Aloísio

ALOÍSIO
(zagueiro)

Nome completo: Aloísio Pires Alves
Data de nascimento: 16/8/1963
Local: Pelotas (RS)

CARREIRA:
1983-1988
Internacional
1988-1990
Barcelona-SP
1990-2001
Porto-POR

Aloísio foi um dos grandes zagueiros colorados nos anos 80, fazendo duplas inesquecíveis ao lado de Mauro Galvão e Pinga. Defensor que mesclava frieza, vigor e elegância na saída de jogo, Aloísio defendeu o Internacional em um dos seus períodos mais complicados.

Na década de 80, o rival vivia uma fase hegemônica, ao mesmo tempo em que alguns atletas do Internacional ganhavam destaque no cenário nacional. Promovido aos profissionais em 1983, o notável zagueiro amadurecia, enquanto via seus companheiros irem e virem.

Depois da saída de Mauro Galvão em 86 e a grave lesão de Pinga em 87, Aloísio serviu de referência para os jovens Laércio e Nenê. Posto à prova, o defensor não decepcionou, ajudando o Internacional a chegar na decisão da Copa União de 1987, quando o Colorado perdeu a decisão para o Flamengo.

Na vitrine, após a medalha de prata dos Jogos Olímpicos de Seul, Aloísio chamou a atenção do mercado europeu, indo parar no Barcelona na metade de 88. Passadas duas temporadas e depois de conquistar a Recopa Europeia e a Copa do Rei, rumou para Portugal, onde defendeu o Porto.

Chegou por empréstimo no início da temporada 1990/1991 e conquistou o coração dos torcedores do Porto. Dispensado do Barcelona, então dono do seu passe, Aloísio assumiu a titularidade e não largou mais o posto de xerife da zaga do porto.

Conquistou 7 títulos portugueses, 4 Taças de Portugal e 7 Supertaças Cândido de Oliveira (a Recopa de Portugal), e ainda ajudou o Porto a chegas às semifinais da Liga dos Campeões da temporada 1993/1994, perdendo para o seu ex-clube, o Barcelona.

Até hoje, o zagueiro é saudado como um dos maiores zagueiros da história do Porto. Os colorados mais antigos também lembram de Aloísio como um dos lampejos mais notáveis da década das vacas magras.

Torneio Viña del Mar 1978

Internacional buscava a reabilitação após o decepcionante ano de 1977. Com a hegemonia de oito títulos estaduais consecutivos quebrada, uma campanha mediana no Campeonato Brasileiro e sem contar com o mítico zagueiro Elias Figueroa, o Colorado precisava se reerguer, conquistar a confiança da torcida e restaurar o ânimo do grupo. A pré-temporada de 78 iniciou com o Torneio Viña del Mar.


Disputado no tradicional estádio Sausalito, a primeira edição do torneio foi em 76, vencido pelo Fluminense. O Internacional queria trazer o caneco novamente para o Brasil em 1978. Os adversários colorados foram os anfitriões Everton-CHI e o Colo Colo-CHI. Com duas vitórias, o Internacional se tornou campeão e trouxe a taça para Porto Alegre.


No primeiro jogo do triangular, Internacional e Colo Colo se enfrentaram e os gaúchos venceram a partida por 2 a 1. Severino Vasconcelos e Alcione garantiram a vitória colorada.


FICHA PARCIAL DO JOGO
AMISTOSO 1978 - TORNEIO VIÑA DEL MAR
COLO COLO-CHI 1 X 2 INTERNACIONAL
Data: 11/02/1978
Local: Estádio Sausalito (Viña del Mar/CHI)
Gols: Orellana 26'/1 (CC); Vasconcelos 14'/2 (I) e Alcione 41'/2 (I).


Precisando de uma vitória simples, o Internacional jogou com o time da casa com a casa cheia. O resultado simples de 1 a 0 deu o título para o Colorado. Pela primeira vez, o Internacional conquistava um torneio no Chile. Luizinho Lemos foi o autor do gol do título.


FICHA PARCIAL DO JOGO
AMISTOSO 1978 - TORNEIO VIÑA DEL MAR
EVERTON 0 X 1 INTERNACIONAL
Data: 11/02/1978
Local: Estádio Sausalito (Viña del Mar/CHI)
Árbitro: Juan Silvagno (CHI)
Gols: Luizinho Lemos 6'/1

Sérgio Márcio

SÉRGIO MÁRCIO
(zagueiro)


Nome completo: Sérgio Márcio Inocêncio
Data de nascimento: 17/7/1962
Local: Campinas (SP)

CARREIRA:
1982 - São Paulo
1982-1985 - Araçatuba
1986-1989 - Avaí
1990-1991 - Figueirense
1991 - Campo Mourão-PR
1992-1993 - São Luiz-IJ
1993 - Lajeadense
1993 - Internacional
1994 - Guarani-VA
1995 - ABC-RN
1996-1997 - Brasil-PEL


Sérgio Márcio começou a carreira no São Paulo, em 1982. No ano seguinte foi emprestado ao Araçatuba, mas sua trajetória profissional foi consolidada no sul do país.

O zagueiro é considerado um dos grandes heróis da conquista do título catarinense de 88, defendendo o Avaí. No jogo de maior público da história da Ressacada, o Avaí levantou o caneco depois de 13 anos de jejum. O técnico avaiano era o uruguaio Jorge Fossati.

Depois de passar pelo Avaí, defendeu Campo Mourão-PR e Figueirense, até trocar Santa Catarina pelo Rio Grande do Sul. Jogou no São Luiz de Ijuí em 1992 e 1993, e foi para o Lajeadense ainda em 93. Após uma boa apresentação no Gauchão daquele ano, foi contratado para reforçar o Internacional no Campeonato Brasileiro.

O time do Internacional era um emaranhado de reforços vindos "de balaio" e, com a campanha ruim no campeonato, Sérgio Márcio acabou sobrando, assim como mais da metade do elenco colorado.

Voltou ao interior em 1994 para jogar no Guarani de Venâncio Aires. No ano seguinte, rumou ao Rio Grande do Norte, onde se sagrou campeão potiguar pelo ABC.

Seu último clube foi o Brasil de Pelotas, onde ficou em 96 e 97. Jogou no Xavante ao lado de outros ex-jogadores do Internacional, como o zagueiro Zózimo e o atacante Lima.

América-MG 1 x 1 Internacional (Copa Sul-Minas 2000)

Três minutos. Esse foi o tempo em que o Internacional esteve classificado para a segunda fase da Copa Sul-Minas de 2000. A eliminação para o América-MG, não surpreendeu nenhum torcedor colorado na época, que via o time em frangalhos e como uma grande incógnita depois de uma temporada melancólica, como foi 1999.

Foto: Correio do Povo
Depois da Copa Sul de 1999, times de Minas Gerais foram inclusos na  competição a partir de 2000, formando a primeira Copa Sul-Minas. No  grupo do Internacional, Avaí, Atlético-PR e América-MG. Na última  rodada, o Colorado dependia de si e de resultados paralelos para se classificar.
O América-MG também dependia de uma vitória para se classificar. A esperança dos mineiros era depositada em Zé Afonso, dispensado pelo Grêmio no final do ano anterior. O Internacional era liderado por Dunga, herói colorado na fuga do rebaixamento do Brasileiro de 99.
Ambos os times começaram a partida cautelosamente, brigando pela bola no meio-de-campo, sem ousadia e criatividade. Já na segunda etapa, Lúcio abriu o placar após o bate-rebate em uma cobrança de escanteio. A alegria colorada aumentou quando o Grêmio Maringá empatou a partida contra o Coritiba.
Como visto muitas vezes, o Internacional se acomodou com o resultado e recuou o time. Depois de pressionar o Inter durante quase todo o segundo tempo, o América empatou a partida aos 42 minutos. O Internacional protagonizou mais uma decepção ao seu torcedor, enquanto o do América festejava a classificação.

FICHA DO JOGO
COPA SUL-MINAS 2000
PRIMEIRA FASE
AMÉRICA-MG 1 X 1 INTERNACIONAL
Data: 13/02/2000
Local: Independência (Belo Horizonte/MG)
Árbitro: Evandro Roman (PR)
Gols: Lúcio 6'/2 (I); Zé Afonso 42'/2 (A)
AMÉRICA-MG: Milagres; Estêvam (Tucho), Dênis, Wellington Paulo e Fabrício; Edgar, Pintado e Ruy; Rinaldo, Palhinha (Álvaro) e Welington Amorim (Zé Afonso). Técnico: Flávio Lopes.
INTERNACIONAL: João Gabriel; Lúcio, Ronaldo e Espínola; Denílson, Enciso, Dunga (Paulo César), Juca (Claiton) e Elivélton; Fabiano (Marcelo Scott) e Rodrigão. Técnico: Zé Mário.

Veja os melhores/piores momentos da partida.

Luiz Fernando Gomes

LUIZ FERNANDO GOMES
(meia)

Nome completo: Luiz Fernando Gomes da Costa
Data de nascimento: 15/11/1971
Local: Porto Alegre

CARREIRA:
1990-1992
Internacional
1992
Braga-POR
1993-1994
Real Madrid B-ESP
1994
Internacional
1995-1996
Cruzeiro
1997
Londrina
1997
Rio Branco-SP
1997
XV de Piracicaba
1998
Ponte Preta
1998-1999
América-SP
1999-2000
Guarani
2000
Goiás
2001
Guarani
2001
Gama
2002
Marília
2002
Santo André
2003
Brasiliense
2004
Pelotas

O porto-alegrense Luiz Fernando Gomes foi um meia promissor no início dos anos 90. Profissional do Internacional desde o ano de 1990, começou a carreira em ascensão. No mundial sub-20 de 1991, em Portugal, Luiz Fernando disputou todas as partidas. O Brasil foi derrotado nos pênaltis na decisão diante dos anfitriões.

O desempenho do meia despertou a atenção dos europeus e, em 1992, Luiz Fernando foi contratado pelo Braga-PT. No ano seguinte, foi parar no Real Madrid B-ESP. Retornou ao Internacional em 94, depois de duas temporadas na Europa. Reserva de Caíco e Luís Fernando Souza, o meia esquentou o banco até o final do ano, quando se transferiu para o Cruzeiro.

No time de Minas Gerais, Luiz Fernando protagonizou duas cenas grotescas. Em partida válida pelo Brasileirão de 1995 entre Vasco e Cruzeiro, Nélson e Luiz Fernando caíram no chão depois de uma dividida. Na sequência do lance, Nélson "patolou" o meia cruzeirense, que ficou no chão.

Na semana seguinte, Cruzeiro e São Paulo se enfrentariam no Mineirão em jogo válido pela Supercopa. A partida teve lances violentos e quatro expulsões na mesma jogada. Eis que o lendário técnico Ênio Andrade ordena que Luiz Fernando simule uma contusão, pois, segundo as regras da FIFA na época, o time não poderia ir a campo com apenas seis jogadores. No jogo de volta, o Cruzeiro venceu o São Paulo e obteve a classificação para a fase seguinte.

Depois da passagem pelo Cruzeiro, o meia passou por vários clubes do Brasil. Na reta final de sua carreira, conquistou o acesso à Série B em 2002, defendendo o Marília. No ano seguinte, disputou a segunda divisão pelo Brasiliense. Pendurou as chuteiras em 2004, após o Gauchão, defendendo o Pelotas.