Luís Carlos Martins

LUÍS CARLOS MARTINS
(meia)

Nome: Luís Carlos Martins Júnior
Data de nascimento: 23/5/1963
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1983-1984 - Grêmio
1985-1986 - Vasco
1986-1987 - Grêmio
1988-1990 - Internacional
1990-1991 - Atlético-PR


Quando Luís Carlos Martins foi lançado aos profissionais, a torcida do Grêmio não tinha dúvida de que ali estaria sendo formado um futuro craque do futebol brasileiro. A estreia de Luís Carlos como profissional não podia ser melhor. Na fogueira de um Gre-Nal, anulou o craque Rúben Paz, em um empate amarrado em 0 a 0, no Olímpico.

A partir daí, o jovem jogador passou a ter um destaque muito maior, tendo em vista seu talento e a sua determinação dentro de campo. Inicialmente, Martins jogava de volante, sendo substituto de China, que figurava em constantes convocações, mas sua vocação era na armação. No tricolor, chegou à decisão da Libertadores de 1984 e conquistou o Gauchão de 86.

Jogador de personalidade forte, contestava qualquer treinador que o colocasse na reserva. E foi isso que aconteceu em seus dois anos de Vasco, 85 e 87. Se entendeu com os técnicos Joel Santana e Sebastião Lazaroni por ficar no banco, além de escalá-lo fora de posição. Pelo Vasco, levantou a taça do Carioca de 1985.

Depois de uma fase conturbada no Vasco, regada a brigas, o passe de Luís Carlos foi repassado ao Internacional. E no Inter, chegou pregando comprometimento. Uma das principais características de Luís Carlos Martins era a de não ser jogador de beijar escudo. Nem mesmo do Grêmio, clube que o formou.

Levou a melhor na disputa com Gilberto Costa pela camisa 10 do Colorado, mesmo chegando acima do peso. A técnica do jogador ficou visível ao longo de seus dois anos de Beira-Rio, levando o Inter à decisão do Brasileirão de 88 e às semifinais da Libertadores de 89.

Depois do Inter, defendeu o Atlético-PR. Luís Carlos Martins até hoje carrega a admiração dos torcedores colorados mais antigos pela classe e dedicação á camisa vermelha.

Fabiano

FABIANO
(atacante)

Nome completo: Luiz Fabiano de Souza
Data de nascimento: 18/3/1975
Local: Rubim (MG)

CARREIRA:
1992 - Sertãozinho
1993 - XV de Jaú
1993-1996 - Juventus-SP
1996-2000 - Internacional
2001 - São Paulo
2001-2002 - Internacional
2002 - Santos
2002-2003 - Beitar Jerusalem-ISR
2004 - Atlético-MG
2004 - Marília
2005 - Olmedo-EQU
2006 - Canoas
2006 - Gama
2006 - CRB
2007 - Al-Mesaimeer-QAT
2008-2009 - São José-RS
2011 - União-FW


Impossível falar em Gre-Nal sem mencionar Fabiano, o Uh! Fabiano ou Fabiano Cachaça. A camisa 7 às costas de Fabiano remetia ao torcedor colorado um sentimento de nostalgia, ao se recordar de Valdomiro, outro histórico ponta-direita.



O Inter vivia uma época de constantes contratações de refugos do interior paulista. Dá pra contar nos dedos quantos desses deram certo no Beira-Rio. Fabiano, vindo da Juventus-SP, foi uma das provas de que é possível tirar bom proveito dessas apostas.

Começou bem o ano de 96, entrando no time ao longo do Gauchão, Copa do Brasil e Brasileirão. Sua atuação diante do Flamengo pelo Brasileirão foi impecável, marcando um golação de falta.

O ano de ouro da carreira de Fabiano foi 97. Às vésperas da final do Gauchão, simulou uma lesão com direito a lágrimas e tudo, dando indícios de que não jogaria a final. Resultado: Inter campeão, quebrando a hegemonia tricolor com um gol de Fabiano, uma patada no gol de Danrlei.

A cereja do bolo veio no dia 24 de agosto daquele ano. O Grêmio prometia patrolar o Inter no Olímpico, em jogo válido pelo Brasileirão. Fabiano deixou a zaga do Grêmio desnorteada, marcando dois gols, participando de outro e sendo ovacionado alucinadamente pela torcida colorada. O Inter terminou o Brasileirão em um honroso 3º lugar.

Depois dessa fase maravilhosa, formando um ataque maravilhoso ao lado de Christian, o rendimento de Fabiano caiu bastante. À medida que o atacante aparecia no DM, o time caía de produção. 98 e 99 foram terríveis. Mas Fabiano seguia aterrorizando o Grêmio nos clássicos.

A identificação de Fabiano com o Internacional é comovente. Carrega até hoje o carinho da torcida, tanto por arrasar a defesa tricolor nos Gre-Nais, como por não esconder a tristeza por não conseguir dar um título de maior expressão ao Colorado.

Pelo Inter, conquistou os estaduais de 1997 e 2002, além de levantar o Rio-São Paulo de 2001 pelo São Paulo, e o Brasileirão de 2002 pelo Santos.

Fabiano Cachaça embriagou os corações colorados com suas arrancadas pela ponta-direita, em tempos em que uma longa ressaca arrebentava a torcida, sedenta por títulos.

Narcizio

NARCIZIO
(atacante)

Nome completo: Francisco Narcizio Abreu de Lima
Data de nascimento: 12/7/1971
Local: Fortaleza (CE)

CARREIRA:
1991-1993
Ceará
1994
Ferroviário-CE
1995-1996
Botafogo
1996-1997
Gamba Osaka-JAP
1997
Vitória
1998
Ituano
1998
Internacional
1999-2000
Ponte Preta
2000
Paraná
2003
Uniclinic-CE
2004-2005
Ferroviário-CE

Atacante discreto e veloz, Narcísio começou a carreira profissional no Ceará, em 1991. Em 1993 se transferiu para o Ferroviário, onde jogou com Clemer e Nasa (ex-Vasco). No mesmo ano, se transferiu para o Yverdon, da Suíça.

Em 1994 foi para o Figueirense, onde conquistou o título catarinense. Fez 8 gols com a camisa do Figueira, mas não se firmou. O grande título de Narcísio veio em 1995: o Brasileirão, pelo Botafogo. Nem o esquema com três atacantes favoreceu o jogador, que seguiu desempenhando um futebol limitado.

Se transferiu para o Cerezo Osaka-JAP em 1996. Jogou ao lado dos ex-colorados Gilmar Rinaldi e Marquinhos, além de Sérgio Manoel (ex-colega de Botafogo) e Guga. Jogou 20 partidas e marcou 7 gols. Em 1997, jogou no Vitória ao lado de Bebeto e Túlio Maravilha, mas também não emplacou.

O Internacional trouxe o atacante em 1998, após jogar o primeiro semestre pelo Rio Branco-SP. No Inter, não marcou gols. Muito pelo contrário. Ficou marcado pela quantidade de gols perdidos e pelo mal posicionamento em campo.

Dispensado pelo Colorado, depois de 5 derrotas e 3 vitórias no Brasileirão, passou por Ituano, Paraná Clube e Ponte Preta. Sua amizade com o técnico Lula Pereira, treinador dos tempos de Figueirense, ajudou Narcísio a ir para América-MG, em 2001 e Avaí, em 2003. Encerrou a carreira pelo Ferroviário, em 2005.

Nórton

NÓRTON
(zagueiro)

Nome completo: Nórton César Costa
Data de nascimento: 20/7/1966
Local: Florianópolis (SC)

Carreira:
1984
Figueirense
1985-1989
Internacional
1990-1991
Sport Boys-PER
1992-1993
Internacional
1994
Corinthians
1995
Rio Branco-SP
1996
Tubarão
1997
Figueirense
1997
Paysandu
1998
Rio Branco-PR
2001
Tiradentes-SC



O zagueiro Norton jogou no Inter em uma fase de vacas magras, mas com lampejos e times interessantes. O final da década de 80 foi de um certo equilíbrio na história do Internacional. A falta de títulos era contrastada com grandes campanhas em competições nacionais.
Norton jogou nas categorias de base do Figueirense de 1979 até 1984, ano em que se profissionalizou. Além de jogar na zaga, Norton tinha qualidades de meia-armador. No mesmo ano, foi para o Internacional, mas apenas em 1987 teve a oportunidade de jogar como titular, após Pinga sofrer uma grave lesão, que o impediu de jogar por quatro anos.
As boas atuações do jovem Nenê acabaram por colocar Norton de novo na reserva. Mesmo assim, o zagueiro atuou em jogos importantíssimos na história do Colorado. Jogou a primeira partida da decisão do Brasileirão de 87, e a segunda partida da decisão do Brasileiro de 88, pois o titular Nenê foi expulso na ida. Em nenhuma das ocasiões, o Inter levantou o caneco.
Em 1989, o Inter fazia excelente campanha na Libertadores, até chegar o Olimpia, do Paraguai. Norton fez uma atuação excelente no jogo de ida, anulando o atacante Amarilla. Por ironia do destino, o troco veio no jogo de volta. Amarilla liquidou com o Internacional, eliminando o time vermelho nos pênaltis em pleno Beira-Rio.
Norton se transferiu para o futebol peruano em 1990, onde se tornou ídolo do Sport Boys. Jogou por lá aé 1991. Em 92, retornou ao Colorado. Começou o ano como titular, ao lado de Célio Silva. Até que Pinga teve plena recuperação e se destacou durante a Copa do Brasil. E Norton, finalmente, conseguiu conquistar seu único título de expressão pelo Internacional.
O zagueiro cabeludo saiu do Inter e foi para o Corinthians. Sua passagem se iniciou no banco, mas depois de Marcelo Djian ser vendido ao exterior e Henrique se lesionar, Norton teve oportunidades. Em seguida, se machucou também e ficou obsoleto.
A partir dali, sua carreira estagnou. Passou por Rio Branco-PR, Tubarão-SC, Paysandu, Figueirense e Tiradentes. Parou de jogar aos 35 anos.

Dauri

DAURI
(atacante)

Nome completo: Dauri de Amorim
Data de nascimento: 31/10/1973
Local: Garopaba (SC)

CARREIRA:
1992-1994 - Criciúma
1995 - Joinville
1995-1996 - Botafogo
1996 - Marítimo-POR
1997 - Grêmio
1998 - Guarani
1999 - Madureira
1999 - Bahia
2000 - América-SP
2000 - Joinville
2001 - Juventude
2002 - Goiás
2002 - Náutico
2003 - Figueirense
2003 - Paraná
2003 - Joinville
2004 - 15 de Novembro
2004 - Internacional
2005 - Caxias
2005-2006 - 15 de Novembro
2006-2007 - Paulista
2007 - Imbituba
2007-2008 - Marcílio Dias
2009 - Pelotas


Existem jogadores que se destacam em times de menor expressão, mas não emplacam em times grandes, de grandes torcidas.

Dauri começou a carreira voando, jogando pelo Criciúma. No seu segundo ano como profissional, com 20 anos, conquistou o título catarinense, sendo artilheiro da equipe na competição e marcando gols decisivos. Ficou no Criciúma até 1994.

Em 1995, se transferiu para o Joinville. O time não fez um bom campeonato, mas as atuações de Dauri fizeram com que o Botafogo mostrasse interesse no atacante. Dauri fez parte do grupo botafoguense campeão brasileiro, que tinha Túlio, Donizete Pantera e Sérgio Manoel no ataque. No time da estrela solitária, ficou até a metade de 96, depois da conquista do Campeonato Carioca.

Após uma passagem apagada pelo Marítimo-POR, Dauri foi para o Grêmio em 1997. Estreou na primeira partida da decisão da Copa do Brasil, contra o Flamengo. Sua passagem pelo Grêmio foi marcada por lesões e más atuações. Saiu no final do ano.

Passou por Guarani, Madureira, Bahia, América-SP, Joinville (novamente), Juventude, Figueirense, Goiás, Náutico e Paraná. Sempre com passagens discretas.

Em 2004, fez um ótimo Gauchão pelo 15 de Novembro, mesmo o clube de Campo Bom não se classificando para as semifinais do campeonato. Mas o ápice foi a classificação do 15 às semifinais da Copa do Brasil, com direito a goleada sobre o Vasco, no São Januário.

Seu desempenho despertou a atenção da direção colorada, que o contratou na metade do ano, após a eliminação do 15 para o Santo André. No Inter, não teve oportunidades e quando as teve, foi muito abaixo do esperado. Retornou ao 15 de Novembro no ano seguinte.

Pelo time de Campo Bom, viveu outro momento histórico na sua carreira. Eliminou o Grêmio na segunda fase da Copa do Brasil de 2006, nos pênaltis. Porém, o 15 caiu na fase seguinte para o Volta Redonda.

Jogou ainda por Caxias, Paulista de Juniaí, Imbituba, Marcílio Dias e Pelotas, seu último clube. Parou de jogar em 2009, aos 36 anos.