Luiz Alberto

LUIZ ALBERTO
(zagueiro)


Luiz Alberto, ex-companheiro de Juan na zaga do Flamengo, começou nas categorias de base do rubro-negro em 1993, aos 16 anos. Nos profissionais, jogou de 1996 a 2000, conquistando a Mercosul em 2000, e os títulos estaduais de 96, 99 e 2000.

A revelação flamenguista deixou o Brasil e rumou à França, para defender o Saint-Étienne. Depois de uma temporada, trocou a França pela Espanha, quando foi para o Real Sociedad.

O Internacional repatriou o jogador para a disputa do Brasileirão, já que perdera Junior Baiano, por indisciplina, e Ameli, contratado pelo São Paulo após o Gauchão. O desempenho do time foi trágico no Brasileirão, mas o Luiz Alberto mostrou dedicação e vontade de vencer em sua passagem pelo Beira-Rio.

No ano seguinte, Luiz Alberto foi negociado com o Atlético-MG, tendo em vista o fato de o Inter não oferecer proposta de renovação. Após um ano e meio no Galo, retornou ao Real Sociedad.

O Santos buscou o zagueiro na metade de 2005 e, no ano seguinte, levantou a taça do Campeonato Paulista. Deixou o Peixe no final de 2006, assegurando a vaga na Libertadores do ano seguinte.

No Fluminense, começou bem, recebendo a braçadeira de capitão e erguendo o troféu da Copa do Brasil de 2007, mas a sequência não foi boa. O Flu fez excelente campanha na Libertadores de 2008, mas perdeu o título em casa para a LDU. Do mesmo modo, deixou a Sul-Americana escapar contra a mesma LDU, também em casa. Para piorar, o Tricolor estava praticamente rebaixado no Brasileiro, mas uma arrancada sensacional fez o time se manter na Série A.

Em 2010, Luiz Alberto teve uma passagem relâmpago pelo Boca Juniors. Sem espaço e com o time argentino vivendo constantes crises, o zagueiro deixou a Bombonera após disputar apenas sete jogos. A partir daí, a carreira do zagueiro começou a declinar.

Passou por Duque de Caxias e Boavista, até se transferir por empréstimo ao Atlético-PR. Na primeira temporada, ajudou o Furacão a subir para a Série A, mas era reserva do jovem Cleverson. Readquiriu confiança e recuperou a titularidade em 2013, um ano ótimo para o Atlético, vice da Copa do Brasil e 3º no Brasileirão. Uma cena comovente da carreira de Luiz Alberto é ele aos prantos, assistindo a confusão entre as torcidas de Atlético-PR e Vasco, em Joinville.

Foi contratado pelo Náutico para a disputa da Série B do Brasileirão, a pedido do técnico Lisca.

Internacional x Atlético-MG (Roberto Gomes Pedrosa)


No confronto Internacional x Atlético-MG em jogos válidos pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Inter jamais foi derrotado. Foram três vitórias e um empate. Dorinho, pelo Internacional, e Vaguinho, pelo Atlético, foram os únicos a disputar os quatro confrontos. Confira as fichas dos enfrentamentos:


Robertão 1967 - 1ª fase
16/04/1967
Mineirão - Belo Horizonte/MG
Público: 45.314 pessoas 
Árbitro: José Luís Barreto
Atlético-MG 0 x 0 Internacional
ATLÉTICO-MG: Hélio (Luizinho); Warlei, Vânder, Grapete, Décio Teixeira; Vanderlei Paiva, Santana; Buião (Tião), Lacy, Beto e Ronaldo. Técnico: Gerson dos Santos.
INTERNACIONAL: Gainete; Laurício, Scala, Luis Carlos, Sadi; Lambari, Élton; Carlitos (Marino), Didi, Braúlio e Dorinho. Técnico: Sérgio Torres.


Robertão 1968 - 1ª fase
06/10/1968
Mineirão - Belo Horizonte/MG
Público: 22.693 pessoas
Árbitro: José Carlos Cavalheiro de Morais
Atlético-MG 0 x 1 Internacional
ATLÉTICO-MG: Mussula; Humberto Monteiro, Djalma Dias, Vânder (Normandes), Cincunegui; Vanderlei Paiva, Amauri Horta; Vaguinho, Lola (Fiote), Beto e Tião. Técnico: Haroldo Lopes da Costa.
INTERNACIONAL: Schneider; Laurício, Scala, Pontes, Sadi; Tovar, Élton (Balzaretti); Carlitos, Claudiomiro, Bráulio e Dorinho. Técnico: Daltro Menezes.
Gol: Humberto Monteiro (gc) (Int).


Robertão 1969 - 1ª fase
01/10/1969
Beira-Rio - Porto Alegre/RS
Público: 34.357 pessoas
Árbitro: Romualdo Arppi Filho
Internacional 2 x 1 Atlético-MG
INTERNACIONAL: Gainete; Laurício, Scalla, Pontes, Jorge Andrade; Carbone, Tovar; Valdomiro, Claudiomiro, Sérgio e Dorinho (Bráulio). Técnico: Daltro Menezes.
ATLÉTICO-MG: Mussula; Humberto Monteiro, Grapete, Zé Horta, Vantuir; Oldair, Amauri Horta; Ronaldo, Dario, Vaguinho e Caldeira. Técnico: Yustrich.
Gols: Claudiomiro (2) (Int); Dario (Atl).


Robertão 1970 - 1ª fase
05/12/1970
Beira-Rio - Porto Alegre/RS
Público: 16.300 pessoas
Árbitro: Armando Marques
Internacional 3 x 1 Atlético-MG
INTERNACIONAL: Gainete; Jorge Andrade, Pontes, Valmir, Vacaria; Paulo Cesar, Carbone; Valdomiro, Sergio, Rubens e Dorinho. Técnico: Daltro Menezes.
ATLÉTICO-MG: Renato; Humberto, Grapete, Normandes, Cincunegui; Vanderlei, Oldair; Vaguinho (Ronaldo), Laci (Pedrilho), Dario e Tião. Técnico: Telê Santana.
Gols: Rubens (2) (Int); Tião (Atl).

Internacional x Atlético-MG (Campeonato Brasileiro de 1976)


O cenário perfeito: semifinal de Campeonato Brasileiro, Beira-Rio lotado e dois grandes times querendo conquistar o segundo título nacional a qualquer custo.

Mais um clube mineiro era a pedra no sapato do Inter, que vinha embalado pela conquista do octacampeonato gaúcho. Em 75, o Inter bateu o Cruzeiro na final. Agora era a vez de eliminar o Galo na semi. De um lado, o Internacional de Falcão buscava o bicampeonato consecutivo. Do outro, o Atlético-MG de Toninho Cerezo tentava levar mais uma conquista para Minas Gerais.

Aos 30 minutos do primeiro tempo, parecia que o sonho ia por água abaixo. Em cobrança de falta, no mesmo lado direito onde Valdomiro colocou na cabeça de Figueroa no famoso "gol iluminado", Cafuringa cruzou no miolo da área colorada e Vantuir colocou no canto de Manga. Galo 1 a 0. A torcida colorada, como sempre, não se calou diante da adversidade. Os gritos incessantes de "colorado, colorado" seguiam ecoando até o término da primeira etapa.

O jogo continuou com a intensidade e o calor que uma semifinal de campeonato exige. Até que Batista, aos 28 minutos do segundo tempo, ameniza a angústia colorada, emendando um canudo na gaveta de Ortiz. Era o empate necessário para dar novo ânimo à massa vermelha.

A mágica veio nos minutos finais. Figueroa, da intermediária, faz um lançamento para Dario, que lança de perna direita na cabeça de Falcão na meia-lua da grande área. O mítico camisa 5 escora para o saudoso Escurinho devolver de cabeça para Falcão, que corre para dentro da área. Antes da bola cair, Falcão chuta com a ponta do pé direito. A bola ainda bate no goleiro Ortiz e entra. Falcão corre alucinado em direção à lateral para festejar a obra, seguido de Valdomiro. Mais uma festa no mar vermelho.

E foi nesse dia 5 de dezembro que o Brasil testemunhava uma das viradas mais sensacionais do futebol brasileiro. Nem tanto pelo placar, mas pelo gol mágico de Falcão, onde a bola parou na rede sem sequer ser tocada ao chão. Inter 2 x 1 Atlético-MG. Colorado finalista do Brasileirão de 1976.

Relembre os gols desse duelo inesquecível:

Daniel Franco

DANIEL FRANCO
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Daniel da Costa Franco
Data de nascimento: 26/08/1971
Local: Minas do Leão/RS

CARREIRA
1988-1993 - Internacional
1994-1995 - Corinthians
1996 - Atlético-MG
1996 - Bahia
1997 - Avaí
1997-1998 - St. Pauli-ALE
1999 - Brasil de Pelotas
2000 - Inter de Limeira
2001 - São José-POA
2002 - Brasil de Pelotas
2002 - Fortaleza
2003 - Santa Cruz-RS


Jogador de força, vigor físico e excelente apoiador, Daniel Franco foi um dos melhores laterais-esquerdos que o Inter teve nos últimos 30 anos. Passou por todas as seleções de base, menos pela principal.



A trajetória de Daniel Franco como atleta profissional do Internacional começou em 1988. Na época, o lateral-esquerdo era reserva imediato da posição, assumindo a titularidade logo após a saída de Casemiro no final de 89.

O primeiro ano como titular foi um sufoco. O Internacional escapou do rebaixamento nas últimas rodadas e perdeu o Gauchão sendo goleado por 4 a 1 pelo Grêmio. Em compensação, os dois anos seguintes foram maravilhosos para o jogador. Em 1991, a reconquista do estadual e o título da Taça Governador do Estado deram um ânimo à equipe do Inter, abalada pela seca de títulos.

O ano de 1992 foi mágico para Daniel Franco. Levantou as taças da Copa do Brasil e do bicampeonato gaúcho, além de ver o Grêmio aos trancos e barrancos na Série B do Brasileirão. Porém, o ano de 93 foi frustrante para o Colorado, com eliminação precoce em todas as competições que disputou.

Mesmo assim, Daniel Franco foi contratado pelo Corinthians em 1994. Infelizmente, se lesionou pouco depois de sua chegada no clube paulista. Perdeu a posição para Branco e, no ano seguinte, para o jovem Silvinho. Fez parte do grupo campeão da Copa do Brasil daquele ano.

Depois disso, teve passagens breves por vários clubes. Jogou no Atlético-MG, Bahia, Avaí, St. Pauli-ALE, Brasil de Pelotas, Inter de Limeira, São José-RS, Fortaleza e Santa Cruz-RS. Jogou até os 32 anos.

Dario

DARIO
(atacante)

Nome completo: Dario José dos Santos
Data de nascimento: 4/3/1946
Local: Rio de Janeiro (RJ)

CARREIRA:
1967-1968 - Campo Grande-RJ
1968-1972 - Atlético-MG
1973-1974 - Flamengo
1974 - Atlético-MG
1975-1976 - Sport
1976-1977 - Internacional
1977-1978 - Ponte Preta
1979 - Paysandu
1980 - Náutico
1981 - Santa Cruz
1981 - Bahia
1981 - Goiás
1982 - Coritiba
1983 - Bahia
1984 - Nacional-AM
1984-1985 - XV de Piracicaba
1985 - Douradense-MS
1986 - Comercial de Registro-SP


Folclórico e matador, características perfeitas para definir um goleador de frases impactantes e muitos gols no currículo. Dadá Maravilha foi o artilheiro colorado por duas temporadas, dando alegria e títulos para o torcedor.

O carioca Dario começou a jogar profissionalmente no Campo Grande-RJ, em 1967. Em 68, foi para o Atlético-MG. O grande time de Minas na época era o Cruzeiro de Tostão e Dirceu Lopes.

Em 1969, assumiu a titularidade do Galo. Chegava nos treinos duas horas antes do resto do time, a fim de aprimorar seus fundamentos. A partir daí, passou a fazer gols de tudo que é jeito. As vaias pararam de perseguí-lo e se transformaram em paixão do torcedor atleticano.

Foi para a Copa do Mundo de 70 graças ao General Médici, visto que João Saldanha o preteria por valorizar atletas do eixo Rio-São Paulo. Em 71, ajudou o Galo a ganhar o primeiro Campeonato Brasileiro. Dadá é torcedor ferrenho do Atlético. Em 73, foi para o Flamengo, retornando ao Atlético em 74.

Depois de um ano no Sport, foi contratado pelo Internacional, que sentia a falta de Flávio Minuano, artilheiro do Brasileiro de 75. Não demorou para que Dario caísse nos braços da massa vermelha.

Faturou o octacampeonato gaúcho e fez um dos gols do título nacional de 1976, diante do Corinthians. O gol foi no melhor estilo Dadá Maravilha, parando no ar como um beija-flor e testando no canto de Tobias. Permaneceu no Inter até a metade de 1977.

Jogou um ano na Ponte Preta e retornou ao seu Galo querido. Rodou por Paysandu, Náutico, Santa Cruz, Bahia e Coritiba, América-MG, Goiás, XV de Piracicaba, Nacional-AM, Douradense-MS e Comercial de Registro. Encerrou a carreira em 1986.

De 1969 a 1976 foi artilheiro de sete estaduais consecutivos e de três Campeonatos Brasileiros. Por onde Dario passou, ganhou o coração da torcida com gols e com seu carisma.