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14/09/1930 - Citadino 1930 - 2º turno - Internacional 1 x 1 Grêmio

O GRANDE ENCONTRO DE AMANHÃ, ENTRE COLORADOS E GREMISTAS
Marca o "carnet" da Amgea, para amanhã, um dos mais ou quiçá o mais importante encontro da temporada deste ano, pois se encontrarão os fortes conjuntos do Internacional e do Grêmio. Esse importante encontro, que terá lugar no campo do Porto Alegre, é o assunto obrigatório em todas as rodas desportivas.
É por demais conhecida a rivalidade existente entre colorados e gremistas, e, por isso, sempre que se anuncia um encontro como o que amanhã se realizará, nota-se grande ansiedade nos arraiais desportivos. Ansiedade que se justifica plenamente, tais o valor, o ardor e a grande simpatia de que gozam esses dois adversários. Esse grande jogo constituirá, por certo, um acontecimento desportivo de grande realce.
Os gremistas marcham, no ano corrente, na vanguarda do campeonato, sem terem sofrido um revés sequer, o mesmo não acontecendo com os colorados, que na atual temporada, já foram vencidos pelo seu adversário de amanhã, e o Cruzeiro, além de terem empatado com o Bancário no turno. A vantagem que o Grêmio leva sobre o seu adversário na tabela do campeonato em nada influirá no desenrolar da peleja de amanhã, pois os alvi-rubros, quando têm pela frente, no campo da luta, os alvi-celestes, portam-se como verdadeiros heróis e desenvolvem um jogo técnico e altamente proveitoso. O embate entre esses dois tradicionais quadros pode ser classificado de gigantesco e se torna difícil, ou antes, impossível, afirmar com segurança a quem caberá a palma da vitória. Se o Grêmio possui um conjunto treinado, que vem atuando com firmeza neste ano, o Internacional está com o seu quadro em bom estado de treinamento. Os gremistas confiam no valor de: Lara, o melhor arqueiro gaúcho; de Dario, um zagueiro firme; de Russinho, um médio que vem se firmando de jogo para jogo; de Poroto, com uma boa chave do quadro tricolor; de Coró, um atacante oportunista e muito esforçado; e de Luiz, o mais completo e melhor centro atacante gaúcho.
Os colorados acham-se possuídos de grande confiança. O seu quadro não é o mesmo do turno que foi derrotado por 3 x 1. Os seus torcedores confiam em Ribeiro, que voltou à sua antiga posição de médio, onde é o "crack"; confiam também no valor incontestável de Risada, um dos mais completos jogadores rio-grandenses; de Magno, que, a nosso ver, é o melhor centro médio do Rio Grande do Sul; e de Nenê, um atacante perigosíssimo, e tantos outros novos elementos que vieram dar mais eficiência ao quadro colorado.
São esses, em linhas gerais, os adversários que se vão enfrentar amanhã, à tarde, no campo do F. B. C. Porto Alegre.
Os quadros
Internacional — Pena; Carneiro e Risada; Ribeiro, Magno e Elpídio; Nenê, Marroni I, Mancuso, Miro e Kessler.
Grêmio — Lara; Dario e Sardinha; Macarrão, Poroto e Russinho; Jawel, Coró, Luiz, Fogo e Nenê.
Juízes
1º quadro — Heitor Deste
2º quadro — Astrolábio Cachapuz
3º quadro — Max Barth
Fiscal — Tenório Kremer
Horário
2º quadro — 13,30 horas
1º quadro — 15,30 horas
Entradas
Pavilhão, 4$000; geral, 3$000; menores, fardados e senhoras, 2$000.
Sócios do Internacional, com a apresentaçao do recibo nº 9.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 13/09/1930, ano 1930, n. 276, p. 4. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/3978. Acesso em: 24 out. 2024.

CITADINO 1930 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 1 X 1 GRÊMIO
Data: 14/09/1930
Local: Chácara das Camélias - Porto Alegre (RS)
Juiz: Heitor Deste
Gols: Miro Vasques 7'/1 (I); Javel 13'/1 (G).
INTERNACIONAL: Penha; Carneiro e Risada; Ribeiro, Felix Magno e Elpídio; Nenê, Dante Marroni, Mancuso, Miro Vasques e Kessler. Técnico: Miguel Genta.
GRÊMIO: Lara; Dario e Eurides Sardinha; Macarrão, Poroto e Russo; Javel, Coró, Luiz Carvalho, Foguinho e Nenê. Técnico: Telêmaco Frazão de Lima.

EM PARTIDA DO RETURNO, ENCONTRARAM-SE, ONTEM, O GRÊMIO E O INTERNACIONAL
No campo do F. B. C. Porto Alegre, realizou-se ontem o tão anunciado embate entre colorados e gremistas. A peleja não foi das piores. A técnica foi fraca, mas, como os grandes encontros ressentem-se sempre de eficiência, podemos desculpar. A contagem e o resultado dão uma ideia do que foi o transcorrer da pugna. Os colorados actuaram com grande energia e com um honroso honroso empate. Apesar de um quadro um tanto fraco, souberam fazer frente ao seu mais encarniçado rival. O quadro do Grêmio não desenvolveu o seu costumado jogo; isto, aliás, viemos notando em todas as partidas de returno. Assim foi que o Grêmio teve ontem a sua primeira decepção, talvez única do corrente ano. No início do embate ainda fez algumas boas jornadas, mas logo decaiu, dando lugar ao jogo bruto.
O jogo
Os quadros entraram com a seguinte organização.
Grêmio — Lara; Dario e Sardinha; Macarrão, Poroto e Russinho; Jawel, Coró, Luiz, Fogo e Nenê.
Internacional — Peña; Carneiro e Risada; Ribeiro, Magno e Elpídio; 
Nenê, Marroni I, Mancuso, Miro e Kessler.
Primeiro tempo
O Grêmio dá a saída, mantendo-se o jogo no meio do campo até os gremistas atacarem e Foguinho atira fora. De uma falta de Nenê em Sardinha resulta nova carga. Luiz atira fraco e Peña segura. Registra-se uma boa defesa de Risada e Luiz dá um bom pelotaço, que passa rente à trave. Os colorados organizam uma carga e Miro atira alto. Peña segura o couro enviado por Coró. Risada erra, dando lugar a uma defesa de Ribeiro. Aos 7 minutos de jogo, Mancuso faz bom passe para Miro, que marca o 1º tento do Internacional.
Nova carga colorada e Sardinha salva a situação. Peña tira uma falta batida por Russinho. Risada, deitado, faz boa defesa, tirando a bola dos pés de Foguinho. Uma falta de Dario, batida por Ribeiro, é prejudicada por impedimento de Miro. Aos 13 minutos de jogo, Jawel, em violento tiro da ponta direita, marca o 1º tento do Grêmio.
Estava empatada a partida. Carneiro faz boa defesa numa entrada de Nenê. Uma centrada de Jawel é prejudicada por mão de Foguinho e Dario detém uma avançada colorada. Nenê bate uma bola de escanteio e Peña segura. Uma boa carga do Internacional é prejudicada por mão de Mancuso. Luiz faz lindo corte de cabeça, que Nenê perde. Mancuso tenta dar uma virada, mas perde. Lara defende fracamente uma falta batida por Magno e Kessler perde boa oportunidade de desempatar a partida. Há um bombardeio no arco gremista, que termina numa defesa de Lara. Russinho comete falta, que Nenê bate, sem resultado. Coró escapa e Carneiro salva o perigo. Um escanteio contra os colorados é mal defendido por Peña e Coró perto do arco, erra o alvo.
Registra-se uma forte pressão gremista e Luiz falha perto do arco, dando margem a que Peña segure o couro, terminando logo a primeira fase, com o empate de 1 x 1.
Segundo tempo
Os colorados saem levando uma boa carga ao último reduto gremista, tendo Kessler se machucado. O Grêmio reage, fazendo uma perigosa carga, tendo Luiz posto fora. Uma escapada da linha colorada e Sardinha falha, mas Dario salva o perigo.
Lara é chamado a intervir num tiro de Miro. De uma bola de canto batida contra o Internacional resulta uma escrimage em frente ao arco de Peña, tendo Nenê atirado fora. Peña é chamado a intervir num tiro de Luiz. Jawel comete mão, prejudicando uma carga do seu bando. Elpídio salva uma situação crítica para o seu quadro. Jawel bate um canto e Nenê emenda, mas Peña segura. Os colorados voltam ao ataque e Marroni prejudica com mão. Poroto atira ao arco, mas Peña detém a trajetória da esfera. Carneiro começa a desenvolver bom jogo. Dario mais uma vez é chamado a intervir, o que faz com maestria. Lara segura um pelotaço de Mancuso. Magno bate uma falta de Coró, dando lugar a que Lara pratique boa defesa.
Uma escapada do Internacional e Marroni atira alto. O Grêmio começa a fazer forte pressão e Risada salva. Os colorados voltam ao ataque, sem resultado. O jogo torna-se violento. Peña segura um tiro de Coró. Uma perigosa escapada da linha colorada é salva por Poroto. Nova carga dos rubros e Kessler atira mal. Coró atira ao arco, mas Peña apara. O Grêmio ataa, mas a "guigne" o persegue. Forte carga do Internacional e Mancuso perde excelente oportunidade de desempatar a partida.
Internacional - 1
Grêmio - 1
Apreciações
Grêmio: Do Grêmio, aliás, dos 22 jogadores em campo, a primeira figura foi Dario, que jogou admiravelmente. A ele deve o quadro da baixada a contagem não tem sido aumentada.
Lara poucas oportunidades teve de mostrar o seu jogo. Sardinha esteve medíocre. A linha média não combinou com a de ataque e por isso teve falhas. Poroto atuou bem, esforçando-se bastante, trabalhou sozinho. No ataque, Luiz atuou bem o primeiro tempo, mas no 2º desapareceu. Jawel foi um bom atacanta. Os outros regulares.
Internacional: Peña esteve ótimo, atacando boas bolas. Risada, apesar de machucado, atuou bem. A linha média esteve admirável. Magno é um grande centro médio. Inteligente e resistente. Elpídio fez uma boa partida excelente. Ribeiro, como sempre. O ataque, no primeiro tempo, pouco fez, mas na fase final melhorou bastante, tendo os seus componentes se esforçado bastante.
Segundos quadros
O jogo dos quadros secundários esteve parelhíssimo e provocou mais entusiasmo do que o dos quadros principais. Saiu vencedor o Grêmio pela contagem mínima, sendo que o ponto da vitória foi marcado por Bote. Sardinha II fez uma partida assombrosa. O quadro vencedor era o seguinte: Armênio; Ulderico e Sardinha II; Adão, Link e Pitoco; Domingos, Fred, Aragon, Bote e Salgado.
Terceiros quadros
Também venceu o Grêmio por 4x2, continuando assim na frente da tabela.
O juiz
O juiz Heitor Deste esteve bom. Deixou passar um pênalti de cada lado, mas foi um árbitro enérgico e imparcial.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 15/09/1930, ano 1930, n. 277, p. 12 e 16. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/3998. Acesso em: 24 out. 2024.

03/08/1930 - Citadino 1930 - 2º turno - Internacional 4 x 0 Ruy Barbosa-POA

INTERNACIONAL X RUY BARBOSA
No campo do F. B. C. Porto Alegre terá lugar, amanhã, o importante encontro entre os clubes acima, uma boa partida, pois as forças são bem equilibradas e os contendores de amanhã têm melhorado muito nas últimas partidas. O quadro colorado será o seguinte: Peña; Carneiro e Risada; Ribeiro, Magno e Elpídio; Nenê, Marroni I, Mancuso, Miro e Kessler.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 02/08/1930, ano 1930, n. 240, p. 11. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/3521. Acesso em: 23 out. 2024.

CITADINO 1930 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 4 X 0 RUY BARBOSA-POA
Data: 03/08/1930
Local: Chácara dos Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Max Barth
Gols: Jaeger ?'/1 (I); Nenê ?'/2 (I); Nenê ?'/2 (I).
INTERNACIONAL: Penha; Carneiro e Risada; Ribeiro, Felix Magno e Boi; Nenê, Ryff, Mancuso, Jaeger e Kessler. Técnico: Miguel Genta.
Obs.: último jogo na Chácara dos Eucaliptos.

[...] O INTERNACIONAL DERROTOU O RUY BARBOSA POR 4 A 0
Pela contagem de quatro a zero, o Internacional conseguiu sobrepujar o forte quadro ruysta, reabilitando-se dos seus últimos insucessos e fazendo um bom treino para o seu confronto com o Grêmio.
Os dois primeiros tentos foram marcados por Jaeger, no primeiro tempo, e os dois últimos por Nenê, na fase final do jogo. O quadro ruysta pouco fez, principalmente no final. Do Internacional, Magno, Ribeiro e a linha atacante estiveram excelentes. O jogo dos quadros secundários não se realizou oficialmente, porque o Ruy entregou os pontos. O quadro vencedor era o seguinte: Peña; Carneiro e Risada; Ribeiro, Magno e Boi; Nenê, Ryff, Mancuso, Jaeger e Kessler.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 04/08/1930, ano 1930, n. 241, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/3534. Acesso em: 23 out. 2024.

27/07/1930 - Citadino 1930 - 2º turno - Internacional 3 x 1 Bancário-POA

INTERNACIONAL X BANCÁRIO
Em continuação ao campeonato da cidade, será realizada amanhã uma única partida de futebol, em virtude da entrega dos pontos feitos pelo Ypiranga no S. C. Americano.
Encontrar-se-ão na praça de desportos da F. B. C. Porto Alegre, no Menino Deus, as fortes turmas do S. C. Internacional e A. Bancário C. Esse econtro vem despertando interesse, dado a igualdade de condições dos disputantes, que por certo saberão apresentar um jogo digno de ser apreciado pelos amantes do desporto bretão.
Para esse encontro o diretor de campo do Internacional escalou os quadros seguintes:
1º - Peña - Carneiro - Risada - Ribeiro - Magno - Elpídio - Nenê - Marroni I - Mancuso - Miro - Kessler.
2º - Gress - Luizelli - Cintura - Homero - Álvaro - Turco - Armando - Quincas (cap.) - Vanzetto - Marroni II - Jaeger.
3º - Hugo - Honorival - Nico - Didi - Seara - Varella - Ribeirinho (cap.) - Ernani - Garcia - Antonino - Terto.
Reservas: Lima, Ramão e demais jogadores classificados.
O diretor de campo dos colorados avisa a todos os jogadores escalados que deverão estar no campo no seguinte horário: 3º às 8 horas, 2º às 13 e 1º às 15 horas.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 26/07/1930, n. 232, p. 11. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/093203/3441. Acesso em: 28 jul. 2023. 

CITADINO 1930 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 3 X 1 BANCÁRIO-POA
Data: 27/07/1930
Local: Chácara das Camélias - Porto Alegre (RS)
Juiz: Astrolábio Cachapuz
Gols: Miro Vasques 17'/1 (I); Carneiro, contra 28'/1 (B); Kessler 37'/1 (I); Kessler 15'/2 (I).
INTERNACIONAL: Penha; Risada e Carneiro; Ribeiro, Felix Magno e Elpídio (Ryff); Nenê, Dante Marroni, Mancuso, Miro Vasques e Kessler. Técnico: Miguel Genta.
BANCÁRIO-POA: Leal; Júlio e Agripino; Rao, Pinho e Prego; Miro, Odorico, Nona, Lourival e Balleta.

O INTERNACIONAL DERROTOU O BANCÁRIO POR 3 A 1
O jogo realizado ontem, no vasto campo do Porto Alegre, nada mais foi que uma simples reprodução das jogadas anteriores. Abaixo de crítica. O nosso futebol, se é o que temos, está decadente.
As arquibancadas mais ou menos cheias. O jogo apresentado pelo quadro colorado foi bom. Atuou com energia. O Bancário pouco fez, do princípio ao fim. Os seus componentes pareciam estar cansados.
Após o jogo dos quadros secundários, que, mais uma vez terminou com a vitória do Internacional, por 6 x 0, deram entrada em campo os quadros principaes, assim formados:
Internacional - Peña; Risada e Carneiro; Ribeiro, Magno e Elpídio; Nenê, Marroni, Mancuso, Miro e Kessler.
Bancário - Leal; Júlio e Aggripino; Rao, Pinho e Prego; Miro, Odorico, Nona, Lourival e Balleta.
O Internacional dá a saída, perdendo logo. Magno envia o couro para a frente e Marroni atira fora. Peña defende fracamente um tiro de Lourival, e Odorico envia o couro por cima.
O Bancário ataca e Risada faz boa defesa de cabeça. Numa carga colorada, Nenê dá um “pife” em frente no arco do Bancário, Balleta bate um escanteio feito por Carneiro e Pinho cabeceia, mas Peña segura. Marroni escapa e atira fraco nas mãos de Leal. Um tiro de Nona passa por cima. O Internacional ataca e Miro, aos 17 minutos, marca de cabeça o 1º tento colorado.
O Internacional começa a atacar, mas Marroni prejudica com um toque.
Marroni perde boa oportunidade de aumentar a contagem. Peña segura uma bola enviada por Balleta.
Aos 28 minutos de jogo, Lourival escapa, atirando. Carneiro tenta defender, mas a bola aninha-se no arco de Peña, que saira do seu posto. Estava assignalado o 1º e único tento do Bancário.
Leal faz boa defesa, de um tiro de Miro. O Bancário concede dois cantos que se perdem. Um forte tiro de Mancuso encontra boa defesa de Leal. O Internacional carrega e Kessler marca, de cabeça, aos 37 minutos o 2º tento colorado.
Com uma defesa de Leal termina o 1º tempo.
2º tempo - Ryff substitui Elpídio.  O Bancário dá saída, perdendo logo para os colorados, que atacam constantemente.
Mancuso atira pelo lado e Miro empenha Leal num pelotaço de canto. Nenê dá um violento tiro que Leal calmamente apara.
Registram-se dois cantos a favor do Internacional, que perde. Lourival perde boa oportunidade de empatar a partida. O Internacional volta a atacar. Registra-se uma escapada da sua linha, e, aos 15 minutos de jogo, Kessler, em violento tiro, marca o 3º tento colorado.
Nenê escapa e rola pelo lado. A linha do Bancário escapa e Risada tira. Uma virada de Marroni encontra uma boa defesa na trave. O jogo torna-se desinteressante, porque o Internacional ataca, enquanto o Bancário se limita a pôr o couro para os lados. Agrippino faz falta máxima. Magno bate e Leal apara o couro, o que lho vale inúmeras palmas. Os colorados, apesar da forte pressão que fazem, não conseguem mais tentos, terminando o embate com o seguinte resultado final:
Internacional 3.
Bancário 1.
Apreciações - Leal faz excelentes defesas. Aggripino atuou bem e Júlio não comprometeu.
A linha média atuou mediocremente. Rao foi o melhor médio. A linha atacante não andou. Nona foi o seu melhor elemento.
Peña tem o mal costume de abandonar o arco. Carneiro firmou no final. A linha média esteve boa. Ribeiro é ainda o grande médio. Magno bom. Ryff melhor que Elpídio.
O ataque atuou todo e fez boas cargas.
O árbitro Astrotábio Cachapuz foi excelente e criterioso.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 28/07/1930, n. 235, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/093203/3454. Acesso em: 28 jul. 2023.

13/07/1930 - Citadino 1930 - 2º turno - Concórdia-POA 1 x 2 Internacional

CONCÓRDIA X INTERNACIONAL
Domingo o mundo desportivo da capital terá oportunidade de assistir a luta entre os dois clubes acima, na qual certamente predominarão as exibições de boa técnica e, principalmente, a lealdade entre os elementos de ambas as facções.
O jogo entre o Concórdia e o Internacional dará ensejo para que sejam assistidas jogadas bem conduzidas por exímios conhecedores do nosso "soccer".
Se, de um lado, se notam as figuras de Risada, Magno, Marroni e Miro, do outro ressaltam os nomes de Astro, Andrade, Tupan e Mingo, os quais já podem ser alinhados entre os futuros campeões , que vêm surgindo nesta nova era desportiva.
Os dois bandos lutarão com desusado entusiasmo pela vitória, pois de há muito um encontro entre concordianos e colorados é renhido e de difícil prognóstico.
Hoje à tarde os degladiantes realizarão o seu último treino de conjunto do qual dependerá a formação dos quadros que domingo se enfrentarão.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 10/07/1930, ano 1930, n. 220, p. 11. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/3261. Acesso em: 23 out. 2024.

CONCORDIANOS E INTERNACIONALISTAS DISPUTARÃO DOMINGO A PARTIDA MAIS SENSACIONAL DO ANO
A grande partida de domingo será um acontecimento inédito no nosso futebol. O nosso público desportivo está aguardando a hora de ver iniciado o grande embate, com uma ansiedade que não é menor do que o desejo de ver lutar dois quadros realmente valorosos. Desde o ano passado que uma jogada entre Concórdia e Internacional se torna um verdadeiro acontecimento desportivo.
São dois grandes valores. É fora de qualquer dúvida que concordianos e colorados são duas forças das mais eficientes do futebol gaúcho. Os seus quadros são formados por elementos conhecedores dos postos que ocupam. Teremos oportunidade de apreciar, mais uma vez, o jogo dos laureados jogadores Risadinha, Astro, Magno, Andrade, Tupan. Miro e outros que possuem brilhantes feitos desportivos. Quanto à rivalidade desportiva dos contendores de domingo, está patente, há muito tempo. Basta recordar desde o ano de 1928. Nessa época, o Concórdia venceu o encontro de turno, mas perdeu no returno. No ano passado, perdeu no turno por ter retirado de campo, mas no returno infligia uma derrota no quadro colorado, por 3 a 1. Esse ano, na partida de turno, após um jogo movimentado, saiu vencedor o Internacional. Agors, os concordianos querem tirar uma “revanche”, o que é bem  possível
Os adversários de domingo entrarão em campo depois de um severo regime de treinos. Ambos estão em grande forma. Treinaram várias semanas, tanto individual como coletivamente, e estão aptos para apresentarem uma “qualidade de futebol” insuperável.
O interesse para essa partida é invulgar. Nunca houve um embate entre o Concórdia e o Internacional que despertasse tanto as atenções do grande público "torcedor", o qual está vivendo horas de ansiedade e aguardando verdadeiramente empolgado o momento de ver iniciada a grande partida.
O camipo do Concórdia, onde se realizará o encontro está sendo modificado para acomodar melhor a grande assistência que lá afluirá.
Salvo pouco prováveis modificações de última hora, os quadros devem entrar em campo com a seguinte organização.
Internacional — Peña; Risada e Carneiro; Elpídio, Magno e Moreno; Nenê, Marroni, Ribeiro, Vanzetto e Miro.
Concórdia — Egon; Astro e Mabília: Pitchi, Andrade e Sarará; Agostinho, Mingo, Dante, Tupan e Darte.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 11/07/1930, ano 1930, n. 221, p. 7. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/3269. Acesso em: 23 out. 2024.

CONCÓRDIA X INTERNACIONAL
O IMPORTANTE JOGO DE AMANHÃ
Finalmente amanhã será dada a oportunidade ao público desportivo local de assistir a uma das melhores partidas de futebol no corrente ano, em disputa do campeonato da A. M. G. E. A.
Bater-se-ão, no campo do Concórdia, em São João, os quadros do Internacional e do clube local. Há muito tempo não nos é dado assistir a prova tão importante e tão empolgante como essa.
Os dois adversários de amanhã não podem ter esperanças ao título máximo, pois ambos já perderam muitos pontos. No entanto, o que muito vai interessar a peleja é a grande rivalidade desportiva existente entre os dois adversários. Cada vez que se anuncia um encontro entre concordianos e colorados, o nosso público fica ansioso, pois sabe que vai apreciar uma boa partida de futebol.
Quanto ao valor em conjunto dos quadros do formidável embate de amanhã, é o melhor possível.
O quadro representativo do Concórdia tem a sou favor uma folha briIhantíssima de feitos notáveis, tendo conquistado no corrente ano, expressivas vitórias sobre fortes co-irmãos, quer da capital, quer do sul do Estado, onde há pouco excursionou.
Esses encontros e a intensidade do campeonato local este ano deram aos elementos que agora integram a representação concordiana, um apuro técnico nunca atingido em temporadas anteriores. Organizada com critério e treinada com capricho, a equipe do Concórdia não tem uma falha sequer.
Egon, o guardião valoroso, tem-se revelado ultimamente. A dupla Astro-Mabília é excelente e difícil de transpor. Na linha média é que os concordianos depositam inteira confiança, porque é na verdade, uma das melhores, ou a melhor da capital. A sua linha atacante é bem homogênea, sobressaindo-se as figuras de Mingo e Tupan.
Quanto aos colorados, a nos orientarmos pelas últimas partidas em que têm tomado parte, temos a dizer que o seu quadro está ótimo. Com grandes reformas, desde o arqueiro até o ponteiro esquerdo, podemos garantir que a equipe do Internacional poderá ainda fazer boa figura no returno do campeonato.
Figuram em seu quadro, amadores de reconhecimento valor, como Risadinha, Miro, Marroni I, etc., que tudo farão pelas suas cores.
Ambos os quadros estão em condições excepcionais de preparação técnica. Os concordianos fizeram uma semana de treinos severos e os colorados estiveram também num regime bem apertado de ensaios coletivos e individuais.
Aquele que for vencido só poderá reconhecer que o adversário é o mais forte.
O jogo dos quadros secundários promete ser colossal, pois ambos são os mais citados para o título máximo, achando-se também em igualdade de pontos.
Os quadros formarão da seguinte maneira:
Concórdia
1º - Egon; Astro e Mabília; Pitchi, Andrade e Sarará; Agosto, Mingo, Dante, Tupan e Darte.
2º - Marcellino; Arno e Marteletti; Ernane, Mário e Homero; Pilla, Nilo, Duda, João e Lambary.
Internacional
1º - Peña; Risada e Carneiro; Elpídio, Magno e Moreno; Nenê, Marroni I, Ribeiro, Vanzetto e Miro.
2º - Gress; Luizelli e Cintura; Homero, Ryff e Álvaro; Armando, Quincas, Mancuso, Mauro e Jaeger.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 12/07/1930, ano 1930, n. 222, p. 11. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/3285. Acesso em: 23 out. 2024.

CITADINO 1930 - 2º TURNO - CONCÓRDIA-POA 1 X 2 INTERNACIONAL
Data: 13/07/1930
Local: Praça São João - Porto Alegre (RS)
Juiz: Max Barth
Gols: Mancuso 3'/1 (I); Miro ?'/1 (I); Andrade, pênalti ?'/2 (C).
CONCÓRDIA-POA: Egon; Mabília e Astrogildo; Darcy, Andrade e Pitchi; Agostinho, Mingo, Dante, Tupan e Darte.
INTERNACIONAL: Penha; Risada e Carneiro; Elpídio, Felix Magno e Didi; Nenê, Dante Marroni, Ribeiro, Mancuso e Miro Vasques. Técnico: Miguel Genta.

INTERNACIONAL VENCE O CONCÓRDIA POR 2 A 1 [...]
A partida que vinha despertando maior interesse no meio desportivo da capital era, sem dúvida, a dos concordianos e internacionalistas. A praça de desportos de S. João conseguiu reunir um bom e seleto número de assistentes.
A partida preliminar, aguardada com interesse, dada a colocação dos degladiantes, terminou com a vitória dos colorados por 3 a 1, após franco domínio.
A partida entre os primeiros quadros, apesar de não ter sido das melhores do corrente ano, conseguiu agradar.
O quadro concordiano, no primeiro tempo atacou muito mais, sem no entanto fazer surtir efeito, dada a falta de arremates.
O "crack" Tupan, talvez por ver multiplicados os esforços de seus companheiros, iniciou um jogo pessoal que agravou ainda mais a situação do clube de São João.
A linha de ataque do quadro interhacionalista carregou menos, porém, todas as vezes que assim procediam, faziam-no com tenacidade e galhardia, fazendo quase sempre perigar a cidadela concordiana, com violentos pelotaços.
Risada e Magno foram os melhores. Peña esteve bem, cada vez mais firme. Marroni regular. Nenê teve bons centros. Elpídio e Carneiro, fracos.
Egon, bom, apesar da atuação errada que redundou no 2º tento internacionalista. Mabília e Astro não jogaram como de costume.
Estavam um tanto indecisos. Sarará continua brilhando. Andrade, bom. A linha atacante não correspondeu como devia.
Os tentos
Numa impetuosa carga, aos 3 minutos de jogo, Nenê passa a Ribeiro, e este a Mancuso, que chutando, marca o 1º tento colorado.
O 2º tento internacionalista foi conquistado por Miro, aproveitando-se de uma avançada antecipada de Egon.
No 2º tempo, o Internacional foi punido com uma falta máxima que batida por Andrade, resultou o único tento concordiano.
O juiz atuou a contento.
Resultados
1ºs quadros: Internacional 2
  Concórdia 1
2ºs quadros: Internacional 3
  Concórdia 1
3ºs quadros: Internacional 4
  Concórdia 2
Os quadros principais jogaram com a seguinte organização:
Concórdia — Egon; Mabilia e Astro; Darcy, Andrade e Pitchi; Agostinho, Mingo, Dante, Tupan e Darte.
Internacional — Pena; Risada e Carneiro; Elpídio, Magno e Didi; Nenê, Marroni, Ribeiro, Mancuso e Miro.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 14/07/1930, ano 1930, n. 223, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/3298. Acesso em: 23 out. 2024.

29/06/1930 - Citadino 1930 - 2º turno - Cruzeiro-RS 4 x 2 Internacional

CRUZEIRO X INTERNACIONAL
Será, finalmente, amanhã, satisfeita a curiosidade pública com essa importante partida, que foi transferida de domingo último.
Os prognósticos para o resultado dessa partida são os mais desencontrados, e não nos atrevemos a dar palpites, porque as forças são parecidas, tanto podendo vencer um como outro.
Terá lugar esse embate no campo do Cruzeiro, no Caminho do Meio, sendo que as entradas serão cobradas à razão de 3$000 e 2$000.
Os quadros contendores formarão assim:
Cruzeiro - Chico; Cauduro e Espir; Souza, Nestor e Fagundes; Ferreira, Bojuga, Emílio, Germano e Pesce.
Internacional - Peña; Risada e Carneiro; Elpídio, Abbade e Moreno; Marroni, Magno, Ribeiro, Vanzetto e Miro.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 28/06/1930, ano 1930, n. 210, p. 11. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/3133. Acesso em: 22 out. 2024.

CITADINO 1930 - 2º TURNO - CRUZEIRO-RS 4 X 2 INTERNACIONAL
Data: 29/06/1930
Local: Caminho do Meio - Porto Alegre (RS)
Juiz: Heitor Deste
Gols: Espir, contra 36'/1 (I); Morelli 2'/2 (C); Ferreira 20'/2 (C); Miro Vasques 22'/2 (I); Ferreira 24'/2 (C); Morelli 33'/2 (C).
CRUZEIRO-RS: Chico; Cauduro e Espir; Souza, Nestor e Fagundes; Ferreira, Bojuba, Morelli, Germano e Pesce.
INTERNACIONAL: Penha; Risada e Carneiro; Elpídio, Felix Magno e Moreno; Nenê, Dante Marroni, Ribeiro, Vanzetto e Miro Vasques. Técnico: Miguel Genta.

O CRUZEIRO VENCEU O INTERNACIONAL POR 4 A 2
Pela primeira vez no corrente ano, o público de Porto Alegre pôde ir a uma partida de futebol, de lá saindo satisfeito, quer com o jogo apresentado pelos contendores, quer pela disciplina dos jogadores em campo.
Quanto no jogo apresentado pelos contendores, foi um dos melhores que temos visto nestes últimos tempos. A partida Cruzeiro x Internacional foi excelente. Os dois quadros atuaram bem, e se a vitória coube aos cruzeiristas, foi porque eles se empenharam mais, de princípio a fim. O quadro do Internacional parece-nos o melhor que tem jogado estas últimas partidas. Peña fez excelentes defesas. Risada, como sempre, é o esteio da defesa colorada. Carneiro fraco. Da linha média, apenas Magno em grande forma, Moreno e Elpídio nada fizeram. A linha atacante Internacionalista, atuou bem, sendo que Ribeiro foi o que mais prejudicou nos ataques, por causa das suas faltas.
O quadro vencedor atuou com bastante energia. Chico, muito indeciso. Cauduro e Espir excelentes. Da linha média, o melhor foi Fagundes. A linha atacante esteve ótima, sendo que Moreili substituiu Emilio com vantagem.
O jogo
Nos quadros secundários, saiu vencedor o Internacional, por 4 x 0.
Os quadros principais se alinharam da seguinte maneira:
Cruzeiro — Chico; Cauduro e Espir; Souza, Nestor e Fagundes; Ferreira, Bojuba, Morelli, Germano e Pesce.
Internacional — Peña; Risada e Carneiro; Elpídio, Magno e Moreno; Nenê, Marroni, Ribeiro, Vanzetto e Miro.
A saída coube ao Cruzeiro, que perdeu a bola. A turma colorada avança e atira fora. Aos 2 minutos, o jogo foi interrompido devido a um encontro de Cauduro com Marroni, contundindo-se este. Pesce escapa e Elpídio salva a situação, não o deixando atirar. Risada bate, de longe, uma falta: indo o couro morrrer nas mãos de Chico, que defende de soco. Aos 8 minutos de jogo, o Cruzeiro avança e Nestor atira fora. Novo avanço da linha cruzeirista e Morelli perde boa ocasião de abrir a contagem. Aos 11 minutos de jogo, Elídio comete canto, o qual é defendido de cabeça por Carneiro, indo o couro aos pés de Bojuga, que atira por cima da trave. Aos 16 minutos, Espir faz canto, que Germano se encarrega de defender.
Aos 18 minutos, Souza faz falta, que Risada atira e Espir defende. Aos 19 minutos, Ferreira faz perigosa escapada, tendo Peña feito excelente defesa de corpo, indo a bola aos pés de Germano que dá violenta virada, betendo na trave. Nova carga cruzeirista e Bojuba, limpo, atira fora, Aos 26 minutos de jogo, Cauduro concede canto, que atirado por Miro, Nenê aproveita mal. Aos 27 minutos, Ribeiro bate um toque de Espir, que ele mesmo defende. Aos 30 minutos de jogo, Ferreira escapa e Risada faz canto, que Ferreira bate e Peña segura. Aos 31 minutos, Nenê bate uma falta e Vanzetto põe fora. A linha cruzeirista escapa, sem perigo. Pesce dá bom tiro. Elpídio faz canto e o juiz não pune. Aos 32 minutos, registra-se novo ataque cruzeirista e Peña defende. Aos 36 minutos de jogo, os colorados ensaiam uma carga, e Espir concede canto. Batido por Miro, foi a bola morrer nas mãos de Chico, que ia defender, quando Ribeiro o empurra. A bola vai bater na cabeça de Espir, indo cair dentro do arco. Estava assim conquistado o 1º tento do Internacional.
Com mais algumas cargas, termina o primeiro tempo, com o seguinte resultado:
Internacional - 1
Cruzeiro - 0
Ribeiro movimenta a pelota, passando para Nenê, que perde para Nestor. Aos 2 minutos de jogo, Morelli escapa e conquista o 1º tento do Cruzeiro.
Registra-se uma carga colorada, tendo Vanzetto atirado fora. Aos 4 minutos de jogo, Nestor atira de longe e Peña segura. Fagundes anula uma boa carga colorada. Peña, aos 7 minutos de jogo, faz boa defesa de um tiro de Ferreira. Ribeiro fez falta perto da área perigosa, que Bojuba atira e Peña defende. Aos 10 minutos, Vanzetto atira fortemente e Chico defende. Aos 11 minutos, ataque cruzeirista, tendo Ferreira atirado fora. Marroni atira violentamente e Chico apara. Registra-se um canto de Carneiro, batido sem resultado. Aos 17 minutos, Nenê escapa e atira, mas Chico apara. Aos 19 minutos, Magno, de longe, atira tendo Chico aparado fracamente. Aos 20 minutos, a linha cruzeirista escapa; Pesce centra e Ferreira, de cabeça, numa bola a meia altura, marca o 2º tento do Cruzeiro.
Mal tinham cessado os aplausos do feito de Ferreira, quando os colorados escapam e Vanzetto atira. Chico defende fracamente e Miro que ia correndo, também de cabeça marca o 2º tento do Internacional aos 22 minutos de jogo. O jogo continua movimentadíssimo e, aos 24 minutos, cabe a Ferreira, em violento pelotaço marcar o 3º tento do Cruzeiro.
O jogo mantém-se no meio do campo e aos 33 minutos de jogo, quando ninguém esperava, Ferreira dá uma fugida, centrando, tento Morelli entrado, conquistando dessa forma o 4º tento do Cruzeiro.
Os restantes 7 minutos de jogo, foram caracterizados por escaramuças sem importância, terminando com a seguinte contagem:
Internacional - 2
Cruzeiro - 4
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 30/06/1930, ano 1930, n. 211, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/3146. Acesso em: 23 out. 2024.

15/06/1930 - Citadino 1930 - 2º turno - Internacional 1 x 2 Americano-RS

OS EMBATES DE AMANHÃ
Será, sem dúvida, o melhor prélio da tarde de amanhã, o que vae ter por theatro o campo da tradicional Chácara dos Eucaliptos. É que se vão encontrar, em jogo de campeonato da Amgea, dois dos nossos melhores clubes: Internacional e Americano. Ambos trataram com verdadeiro carinho e preparo de suas esquadras durante a semana. O Americano, que conta com uma das primeiras defesas da capital, onde são figuras de real quilate Alegrete, Luiz e Zezé, apresentando também uma linha de avantes consistente e forte, disposta, como todo o quadro, a levar de vencida o seu adversário.
O Internacional, por sua vez, não querendo perder mais nenhuma partida neste campeonato, estamos certos, terá em ação todas as suas energias positivas para a conquista da vitória. Magno e Risadinha vão mostrar de quanto são capazes.
Conquanto não tenhamos recebido a lista oficial dos combatentes, cremos que os quadros pisarão em campo da seguinte forma, conforme ouvimos de pessoas interessadas no assunto:
Americano - Alegrete: Vasco (cap.) e Luiz; Dilorenzi, Aldo e Zezé; Lacy, Bigode, Artigas, João e Walter.
Internacional - Léo; Risada e Miro; Elpidio, Hugo e Moreno (cap.); Marroni, Magno, Ribeiro, Miro e Kessler.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 14/06/1930, n. 198, p. 11. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/093203/2981. Acesso em: 27 jul. 2023.

CITADINO 1930 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 1 X 2 AMERICANO-RS
Data: 15/06/1930
Local: Chácara dos Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: José Ávila
Gols: Ribeiro 20'/1 (I); Artigas 31'/1 (A); Lacy 8'/2 (A).
INTERNACIONAL: Penha; Risada e Carneiro; Elpídio, Hugo e Moreno; Quincas, Felix Magno, Ribeiro, Vanzetto e Miro Vasques. Técnico: Miguel Genta.
AMERICANO-RS: Alegrete; Vasco e Luiz Luiz; Zezé II, Aldo e De Lorenzi; Lacy, Bigode, Artigas, João e Walter.

PROSSEGUIU, ONTEM, A DISPUTA DO CAMPEONATO DA AMGEA
Um jogo bem movimentado em sururus. A bella tarde que ontem fez, de nada serviu para o brilhantismo dessa importante partida, que foi empanado pelas contínuas discussões entre os jogadores é o juiz, a ponto da partida ser suspensa quando faltavam 17 minutos para o final.
E assim, a grande assistência que affluiu o campo do Internacional, de lá se retirou, convencida de que em Porto Alegre não se pode mais assistir a uma partida de futebol.
Chamamos a attenção dos dirigentes da Amgea para essas contínuas suspensões de jogos, devido em parte, à pouca  garantia que têm os juízes.
Quanto ao jogo, temos a dizer que o quadro “colorado” foi um fracasso. Somente Risadinha se salvou. E o mesmo jogador que tantas vezes tem brilhado, foi ontem o sustentáculo do seu quadro. Peña não está em condições de figurar no 1º quadro. A linha média não appareceu. Parecia até que não estava em campo. Do ataque, Magno produziu alguma coisa, seguido de Miro. Os outros, nada fizeram.
O Internacional não teve sequer um ataque vantajoso. O jogo fazia-se no seu campo. O quadro grenat também actuou mal. O seu ataque ressente-se de arremate final, perderam inúmeros tentos. A linha média esteve activa, aparecendo Aldo. Luiz foi o esteio da defesa, assim como Vasco, que esteve bem. Alegrete, um pouco indeciso.
Após finalizar o jogo dos quadros secundários, que terminou com a vitória dos colorados, por 9 x 1, deram entrada em campo, os quadros primeiros, que se alinharam da seguinte maneira, sob as ordens do Sr. Ávila:
Internacional - Peña; Risada e Carneiro; Elpidio, Hugo e Moreno; Quincas, Magno, Ribeiro, Vanzetto e Walter.
Americano - Alegrete: Vasco e Luiz; Zezé, Aldo e Dilorenzi; Lacy, Bigode, Artigas, João e Walter.
Dada a saída, registra-se um ataque colorado respondido por um americanista, que não surtem effeito. Há um canto a favor do Americano, que Risada salva. Peña segura um bom tiro, mas fraco, de Bigode. O jogo torna-se um pouco movimentado, mas a esphera não passa dos pés dos zagueiros. Ribeiro chama a Alegrete, que se sai bem. São decorridos quinze minutos de jogo, sem que haja uma jogada boa. O Internacional organiza um bom ataque, que termina numa defesa de Alegrete, Miro corre pela ponta e envia magnífico centro, que Ribeiro apara, enviando forte pelotaço e conquistando, aos 20 minutos de jogo, o ÚNICO TENTO DO INTERNACIONAL.
Agora cabe ao Americano atacar. O Internacional vê-se obrigado a conceder vários cantos, tal a pressão do ataque grenat, que, no entanto, não sabe aproveitar-se das oportunidades que se lhe deparam, Peña, ao fazer uma defesa, concede um canto, que Lacy atira mas Risada salva, em diffícil situação. Entretanto, o domínio por parte do Amerícano é vísível, e espera-se a cada momento o ponto de empate. Aos 31 miínutos de jogo, Artigas, entrando por entre os zagueiros, envia fortemente o couro, marcando o 1º TENTO DO AMERICANO.
Os restantes minutos do primeiro tempo, são caracterizados por forçados ataques dos grenat, que resultam em vários cantos, batidos sem resultado.
De início, na phase final, nota-se que o jogo vai se tornando violento, pois são punidas várias faltas de ambos os lados. O Americano ensaia várias cargas, que não surtem effeito. João apossa-se do couro e levanta-o para Lacy, que, na carreira, envia indefensável tiro, marcando o 2º TENTO DO AMERICANO aos o minutos de jogo. O Internacional tenta tirar a vantagem, mas Luiz, o grande zagueiro gaúcho, está vigilante. Os minutos vão se passando e uma carga colorada é respondida por duas grenats, que são mais perigosas, mas Risada se encarrega, auxiliado por Peña, em annulá-las.
Ao faltarem 17 minutos de jogo, João dá forte pelotaço e Peña apara; João entra, avançando no guardião, e o juiz pune. Magno passa perto de Ávila e diz-lhe qualquer coisa, e é com espanto de todos, que o juiz se dirige para a mesa do fiscal, para não voltar mais a actuar a partida. A caça de juizes começa, mas o sol se esconde e o jogo não pode continuar, tendo a massa popular que se retirar, lograda com essa  partida, que foi falha em tudo. Ao ser suspenso o jogo, o resultado era o seguinte:
Americano - 2
Internacional - 1
Alegrete fez, durante o jogo, 4 defesas, enquanto que Peña praticou 12 defesas.
O juiz mostrou-se, apesar de actuar mediocremente, muito indeciso.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 16/06/1930, n. 199, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/093203/2994. Acesso em: 27 jul. 2023.

04/05/1930 - Citadino 1930 - 1º turno - Grêmio 3 x 1 Internacional

PERMITINDO O TEMPO, SERÁ REALIZADO O GRANDE EMBATE DE AMANHÃ
GRÊMIO X INTERNACIONAL
Realiza-se amanhã, caso o tempo permita, no campo dos Moinhos de Vento, o grande embate entre os dois tradicionais rivais de sempre: o Grêmio e o Internacional.
Dizer algo sobre o valor de ambos os contendores achamos quase desnecessário, pois tanto o Grêmio como o Internacional têm seu nome firmado nos anais desportivos do Rio Grande do Sul, para cujo engrandecimento muito têm contribuído.
Rivais velhos, sempre discutindo com ardor a palma da vitória, são sempre esses encontros esperados com grande impaciência pelo mundo desportivo local.
Já inúmeras vezes, Grêmio e Internacional se bateram em partidas amistosas como de campeonato, e nunca os que tiveram a felicidade de assistir a tais jogos deixaram o local da pugna arrependidos de lá terem ido. Isso, devido em grande parte, à sensação de que se reveste cada jogo entre esses dois clubes. O encontro de amanhã, todavia, terá maior importância, em vista da grande responsabilidade do clube tricolor, cuja boa colocação na tabela do campeonato do corrente ano, depende muito do resultado desse prélio.
Ambos os quadros estão treinadíssimos, possuindo elementos de grande valor, já de sobejo conhecidos.
O local do jogo será na confortável praça dos Moinhos de Vento, que se acha em boas condições de acomodar o grande público.
Os quadros formarão da seguinte maneira:
Grêmio - Lara; Sardinha e Dario; Macarrão, Poroto e Russo; Jawel, Luiz, Fogo, Coró e Nenê.
Internacional - Léo; Risada e Miro; Elpídio, Magno e Moreno; Jorge, Nenê, Ribeiro, Marroni e Kessler.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 03/05/1930, ano 1930, n. 150, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2544. Acesso em: 22 out. 2024.

CITADINO 1930 - 1º TURNO - GRÊMIO 3 X 1 INTERNACIONAL
Data: 04/05/1930
Local: Baixada - Porto Alegre (RS)
Juiz: Balleta
Gols: Risada, pênalti ?'/1 (I); Luiz Carvalho, pênalti ?'/1 (G); Javel ?'/2 (G); Luiz Carvalho ?'/2 (G).
GRÊMIO: Lara; Dario e Eurides Sardinha; Macarrão, Poroto e Russo; Javel, Coró, Luiz Carvalho, Foguinho e Nenê. Técnico: Telêmaco Frazão de Lima.
INTERNACIONAL: Léo II; Risada e Miro Vasques; Elpídio, Felix Magno e Moreno; Jorge, Nenê, Ribeiro, Dante Marroni e Kessler. Técnico: Miguel Genta.

NO CAMPO DOS MOINHOS DE VENTO, ENCONTRARAM-SE, ONTEM, O GRÊMIO E O INTERNACIONAL
APÓS ENTUSIÁSTICA LUTA, SAIU VENCEDOR O QUADRO TRICOLOR POR 3 A 1
Apesar do forte aguaceiro que caiu no meio-dia, a vasta praça desportiva dos Moinhos de Vento estava repleta de torcedores ansiosos de verem o mais renhido embate de turno: Grêmio x Internacional.
Sobre o jogo, temos a dizer o que já tinhamos previsto: muito deixou a desejar quanto a técnica.
Um verdadeiro bate-bola de lado para lado. O quadro gremista, entretanto atuou melhor, principalmente no final, quando começou a desenvolver um bom jogo de passes. Os “colorados” pouco fizeram. As suas linhas atuaram desarticuladamente, e daí o fracasso.
Preliminarmente ao grande jogo, bateram-se os quadros secundários. Foi uma boa partida, sendo brilhantemente vencida pelo Internacional,
No primeiro tempo, Amâncio abre a contagem e Jaeger empata a partida. Na segunda fase, Jaeger, que apesar de ter fraturado o pulso, vem atuando muito bem, marca o 2º tento colorado. Cabe a Domingos empatar a partida, para, logo a seguir, Niza conquistar o ponto da vitória.
O grande jogo
Sob as ordens do juiz Balleta, do Bancário, os quadros se alinharam da seguinte forma:
Grêmio — Lara; Dario e Sardinha; Macarrão, Poroto e Russinho; Jawel, Coró, Fogo e Nenê.
Internacional — Léo; Miro e Risada; Elpídio, Magno e Moreno; Jorge, Nenê, Ribeiro, Marroni I e Kessler.
1º tempo
Ribeiro dá a saida, organizando-se a primeira carga colorada, defendida por Dario. O Grêmio ataca, tendo Elpídio defendido. Registra-se a primeira falta contra o Grêmio, batida por Risada e defendida por Dario. Nenê, do Internacional. dá bom centro, que se perde. Léo faz brilhante defesa de um tiro rasteiro de Nenê. Kessler faz falta em Dario, que a bate, e Coró atira fora, Russo intercepta um bom corte de Nenê para Jorge. Luiz atira por fora. Léo faz fraca defesa e Elpídio salva. Registra-se uma forte carga “colorada”, que Sardinha defende. Há um canto contra o Grêmio, batido sem resultado. Macarrão faz falta em Marroni I, que resulta em forte carga, com boa defesa de Dario. Ribeiro atira fora. O Internacional faz uma carga, que resulta numa mão de Sardinha, na área perigosa, que o juiz cobra. Risada bate, obtendo o 1º e único tento colorado.
Logo a seguir, Léo defende dois tiros de Luiz e de Fogo, concedendo um canto, que Moreno defende. Risada comete mão na área perígosa. Batido por Luiz, a penalidade resulta no
1º tento tricolor.
O Grêmio começa a carregar com impetuosidade. Miro faz ótima defesa deitado. Kessler desfere violento tiro que Lara tira com o pé. Léo é chamado a intervir num tiro de Luiz. Magno atira várias bolas, passando rente à trave do gol de Lara. Jorge escapa e atira fora, terminando o 1º tempo com o seguinte resultado:
Grêmio - 1
Internacional - 1
2º tempo
O Grêmio, logo de saída, entra a atacar, tendo Miro salvo. Registra-se uma mão de Poroto, que Magno bate e Lara segura. Nenê escapa, atirando, tendo Léo defendido. Ribeiro escapa e Poroto salva. Jawel afoba-se em frente ao arco, perdendo boa ocasião de desempatar a partida. Sardinha tira com maestria e Poroto ataca com firmeza. Jawel dá bom tiro, que Léo apara, para, logo a seguir, segurar novamente um tiro enviesado de Jawel. Moreno começa a fazer muitas faltas, que são batidas sem resultado. Nenê escapa e centra e Jawel entra, marcando o 2º tento do Grêmio.
Moreno concede canto, que Jawel bate e Risada salva. Poroto atira, de longe, perdendo-se o tiro. Miro defende o couro com a mão na área perigosa, resultando um tiro máximo que, batido por Luiz, é defendido por Léo. que concede canto, sem resultado. Dario tira o couro dos pés de Jorge, em situação perigosa. Léo segura um bom tiro de Jawel. Lara segura um tiro de escanteio, enviado por Nenê. Coró corta, de cabeça, para Luiz, que correndo pela esquerda, dá violento tiro, marcando o 3º tento gremista.
Uma forte carga do Grêmio é prejudicada por impedimento de Nenê. Magno passa para a linha atacante, tendo desferido bom pelotaço, que Lara segura. Faltam 8 minutos para terminar e o tricolor continua fazendo forte pressão, sem resultado. Risada faz boa tirada e logo após, salva de cabeça. E sem haver alteração, termina o embate com o seguinte resultado:
Grêmio - 3
Internacional - 1
Apreciação
Lara muito bom. Dario e Sardinha formaram uma boa parelha. Macarrão regular. Poroto o melhor homem do Grêmio. Um grande centro médio, que muitas vezes joga de zagueiro. Russinho fez uma excelente partida, agradando bastante. Jawel foi o melhor atacante gremista, seguido de Luiz, que melhorou bastante no final. Coró esteve infeliz, assim como Nenê, que perderam boas ocasiões de alterarem a contagem. Fogo nada fez.
Léo atuou muito bem, fazendo boas e difíceis defesas. Risada foi o herói da tarde, trabalhador infatigável. Miro, só se firmou no final. Elpídio regular. Magno foi, como Risada, um baluarte na defesa. Jogou esplendidamente. Moreno a contento. Jorge e Nenê pouco fizeram. Ribeiro fracassou por completo. Marroni foi o melhor atacante colorado, muito esforçado, fazendo bons passes. Kessler um bom ponteiro.
Após o encontro foi entregue ao quadro vencedor, por intermédio do nosso representante, a taça oferecida ao vencedor pelo desportista João de Mello.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 05/05/1930, ano 1930, n. 163, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2558. Acesso em: 22 out. 2024.

NÃO HOUVE TÉCNICA
Dizem as crônicas desportivas dos jornais desta capital que o grande match entre o Internacional e Grêmio foi falho de técnica, tendo apenas o segundo destes clubes demonstrando melhor eficiência de conjunto. Isto mesmo já havíamos previsto dias antes do match, atendendo ao estado de excitação nervosa em que ficam, quando se defrontam, os velhos rivais de todos os tempos. É preciso, porém, frisar-se bem que a culpa não é totalmente dos teams, mas sim dos dirigentes técnicos dos clubes, os quais, com raras exceções, ao invés de dirigirem os treinos como devem e fazem de modo diverso, isto é, se limitam a ver o que fazem os seus jogadores. Muitos destes dirigentes chegam ao ponto de atuarem como juízes nestes treinos, ficando, assim, impossibilitados de orientar os jogadores tecnicamente.
Não. Os treinos precisam ser dados com os instrutores dentro do campo, sem outras ocupações, senão aquelas de ministrarem ensinamentos nos jogadores, mostrando-lhes as falhas, e forçando-os ao jogo de passe e sobretudo à permanência de suas posições. Há em futebol enormes observações a fazer, desde as cabeçadas nas bolas até a posição em que deve estar o pé, para que o tiro saia com a violência precisa. Mas, isto não se aprende só em ver os outros jogar, é mister ler os compêndios e as opiniões dos grandes mestres neste gênero de desporto. É verdade que a grande maioria dos jogadores não se dá nem quer dar a este trabalho, mas cabe a seus instrutores transmitir-lhes estes ensinamentos. Se isto não for feito, com métodos e verdade, jamais pode remos assistir partidas tecnicamente jogadas, tendo, e como resultantes os seus lances emocionantes e belos, Quase todos os grandes clubes de Europa, Uruguai, Argentina e S. Paulo têm instrutores competentes para os seus teams, que, entretanto, nãoo prescindem dos seus dirigentes técnicos.
Por que, pois, Porto Alegre, não tem tambm, em seus clubes instrutores de foot-ball?
JOFFRE
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 06/05/1930, ano 1930, n. 164, p. 11. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2573. Acesso em: 22 out. 2024.

13/04/1930 - Citadino 1930 - 1º turno - Ruy Barbosa-POA 2 x 4 Internacional

Ruy Barbosa x Internacional — O gramado da Bella Vista apanhará, amanhã, ótima amistência, que muito se interessera pelo desfecho dessa pugna.
Se não bastasse a velha rivalidade desportiva dos dois contendores, teríamos a emprestar maior brilho à partida, atuação dos dois encontros em que tomaram parte os ruystas que, apesar de enfrentarem adversários fortes foram vencidos por pouca diferença. O Ruy conseguia graças à sua boa direção reorganizar o seu primeiro quadro, nele incluindo elementos novos, e que no todo formam um ótimo conjunto treinadíssimo e capaz de fazer periclitar a vitória dos valentes colorados.
Quanto ao quadro "colorado”, será o mesmo que enfrentou o Bancário, empatando por 2 x 2. Ao que soubemos, os seus componentes irão atuar com denodo, a fim de apagarem a má impressão deixada no último jogo.
Os quadros formarão assim:
Ruy Barbosa — Lucindo; Octacílio e Bombeiro: Luto, Barulho e Antonello; Naqui, Fernando, Costa, Dirceu e Rothfuchs.
Internacional — Léo; Risada e Carneiro; Elpídio, Hugo e Moreno; Jorge, Nenê, Magno, Marroni e Kessler.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 12/04/1930, ano 1930, n. 145, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2344. Acesso em: 22 out. 2024.

CITADINO 1930 - 1º TURNO - RUY BARBOSA-POA 2 X 4 INTERNACIONAL
Data: 13/04/1930
Local: Campo da Bela Vista - Porto Alegre (RS)
Juiz: José Ávila
Gols: Batista, Rothfuchs (R); Ribeiro [3] e Jaeger (I).
RUY BARBOSA-POA: Lucindo; Bombeiro e Octacílio; Romeu, Barulho e Antonello; Dirceu, Grigolo, Costa, Didico e Rothfuchs.
INTERNACIONAL: Léo II; Risada e Carneiro; Ryff, Elpídio e Moreno; Jorge, Nenê, Ribeiro, Dante Marroni e Jaeger. Técnico: Miguel Genta.

O INTERNACIONAL VENCEU O RUY BARBOSA, POR 4 A 2
Mais um susto passaram, ontem, os "Colorados". O jogo efetuado entre o Internacional e o Ruy Barbosa, veio demonstrar o preparo a que se tem submetido o quadro ruysta.
A 1ª fase do jogo foi um desastre para os “colorados”, pois apesar dos seus esforços, não conseguiram vazar a cidadela ruysta, ao passo que estes, em boas e combinadas cargas, conseguiram, por duas vezes, por intermédio de Baptista e Rothfuchs, iludir a vigilância de Léo.
No 2º tempo, o Internacional fez ótima reação, Ribeiro abriu a contagem para o seu clube para, momentos depois, empatar a partida. Jaeger, um excelente ponteiro, em boa centrada, desempatou a partida, cabendo ainda a Ribeiro aumentar a contagem com mais um ponto, terminando este embate com o seguinte resultado:
Internacional - 4
Ruy Barbosa - 2
O quadro vencedor estava assim constituído: Léo; Risada e Carneiro: Ryff, Elpídio e Moreno; Jorge, Nenê, Ribeiro, Marroni e Jaeger.
Risada esteve excelente e Ribeiro foi a alma do quadro. Nenê esteve bom, fazendo um jogo digno do seu nome. Lucindo, arqueiro ruysta, saiu-se bem, fazendo boas defesas. Barulho esteve bom no 1º tempo, decaindo no 2º. Rothfchus foi o melhor atacante, sendo um ótimo centrador.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 14/04/1930, ano 1930, n. 146, p. 9. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2355. Acesso em: 22 out. 2024.

PORTO ALEGRE, 14 (A. A.) - É o seguinte o resultado dos jogos de football realizados ontem, nesta capital:
Grêmio Foothall Club x Concordia, 4 x 0; Internacional, 4 e Ruy Barbosa, 2.
Fonte: A Noite (RJ), 15/04/1930, p. 7. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/348970_03/798. Acesso em: 08 ago. 2023.

06/04/1930 - Citadino 1930 - 1º turno - Bancário-POA 2 x 2 Internacional

BANCÁRIO X INTERNACIONAL
Será realizado amanhã este importante prélio em disputa do campeonato da Amgea. Esta partida, que promete ser [...], dado o ótimo preparo dos contendores, está sendo esperada com ansiedade por parte do mundo desportivo local.
Tanto bancários como colorados têm se submetido a rigorosos treinos, quer individuais quer de conjunto, estando ambos em excelente forma, o que quer dizer que teremos uma partida movimentada.
O Internacional fará todo o possível para levar de vencida o seu adversário, [...] e que conta com um bom quadro, que ainda domingo último venceu o Concórdia pelo significativo "score" de 5x1. Integram o seu quadro elementos de valor como Risada, o grande médio e zagueiro; Elpídio, que é um bom médio; Hugo, que está se reabilitando; Magno, um bom atacante; e Ribeiro, o "crack" de sempre, que comandará o ataque colorado.
Com um quadro com esses elementos é que o Internacional pisará o campo, disposto a levar de vencida o seu leal adversário.
O Bancário, por sua vez, não se tem [...] em preparar o seu quadro [...] de fazer boa figura, e talvez consolidar a sua primeira vitória deste ano.
Para isso, conta com jogadores de renome, como Júlio, Heitor, Odorico e [...], que tudo farão para o engrandecimento de suas cores.
O jogo será realizado no campo da rua Veador Porto, no Parthenon.
Os quadros formarão da seguinte maneira:
Bancário - Pavim; Júlio e Agrippino; Rao, Heitor e Trois; Miro, Nona, Odorico, Brenol e Lourival.
Internacional - Léo; Risada e Carneiro; Elpídio, Hugo e Moreno; Jorge, Nenê, Ribeiro, Magno e Kessler.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 05/04/1930, ano 1930, n. 139, p. 11. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2281. Acesso em: 22 out. 2024.

CITADINO 1930 - 1º TURNO - BANCÁRIO-POA 2 X 2 INTERNACIONAL
Data: 06/04/1930
Local: Campo da Rua Veador Porto - Porto Alegre (RS)
Juiz: Alfredo Mancuso
Gols: Kessler ?'/2 (I); Dante Marroni?'/2 (I); Odorico ?'/2 (B); Odorico ?'/2 (B).
BANCÁRIO-POA: Leal; Júlio e Agripino; Rao, Heitor (Balleta) e Trois; Miro, Nona, Odorico, Brenol e Lourival.
INTERNACIONAL: Léo II; Carneiro e Risada; Elpídio, Hugo e Moreno; Ludovico Marroni, Dante Marroni, Nenê, Felix Magno e Kessler. Técnico: Miguel Genta.

BANCÁRIO E INTERNACIONAL EMPATARAM EM 2 A 2
O jogo realizado ontem, no campo da rua Veador Porto, deixou muito a desejar, expecialmente peta técnica apresentada pelos combatentes. Quanto ao ardor dos jogadores, devedores devemos frisar que foi maior o empregado pelos bancários, que conseguiram um honroso empate.
Uma grande assistência, mas nenhuma torcida. O prélio dos quadros principais não esteve à altura dos foros desportivos dos disputantes, principalmente por parte do Internacional, que se entregou após estar com dois tentos na frente. Quanto aos jogadores, vamos fazer os nossos commentários.
O guardião Léo atuou bem, com numerosas pegadas firmes. Carneiro foi o melhor zagueiro. Boas tiradas, todas firmes. Risada regular. Elpídio marcou com precisão, auxiliando bastante o ataque. Hugo agradou, fazendo boa distribiução. Moreno foi o melhor médio. Bastante enérgico e infatigável. Marroni I, na ponta direita, só brincou. Nenê fez alguns passes, mas não deu os seus costumeiros tiros em arco. Magno jogou bem na primeira fase, para esmorecer na segunda. Marroni II e Kessler, foram os melhores do ataque, bastante cavadores e com boas centradas.
Leal foi uma revelação. Ligeiro é frime nas pegadas. O primeiro ponto, entretanto, foi devido no seu excesso de golpe de vista. E um bom guardião.
Júlio o melhor zagueiro em campo. Fez uma boa partida, trabalhando bastante.
Agrippino esteve um pouco infeliz nas tiradas, mas marcou bem. Rao foi um esforçado, tendo trabalhado bastante. Heitor o melhor elemento do Bancário, foi um centro médio infatigável, dirigindo bem os passes. Trois marcou bem a sua ala. Bregnol, o tempo que jogou, esteve ótimo. Odorico fez uma boa partida,
apesar de um pouco moroso nos passes. Nona foi um bom comandante do ataque. Lourival dirigiu bons tiros ao arco. Miro centrou com precisão, mas abusa muito das fintas. Baleta, que jogou no segundo tempo, fez o que pôde.
O primeiro tempo foi carecterizado por fortes ataques dos bancários, obrigando a defesa colorada a movimentar-se. Os colorados ensaiam boas cargas, mas jogam muito aberto, dando ensejo aos zagueiros do Bancário de fazerem boas defesas.
Os rapazes do Bancário insistem no ataque, até aos 30 minutos de jogo, sem abrirem a contagem. Nessa ocasião, Bregnol é obrigado a retirar-se do campo, em virtude de haver fraturado o braço. O Bancário, apesar de actuar somente com 10 homens, continua atacando. O primeiro tempo terminou, sem que nenhum dos contendores abrisse a contagem.
Na segunda fase, o Internacional começou a avançar, fazendo um certado tiroteio ao arco confiado a Leal, que praticava boas defesas. Numa investida “colorada”, Kessler dá bom pelotaço, que Leal deixa passar. Estava marcado o 1º tento do Internacional.
O Bancário não desanimava, mas a linha média do Internacional está segura, enviando todas as bolas aos seus dianteiros. Moreno dá um tiro ao arco que Agrippino tenta defender, atrapalhando Leal, do que se aproveita Marroni II para conquistar o 2º tento colorado.
Com a vantagem de dois pontos, o Internacional começa a exercer franco domínio, mas os seu dianteiros, com exceção de Marroni II e Kessler, começam a fazer jogo para a assistência. Júlio intervém várias vezes, o que faz com maestria. Entretanto, o domínio por parte dos “colorados” é evidente, sem que a comtagem se altere. As poucas cargas do Bancário vão morrer nos pés de Risada ou Carneiro. Faltam poucos minutos para terminar e o Bancário inicia algumas excursões ao campo adversário. Numa dessas investidas, Odorico, aproveitando um passe de Lourival, marca o 1º ponto do Bancário, quando faltavam 6 minutos para terminar. Esse feito é bastante aplaudido, o que vem encorajar os rapazes do Bancário. O jogo é suspenso em virtude de Heitor ter se machucado. Reiniciado o jogo, o Bancário leva nova carga, e Odorico conquista, em belo tiro enviesado o 2º tento do Bancário.
Estava empatada a partida, quando faltavam somente três minutos para a sua terminação. O Internacional ainda tenta uma reação, mas a defesa do Bancário está firme. E com o seguinte resultado, termina esse embate:
Bancário - 2
Internacional - 2
O Internacional ressentiu-se da falta de Ribeiro, que estava machucado. Como sempre, houve um "sururu” entre torcedores exaltados. O jogo dos quadros secundários terminou com a vitória do Internacional por 3 x 0. O juiz Alfredo Mancuso atuou a contento geral.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 07/04/1930, ano 1930, n. 140, p. 15. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2297. Acesso em: 22 out. 2024.

30/03/1930 - Citadino 1930 - 1º turno - Internacional 5 x 1 Concórdia

INTERNACIONAL X CONCÓRDIA
Amanhã, finalmente, será satisfeita a ansiedade geral do mundo desportivo local, pois encontrar-se-ão, em partida de turno do campeonato da Amgea, as aguerridas falanges de Internacional e Concórdia.
A ansiedade que reina entre os amantes do belo esporte bretão é geral, pois o jogo de amanhã continua sendo o assunto principal do dia, não só nas rodas dos cafés, como também nas residências particulares.
Julgamos supérfluos falar novamente do valor de ambos os contendores. Não deixamos, porém, de transmitir aos nossos leitores nossa opinião sobre esse sensacional embate: - achamos que dado o ótimo estado de treinamento, tanto dos concordianos como dos colorados - conforme ficou mais uma vez demonstrado quinta-feira última, teremos realmente uma luta gigantesca e movimentadíssima, para cujo brilho não faltará de certo, uma emocionante torcida. O local do jogo será na Chácara dos Eucaliptos, sendo que os quadros entrarão assim organizados:
Internacional
Léo; Miro e Risada; Elpídio, Hugo e Moreno; Jorge, Nenê, Ribeiro, Magno e Kessler.
Concórdia
Marcellino; Astro e Mabília; Delvaux, Andrade e Darcy; Leão, Mingo, Armando, Tupan e Prego.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 29/03/1930, ano 1930, n. 133, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2208. Acesso em: 21 out. 2024.

CITADINO 1930 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 5 X 1 CONCÓRDIA-POA
Data: 30/03/1930
Local: Chácara dos Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Heitor Deste
Gols: Ribeiro 4'/1 (I); Ribeiro 34'/1 (I); Kessler ?'/2 (I); Andrade ?'/2 (C); Ribeiro ?'/2 (I); Ribeiro 43'/2 (I).
INTERNACIONAL: Léo II; Risada e Carneiro; Elpídio, Hugo e Moreno; Jorge, Nenê, Ribeiro, Felix Magno e Kessler. Técnico: Miguel Genta.
CONCÓRDIA-POA: Marcelino; Astrogildo e Arno; Delvaux, Andrade e Saraiva; Darte, Mingo, Tupan, Armando e Prego.

O time colorado que goleou o Concórdia.
Fonte: O Estado do Rio Grande

O INTERNACIONAL VENCEU O CONCÓRDIA POR 5 A 1 [...]
Causou geral surpresa o resultado da partida realizada na Chácara dos Eucaliptos, em que se empenharam em luta os fortes conjuntos do Internacional e Concórdia.
O jogo foi falho, tanto de técnica como de ardor, por parte dos jogadores.
A praça de desportos pegou uma grande assistência, notando-se entre a mesma, algum elemento feminino. Temos a registrar um lamentável incidente verificado entre os dois jogadores do quadro secundário, e chamamos a atenção da diretoria da Amgea, para fatos como esse. O jogo dos quadros principais transcorreu calmo, tendo o Internacional se reabilitado, em parte, do seu último fracasso.
O jogo
Precisamente, Às 16,30 horas, os quadros se alinharam da seguinte forma:
Internacional: Léo; Risada e Carneiro; Elpídio, Hugo e Moreno; Jorge, Nenê, Ribeiro, Magno e Kessler.
Concórdia: Marcellino; Astro e Arno; Delvaux, Andrade e Saraiva; Darte, Mingo, Tupan, Armando e Prego.
De saída, os colorados avançam e Magno dá forte pelotaço, que Marcellino apara. O Concórdia organiza uma boa carga, mas Mingo prejudica, por impedimento. O Internacional avança, e Ribeiro, aproveitando-se de uma indecisão do guardião concordiano, marca, aos 4 minutos de jogo, o 1º tento colorado.
Carneiro comete falta, perto da área, que ele mesmo salva. Numa forte carga, Ribeiro vira fora. O Concórdia avança, tendo Tupan atirado pelo lado do arco. Léo apara um bom tiro de Mingo. Um canto colorado é salvo por Risada. Novo escanteio, que Tupan cabeceia fora. Numa entrada, Mingo chargeia Léo. Nenê corre pela ala direita e dá bom tiro, que é bem defendido por Marcellino. Ribeiro prejudica um ataque, fazendo falta na área concordiana. Delvaux salva uma bola [...] canto. Aos 34 minutos de jogo, Ribeiro, após fintar vários adversários, atira rasteiro, conquistando o 2º tento do Internacional.
Logo a seguir, Elpídio intervém com brilhantismo. Termina o primeiro tempo, tendo Léo feito boa defesa de um tiro de Mingo.
Marroni substitui Jorge, indo para a meia esquerda, ficando Nenê na ponta direita, com Magno do lado. Darte é substituído por Daniel. Mingo centra, pondo fora. Marcellino apara um tiro de Marroni. O Concórdia começa a atacar com insistência, tendo Mingo atirado por cima. Marroni entra de sola em Marcellino, tendo sido punido. Kessler, recebendo ótimo passe de Magno, conquista o 3º ponto para o Internacional.
Entretanto, o Concórdia não desanima e volta a atacar, tendo Hugo cometido mão na área perigosa. Batido por Andrade, a penalidade resultou no 1º e único tento do Concórdia.
Nova saída, com uma forte investida colorada, tento Nenê defendido violento pelotaço, que Marcellino apara com dificuldade. Os colorados avançam novamente, e Ribeiro marca o 4º ponto do Internacional.
Magno perde boa oportunidade de aumentar a contagem. Léo defende de soco uma bola atirada por Tupan. Léo é chamado a intervir num escanteio, atirado por Mingo.
Faltando dois minutos para terminar, Arno faz canto, que, batido por Nenê, é bem aproveitado por Ribeiro, que marca, de cabeça, o 5º e último tento para o Internacional.
APRECIAÇÕES
Léo foi um bom guardião, tendo pegado boas bolas. Carneiro e Risada formaram uma boa parelha. Moreno melhorou muito no 2º tempo. Hugo pouco fez, no primeiro tempo, para aparecer com boas jogadas na 2ª fase do jogo. Elpídio, apesar de deslocado de sua posição, foi o melhor médio. Kesser deu bons centros, assim como Nenê. Jorge esforçou-se bastante, apesar de estar doente. Magno só apareceu na fase final. Marroni medíocre. Ribeiro faz uma boa "reentrée, marcando quatro tentos".
Marcellino atuou mal. Os dois primeiros tentos foram vergonhosos. Astro parece que atuou nervoso, não produzindo o seu costumado jogo. Arno foi regular. Delvaux foi o melhor elemento do Concórdia. Fez uma excelente partida. Andrade ressente-se de treino, tendo "pregueado" logo. Sarará não satisfez. Darte e Daniel pouco fizeram. Mingo abusa muito do jogo pesado, entretanto, foi o melhor atacante concordiano. Tupan só apareceu no 1º tempo, nada fazendo no final. Armando foi o pior elemento. Deve ser substituído por elemento do quadro secundário. Prego pouco fez.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 31/03/1930, ano 1930, n. 134, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2222. Acesso em: 21 out. 2024.

16/03/1930 - Citadino 1930 - 1º turno - Internacional 1 x 6 Cruzeiro-RS

INTERNACIONAL X CRUZEIRO
No campo do Internacional, a tradicional Chácara dos Eucaliptos, realizar-se-á amanhã, este esperado encontro, que está provocando grande ansiedade nos torcedores de ambos os clubes.
Esta partida promete ser bem disputada, dado o valor dos quadros combatentes, com também a velha rivalidade existente entre os clubes degladiantes, que estamos certos, tudo farão para levar o outro de vencida.
O Internacional tem-se submetido a rigorosos treinos de conjunto e individual, tendo feito muitas modificações no seu quadro, integrando novos elementos de grande valor no cenário desportivo da capital. Assim, no seu arco aparecerá o guardião campeão de 1927, Moeller, que já se acha completamente restabelecido. Hugo jogará de centro atacante. Risada será o esteio da defesa colorada.
No Cruzeiro vai reaparecer o consagrado jogador Elpídio ao lado de seu companheiro Salatino.
Nos último treinos verificados, tem-se notadp grande entendimento na sua linha atacante, que é a mesma que disputou o Torneio Início.
Enfim, será uma boa partida, que é difícil de antever qual será o vencedor. Pode ser até que os 80 minutos de jogo resultem num honroso empate, tal a igualdade das forças.
Os quadros formarão da seguinte forma:
Internacional: — Moeller: Risada e Luizelli; Ryff, Magno e Moreno; Jorge, Pedrinho, Hugo, Marroni e Jaeger.
Cruzeiro: — Chico: Espir e Ireno; Souza, Elpídio e Salatino; Ferreira, Gabriel, Emílio, Germano e Pesce.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 15/03/1930, ano 1930, n. 121, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2070. Acesso em: 21 out. 2024.

CITADINO 1930 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 1 X 6 CRUZEIRO-RS
Data: 16/03/1930
Local: Chácara dos Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Saturnino de Moraes
Gols: Ferreira [2], Pesce, Germano, Gabriel, Jorge (C); Kessler (I).
INTERNACIONAL: Moeller; Miro Vasques e Risada; Ryff, Hugo e Moreno; Jorge, Nenê, Pedrinho, Felix Magno e Kessler. Técnico: Miguel Genta.
CRUZEIRO-RS: Chico; Espir e Ireno; Jorge, Elpídio e Salatino; Ferreira, Gabriel, Emílio, Germano e Pesce.

Time do Cruzeiro que saiu vitorioso do confronto.
Fonte: Estado do Rio Grande

O CRUZEIRO, SURPREENDENDO OS ENTENDIDOS, VENCEU O INTERNACIONAL POR 6 PONTOS A 1
Bem se desenrolou o jogo entre os valorosos quadros do Internacional e Cruzeiro, sob a competente direção do Sr. Saturnino Moraes, do Grêmio, cuja atuação nos causou muito boa impressão, não sendo, entretanto, isenta de algumas faltas, de que convém destacar o 3º ponto do Cruzeiro, feito por Pesce, em visível impedimento. Agindo com rigor na marcação do jogo violento, o árbitro da partida desagradou a vários jogadores, que usam dele como o seu maior recurso, e mais do que a estes, aos seus torcedores, que exigiam, por vezes, a sua retirada. Aplaudimos, sem reservas, a sua atuação, neste particular, pois o futebol gaúcho de há muito vem sendo prejudicado pela falta de energia dos nossos juízes, que permitem degenere o elegante desporto inglês em um jogo perigoso, pelos acidentes a que a comunidade dá lugar.
Constituiu uma surpresa o resultado deste encontro, pois, embora confiasse o quadro do Cruzeiro em que a vitória lhe seria favorável, não esperava que a contagem fosse a verificada.
Por 6 pontos a 1 venceu o novo filiado da Amgea. Mas essa contagem está longe de dizer o que foi a partida. Não houve superioridade do quadro vencedor, que viu, por vezes a sua cidadela verdadeiramente assediada.
O conjunto vencedor jogou bem, embora sem grande apoio da linha média. Mas a sua rápida e bem treinada linha de ataque, em que se destaca a ala Gabriel-Ferreira, em suas investidas fazia perigar seriamente o arco internacionalista. Combinando bem e aproveitando todas as oportunidades para arremessar ao arco, a linha do Cruzeiro marcou 5 pontos, sendo 2 por intermédio de Ferreira, 1 por Pesce, 1 por Germano e 1 por Gabriel. Coube ao médio Jorge marcar o último, de longe.
A linha média atuou regularmente. O triângulo final portou-se bem, principalmente Chico, que fez defesas extraordinárias, empolgando a assistência.
Do Internacional, devemos consignar, de início, que possui em seu quadro, dois elementos cuja atuação está muito aquém de seu conjunto e de seu nome desportivo. O primeiro deles, é sem dúvida o pior, é o verdadeiro responsável pela contagem verificada. Moeller, o guardião que tantos louros conquistou para o quadro colorado e, depois, para o do tricolor da cidade, não está mais em condições de jogar em um primeiro quadro.
Aquela agilidade, aquela firmeza nas pegadas e, ainda, a bravura com que enfrentava a linha adversária, tudo desapareceu hoje, para dar lugar a uma inércia, uma insegurança, e uma timidez sem limites, ante as arremetidas de um quinteto. Apenas um ponto, dois marcados pelo Cruzeiro, nos pareceu indefensável, e foi o que abriu a contagem.
O outro elemento a que nos devemos refletir é Hugo, ex-"crack", que teve atuação de destaque no quadro do Americano, como centro-médio, e que atualmente é um desportista em decadência. Como meia-esquerda da linha internacionalista, ontem, assistiu à partida e bateu palmas para as jogadas de seus companheiros. Como centro-médio sua atuação melhorou, mas não satisfez.
Dos demais, da linha, Jorge e Kessler foram os melhores, foram os melhores, seguidos de Nenê e Pedrinho. A linha média jogou bem, destacando-se Magno e Moreno. Risadinha abandona muito a sua ala. Dos zagueiros, Miro foi o melhor, fazendo tiradas muito firmes e intervindo sempre com oportunidade.
O arco esteve abandonado...
Nos quadros secundários, venceu o Internacional por 5 a 2.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 17/03/1930, ano 1930, n. 122, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/2086. Acesso em: 21 out. 2024.

PORTO ALEGRE, 17 - Ret.  (A.) - Nos jogos ontem realizados pela A. M. G. E. A., o Cruzeiro Venceu o Internacional por 6 x 1 e o Concórdia venceu o Ruy Barbosa por 3 x 2.
Fonte: O Jornal (RJ), 19/03/1930, n. 3478, p. 9. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/110523_03/1175. Acesso em: 07 ago. 2023.