Gustavo (1997)

GUSTAVO
(lateral-direito)

Gustavo foi um lateral de grande potencial ofensivo, mas sem muito potencial de marcação. Oriundo das categorias de base do Guarani, fez parte de boas campanhas do Guarani, como o acesso à Série A em 92 e na excelente campanha de 1993, quando o Bugre parou na segunda fase.

Emprestado ao Palmeiras para o Brasileirão de 1994, se sagrou campeão brasileiro sendo reserva de Cláudio. Foi para o Flamengo em 1995, no ano do centenário rubro-negro, onde foi reserva durante o Campeonato Carioca.

Foi transferido para a Portuguesa para a disputa do Brasileiro de 95. Em 1996, retornou ao Palmeiras, novamente, sem oportunidades. O titular da posição era ninguém menos que Cafu.

Depois da venda de César Prates para o Real Madrid B, Gustavo foi uma solução barata e imediata, visto que a carência de bons laterais era um problema desde a saída de Luís Carlos Winck, em 1994.

Primeira opção na posição durante o primeiro semestre, perdeu posição pelo ótimo desempenho de Enciso, que passou a jogar improvisado. Entretanto, Gustavo passou a ser uma das convicções de Celso Roth na fase final do Brasileirão de 97.

Muitos colorados atribuem a desclassificação do time em virtude da escalação de Gustavo, já que Enciso fazia um Brasileirão impecável. Gustavo foi dispensado do time em 98, indo para o Cruzeiro.

No time mineiro, foi vice-campeão Brasileiro, também como reserva. Na ocasião, Vitor era o titular da posição. Gustavo ainda passou por Tenefire-ESP, Botafogo e América-MG, clube onde encerrou a carreira em 2002.

Daniel Frasson

DANIEL FRASSON
(volante)

Daniel, catarinense, começou a carreira no Figueirense em 1987, onde jogou até 1989. Mas foi no futebol paulista que o volante passou a aprimorar seu futebol.

No Bragantino, foi campeão da Série B do Brasileirão em 1989. Na Inter de Limeira, passou a ter visibilidade, o que o levou ao Palmeiras. Ao lado de César Sampaio, disputou a decisão do Paulistão de 93. Na ocasião, o Palmeiras quebrava um tabu de 15 anos sem levantar uma taça. Frasson foi reserva imediato de Amaral no Verdão.

Chegou ao Internacional para a disputa do Brasileirão de 1993. Passou a ser utilizado na lateral-direita na maior parte de sua passagem pelo Inter. Perdeu a posição com a chegada de Luís Carlos Winck.

Em 95, foi para o Atlético-MG, onde se tornou campeão mineiro. Depois de passar por Paraná, Juventude, Juventus-SP, Criciúma, Paulista, Iraty, XV de Piracicaba e Portuguesa Santista, voltou a ser campeão estadual em 99, pelo Figueirense.

Após nova passagem pela Inter de Limeira, foi para o Fortaleza, onde se tornou um dos ídolos do time ao marcar o gol do título cearense que quebrou a hegemonia de quatro anos do Ceará. Um ano depois, levantou mais uma vez o caneco do Cearense

Defendeu o Guarany de Sobral em 2002 e teve mais uma passagem pelo Fortaleza em 2003, ano em que pendurou as chuteiras.

(agradecimento ao Dion Oliveira pelas erratas)

Palmeiras x Internacional (Campeonato Brasileiro 1979)


O Campeonato Brasileiro de 1979 foi enxuto e envolveu 94 clubes ao todo. Os times do eixo Rio-São Paulo entraram apenas na segunda fase, sendo que São Paulo, Corinthians, Santos e Portuguesa abriram mão da disputa, por priorizarem um Torneio Rio-SP que acabou não acontecendo.

A rivalidade do Internacional com o técnico Telê Santana começou em 1977, quando o Grêmio quebrou a hegemonia de oito títulos estaduais do lado vermelho. Mais uma vez, Telê estava no caminho do Sport Club Internacional, dessa vez, pelo Palmeiras, na semifinal na competição.

Palmeias e Internacional buscavam seu terceiro título nacional. O Palmeiras tinha um time jovem, muito diferente do time de 72 e 73, mas com muita qualidade individual. O Inter contava com a experiência de Falcão e Batista e o talento de Jair, além do fato de estar invicto na competição.

O jogo começou com o Palmeiras tocando o terror na defesa colorada. Baroninho investia nas cobranças de falta, enquanto Gilmar fechava a meta alvi-verde. O Inter apostava nos contra-ataques para percorrer o caminho do gol.

Aos 34 minutos do primeiro tempo, Benitez rebate um cruzamento de Jorge Mendonça. A bola cai nos pés do insistente Baroninho que chuta com força da entrada da área. O Palmeiras abria o placar no Morumbi.

O Palmeiras seguia na pressão, mas o Internacional não deixava de persistir. Mário Sérgio e Falcão assustavam o time palmeirense com um show de técnica e habilidade. O time colorado não desistia e conhecia seu potencial.

O Inter chegou ao empate aos 5 minutos do segundo tempo, em um chute de Jair, de fora da área. O arremate não foi forte, é verdade, mas Gilmar foi traído pelo morrinho artilheiro. Palmeiras 1 x 1 Internacional.

Mal deu tempo do Inter comemorar e o Palmeiras passava adiante do placar mais uma vez, aos 10 minutos do segundo tempo. Pires, da intermediária, lança Jorge Mendonça, que dá um drible mágico em Mauro Galvão e chuta no canto de Benítez.

O time colorado não se entregou e seguiu martelando, até que Valdomiro cruza para dentro da área e Falcão cabeceia no cantinho de Gilmar. Era mais um empate colorado aos 19 minutos.

Chances incríveis eram desperdiçadas pelo Palmeiras, especialmente pelo atacante Carlos Alberto. O Inter mandava na meia cancha e Mário Sérgio fazia o que queria com os homens de contenção palmeirenses.

O gol da vitória veio, literalmente, na coragem. Cláudio Mineiro cruzou, a bola foi rebatida duas vezes de cabeça dentro da área. Até quicar entre Falcão e Mococa. O volante colorado enfiou o pé e só teve tempo de tirá-lo, até a bola estufar as redes, aos 25 minutos da segunda etapa.

A vitória colorada se consolidava na genialidade de Paulo Roberto Falcão, que foi comparado a Mococa pela imprensa paulistana, lançando a manchete "Falcão ou Mococa?". A bola mostrou quem a tratava com mais carinho, e o Inter dava um grande passo à decisão do Brasileirão.

Veja os melhores momentos desse partidaço:

Beliato

BELIATO
(zagueiro)


Nome completo: João Carlos Beliato

Beliato nunca teve o status de grande zagueiro do futebol brasileiro, mas sempre teve como principais virtudes a lealdade e a confiança com que encarava as divididas com os atacantes adversários.

O discreto zagueiro começou a carreira no Ypiranga-SP, em 1970, passando pelo Fluminense-MG em 1971 e sendo contratado pelo Palmeiras em 72. No Verdão, Beliato não teve muitas chances, pois a zaga titular era Alfredo e Luís Pereira. Mesmo assim, o zagueiro esteve no time campeão brasileiro de 1972.

Depois de pedir dispensa para Osvaldo Brandão, foi buscar um time para ser titular. Sua nova casa foi o Náutico. No time de Recife, foi ídolo da torcida, jogando por cinco temporadas no clube. Nem mesmo propostas do Sport conseguiram tirá-lo do alvi-rubro.

Com a saída de Figueroa, Beliato foi trazido como uma das posibilidades para jogar ao lado de Marinho Peres. Em 77, quem assumiu a titularidade foi Gardel. Já em 1978, Beliato assumiu a condição de titular no time campeão gaúcho, depois de se recuperar de um ano ruim.

No ano de 1979, depois de um péssimo Gauchão, a auto-estima colorada foi recuperada em grande estilo, com o título nacional invicto. Beliato perdeu a posição para Mauro Pastor, mas entrou ao longo dos jogos, sem falhar.

Deixou o Inter em 1980, rumando ao seu último clube, o extinto Pinheiros-PR. Pendurou as chuteiras aos 32 anos.

Ênio Andrade

ÊNIO ANDRADE
(meia)

Nome completo: Ênio Vargas de Andrade
Data de nascimento: 31/1/1929
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1948-1950
São José-RS
1950-1951
Internacional
1951-1958
Renner
1958-1960
Palmeiras
1961
Náutico
1962
São José-RS


O multicampeão Ênio Andrade, além de ter sido um excelente treinador, foi um meia cancha dotado de grande habilidade na perna direita e uma visão de jogo considerada genial. Sua carreira no futebol começou no São José-POA em 1948.



Dois anos depois de se profissionalizar, se transferiu para o Internacional. Conquistou os títulos estaduais de 50 e 51, jogando ao lado de grandes nomes do Colorado, como Larry, Bodinho e Chinesinho.



No Renner, extinto clube de Porto Alegre, viveu o grande momento da sua carreira, quando venceu o Gauchão de 1954, quebrando a hegemonia Gre-Nal que foi estabelecida em 1940. Depois desse título, somente em 98 um clube além de Inter e Grêmio levantou a taça do Gauchão. No ano de 1956, integrou a Seleção campeã panamericana, formada com jogadores de times gaúchos.

Em 1958, deixou o Rio Grande do Sul e foi se aventurar no Palmeiras, reencontrando Chinesinho, ex-companheiro de Internacional. Mais uma vez, foi campeão estadual. Venceu o Paulistão em cima do Santos, de Pelé, em 1959. E em 1960, faturou a segunda edição da Taça Brasil.

Depois de passar pelo Náutico, em 1961, retornou ao São José, até encerrar a carreira como jogador em 62.

Como técnico, Ênio Andrade é muito querido pelas torcidas de São José, Internacional, Grêmio, Coritiba e, especialmente, do Cruzeiro. Até hoje, Ênio Andrade é admirado por grandes treinadores do futebol nacional.

Ênio foi um dos maiores treinadores do Brasil, sendo três vezes campeão brasileiro, mineiro, pernambucano, e de competições da Conmebol. Faleceu em janeiro de 1997, depois de complicações pulmonares.