
Data: 23/8/1980
Local: Casablanca (MAR)
Gols: Jair, Jones [4] e Silvinho Paiva [2] (I).

FINAL
ATLETICO DE MADRID-ESP 1 X 1 INTERNACIONAL
Data: 24/8/1980
Local: Estádio de Honra - Casablanca (Marrocos)
Árbitro: Naziri (MAR)
Cartões: Jones (I); Arteche e Julio Alberto (A).
ATLETICO DE MADRID-ESP: Aguinaga; López (Marcelino), Arteche, Balbino e Julio Alberto; Bermejo, Dirceu e Quique; Angel (Marcos), Rubén Cano e Rubio.
INTERNACIONAL: Gasperín; Beretta, André Luís, Mauro Pastor e Cláudio Mineiro; Vânder (Carlos Alberto Barbosa), Jair (Valzinho) e Cléo Hickmann; Toninho, Jones e Silvinho Paiva.
Fonte: Peña Atleticano

"OS ALVIRRUBROS, NOS PÊNALTIS, GANHARAM O MOHAMED V
CASABLANCA (Marrocos). O Atletico de Madrid se proclamou campeão do troféu Mohamed V ao derrotar nos pênaltis, na final, o Internacional de Porto Alegre, do Brasil.
O tempo regulamentar acabou com empate, depois de ser jogada uma prorrogação de trinta minutos, dividida em dois tempos de quinze. Como, diante da prorrogação, persistiu o empate e foi levado à disputa de pênaltis. O Atletico converteu todas as suas cobranças. Bermejo, Quique, Rubio, Rúben Cano e Dirceu marcaram. Pelo Internacional, Cláudio Mineiro, André Luís, Jones e Beretta marcaram, e Valzinho falhou na última cobrança.
O árbitro marroquino Naziri apitou a partida, que prejudicou a equipe madrilenha e ignorou os carrinhos dentro da área carioca (sic): uma de Rubén Cano, no segundo tempo e outro em Rubio, no segundo tempo da prorrogação.
Também permitiu algumas jogadas bruscas aos jogadores americanos. Advertiu Jones, Arteche e Julio Alberto.
1 x 0, quarenta e quatro e meio da primeira etapa: falta no bico da área, que Bermejo cobrou na cabeça de Cano, para o arremate imparável à rede.1 x 1, trinta minutos da segunda etapa: lançamento do meio do campo para a esquerda do ataque brasileiro, para o centro da área, onde Jones arremata ao fundo da meta madrilenha.
A primeira parte do confronto foi claramente do Atletico de Madrid, que jogou rápido e criou algumas oportunidades na cara do gol de Gasperín, que foi sensacional ao longo de toda a partida. Porém, faltou precisão nos últimos metros e pontaria na conclusão. As melhores chances foram de Dirceu e Quique, que jogaram suas respectivas oportunidades por cima da goleira.
Na segunda parte, os brasileiros do Internacional saíram dispostos a enxugar a diferença que refletia no marcador e passaram a dominar territorialmente, mas sem criar chances de verdadeiro perigo.
O contra-ataque alvirrubro funcionava perfeitamente, e, aos dez minutos, Rubén Cano esteve a ponto de aumentar a vantagem; e dois minutos mais tarde, o centroavante do Atletico chutou no poste.
O Internacional seguiu pressionando, e foi Vânder quem conluiu no poste de Aguinaga, aos vinte e nove minutos. Um minuto depois, Jones conseguiu igualar o marcador em um chute precioso. 
A partir desse momento, as oportunidades foram alternando, mas mantendo a mesma tônica dos últimos quarenta e cinco minutos: um breve domínio carioca (sic), mas com um Atletico muito mais perigoso que seu rival".

Gasperín

GASPERÍN
(goleiro)

Nome completo: Luiz Carlos Gasperín
Data de nascimento: 
Local: 

CARREIRA:
1971-1974 - Esportivo
1975 - Grêmio
1976 - Juventude
1976-1981 - Internacional
1981 - Cruzeiro
1982-1985 - América-RJ
1985-1987 - Botafogo-SP
1988-1989 - Glória

Nascido em Sarandi, o goleiro Gasperín começou a jogar futebol amador no extinto Brasil, de Vacaria, aos 14 anos. Como para disputar campeonatos profissionais teria que ter 16 anos, Gasperín esperou mais dois anos.

Em seguida, o Grêmio o contratou para defender a meta na categoria juvenil e, logo, foi campeão estadual da categoria. Depois, partiu para Bento Gonçalves, onde encontrou pela primeira vez o saudoso técnico Ênio Andrade.

Após mais uma passagem breve pelo Grêmio em 75 e por Juventude em 76, Gasperín foi contratado pelo Internacional. Em seu primeiro ano no Inter, foi campeão brasileiro na reserva de Manga.

Em 77, amargou a reserva de Manga e Benítez. Assim que o paraguaio foi emprestado ao Palmeiras, Gasperín assumiu a titularidade em 78, voltando a trazer o título estadual ao Beira-Rio em uma vitória inesquecível por 2 a 1 sobre o Grêmio, em pleno Olímpico.

Benítez retornou em 79 e Gasperín já era considerado reserva de luxo. Assim que Benítez se lesionasse, Gasperín entraria imediatamente. O Inter, mais uma vez, foi campeão brasileiro e de forma invicta.

No ano de 1980, Gasperín foi o titular na disputa pelo título da Libertadores. Na ocasião, o goleiro se tornou o brasileiro com menor média de gols sofridos na história da Libertadores, tendo disputado todas as partidas. O vice-campeonato contra o Nacional foi sofrido, mas para Gasperín, lhe valeu um lugar na história centenária do Internacional.

Deixou o Inter em 81, passando por Cruzeiro, América-RJ, Botafogo-SP e Glória de Vacaria. Abandonou os gramados em 89 e passou a se dedicar à casamata. Treinou diversos clubes do interior do Rio Grande do Sul.

Em 2010, Gasperín foi vencido por um câncer no intestino, o qual enfrentava desde 2005. O goleiro, último vencedor do Prêmio Belfort Duarte em 1983, sempre foi lembrado com carinho nas festividades do Inter, inclusive no centenário do clube e nos 100 anos do clássico Gre-Nal.

Jones

JONES
(atacante)

Nome completo: Jones Roberto Minosso
Data de nascimento: 12/8/1960
Local: Getúlio Vargas (RS)

CARREIRA:
1978-1979 - Inter de Lages-SC
1980-1981 - Internacional
1981-1982 - Operário-CG
1982 - Sport
1982 - XV de Jaú
1983 - Colorado-PR
1984 - Santo André
1984-1985 - Portuguesa
1986 - São Bento
1986 - Rio Branco-ES
1987-1988 - Ferroviária-SP
1988 - Ceará
1988-1989 - Acadêmica de Coimbra-POR
1989 - Porto-POR
1990-1991 - Inter de Lages-SC
1992 - Figueirense
1992 - Inter de Lages-SC
1993 - Operário-PR

Peregrino do futebol, o atacante Jones era um centroavante que, como muitos, se destacava em equipes de menor expressão pelo Brasil. Gaúcho de Getúlio Vargas, começou a carreira na Inter de Lages, em 1978.

Em 1980, Jones deixou Lages e retornou ao Rio Grande do Sul para defender o Internacional. Reserva no Inter, Jones começou a ter espaço a partir da metade da campanha no Brasileiro de 1980. No mesmo ano, o Inter deixou o Gauchão escapar mais uma vez.

Já em 1981, Jones permaneceu até a metade da temporada, deixando o Inter e indo para o Operário de Campo Grande. A partir daí, a carreira do atacante se tornou digna de um nômade, passando pelos quatro cantos do país.

Passou por Sport, XV de Jaú, Colorado-PR, Santo André, São Bento, Rio Branco-ES, Ferroviária-SP, Ceará, mais uma vez pelo Inter de Lages, Figueirense e Operário-PR. No exterior, defendeu a Acadêmica de Coimbra, de Portugal, na temporada 1989/1990.

Pendurou as chuteiras em 1993, se arriscando como técnico até 95, quando abandonou de vez o futebol para se dedicar à fábrica de carrocerias herdada de seu pai.

Em 99, pescava com alguns amigos em uma represa no município de Campo Belo do Sul, em Santa Catarina, quando a canoa que o transportava virou e seu pé ficou preso na rede de pesca. Jones faleceu por volta das 16h30min do dia 15 de novembro.

Jones era muito querido pela população de Lages, especialmente pela torcida do Inter local. A cidade de Lages possui um ginásio com o nome do atleta, em homenagem às alegrias que Jones Roberto Minosso proporcionou à cidade.

Vágner Bacharel

VÁGNER BACHAREL
(zagueiro)

Nome completo: Vágner Araújo Antunes
Data de nascimento: 11/12/1954
Local: Rio de Janeiro (RJ)

CARREIRA:
1976-1978
Madureira
1978-1980
Joinville
1980
Internacional
1981
Cruzeiro
1982-1983
Joinville
1983-1987
Palmeiras
1987-1988
Botafogo
1988
Guarani
1989
Sport
1989
Vila Nova
1989
Fluminense
1990
Paraná

Jogadores bem articulados ganham prestígio nos elencos por onde passam. Vágner Bacharel era exemplo de jogador que, além de ser um bom zagueiro, era bem-humorado e pacificador de grupos turbulentos.

Começou profissionalmente no Madureira, mas seu clube de infância foi o Botafogo. Depois de três temporadas no Madureira, passou pelo Volta Redonda e foi para o Joinville, onde se sagrou campeão catarinense em 78, 79 e 80.

Foi contratado pelo Internacional no segundo semestre de 1980, mas não conseguiu se firmar. Jogou apenas por oito meses no Beira-Rio e rumou a Belo Horizonte, para defender o Cruzeiro, onde ganhou o apelido de Bacharel.

Depois de quatro meses na Toca da Raposa, Bacharel foi contratado pelo Palmeiras sob muita desconfiança da imprensa paulista. Dentro de campo, foi um dos grandes nomes do Palmeiras em uma época de vacas magras. Curiosamente, era um zagueiro que cobrava escanteios com eficiência e um excelente apoiador. Ao lado de Luís Pereira, fez uma das melhores duplas de zaga palmeirense nos anos 80.

Passou pelo seu time do coração, o Botafogo, em 1987. No ano seguinte, jogou no Sport. Depois de passar por Vila Nova e Fluminense, foi para o Paraná Clube, último time defendido pelo zagueiro. No tricolor paranaense, Vágner Bacharel foi um dos primeiros ídolos do clube recém fundado.

Em uma partida pelo Campeonato Paranaense, chocou-se com o atacante Nivaldo, do Maringá, sofrendo uma grave lesão na coluna cervical. Depois do coma, os médicos o deram alta, mas não resistiu. Faleceu aos 32 anos, no dia 20 de abril de 1990.

Benítez

BENÍTEZ
(goleiro)

Nome completo: José de la Cruz Benítez
Data de nascimento: 3/5/1952
Local: Assunção (PAR)

CARREIRA:
1972-1977 - Olimpia-PAR
1977 - Internacional
1978 - Palmeiras
1978-1983 - Internacional


Uma dividida e uma carreira brilhante era abreviada. Ficaram sequelas e a difícil aceitação de que um gigante goleiro colorado teria que abandonar os gramados em virtude de um lance habitual de jogo. Ali, um dos grandes nomes da história vencedora do Colorado se rendia à uma lesão, mas deixou lembranças épicas de um time,l literalmente, invencível.

O paraguaio Benítez começou jogando no Olimpia, maior clube do país. O goleiro, de 1,86m, era considerado de altura privilegiada na época. Era conhecido pela segurança, reflexo e saídas do gol com serenidade.

Iniciou nas categorias de base do alvinegro paraguaio em 1966, e conquistou a vaga de titular na seleção de base no Sul-americano de 1971, no qual o Paraguai se sagrou campeão invicto. No mesmo ano, Benítez se tornou profissional e titular da posição.

Jogou por sete anos no Olimpia, sendo campeão nacional em 71 e 75. Seu grande momento pela "albiroja" foi em um jogo das Eliminatórias da Copa de 78. Tal atuação levou o Internacional a contratá-lo, depois de Manga se transferir para o Operário-MS.

Em seus primeiros jogos, em 77, o Inter não vivia bom momento, abalado pela perda do Gauchão e sem o guardião Figueroa. No ano seguinte, Benítez foi emprestado ao Palmeiras, depois do Inter ser goleado pelo Grêmio por 4 a 0 em pleno Beira-Rio.

Em seu retorno, Gasperín já havia assumido a condição de titular. Aos poucos, o paraguaio foi recuperando a titularidade e não largou mais essa condição. Benítez fez parte do elenco campeão gaúcho de 1978.

Em 1979, o ano de ouro de Benítez. Ao lado de nomes como Mauro Galvão, Falcão, Batista, Mário Sérgio e Jair, o goleiro se sagrou campeão invicto do Brasileirão.

A partir daí, a carreira do goleiro começou a decolar. Chegou à final da Libertadores de 1980, perdendo a decisão para o Nacional-URU. Faturou mais dois títulos estaduais e seguiu em plena forma, se preparando para o ano de 1983.

Em alta, Benítez continuava sendo um pilar no time colorado. Mas em um amistoso contra o Associação Altética, em Alegrete, aconteceu o inesperado. O atacante Celeni dividiu uma bola com Benítez usando os pés, batendo direto na cabeça de Benítez, que ficou momentaneamente paralisado.

Benítez teve de encerrar a carreira naquele ano, tendo uma grave lesão na coluna. O goleiro não guarda mágoas de Celeni, tendo reencontrado o atacante em duas ocasiões, sendo bem receptivo. Se tornou empresário de jogadores nos anos 90, sendo responsável pelas vindas de Arce e Rivarola para o Grêmio, e Gamarra e Enciso para o Internacional.

Mário Sérgio

MÁRIO SÉRGIO
(meia)

Nome completo: Mário Sérgio Pontes de Paiva

A perna esquerda de Mário Sérgio era mágica, capaz de fazer passes e lançamentos com a precisão de um sniper, além de possuir uma técnica invejável e peculiar. Seu temperamento forte acabou por marcá-lo como um atleta indisciplinado, devido a sua personalidade forte.

Começou a carreira em 1970, no Flamengo. Porém, a carreira de Mário começou a delanchar no Vitória. Ao lado de Osni, infernizava as defesas adversárias. Até hoje, é um dos maiores ídolos da história do clube.

Deixou a Bahia e foi para o Rio, defender o Fluminense, rival de seu clube de origem. Conquistou o Campeonato Carioca em cima do Botafogo, seu próximo clube na carreira. Defendeu o Fogão entre 1976 e 1979, tendo uma breve passagem pelo Rosário Central.

No Internacional, Mário teve a oportunidade de mostrar seu talento em âmbito nacional, sendo parte do time que conquistou o Brasileirão de 1979 de forma invicta. Permaneceu no Internacional até 1981, levantando a taça do Gauchão de 1981.

Depois de passar por São Paulo e Ponte Preta, assinou um contrato com o Grêmio por 4 meses, para a preparação do Mundial. Retornou ao Internacional em 1984, mas sem o mesmo desempenho da sua primeira passagem.

Já veterano, foi para o Palmeiras, onde a fase não era de vacas magras. Passou por Botafogo-SP e Bellinzona-SUI, antes de pendurar as chuteiras em 1987, defendendo o Bahia.

Retornou ao Colorado como técnico em 2009, após a demissão de Tite. Levou o Internacional ao vice-campeonato do Brasileiro.

Falcão

FALCÃO
(volante)


Nome completo: Paulo Roberto Falcão

A elegância de Paulo Roberto Falcão fez com que o volante fosse, sem dúvida, um dos maiores jogadores do país na década de 70. Pelo Internacional, foram 8 anos no time profissional e conquistou cinco estaduais (73, 74, 75, 76 e 78) e três Brasileirões (75, 76 e 79). 

Gols épicos como o marcado contra o Atlético-MG, em 1976, numa tabela sensacional de cabeça com Escurinho, mandando às redes de Ortiz, e o gol de primeira nas semifinais de 1979, em uma dividida com Mococa, do Palmeiras, arrancam suspiros de qualquer torcedor colorado.

Pela Seleção, foi preterido pelo técnico Cláudio Coutinho para a Copa de 1978, mas fez parte no legendário time de 1982, onde jogavam Zico, Sócrates, Júnior e uma legião de craques. O título Mundial não veio, mas aquele futebol ofensivo fez história.

Na Roma, se tornou o Rei. Foi o jogador chave na conquista do Scudetto de 1982/1983 e as Copas da Itália de 1981 e 1984. A Roma nunca foi um time de grandes objetivos, mas Falcão deu ao clube da capital italiana uma nova perspectiva no cenário futebolístico europeu.

Depois de deixar o clube romano por divergências com a diretoria, em 1985, retornou ao Brasil para defender o São Paulo. Disputou apenas 25 partidas, mas teve tempo de conquistar seu último título como jogador, o Paulistão de 1985.

Como treinador, Falcão comandou a Seleção Brasileira em 1990-1991, América do México, Internacional, Japão e Bahia. Conquistou os títulos da Copa Interamericana de 91 e a Copa dos Campeões da CONCACAF em, 92 pelo América, e o Gauchão de 2011, pelo Colorado.

Batista

BATISTA
(volante)

Nome completo: João Batista da Silva
Data de nascimento: 8/3/1955
Local: Porto Alegre (RS)

Carreira:
1974-1982
Internacional
1982
Grêmio
1983
Palmeiras
1983-1985
Lazio-ITA
1985
Avellino-ITA
1985-1987
Belenenses-POR
1988-1989
Avaí

O torcedor colorado é passional e corneteiro por tradição. Ao ver um ídolo trocar o Olímpico pelo Beira-Rio, independente da circunstância, o torcedor fica possesso. Porém, o caso de Batista envolve muito mais do que o fator rivalidade Gre-Nal. A carreira de Batista teve três grandes embates ao longo de sua trajetória: enfrentou os adversários, a imprensa do eixo Rio-São Paulo, e a ira da torcida colorada ao vestir azul.
Batista começou a carreira em 1973 no Internacional. Subiu para o time profissional em 1974, logo após a conquista da Taça São Paulo de Futebol Júnior, e conquistou a torcida com a sua versatilidade em desempenhar funções defensivas e de armação no meio-de-campo.
Ao lado de Falcão e Paulo Cesar Carpegiani, compôs uma meia-cancha que arrancava suspiros da torcida colorada e atordoava defesas adversárias. Conquistou três Campeonatos Brasileiros e três estaduais.
Mas nem suas conquistas frequentes conseguiram convencer a imprensa do centro do país. Titular no Mundial de 1978, acreditava que seguiria na Seleção até a Copa de 1982. Tudo indicaria que Batista calaria a boca da mídia, com uma atuação perfeita diante do Palmeiras, em 1981. Inter 6 a 0 com show do centro-médio.
Porém, uma fratura na perna colocou Batista no estaleiro. O presidente José Asmuz, praticamente, abandonou o volante e o passe dele ficou preso à Federação Gaúcha. Batista aceitou a proposta do Grêmio, para poder disputar a Copa do Mundo, o que acabou acontecendo.
A torcida colorada não perdoou o jogador. A direção do Internacional não chegou a um acerto contratual e Batista foi profissional, sem contar com a confiança do presidente José Asmuz, cético quanto a recuperação do volante.
No Grêmio, Batista não conquistou títulos, mas foi eleito o melhor centro-médio do Brasileirão de 82. Ainda passou por Palmeiras, Lazio-ITA, Avellino-ITA, Belenenses-POR e Avaí.

Gilmar Rinaldi

GILMAR RINALDI
(goleiro)

Nome completo: Gilmar Luís Rinaldi
Data de nascimento: 13/1/1959
Local: Erechim (RS)

CARREIRA:
1979-1985
Internacional
1985-1990
São Paulo
1991-1994
Flamengo
1995-1999
Cerezo Osaka-JAP

À sombra de Benítez, Gilmar começou a carreira profissional na reserva, em 1979. Formado na escola de goleiros que promoveu o grande Luiz Carlos Schneider, Gilmar era um goleiro de grande técnica e excelente reposição de bola.

Com a grave lesão de Benítez no final de 1983, Gilmar ganhou a titularidade do Internacional no ano seguinte. Coincidentemente, foi o ano do último título estadual do Internacional na década. Ainda em 1984, fez parte da SeleInter que representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Los Angeles.

A visibilidade que as Olimpíadas proporcionaram a Gilmar o levou a ser contratado pelo São Paulo, em 1985. Em seu primeiro ano no São Paulo, faturou o Paulistão. Em 86 conquistou o título brasileiro, jogando no lembrado time dos "Menudos do Morumbi". Levantou a taça do Paulistão em 87, mas perdeu a titularidade para Zetti na reta final de sua passagem pelo tricolor paulista.

Foi para o Flamengo em 1991, onde conquistou o estadual em 1991 e o Brasileirão de 1992. Foi o terceiro goleiro na Seleção campeã mundial em 1994, nos Estados Unidos. Pela segunda vez, foi sombra de Zetti.

Em 1995, foi se aventurar no futebol japonês, jogando pelo Cerezo Osaka, onde até hoje é ídolo. Parou de jogar em 1999 e passou a agenciar jogadores.