Goycochea

GOYCOCHEA
(goleiro)

Nome completo: Sérgio Javier Goycochea
Data de nascimento: 17/10/1963
Local: Lima (ARG)

CARREIRA:
1979-1982
Defensores Unidos-ARG
1982-1988
River Plate-ARG
1988-1990
Millionarios-COL
1990
Racing-ARG
1990-1992
Brest-FRA
1992
Olimpia-PAR
1993
Cerro Porteño-PAR
1993-1994
River Plate-ARG
1995
Mandiyú-ARG
1995-1996
Internacional
1997
Vélez Sarsfield-ARG
1998
Newell's Old Boys-ARG

A camisa colorada de número 1 esteve em posse de goleiros emblemáticos, tanto brasileiros quanto estrangeiros. Seguindo a mística que rondava a meta com nomes gringos como Benítez e Gato Fernández, o Inter trouxe Goycochea para agregar experiência ao elenco colorado em 1995.

Goycochea é um dos goleiros históricos do futebol argentino. Sua carreira começou em 1979, no modesto Defensores Unidos, um pequeno clube da província de Buenos Aires. Goyco, como era carinhosamente chamado, não era um goleiro de grande estatura, mas se destacava pela sua elasticidade.

Em 1982, foi para seu primeiro clube grande, o River Plate. À sua frente, tinha o mítico Nery Pumpido. Na reserva, Goyco fez parte dos elencos campeões argentino, em 85, da Libertadores e do Mundial de Clubes de 86.

No ano de 1988, Goycochea se transferiu para o Millionarios de Bogotá, onde foi campeão colombiano no mesmo ano. Boas atuações o levaram até a Copa do Mundo da Itália, em 1990. A partir daí, o goleiro viveu grandes momentos de glória na carreira.

Pumpido, titular da Argentina no Mundial, fraturou o antebraço no 2º jogo, contra a União Soviética. Goycochea entrou em seu lugar e não decepcionou. Levou a Argentina à final, sendo o nome mais exaltado pelos torcedores graças às suas defesas nos pênaltis diante de Iugoslávia e Itália, nas quartas e nas semi, respectivamente. Goyco não conseguiu evitar o gol da Alemanha marcado por Brehme e seu país terminou com o vice-campeonato.

Depois da Copa, o arqueiro defendeu o Racing, o Brest-FRA, os gigantes paraguaios Cerro Porteño e Olimpia, e o modesto Mandiyú-ARG, até ser contratado pelo Internacional em julho de 95.

Goycochea, saudado fortemente pela torcida colorada, foi um dos destaques colorados na campanha do 1º turno do Brasileiro daquele ano. Infelizmente, o time do Internacional caiu de produção e não fez um bom 2º turno. Paralelo ao time, Goycochea acabou se tornando uma decepção para o torcedor colorado.

Em 96, Goycochea permaneceu no Inter até o fim da participação colorada no Gauchão, em uma decepcionante campanha. Com a consolidação da aposta André, somado ao valor alto para renovar o contrato, Goycochea retornou à Argentina no segundo semestre.

No Vélez, foi campeão nacional mais uma vez, em 1996, mas na reserva do folclórico goleiro paraguaio Chilavert. Encerrou a carreira no Newell's Old Boys, em 1998. Pela seleção argentina, Goycochea levantou as taças da Copa América de 91 e 93, a Copa Kirin de 92 e a Copa das Confederações de 92.

Júnior Paulista

JÚNIOR PAULISTA
(zagueiro)

Nome completo: Luiz Antônio Gaino Júnior

Data de nascimento: 7/1/1981
Local: Jundiaí (SP)

CARREIRA:
2002-2003
Portuguesa
2003-2004
Internacional
2005
Gama
2006
Rio Branco-SP
2006-2007
Santo André
2008
União São João
2008
Mirassol
2009
Feirense-POR
2010
São José-SP
2010
Vila Nova
2011
Marília
2011
Pelotas
2012-2015
Santo André

O zagueiro Júnior começou no Lousano (atual Paulista) de Jundiaí, sua cidade natal, aos 9 anos de idade. Aos 16, foi para a Portuguesa, onde se tornou atleta profissional em 2001, depois de fazer uma excelente Taça São Paulo. Na Lusa, permaneceu até 2003, após o rebaixamento do time no Campeonato Brasileiro de 2002.

Contratado pelo Internacional para integrar o elenco no Brasileirão de 2003, o jovem Júnior teve poucas oportunidades com o técnico Muricy Ramalho, atuando apenas cinco jogos, disputados contra Figueirense, Flamengo, São Paulo, Bahia e Paraná.

Júnior passou a ser "Júnior Paulista" porque o Internacional já tinha um meia homônimo. Em novembro de 2003, sofreu uma grave lesão no joelho e ficou quase um ano parado. Retornou aos gramados no segundo semestre de 2004 pelo Inter B, na disputa da Copa FGF. O Inter acabou eliminado nas semifinais, perdendo para o Gaúcho de Passo Fundo.

No final do ano, Júnior Paulista trocou o Inter pelo Gama. Passou por Rio Branco-SP, Santo André, União São João, Mirassol, Feirense-POR, São José-SP, Vila Nova-GO e Pelotas. Retornou ao Santo André em 2011, onde jogou até encerrar a carreira em 2014. Em janeiro de 2015, foi promovido a auxiliar-técnico do clube.

Wallace

WALLACE
(meia)

Nome completo: Wallace Padrão de Abreu

Data de nascimento: 1/6/1972
Local: Rio de Janeiro (RJ)

Carreira:

1992-1995
Fluminense
1996-1997
Juventude
1998
Internacional
1998-2000
Juventude
2001-2002
Paulista
2003-2004
15 de Novembro
2005
Canoas
2005
CFZ-DF

Meio-campo de grande técnica e com uma excelente perna esquerda, Wallace jogava de cabeça erguida e sem medo de trombar com zagueiros. Porém, suas qualidades acabaram não convencendo comissão técnica e torcida em sua passagem pelo Beira-Rio.
Destaque nas categorias de base do Fluminense, Wallace foi promovido aos profissionais do time em 1992, aos 20 anos, onde permaneceu até 1995. Ao todo, disputou 74 partidas e marcou 7 gols com a camisa do tricolor carioca.
Depois de um rápido empréstimo ao Bangu em 1996, foi contratado pelo Juventude, onde sua carreira parecia alavancar. No duelo diante do Internacional no Brasileirão, marcou o gol que deu início à vitória por 2 a 1, no Alfredo Jaconi.
Em 1997, o Internacional vinha de uma série invicta de 13 jogos. Até encontrar o Juventude pelo caminho. A vitória da "touca" veio com um gol de Wallace. A sina de marcar gols contra o Inter chamou a atenção da diretoria colorada, que providenciou sua contratação por empréstimo em janeiro de 98, para substituir Arílson, vendido ao Palmeiras.
Com a concorrência de Luís Carlos Matos e Mabília, Wallace teve como primeiro obstáculo uma lesão em um de seus primeiros treinos. Favorecido pelo péssimo desempenho de Luís Carlos, Wallace teve suas primeiras oportunidades na reserva de Mabília.
Seu primeiro jogo com a camisa colorada foi em um amistoso diante do Santa Cruz-RS, com vitória colorada por 4 a 1. Wallace marcou o segundo gol. Mas na sua primeira oportunidade como titular, a decepção da eliminação na Copa do Brasil diante do América-MG.
A partir daí, o meia passou a ser contestado pela torcida, mesmo tendo grande potencial. Com Cassiá Carpes, Wallace ganhou a condição de titular, mas acabou não vingando e perdeu a posição para o meia Leandro Augusto.
Retornou ao Juventude para a disputa do Brasileiro de 1998. Mas em 99, o meia adquiriu o status de ídolo do time de Caxias do Sul, sendo um dos protagonistas na campanha do título inédito da Copa do Brasil.
Depois da disputa da Libertadores de 2000 pelo Juventude, a carreira de Wallace empacou, se tornando cada vez mais coadjuvante pelos clubes que passou. Ainda passou por Guarani, Paulista, 15 de Novembro, Canoas, CFZ-DF e Bangu. Encerrou a carreira em 2007, aos 35 anos.

Gasperín

GASPERÍN
(goleiro)

Nome completo: Luiz Carlos Gasperín
Data de nascimento: 
Local: 

CARREIRA:
1971-1974 - Esportivo
1975 - Grêmio
1976 - Juventude
1976-1981 - Internacional
1981 - Cruzeiro
1982-1985 - América-RJ
1985-1987 - Botafogo-SP
1988-1989 - Glória

Nascido em Sarandi, o goleiro Gasperín começou a jogar futebol amador no extinto Brasil, de Vacaria, aos 14 anos. Como para disputar campeonatos profissionais teria que ter 16 anos, Gasperín esperou mais dois anos.

Em seguida, o Grêmio o contratou para defender a meta na categoria juvenil e, logo, foi campeão estadual da categoria. Depois, partiu para Bento Gonçalves, onde encontrou pela primeira vez o saudoso técnico Ênio Andrade.

Após mais uma passagem breve pelo Grêmio em 75 e por Juventude em 76, Gasperín foi contratado pelo Internacional. Em seu primeiro ano no Inter, foi campeão brasileiro na reserva de Manga.

Em 77, amargou a reserva de Manga e Benítez. Assim que o paraguaio foi emprestado ao Palmeiras, Gasperín assumiu a titularidade em 78, voltando a trazer o título estadual ao Beira-Rio em uma vitória inesquecível por 2 a 1 sobre o Grêmio, em pleno Olímpico.

Benítez retornou em 79 e Gasperín já era considerado reserva de luxo. Assim que Benítez se lesionasse, Gasperín entraria imediatamente. O Inter, mais uma vez, foi campeão brasileiro e de forma invicta.

No ano de 1980, Gasperín foi o titular na disputa pelo título da Libertadores. Na ocasião, o goleiro se tornou o brasileiro com menor média de gols sofridos na história da Libertadores, tendo disputado todas as partidas. O vice-campeonato contra o Nacional foi sofrido, mas para Gasperín, lhe valeu um lugar na história centenária do Internacional.

Deixou o Inter em 81, passando por Cruzeiro, América-RJ, Botafogo-SP e Glória de Vacaria. Abandonou os gramados em 89 e passou a se dedicar à casamata. Treinou diversos clubes do interior do Rio Grande do Sul.

Em 2010, Gasperín foi vencido por um câncer no intestino, o qual enfrentava desde 2005. O goleiro, último vencedor do Prêmio Belfort Duarte em 1983, sempre foi lembrado com carinho nas festividades do Inter, inclusive no centenário do clube e nos 100 anos do clássico Gre-Nal.

André Doring

ANDRÉ
(goleiro)

Nome completo: André Doring
Data de nascimento: 25/6/1972
Local: Venâncio Aires (RS)

CARREIRA:
1992-1999 - Internacional
1999-2003 - Cruzeiro
2004-2005 - Internacional
2006-2008 - Juventude 

Um dos grandes nomes da camisa 1 do Internacional nos últimos anos não era um goleiro considerado alto, mas foi um grande guarda-metas. O "alemão" André foi, talvez, o último goleiro formado no clube a ser lembrado pela torcida com boas recordações, mesmo atuando em momentos complicados na história do clube.

Profissional desde o ano de 1992 e jogando nas categorias de base desde 89, André foi promovido depois que o goleiro Maizena foi dispensado pelo clube em 92. Sempre à sombra de grandes goleiros do clube, André adquiriu conhecimento e experiência desde cedo.

Reserva de Gato Fernández na conquista da Copa do Brasil de 92, André ainda amargou a reserva de Sérgio Guedes, César Silva e Goycochea. Depois da saída do argentino na metade de 96, o goleiro vestiu a camisa 1 e não perdeu mais a condição de titular.

O ano mágico de André no Inter foi 1997. A quebra do jejum de dois anos sem o Gauchão vencendo o Grêmio na decisão, somada à atuações inesquecíveis ao longo da Copa do Brasil e do Gauchão, renderam ao goleiro a sonhada convocação à Seleção Brasileira, já em 98.

André foi vendido ao Cruzeiro por 3 milhões de reais, envolvendo metade dos direitos de Elivélton, que pertenciam ao Cruzeiro. Sob forte contestação, a venda foi de grande impacto negativo por parte da torcida, visto que nenhum goleiro foi trazido para preencher a vaga na posição.

Na Toca da Raposa, André conquistou as Copas do Brasil de 2000 e 2003, o Brasileiro de 2003, as Copas Sul-Minas de 2001 e 2002, e o Campeonato Mineiro de 2003. Duas graves lesões fizeram com que André perdesse o posto de titular no Cruzeiro em 2001.

De volta ao Inter em 2004, André se tornou reserva imediato de Clemer. Entretanto, o drama mais grave da carreira do goleiro aconteceu no segundo jogo da decisão do Gauchão de 2005, diante do 15 de Novembro.

Substituindo Clemer, que se lesionou no jogo de ida, André se chocou com um jogador do 15 de Novembro aos 22 minutos do segundo tempo, fraturando o antebraço em dois lugares. Do hospital, André viu o Internacional se sagrar campeão com dois gols de Souza.

A partir daí, a carreira do goleiro entrou em declínio, ao se transferir para o Juventude e sofrer mais lesões graves. O joelho de André o impediu de continuar a vestir suas luvas e o goleiro abandonou as traves em 2008.