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Milton

MILTON
(goleiro)

Nome completo: Milton Ramos Vergara
Data de nascimento: 29/9/1931
Local: Porto Alegre (RS)

Carreira:
1947-1949
Vila Cristal
1950-1951
Internacional
1951
Brasil-PEL
1952-1956
Internacional
1956
Esportivo
1958-1959
Atlético-PR

Como muitos atletas dos anos 40 e 50, o goleiro Milton surgiu na várzea porto-alegrense, no time da Vila Cristal. Veio para o Internacional em 1950, ano em que foi campeão juvenil, mas foi emprestado ao Brasil de Pelotas para adquirir mais experiência.
Ao retornar para Porto Alegre, foi promovido ao time profissional em 1952, com a missão de substituir o emblemático Ivo Winck, que havia adoecido. De última hora, o goleiro Éverton também não pôde jogar. Imediatamente, assumiu a titularidade do time que sucedeu o famoso “Rolo Compressor” dos anos 40, o “Rolinho”.
Uma de suas maiores façanhas é ter ficado mais de 900 minutos sem sofrer gols com a camisa colorada. Foi campeão gaúcho em 1952, 1953 e 1955, e do Torneio Régis Pacheco, disputado na Bahia, sendo convocado à Seleção Gaúcha em 1954. Milton foi o goleiro titular do Gre-Nal de inauguração do estádio Olímpico, em uma acachapance goleada de 6 a 2, estragando a festa do co-irmão.
Teve que abandonar a carreira no final dos anos 50, quando defendia o Atlético Parananense, por causa da instabilidade financeira.
Faleceu no dia 27 de outubro de 2012, em Porto Alegre, vítima de um câncer de pulmão. Na reta final de sua vida, Milton fez parte de eventos consulares do Internacional. O goleiro foi um dos maiores guardiões da camisa nº 1.

Oreco

ORECO
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Waldemar Rodrigues Martins
Data de nascimento: 13/6/1932
Local: Santa Maria (RS)

Carreira:
1949
Inter-SM
1950-1956
Internacional
1957-1965
Corinthians
1965-1966
Millionarios-COL
1967-1968
Toluca-MEX
1969-1971
Dallas Tornado-EUA

Falar de Oreco é falar de versatilidade. O jogador atuava pelos dois lados do campo, além de jogar centralizado na defesa. Natural de Santa Maria, o jogador iniciou a carreira no Internacional local, em 1949. Seu apelido vem de uma forma reduzida de “reco-reco”.
Prestes a embarcar para o Rio de Janeiro para jogar pelo Fluminense, a direção colorada convidou o jovem lateral para um amistoso. E a partir de 1950, Oreco era o lateral-esquerdo titular do Internacional. Nos Eucaliptos, conquistou os estaduais de 1950 a 1953 e 1955. A Seleção Brasileira, representada por jogadores gaúchos, conquistou o Pan-americano de 1956. Oreco foi um dos jogadores mais aclamados.
Em 1957, Oreco foi para o Corinthians. O treinador do time era um grande conhecedor do futebol gaúcho: Osvaldo Brandão, ex-Inter. O ídolo colorado estava no caminho para se tornar grande ídolo do clube paulista, com atuações excepcionais que o levaram à Copa do Mundo de 1958.
Mas uma lesão grave o tirou da Copa de 62 e acabou deixando o craque no ostracismo. Depois de nove temporadas defendendo o clube do Parque São Jorge, Oreco foi explorar o exterior. Jogou no futebol colombiano, mexicano e no então novíssimo cenário estadunidense.
Pendurou as chuteiras em 71, mas seguiu divulgando o “soccer” nos Estados Unidos através de sua escolinha de futebol, que teve um sucesso gigantesco. Entretanto, o mesmo futebol que era sua paixão, acabou por vitimar o ex-atleta. Durante uma partida de masters, Oreco se sentiu mal e acabou falecendo no dia 3 de abril de 1985, em Ituverava, São Paulo.

Paulinho Almeida

PAULINHO DE ALMEIDA
(lateral-direito)

Nome completo: Paulo de Almeida Ribeiro
Data de nascimento: 15/4/1932
Local: Porto Alegre (RS)

Carreira:
1950-1954
Internacional
1954-1964
Vasco

Paulinho Almeida, o “Capitão Piranha”, era um daqueles laterais de excelente apoio ao ataque, fato raro nos anos 50. Além disso, era implacável na marcação, quase infalível. O lateral começou nos campos do time do Partenon, time amador de Porto Alegre. Aos 18 anos, já era titular do Internacional, fazendo parte das conquistas dos títulos de 51, 52 e 53.
Em 1954, Paulinho deixou o Internacional e partiu para o centro do país. Seu destino foi o Vasco da Gama, por 800 mil cruzeiros, o lateral ganhou visibilidade maior no Rio de Janeiro, chegando à Seleção Brasileira. Na Copa do Mundo de 1954, foi reserva de Djalma Santos.
No cruzmaltino, Paulinho conquistou os títulos estaduais de 56 e 58, além do Torneio Rio-São Paulo. Esteve próximo da Copa do Mundo de 1958, mas uma fratura na perna, em jogo contra o Flamengo pelo Torneio Rio-São Paulo do mesmo ano, acabou com a esperança do lateral. Mesmo assim, o lateral conquistou a Copa O’Higgins de 55, a Copa Osvaldo Cruz de 55 e a Copa Roca de 57 pela Seleção.
Pendurou as chuteiras em 1964, depois de 11 temporadas no Vasco da Gama. Como treinador, não obteve muito sucesso, tendo como maior glória a conquista do título gaúcho de 80, pelo Grêmio. Faleceu no dia 11 de junho de 2007, vítima do Mal de Alzheimer.
Paulinho de Almeida é tido como maior lateral-direito do Internacional por muitos torcedores que testemunharam suas atuações majestosas na década de 50.

Ênio Andrade

ÊNIO ANDRADE
(meia)

Nome completo: Ênio Vargas de Andrade
Data de nascimento: 31/1/1929
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1948-1950
São José-RS
1950-1951
Internacional
1951-1958
Renner
1958-1960
Palmeiras
1961
Náutico
1962
São José-RS


O multicampeão Ênio Andrade, além de ter sido um excelente treinador, foi um meia cancha dotado de grande habilidade na perna direita e uma visão de jogo considerada genial. Sua carreira no futebol começou no São José-POA em 1948.



Dois anos depois de se profissionalizar, se transferiu para o Internacional. Conquistou os títulos estaduais de 50 e 51, jogando ao lado de grandes nomes do Colorado, como Larry, Bodinho e Chinesinho.



No Renner, extinto clube de Porto Alegre, viveu o grande momento da sua carreira, quando venceu o Gauchão de 1954, quebrando a hegemonia Gre-Nal que foi estabelecida em 1940. Depois desse título, somente em 98 um clube além de Inter e Grêmio levantou a taça do Gauchão. No ano de 1956, integrou a Seleção campeã panamericana, formada com jogadores de times gaúchos.

Em 1958, deixou o Rio Grande do Sul e foi se aventurar no Palmeiras, reencontrando Chinesinho, ex-companheiro de Internacional. Mais uma vez, foi campeão estadual. Venceu o Paulistão em cima do Santos, de Pelé, em 1959. E em 1960, faturou a segunda edição da Taça Brasil.

Depois de passar pelo Náutico, em 1961, retornou ao São José, até encerrar a carreira como jogador em 62.

Como técnico, Ênio Andrade é muito querido pelas torcidas de São José, Internacional, Grêmio, Coritiba e, especialmente, do Cruzeiro. Até hoje, Ênio Andrade é admirado por grandes treinadores do futebol nacional.

Ênio foi um dos maiores treinadores do Brasil, sendo três vezes campeão brasileiro, mineiro, pernambucano, e de competições da Conmebol. Faleceu em janeiro de 1997, depois de complicações pulmonares.