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11/10/1931 - Citadino 1931 - 2º turno - Internacional 2 x 0 Concórdia-POA

OS JOGOS DE AMANHÃ
O mais importante da tarde será o que se vai travar entre colorados e concordianos
Para este jogo, que se realizará nos Estádio dos Eucaliptos, e de grande importância para os colorados, se volta a atenção do mundo desportivo local.
No primeiro jogo, o Internacional venceu apertado, por 3 a 2, e os concordianos esperam, amanhã, renovar a façanha.
A preliminar da tarte, também desperta muita curiosidade, embora o quadro do clube de S. João esteja eliminado, uma vitória só e o team alvízrubro, até agora invencível, trará como consequência melhor colocação ao team do Grêmio, isto é, ficarão eles em igualdade de condições.
Quanto ao jogo dos primeiros quadros, como o antecedente, tambem é bastante perigoso para os colorados, embora seja notória a superioridade da esquadra do clube do Menino Deus, cujo conjunto se acha em melhor forma.
Mas como em foot-ball não há lógica, bem pode o Concórdia contrariar os desejos dos colorados.
Pelo exposto, é certo que o grande Estádio dos Eucaliptos estará amanhã com a lotação completa.
Os teams do Internacional; salvo modificação ulterior, serão os seguintes:
1º — Penha; Miro e Risada; Ribeiro, Magno e Moreno; Javel, Marreco, Alfredo, Honório e Jaeger.
2º — Rossi; Álvaro e Chanes; Homero, Abbadé e índio; Armando, Marroni, Mancuso, Ricardo e Carlitos.
Os juízes serão fornecidos pelo Marechal de Ferro, devendo atuar a partida principal o Sr. Orêncio Silva.
— O jogo dos terceiros quadros não se realizará em vista do Concórdia ter feito a entrega dos pontos.
Fonte: A Federação (RS), 10/10/1931, ano 1931, n. 236, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/69867. Acesso em: 08 nov. 2024

CITADINO 1931 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 2 X 0 CONCÓRDIA-POA
Data: 11/10/1931
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Orêncio Silva
Gols: Jorge, contra ?’/2 (I); Honório ?’/2 (I).
INTERNACIONAL: Penha; Miro Vasques e Risada; Ryff, Felix Magno e Moreno; Javel, Marreco, Alfredo, Honório e Índio.
CONCÓRDIA-POA: Borsatto; Pilla e Bavú; Sarará, Andrade e Jorge; Machado, Mocinho, Agostinho, Tupan e Gatti.

INTERNACIONAL X CONCÓRDIA
Este encontro era considerado o melhor da tarde, mas no entretanto, não correspondeu.
A partida decorreu muito movimentada, porém, o forte vento, que soprou durante o dia, prejudicou grandemente a técnica.
Outro fator preponderante para a falta de técnica foi o jogo bruto desenvolvido por alguns players, principalmente do Concórdia, que mais visavam o adversário do que a pelota.
As duas defesas trabalharam bastante, enquanto os atacantes pouco produziram.
O Internacional jogou com a falta de Ribeiro, e o half Índio atuou como ponteiro esquerdo, nada produzindo. O Concórdia entrou com a falta de Gasolina.
No primeiro período da luta a contagem não foi aberta, apesar do esforço dos contendores.
Na segunda fase, Jorge, half concordiano, em infeliz defesa, fez o primeiro gol para o Internacional.
O segundo tento dos colorados foi assinalado por Honório, com possante tiro de canto.
Os quadros principais se apresentaram em campo assim organizados:
Internacional — Penha; Miro e Risada; Ryff, Magno e Moreno; Javel, Marreco, Alfredo, Honório e Índio.
Concórdia — Borsatto; Pilla e Bavú; Sarará, Andrade e Jorge; Machado, Mocinho, Agostinho, Tupan e Gatti.
— Nas turmas secundárias venceu, também, o Internacional por 2 a 0, tendo ainda perdido dois pênaltis.
Fonte: A Federação (RS), 13/10/1931, ano 1931, n. 237, p. 7. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/69876. Acesso em: 08 nov. 2024.

19/04/1931 - Citadino 1931 - 1º turno - Concórdia-POA 2 x 3 Internacional

CONCÓRDIA X INTERNACIONAL
Para este embate que se vai travar no campo de S. João, é que está voltada a atenção dos aficionados do fool-ball.
Embora todos reconheçam uma pequena superioridade do quadro colorado, a representação do Concórdia, jogando na sua cancha, é um advérsário sério e capaz de enfrentar com galhardia o seu adversário.
Contando com novos elementos e um apurado treino, está em condições de oferecer ao público que ali afluirá em grande número um jogo apreciável.
A partida dos teams secundários, pela organização das representações, oferecerá certamente bons Iances.
Os quadros se apresentarão com a seguinte organização, salvo modificação ulterior:
Internacional — Penha; Miro e Risada; Ribeiro, Alfredo e Moreno; Nenê, Javel, Ross, Honório e Marreco.
2º team — Hugo; Álvaro e Cintura; Homero, Abbadé e Índio; Ribeirinho, Armando, Mancuso, Marroni e Ricardo.
3º team — Rossi; J. Carlos e Gil; Gentil, Seara e Didi; Romeu, Quincas, Vanzetto, Varella e Carlitos.
Reservas: Português, Alrmeida, Euclydes, Daycir, Bard, Meneghetti e Pilla.
Concórdia — Borsato; Arno e Bavú; Zé, Andrade e Nilo; Pilla, Tupan, Agostinho, Romualdo e Gasolina.
2º team — Álvaro; Machado e Martelete; Sarará, Nélson e Cotevil; Leoni, Jorge, Morosini, Joãozinho e Lambary.
Fonte: A Federação (RS), 18/04/1931, ano 1931, n. 091, p. 2. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/68891. Acesso em: 31 out. 2024

CITADINO 1931 - 1º TURNO - CONCÓRDIA-POA 2 X 3 INTERNACIONAL
Data: 19/04/1931
Local: Praça São João - Porto Alegre (RS)
Juiz: Gélson Vargas
Gols: Donaldo Ross10’/1 (I); Tupan 35’/1 (C); Nenê 5’/2 (I); Marreco ?’/2 (I); Agostinho 33’/2 (C).
CONCÓRDIA-POA: Borsatto; Arno e Bavú; Zé, Andrade e Nilo; Mocinho, Remo, Agostinho, Tupan e Pilla.
INTERNACIONAL: Penha; Miro Vasques e Risada; Ribeiro, Alfredo e Moreno; Nenê, Javel, Donaldo Ross, Honório e Marreco.

O INTERNACIONAL, COM DIFICULDADE, VENCEU O CONCÓRDIA POR 3 A 2
O campo da rua Bénjamin Constant, em S. João, apanhou ontem uma grande assistência, a fim de apreciar o jogo entre os quadros do Cóncordia Foot-Ball Club e Sport Club Internacional e que se anunciava o melhor da tarde.
Desta vez não falharam os prognósticos, e os concordianos, num grande esforço e com uma vontade férrea de vencer, puseram em polvorosa o quadro colorado.
A partida foi muito movimentada e a bola não parava, andando de um campo a outro com rapidez.
Para a maioria, o quadro do Internacional teria uma fácil vitória, mas essa facilidade por pouco não redundou num fracasso.
O centro-médio Magno substituído pelo player Alfredo, que se revelou fraquíssimo para a posição, foi a causa do fracasso da representação colorada no match de ontem.
Não possui técnica para ocupar a posição. Defende e passa muito mal. Sem o apoio do centro-médio, o quadro, com exceção do trio final, que foi a garantia da vitória, esmoreceu, do que se aproveitaram os contrários para fazer uma bela jogada.
Os teams
Concórdia — Borsatto, Arno e Bavú; Zé, Andrade, e Nilo; Mocinho, Remo, Agostinho, Tupan e Pilla.
Internacional — Penha; Miro e Risada; Ribeiro, Alfredo e Moreno; Nêne, Javel, Ross, Honório e Marreco.
O jogo
Às 16,10 teve inicio a partida. Ross movimenta a pelota passando a Javel que a perde para os contrarios.
Os concordianos ensaiam a primeira carga, mas Miro intervém, anulando-a.
Os colorados atacam e Javel atira por fora. Novos ataques dos alvi-rubros são mal aproveitados devido à falta de remate.
Os locais, verificando a pouca eficiência de Alfredo, começam a atacar pelo centro, porém, Miro e Risada se mostram firmes, desfazendo todas as tentativas dos contrários.
Aos poucos, os colorados, jogando a favor do vento, forçam a defesa contrária a um exaustivo trabalho. Honório dá um fortíssimo tiro que vai de encontro à trave.
Borsatto, o novo goleiro do Concórdia faz duas pegadas, seguidas de tiros de Javel e Nenê.
Aos 10 minulos de jogo, Javel carrega a esfera até as proximidades do gol adversário, onde faz um magnífico passe para Ross e este, sem perda de tempo, atira ao arco, marcando o 1º gol do Internacional.
O feito é muito aplaudido pelo público.
De saída os concordianos fazem esforços para tirar a diferença do adversário.
Uma boa carga é anulada por um foul de Tupan. A seguir, Penha faz uma difícil defesa de uma entrada de Pilla.
Os colorados reagem, porém, as suas cargas não surtem efeito, atirando os atacantes ora por fora, ora às mãos do goleiro.
Agostínho e Tupan, dois velozes dianteiros do Concórdia, desenvolvem atividade para alcançar o arco contrário, porém, encontram pela frente o trio final colorado, onde se vão quebrar todos os seus esforços.
Voltando a atacar, os visitantes põem à prova a perícia de Borsatto, tendo ocasião o novo goleiro concordiano de fazer várias pegadas, algumas bem difíceis.
O árbitro marca uma penalidade junto à area. O ponta colorado Nenê bate-a com violência e Borsatto apara.
A seguir, o goleiro concordiano é novamente chamado a intervir para defender, com dificuldade, uma ótima cabeçada de Ross.
O jogo equilibra-se um pouco, revezando-se as cargas.
Alfredo, centro médio dos colorados, não dá para deter o trio concordiano, o mesmo acontecendo a Andrade, que começa a desenvolver jogo “pesado”, prejudicando os seus companheiros.
Aos 35 minutos de jogo, Remo escapa e passa a Tupan. Este atira e Penha defende com dificuldade, indo à esfera nos pés daquela que em possante tiro, assinala o 1º goal do Concórdia.
O empate do jogo, faz vibrar a “torcida” concordiana.
Com mais algumas jogadas, findou o primeiro tempo, com o seguinte resultado:
Concórdia - 1
Internacional - 1
O segundo tempo, jogando o Concórdia no gol de cima, todos previam, diante da má atuação dos colorados, que aquele conseguiria triunfar.
De fato, fez uma “virada” extraordinária, e por pouco não alcançou o desejado.
Decorridos 5 minutos de jogo, Javel, de posse da bola, faz um passe largo para Nenê. Este avança célere e a poucos metros do arco contrário, manda forte balaço que Borsatto não consegue deter, indo a esfera à rede.
Era o 2º gol do Internacional.
Os concordianos procuram reagir, mas Andrade, aplicando jogo violento, prejudica várias cargas do seu quadro.
O Internacional ataca e Alfredo atira por cima.
Marreco escapa e passa a Honório que, após se desvencilhar de dois contrários, em formidável tiro consegue o 3º gol do Internacional.
Os rapazes do Concórdia, após a conquista desse ponto, começam a atacar com energia, pondo em chequé o campo colorado.
Há um cerrado ataque concordiano, formando um ligeiro entreveiro na porta do gol de Penha, aproveitando-se Agostinho do fato para conquistar o 2º gol do Concórdia.
Faltam 12 minutos para o fim da partida e o Concórdia continua a atacar com vigor.
Penha, Miro e Risada têm um trabalho fatigante.
Registra-se um forte avanço concordiano. A bóla vai em direção a Risada, mas este deixa para Miro. Este defende com infelicidade, batendo no braço.
O árbitro marca a penalidade.
O centro-médio Andrade é destacado para dar o tiro livre, mas o faz com pouca sorte, indo a esfera de encontro à trave lateral.
Registram-se dois avanços dos colorados, sem resultado.
Os locais investem e Ribeiro intervém, mandando a bola fora.
Internacional - 3
Concórdia - 2
— Nos segundos teams venceu, também, a turma colorada por 5 a dois.
Na partida dos terceiros quadros venceu o Concórdia por três a dois.
O juiz
Serviu de árbitro, na falta do juiz escalado, o Sr. Gelson Vargas do Bancário.
A atuação desse desportista não foi má. Teve sensíveis falhas, mas procurou sempre tornar-se imparcial e honesto.
Apreciações
Do Concórdia — Borsatto não é mau, fez várias defesas difíceis, mas não podemos verificar, de certo, a sua perícia; Arno, fraco; Bavú é um back de futuro; a linha média agiu regularmente, abusando Andrade e Nilo do jogo violento; no ataque, Tupan e Agostinho, foram as figuras de maior saliência. O primeiro um ótimo atirador em gol, com um dribbling seguro e rápido. O segundo, bom passador, rápido e aproveitador de oportunidades.
Internacional — Penha, Miro e Risada, jogaram bem. Risada deve defender melhor e não deixar para o companheiro bolas que poderia, com maior facilidade afastar; Ribeiro se houve bem; Alfredo fracassou, se mostrou bastante, fraco para, ocupar, a posição; Moreno, regular; a linha de ataque, embora, seja uma das melhores da capital, não produziu o que era de esperar, devido a falta de apoio da chave do quadro.
Fonte: A Federação (RS), 20/04/1931, ano 1931, n. 092, p. 5. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/68900. Acesso em: 01 nov. 2024.

13/07/1930 - Citadino 1930 - 2º turno - Concórdia-POA 1 x 2 Internacional

CONCÓRDIA X INTERNACIONAL
Domingo o mundo desportivo da capital terá oportunidade de assistir a luta entre os dois clubes acima, na qual certamente predominarão as exibições de boa técnica e, principalmente, a lealdade entre os elementos de ambas as facções.
O jogo entre o Concórdia e o Internacional dará ensejo para que sejam assistidas jogadas bem conduzidas por exímios conhecedores do nosso "soccer".
Se, de um lado, se notam as figuras de Risada, Magno, Marroni e Miro, do outro ressaltam os nomes de Astro, Andrade, Tupan e Mingo, os quais já podem ser alinhados entre os futuros campeões , que vêm surgindo nesta nova era desportiva.
Os dois bandos lutarão com desusado entusiasmo pela vitória, pois de há muito um encontro entre concordianos e colorados é renhido e de difícil prognóstico.
Hoje à tarde os degladiantes realizarão o seu último treino de conjunto do qual dependerá a formação dos quadros que domingo se enfrentarão.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 10/07/1930, ano 1930, n. 220, p. 11. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/3261. Acesso em: 23 out. 2024.

CONCORDIANOS E INTERNACIONALISTAS DISPUTARÃO DOMINGO A PARTIDA MAIS SENSACIONAL DO ANO
A grande partida de domingo será um acontecimento inédito no nosso futebol. O nosso público desportivo está aguardando a hora de ver iniciado o grande embate, com uma ansiedade que não é menor do que o desejo de ver lutar dois quadros realmente valorosos. Desde o ano passado que uma jogada entre Concórdia e Internacional se torna um verdadeiro acontecimento desportivo.
São dois grandes valores. É fora de qualquer dúvida que concordianos e colorados são duas forças das mais eficientes do futebol gaúcho. Os seus quadros são formados por elementos conhecedores dos postos que ocupam. Teremos oportunidade de apreciar, mais uma vez, o jogo dos laureados jogadores Risadinha, Astro, Magno, Andrade, Tupan. Miro e outros que possuem brilhantes feitos desportivos. Quanto à rivalidade desportiva dos contendores de domingo, está patente, há muito tempo. Basta recordar desde o ano de 1928. Nessa época, o Concórdia venceu o encontro de turno, mas perdeu no returno. No ano passado, perdeu no turno por ter retirado de campo, mas no returno infligia uma derrota no quadro colorado, por 3 a 1. Esse ano, na partida de turno, após um jogo movimentado, saiu vencedor o Internacional. Agors, os concordianos querem tirar uma “revanche”, o que é bem  possível
Os adversários de domingo entrarão em campo depois de um severo regime de treinos. Ambos estão em grande forma. Treinaram várias semanas, tanto individual como coletivamente, e estão aptos para apresentarem uma “qualidade de futebol” insuperável.
O interesse para essa partida é invulgar. Nunca houve um embate entre o Concórdia e o Internacional que despertasse tanto as atenções do grande público "torcedor", o qual está vivendo horas de ansiedade e aguardando verdadeiramente empolgado o momento de ver iniciada a grande partida.
O camipo do Concórdia, onde se realizará o encontro está sendo modificado para acomodar melhor a grande assistência que lá afluirá.
Salvo pouco prováveis modificações de última hora, os quadros devem entrar em campo com a seguinte organização.
Internacional — Peña; Risada e Carneiro; Elpídio, Magno e Moreno; Nenê, Marroni, Ribeiro, Vanzetto e Miro.
Concórdia — Egon; Astro e Mabília: Pitchi, Andrade e Sarará; Agostinho, Mingo, Dante, Tupan e Darte.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 11/07/1930, ano 1930, n. 221, p. 7. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/3269. Acesso em: 23 out. 2024.

CONCÓRDIA X INTERNACIONAL
O IMPORTANTE JOGO DE AMANHÃ
Finalmente amanhã será dada a oportunidade ao público desportivo local de assistir a uma das melhores partidas de futebol no corrente ano, em disputa do campeonato da A. M. G. E. A.
Bater-se-ão, no campo do Concórdia, em São João, os quadros do Internacional e do clube local. Há muito tempo não nos é dado assistir a prova tão importante e tão empolgante como essa.
Os dois adversários de amanhã não podem ter esperanças ao título máximo, pois ambos já perderam muitos pontos. No entanto, o que muito vai interessar a peleja é a grande rivalidade desportiva existente entre os dois adversários. Cada vez que se anuncia um encontro entre concordianos e colorados, o nosso público fica ansioso, pois sabe que vai apreciar uma boa partida de futebol.
Quanto ao valor em conjunto dos quadros do formidável embate de amanhã, é o melhor possível.
O quadro representativo do Concórdia tem a sou favor uma folha briIhantíssima de feitos notáveis, tendo conquistado no corrente ano, expressivas vitórias sobre fortes co-irmãos, quer da capital, quer do sul do Estado, onde há pouco excursionou.
Esses encontros e a intensidade do campeonato local este ano deram aos elementos que agora integram a representação concordiana, um apuro técnico nunca atingido em temporadas anteriores. Organizada com critério e treinada com capricho, a equipe do Concórdia não tem uma falha sequer.
Egon, o guardião valoroso, tem-se revelado ultimamente. A dupla Astro-Mabília é excelente e difícil de transpor. Na linha média é que os concordianos depositam inteira confiança, porque é na verdade, uma das melhores, ou a melhor da capital. A sua linha atacante é bem homogênea, sobressaindo-se as figuras de Mingo e Tupan.
Quanto aos colorados, a nos orientarmos pelas últimas partidas em que têm tomado parte, temos a dizer que o seu quadro está ótimo. Com grandes reformas, desde o arqueiro até o ponteiro esquerdo, podemos garantir que a equipe do Internacional poderá ainda fazer boa figura no returno do campeonato.
Figuram em seu quadro, amadores de reconhecimento valor, como Risadinha, Miro, Marroni I, etc., que tudo farão pelas suas cores.
Ambos os quadros estão em condições excepcionais de preparação técnica. Os concordianos fizeram uma semana de treinos severos e os colorados estiveram também num regime bem apertado de ensaios coletivos e individuais.
Aquele que for vencido só poderá reconhecer que o adversário é o mais forte.
O jogo dos quadros secundários promete ser colossal, pois ambos são os mais citados para o título máximo, achando-se também em igualdade de pontos.
Os quadros formarão da seguinte maneira:
Concórdia
1º - Egon; Astro e Mabília; Pitchi, Andrade e Sarará; Agosto, Mingo, Dante, Tupan e Darte.
2º - Marcellino; Arno e Marteletti; Ernane, Mário e Homero; Pilla, Nilo, Duda, João e Lambary.
Internacional
1º - Peña; Risada e Carneiro; Elpídio, Magno e Moreno; Nenê, Marroni I, Ribeiro, Vanzetto e Miro.
2º - Gress; Luizelli e Cintura; Homero, Ryff e Álvaro; Armando, Quincas, Mancuso, Mauro e Jaeger.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 12/07/1930, ano 1930, n. 222, p. 11. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/3285. Acesso em: 23 out. 2024.

CITADINO 1930 - 2º TURNO - CONCÓRDIA-POA 1 X 2 INTERNACIONAL
Data: 13/07/1930
Local: Praça São João - Porto Alegre (RS)
Juiz: Max Barth
Gols: Mancuso 3'/1 (I); Miro ?'/1 (I); Andrade, pênalti ?'/2 (C).
CONCÓRDIA-POA: Egon; Mabília e Astrogildo; Darcy, Andrade e Pitchi; Agostinho, Mingo, Dante, Tupan e Darte.
INTERNACIONAL: Penha; Risada e Carneiro; Elpídio, Felix Magno e Didi; Nenê, Dante Marroni, Ribeiro, Mancuso e Miro Vasques. Técnico: Miguel Genta.

INTERNACIONAL VENCE O CONCÓRDIA POR 2 A 1 [...]
A partida que vinha despertando maior interesse no meio desportivo da capital era, sem dúvida, a dos concordianos e internacionalistas. A praça de desportos de S. João conseguiu reunir um bom e seleto número de assistentes.
A partida preliminar, aguardada com interesse, dada a colocação dos degladiantes, terminou com a vitória dos colorados por 3 a 1, após franco domínio.
A partida entre os primeiros quadros, apesar de não ter sido das melhores do corrente ano, conseguiu agradar.
O quadro concordiano, no primeiro tempo atacou muito mais, sem no entanto fazer surtir efeito, dada a falta de arremates.
O "crack" Tupan, talvez por ver multiplicados os esforços de seus companheiros, iniciou um jogo pessoal que agravou ainda mais a situação do clube de São João.
A linha de ataque do quadro interhacionalista carregou menos, porém, todas as vezes que assim procediam, faziam-no com tenacidade e galhardia, fazendo quase sempre perigar a cidadela concordiana, com violentos pelotaços.
Risada e Magno foram os melhores. Peña esteve bem, cada vez mais firme. Marroni regular. Nenê teve bons centros. Elpídio e Carneiro, fracos.
Egon, bom, apesar da atuação errada que redundou no 2º tento internacionalista. Mabília e Astro não jogaram como de costume.
Estavam um tanto indecisos. Sarará continua brilhando. Andrade, bom. A linha atacante não correspondeu como devia.
Os tentos
Numa impetuosa carga, aos 3 minutos de jogo, Nenê passa a Ribeiro, e este a Mancuso, que chutando, marca o 1º tento colorado.
O 2º tento internacionalista foi conquistado por Miro, aproveitando-se de uma avançada antecipada de Egon.
No 2º tempo, o Internacional foi punido com uma falta máxima que batida por Andrade, resultou o único tento concordiano.
O juiz atuou a contento.
Resultados
1ºs quadros: Internacional 2
  Concórdia 1
2ºs quadros: Internacional 3
  Concórdia 1
3ºs quadros: Internacional 4
  Concórdia 2
Os quadros principais jogaram com a seguinte organização:
Concórdia — Egon; Mabilia e Astro; Darcy, Andrade e Pitchi; Agostinho, Mingo, Dante, Tupan e Darte.
Internacional — Pena; Risada e Carneiro; Elpídio, Magno e Didi; Nenê, Marroni, Ribeiro, Mancuso e Miro.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 14/07/1930, ano 1930, n. 223, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/3298. Acesso em: 23 out. 2024.

01/11/1929 - Amistoso - Internacional 4 x 0 Concórdia-POA

AMISTOSO - INTERNACIONAL 4 X 0 CONCÓRDIA-POA
Data: 01/11/1929
Local: Chácara dos Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Gols do Inter: Lourival, Ribeiro e Donaldo Ross [2].
INTERNACIONAL: Moeller; Miro Vasques e Risada; Ryff, Lampinha e Moreno; Vanzetto, Javel, Ribeiro, Donaldo Ross e Lourival.
CONCÓRDIA-POA: Léo; Astrogildo e Mabília; Darcy, Andrade e Delvaux; Duarte, Mingo, Tupan, Mancuso e Prego.

INTERNACIONAL X CONCÓRDIA
Em partida amistosa ne encontraram ontem, na Chácara dos Eucaliptos, as turmas representativas do S. C. Internacional e do S. C. Concórdia.
No jogo dos 2º quadros saiu vencedora a turma colorada, por 5 x 2.
O jogo principal foi disputado com bastante interesse, notando-se grande torcida de ambos os lados, saindo vencedor o Internacional por 4 x 0.
A turma colorada apresentou um jogo homogêneo e firme e com aiguns treinos ficará em perfeita forma.
A sua falange dominou a contrária, que empregava inauditos esforços para desvencilhar-se do seu jogo.
O goleiro Moeller, as poucas vezes que foi chamado a intervir, saiu-se bem.
A zaga confiado a Risada e Miro não podia ser melhor, entendem-se bem e jogam com inteligência.
Na linha média, o ponto fraco foi Lampinha; mostrou-se cansado e pouco auxilia o ataque.
No ataque Ross e Ribeiro bons. Magno fez jogo para a assistência. Lourival um pouco medroso. Jawel pouco fez, pois os seus companheiros não o ajudavam e, quando passavam-lhe alguma bola, era de modo que este não podia pegar.
No quadro vencido, vimos em Astrolábio um zagueiro excelente, muito seguro e possuidor de bom jogo de cabeça; Mabília, um médio que dia a dia vem melhorando a sua já boa atuação; Andrade um centro-médio trabalhador e bom distribuidor; Darcy um médio ativo e bom marcador.
Na linha os melhores foram Tupan e Mingo. Os gols foram marcados por: Lourival 1, Ribeiro 1 e Ross 2.
Fonte: Estado do Rio Grande (RS), 02/11/1929, ano 1929, n. 011, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093203/184. Acesso em: 15 out. 2024.

29/09/1929 - Citadino 1929 - 2º turno - Concórdia-POA 3 x 1 Internacional

O IMPORTANTE ENCONTRO DE AMANHÃ - CONCÓRDIA X INTERNACIONAL
Encortrar-se-ão, amanhã, em match de returno, os valorosos quadros do Concórdia F. B. C. e Sport Club Internacional.
A turma colorada, figurando hoje com o Americano como ponteiros do campeonato, pesa por isso uma grande responsabilidade sobre seus ombros.
Vencida, ficará novamente em segundo lugar e vencedor, continuará na posição que ocupa atualmente, e quiçá a de líder, dependendo apenas do outro jogo entre o Ruy e o Americano.
E avaliando o valor do seu forte adversário, os rapazes que representarão as cores alvi-rubras não se descuraram no preparo para o grande embate.
Em ambos os quadros contendores figuram players de real valor, como Pitch, Andrade, Tupan e Astro, no Concórdia, e Ribeiro, Magno, Risadinha e Nenê, no Internacional.
Pelo exposto, é certo que ao campo de S. João afluirá uma grande assistência.
Fonte: A Federação (RS), 28/09/1929, ano 1929, n. 227, p. 3. http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/67526. Disponível em: 02 out. 2024.

CITADINO 1929 - 2º TURNO - CONCÓRDIA-POA 3 X 1 INTERNACIONAL
Data: 29/09/1929
Local: Praça São João - Porto Alegre (RS)
Juiz: Anselmo Manzolli (V. Sanguinetti).
Gols: Felix Magno 10’/1 (I); Mingo ?’/2 (C); Mingo ?’/2 (C); Mingo ?’/2 (C).
CONCÓRDIA-POA: Marcelino; Arno e Astrogildo; Darcy, Andrade e Delvaux; Dario, Tupan, Mingo, Mello e Lopes.
INTERNACIONAL: Moeller; Ribeiro e Miro Vasques; Ryff, Risada e Moreno; Nenê, Lourival, Felix Magno, Dante Marroni e Javel.

O CONCÓRDIA VENCEU O INTERNACIONAL POR 3 A 1 - O CENTRO-HALF RISADINHA FOI O MELHOR HOMEM EM CAMPO - QUASE AO FINAL DO JOGO REGISTROU-SE UM CONFLITO
Realizou-se, ontem, no campo do arrabalde de S. João, o encontro do returno entre os valentes quadros do Concórdia F. B. C. e Sport Club Internacional.
No jogo passado, isto é, nos 45, minutos em que-se bateram as duas elevens deglndiantes de ontem e cuja partida estava bastante intensa, não chegou ao final devido a desagradáveis fatos, e como então noticiamos, tendo o árbitro dado a vitória aos alvi-rubros.
Ontem reproduziram-se esses vergonhosos fatos, mudando apenas o local e os personagens.
Da vez passada, o iniciador da desordem foi um jogador do Concórdia e ontem teve por protogonistas "torcedores" exaltados do Internacional.
Esses fatos, que só servem para o desprestígio do popular. desporto bretão, devem acabar de vez, sob pena da uma completa desmoralização.
Sem mais aquela, pelo mínimo motivo, invadem o campo e procuram alcançar a vítima preferida, que é, no caso, o árbitro.
O juiz de ontem, Sr. Anselmo Manzolli, do Ruy Barbosa, apesar de ser um bom juiz, teve na verdade algumas falhas, mas nem por isso mercela ser maltratado fisicamente como foi tentado.
O maior cochilo do Sr. Manzolli foi quando da conquista do 2º gol do Internacional, e que s. s. apitou off-side após haver a bola penetrado no gol concordiano e voltado ao campo.
Foi daí que se originou o "sururu", e que felizmente não teve maiores consequências.
Narrados os fatos acima, contra os quais juntamos a nossa sincera reprovação, passamos a dar um ligeiro resumo do jogo.
Após a partida preliminar entre as turmas secundárias, a qual findou com a vitória do Internacional por 3 a 2, deram entrada em campo os quadros principais.
Nos primeiros minutos o jogo se mantém no centro do campo, indeciso, para logo após registrarem-se as primeiras cargas de lado lado.
O primeiro avanço dos concordianos foi perigosíssimo e Miro salva uma difícil situação.
Os colorados avançam e Javel obriga Marcellino a praticar boa defesa.
A linha média dos visitantes joga muito bem, principalmente Risadinha, mas os dianteiros, com a nova organização, não se entendem o daí a pouca eficiência destes, apesar do predomínio dos seus ataques.
Decorriam 10 minutos de jogo e Magno, numa magistral entrada, conquista, entre ovações o 1º gol do Internacional.
O Concórdia dá a saída e faz boa carga, praticando Moeller excelente, defesa, porém, faz "carring", que batido não surte efeito.
Prosseguindo o jogo, os alvi-rubros conseguem se manter por algum tempo no campo adversário, mas sem resultado prático, devido à desarticulação da linha, aparecendo mais jogo pessoal do que técnico.
Moreno se pisa e abandona o campo por algum tempo, passando os alvi-rubros a atuar com 10 homens. E quando Lampinha se preparava para o substituir, Moreno reaparece manquejando, porém, disposto a defender a sua bandeira.
Continuando o jogo, revezam-se os ataques, predominando sempre os dos alvi-rubros.
Com o resultado de 1 contra 0, findou a primeira fase.
Reiniciado o jogo, os concordianos demonstraram vontade férrea de vencer e para isso se empregam com denodo, fazendo repetidas cargas ao campo dos alvi-rubros.
Os dianteiros destes continuam a jogar mal, mas mesmo assim, procuram altcançar o gol contrário.
Num ataque dos concordianos, o extrema esquerdo, em violento bolaço consegue empatar a partida, marcando o 1º gol do Concórdia.
Os locais animam-se e avançam corajosamonte, mas a defesa alvi-rubra se mantém firme, desfazendo um a um todos eles.
Os alvi-rubros atacam e Magno perde ótima opurtunidade de aumentar o score, mandando a bola por cima da trave.
A seguir, continuando no ataque os colorados, Javel e Nenê dão bons centros que Astro desvia de cabeça.
Os concordianos reagem fortemente e Mingo conquista o 2º gol do Concórdia.
Os alvi-rubros modificam o quadro, trocando Ribeiro da posição com Lourival.
Faltando 15 minutos para o final, Magno, de posse da bola, faz um passe largo para Nenê. Este corre pela sua ala e dá um magnífico centro. Ribeiro corre e emenda o centro, conseguindo aninhar a pelota no goal de Marcellino, porém, o juiz anula o gol, alegando off-side.
Foi neste ponto do match que se deram os fatos lamentáveis que narramos acima.
Após serenados os ânimos, reinicia-se a partida, sob a direção do Sr. Sanguinetti.
O jogo continua movimentado como o fôra desde o início. 
O Concórdia ataca pela esquerda e a bola vai aos pés de Mingo, que aproveitando uma indecisão de Miro e Risadinha, consegue assinalar o 3º gol de Concórdia.
Minutos depois, o cronometrista dava o apito final com o resultado abaixo:
Concórdia - 3
Internacional - 1
Terminado o jogo, os players concordianos foram carregados em triumpho pelos seus adeptos.
Do quadro vencedor todos jogaram bem, destacando-se Andrade e Pitch, apesar deste empregar jogo pesado.
Dos vencidos, a defesa esteve magnífica, principalimente  Risadinha, que jogou admiravelmente.
A linha atacante, com a sua nova organização, pouco fez, isto é, atacou muito, porém, na maioria dos ataques notava-se bastante jogo pessoal, principalmente de Magno.
Achamos que essa modificação foi o maior cooperador do fracasso dos alvi-rubros.
— Nos terceiros teams venceu o Internacional por 2 a 1.
Fonte: A Federação (RS), 30/09/1929, ano 1929, n. 228, p. 3. Disponível em: 02 out. 2024. http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/67534

23/06/1929 - Citadino 1929 - 1º turno - Internacional 0 x 0 Concórdia-POA

INTERNACIONAL X CONCÓRDIA
Em obediência ao "carnet" da primeira divisão da Associação Metropolitana Gaúcha de Esportes Atléticos, defrontar-se-ão, amanhã, os valorosos conjuntos do Sport Club Internacional e Concórdia F. B. C.
Esse jogo, que está sendo esperado com muito interesse pelo mundo desportivo, levará certamente ao local do embate uma grande assistência.
Pelo preparo e pelo valor dos concorrentes, a partida entre alvi-rubros e concordianos será a melhor da tarde.
Campo: da Rua José de Alencar.
Juízes: João Lacchini, Francisco Marroni e Vicente Capulo. Fiscal, Humberto Melecchi.
Entradas: 3$000 e 2$000 (menores e fardados).
Fonte: A Federação (RS), 22/06/1929, ano 1929, n. 145, p. 2. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/66821. Acesso em: 01 out. 2024.

CITADINO 1929 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 0 X 0 CONCÓRDIA-POA
Data: 23/06/1929
Local: Chácara dos Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: João Lacchini
INTERNACIONAL: Bagre; Miro Vasques e Risada; Ribeiro, Felix Magno e Moreno; Nenê, Javel, Donaldo Ross, Paulista e Lourival.
CONCÓRDIA-POA: Léo; Astrogildo e Pereira; Pitchi, Andrade e Darcy; Tupan, Mingo, Barulho, Duarte e Lopes.

O MATCH ENTRE INTERNACIONAL E O CONCÓRDIA - UM SÉRIO INCIDENTE PERTURBOU O BRILHO DA TARDE ESPORTIVA DE ONTEM
Foram simplesmente lamentáveis e degradantes as cenas desenroladas, ontem, no Campo do Sport Club Internacional, por ocasião do match entre este e o Concórdia.
Corria parelha a partida, e no mais aceso da luta, quase ao finalizar o primeiro tempo, o juiz puniu justamente um off-side de um azul e branco, isto é, de Mingo. Não obstante o apito interceptativo do prosseguimento do embate, o jogador punido atuou, fazendo gol, que não foi mandado marcar por ilegitimamente conseguido.
Tanto bastou para que o jogador concordiano, de nome Barulho, useiro e vezeiro, como o próprio apelido já o está apontando, em desatinos, brutalidade e desaforo, em pleno campo de foot-ball, agredisse fisicamente o juiz.
Os assistentes agitaram-se e aos gritos de "para fora, para fora", entraram em campo pessoas representantes da AMGEA e dos clubes degladiantes, acompanhadas de dois policiais. Intimado a retirar-se do gramado, o jogador criminoso rebelou-se, tendo então os dois policiais o prendido, procurando ele, porém, resistir-lhes.
Ia ele sendo retirado de campo, quando Tupan, outro jogador do Concórdia, agrediu um dos policiais que iam conduzindo Barulho. A policia reagiu contra tão insólita e criminosa agressão, prendendo tambem a Tupan.
Ambos os presos foram, por ordem do sub-intendente do 2º distrito, que estava dirigindo o policiamento do match, levados para o segundo posto, sendo, depois das explicações necessárias, postos em liberdade.
Certamente o público e especialimente os amantes do foot-ball que têm acompanhado a AMGEA em sua prometida campanha moralizadora desse desporto, já agora tão decaído e desprestigiado, aguardam as suas providências sobre a continuacão desses dois elementos verdadeiramente indesejáveis no rol dos seus jogadores.
Um deles, Barulho, tem se celebrizado pela sua atitude selvagem e mesmo imoral, pois até numa feita, dirigiu gestos atentatórios do pudor à assistência, onde se contavam senhoras. E não foi punido! Daí agravar-se cada vez mais a sua arrogância e o seu procedimento atribiliário, culminado pelo fato de ontem, cuja gravidade se salienta ,evidentemente, por si mesma.
E tipicamente em casos como este que deve acentuar-se a prometida campanha da novel agureminção, se ela não quiser ter o seu futuro comprometido e fracassado.
— No jogo dos segundos teams, o centro-médio do Concórdia, Machado, foi, pelo juiz, posto para fora de campo devido o seu procedimento faltoso e desrespeitoso. Esse também quis revoltar-se, mas não houve cancha para as suas pretensões e ele saiu mesmo,
prosseguindo a partida, daí por diante, sem novidade e com todo o acatamento ao juiz.
A saída foi dada pelo centro Ross, passando a bola a Javel e este manda a bola à Nenê; Astro intervém para rechaçar o primeiro ataque dos alvi-rubros e respondido imediatamente pelos rapazes do Concórdia, onde Miro conjura o perigo.
A luta prossegue animada, notando-se boa atuação das linhas médias e dos zagueiros Miro, do Internacional, e Astro, do Concórdia.
A linha alvi-rubra com a falta de Marroni, substituído por Paulista, do segundo quadro, faz a maioria dos ataques pela ala direita, formada de Javel e Nenê, porém, seus violentos arremessos eram conjurados ora pelos backs, ora pelo goleiro Léo, que atacou bolas difíceis.
O Concórdia ataca e Mingo desfere violento tiro; Bagre num grande esforço consegue salvar o seu arco quando a bola ia transpôr a linha.
Os alvi-rubros contra-atacam e Astro salva um fortíssimo balaço de Ross.
Aos 30 minutos, o jogo prosseguia renhidíssimo e a contagem continuava 0 a 0. O Concórdia leva um ataque pela esquerda e Mingo coloca-se off-side.
O juiz apita, mas aquele shoota e faz gol.
Foi aí que surgiu os lamentáveis fatos o que acima nos referimos.
Arbitraram os primeiros e segundos jogos os srs. João Lacchini e Francisco Marroni (Turco).
— Nos segundos quadros houve empate de 3 contra 3.
— O jogo dos terceiros teams foi vencido pelo Internacional por 5 a 0.
Fonte: A Federação (RS), 24/06/1929, ano 1929, n. 146, p. 3. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/66830. Acesso em: 01 out. 2024.

FOI CONFIRMADA A PENA IMPOSTA AO PLAYER BARULHO
Devido aos fatos desenrolados no campo, quando o jogo Internacional — Concórdia, conforme então noticiamos, e dos quais foi principal protagonista o contra-atacante Barulho, a  diretoria da Associação Metropolitana suspende esse jogador por 6 jogos e por 2 o player Machado, também do “Concórdia”, este por ter dirigido ofensas ao juiz.
Não se conformando com essas penalidades, o “Concórdia” recorreu para o Conselho Superior da "Amgea".
Em sua última reunião, tomando conhecimento desse recurso, resolveu o referido Conselho, confirmar o ato da diretoria quanto ao primeiro e transformar a suspensão do segundo em severa repreensão.
Fonte: A Federação (RS), 10/07/1929, ano 1929, n. 160, p. 2. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/66943. Acesso em: 01 out. 2024.

02/09/1928 - Citadino 1928 - 2º turno - Internacional 7 x 0 Concórdia-POA

COLOCAÇÃO DOS CONCORRENTES AO CAMPEONATO DE PORTO ALEGRE
SÉRIE A
  Matches Gols  
  J. G. P. E. F. C. Pts.
Americano 10 9 0 1 34 6 19
Grêmio 10 9 0 1 50 13 19
Cruzeiro 10 6 3 1 27 19 13
Concórdia 9 5 4 0 13 17 10
Porto Alegre 10 5 5 0 27 22 10
Internacional 11 4 6 1 29 30 9
Ruy Barbosa 10 3 8 0 16 19 6
São José 9 1 7 1 10 32 3
Ypiranga 10 0 9 1 12 50 1
Fonte: O Imparcial (RJ), 30/08/1928, ano 1928, n. 6224, p. 9. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/107670_02/36783. Acesso em: 12 set. 2024.

OS JOGOS DE AMANHÃ
Internacional x Concórdia, Chácara dos Eucaliptos. [...]
Fonte: A Federação (RS), 01/09/1928, ano 1928, n. 203, p. 2. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/64685. Acesso em: 12 set. 2024.

CITADINO 1928 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 7 X 0 CONCÓRDIA-POA
Data: 02/09/1928
Local: Chácara dos Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Eurico Lara
Gols do Inter: Ramão [3], Dirceu Alves [2], Ribeiro e Nenê.
INTERNACIONAL: Bard; Pontes e Grant; Ribeiro, Lampinha e Moreno; Nenê, Dirceu Alves, Donaldo Ross, Miro Vasques e Ramão.

08/07/1928 - Citadino 1928 - 1º turno - Concórdia-POA 3 x 2 Internacional

CONCÓRDIA X INTERNACIONAL
Disputarão esta partida os seguintes teams assim organizados:
I
Hilário
Borda (cap.) - Pereira
Paulo - Luto - Darcy
Jung - Tupan - Eugênio - Mancuso I - Cardoso II
Reservas: Carlito e Vasco.
II
Marcellino
Cintura - Arno
Bichinho - Hugo - Roberto
Nilo - Jorge - Ernesto (cap.) - Léo - Mario
Reservas: Chaves II e Menna.
Internacional:
Heraclydes
Grant - Miro
Travi - Ribeiro (cap.) - Moreno
Hermes - Nenê - Ross - Barros - Gatti
II
Vicente
Bagé - Ulderico
Nancy - Mocca - Egydio
Salamini - Magno - Silvio - Travi II - Vanzetto
Não jogarão os terceiros, por ter desistido de disputar, esse campeonato o Internacional, marcando-se os pontos ao Concórdia.
Fonte: A Federação (RS), 07/07/1928, ano 1928, n. 157, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/64257. Acesso em: 12 set. 2024.

CITADINO 1928 - 1º TURNO - CONCÓRDIA-POA 3 X 2 INTERNACIONAL
Data: 08/07/1928
Local: Praça São João - Porto Alegre (RS)
Juiz: Scherer II
Gols do Inter: Ribeiro e Nenê.
CONCÓRDIA-POA: Hilário; Borda e Pereira; Paulo, Luto e Darcy; Jung, Tupan, Eugênio, Mancuso e Cardoso.
INTERNACIONAL: Heraclydes; França e Miro Vasques; Travi, Ribeiro e Zeca Netto; Nenê, Hermes, Olympio, Donaldo Ross e Gatti.

CONCÓRDIA X INTERNACIONAL
No campo do primeiro feriu-se ontem também um match do campeonato entre esses dois clubes.
O quadro principal do Internacional, que sofreu com a ausência, de Grant, Moreno e Barros, estava, no atual campeonato, reservado mais um revés para desagrado dos seus numerosos admiradores.
Além daquelas falhas mais que sensíveis, a atuação do juiz, Sr. Scherer II, do Ruy Barbosa, muito deixou a desejar, prejudicando bastante ao team colorado, contra quem, no segundo tempo, mandou bater nada menos de dois pênaltis, tendo, ainda, considerado gol uma bola que havia batido na trave do gol, manda a verdade que se diga.
Essas irregularidades que tanto prejudicaram a exatidão das pugnas, deverm ser evitadas a bem da própria moralidade do esporte.
O primeiro gol do Internacional foi feito por Ribeiro e o segundo por Nenê.
O primeiro tempo terminou com este resultado:
Internacional - 2
Concórdia - 0
No segundo tempo a situação mudou muito, tendo o juiz, por duas vezes, como já relatamos, punido ao team visitante com a penalidade máxima e terminou, por fim, a partida, com o seguinte score:
Concórdia - 3
Internacional - 2
Os dois teams estavam assim constituídos:
Fonte: A Federação (RS), 09/07/1928, ano 1928, n. 158, p. 3. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/64268. Acesso em: 12 set. 2024.