César Silva

CÉSAR SILVA
(goleiro)

Nome completo: César Tadeu da Silva
Data de nascimento: 22/2/1966
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1986-1989 - Internacional
1989-1990 - Mogi Mirim
1991 - Internacional
1992-1993 - Esportivo
1993 - Paysandu
1994 - Cerro Porteño
1994-1995 - Internacional
1996-1997 - Rio Branco-SP
1998-2000 - Avaí
2001-2002 - São José-RS


Muitos jogadores que não deram certo no Internacional se deram muito bem em outros clubes. Pode ser que haja sorte em outros lugares quando a esperança se acaba em casa.

César Silva subiu para os profissionais do Internacional aos 20 anos, em 1986. Sem chances no gol, que tinha Taffarel e Ademir Maria, foi por empréstimo ao Mogi Mirim. Jogou no time que antecedeu o famoso Carrossel Caipira.

Retornou ao Internacional em 1991 e, novamente, não tinha espaço. Dessa vez, o Inter tinha Gato Fernandez, Ademir Maria e Maizena. Passou por Esportivo-RS e Paysandu, sem destaque e com atuações nada convincentes.

Em 1994 foi para o Cerro Porteño, também por empréstimo. Começou o ano como titular, disputando a Libertadores. Ao seu lado, Arce, Gamarra, Enciso e Lima defendiam o clube paraguaio. Após falhas decisivas e uma derrota contra o Olimpia por 3 a 1, César foi dispensado e voltou ao Internacional. Chegou a tempo de conquistar o Gauchão, mas como reserva.

No ano de 95, começou a temporada como titular, tendo André à sua sombra. Entretando, falhas em um jogo contra o Juventude, em que o Inter perdeu de 5 a 1 no Alfredo Jaconi, colocaram a trajetória do goleiro em xeque. A confirmação veio em uma grave lesão no Gauchão. César ficou o segundo semestre todo na geladeira. Até lá, o Inter já contava com o argentino Goycochea.
Depois de dois anos no Rio Branco-SP, César Silva foi contratado pelo Avaí, onde se tornou um dos maiores ídolos da história do clube. Em seu primeiro ano, conquistou a Série C do Brasileirão. Ainda se tornou o maior goleiro-artilheiro do clube com 9 gols em seus 3 anos. O goleiro, de personalidade forte, se destacava pelas suas atuações em clássicos contra o Figueirense. Jamais perdeu: 5 vitórias e 6 empates. Antes de encerrar a carreira, jogou pelo São José, de 2001 a 2002.

Eros Perez

EROS PÉREZ
(lateral-esquerdo)


Recentemente, o Internacional trouxe o jovem atacante argentino Luque, vindo do Colón. O jogador mal chegou e sofreu as primeiras lesões. Porém, não é a primeira vez que o Internacional contrata um jogador do clube argentino que acaba ficando inválido.



Dênis frequentemente estava no departamento médico, e a outra alternativa para a lateral-esqueda era o jovem Wederson, que ainda era uma aposta. Com cofres vazios e orçamento baixo, em 2001 o Inter foi à Argentina trazer o chileno Eros Pérez.

Eros Perez atuou algumas (poucas) vezes pela seleção chilena e teve a aprovação do técnico Parreira para vir à Porto Alegre. Chegado ao Inter com "o aval de Figueroa", segundo a revista Placar, o lateral teve o azar de se lesionar antes de engatar uma série de jogos. Uma das maiores broncas sobre o jogador era referente à sua baixa estatura. 

Atuou em apenas três partidas em seis meses pelo Colorado. Sofreu uma fratura de stress e ficou parado nesse período. Foi dispensado e seu destino foi o Gimnasia de La Plata. Hoje é comentarista de futebol em uma emissora chilena.

Sandro Becker

SANDRO BECKER
(zagueiro)

Nome completo: Sandro Becker
Data de nascimento: 14/1/1971
Local: Redentora (RS)

CARREIRA:
1990-1992 - Internacional
1992 - Flamengo
1993 - Aimoré
1994 - Lajeadense
1995 - Cidreira
1996 - Uberlândia-MG
1997 - Santo André
1997-1998 - Hamburgo-ALE
1998 - Inter de Limeira
1999 - Malutrom


Muitos jogadores colorados conquistaram títulos no banco de reservas. Às vezes pelo fato de os titulares serem muito melhores, às vezes porque a debilidade técnica fala mais alto.



Era o caso do zagueiro Sandro Becker, um alemão de 1,85m e um futebol digno de um cabeça-de-bagre. Jogou no Internacional de 1990 a 1992. Venceu o Gauchão em 1991 e 1992, e a Copa do Brasil de 92, sempre à sombra de Célio Silva e Pinga.


Em 1992 se transferiu para o Flamengo, onde conquistou o título nacional no banco de reservas. Depois de sua passagem relâmpago pelo Rio de Janeiro, voltou para o Rio Grande do Sul. Disputou o Gauchão de 1993 pelo Aimoré, de São Leopoldo.

Ainda rodou por Lajeadense, Uberlândia-MG e Santo André, antes de jogar uma temporada na Alemanha, jogando pelo Hamburgo. Em 1998, foi contratado pela Inter de Limeira. Sem ritmo e depois de falhar constantemente, rumou ao Paraná, para jogar pelo Malutrom, em 1999.

Após encerrar a carreira, se tornou agente de jogadores. Atualmente, tem uma empresa na área chamada SBecker. Seu primeiro agenciado foi o zagueiro Lúcio. Hoje trabalha com o atacante Ricardo Goulart, o volante Leandro Guerreiro e o zagueiro Jackson.

Letelier

LETELIER
(atacante)


Nome completo: Juan Carlos Letelier Pizarro

O rebaixamento à Série B é uma vergonha que clube nenhum gosta de passar. No Brasil, apenas Internacional, Cruzeiro, Flamengo, Santos e São Paulo não passaram por esse constrangimento. O Inter chegou muito perto dessa vergonha por três vezes.

A primeira vez que o Colorado esteve próxima do descenso, em 1990, foi difícil. Duas temporadas antes, o Inter havia chegado a um bi-vice do Brasileirão. O auge das vacas magras foi em 1989, na derrota traumática para o Olimpia nas semifinais da Libertadores, em casa e de casa cheia.

O grêmio havia sido hexacampeão gaúcho e o Colorado amargava 6 anos sem levantar uma mísera taça. Passada a Copa do Mundo, o Inter se reforçou para o Brasileirão de 1990, trazendo um centroavante goleador do Chile: Letelier, carrasco brasileiro na Copa América de 1987.

Disputou a Copa do Mundo e chegou ao vice da Libertadores, com o Cobreloa em 1982, se sagrando um dos grandes nomes do futebol sul-americano. Entretanto, foi um atacante mediano no Internacional. Tudo bem que a fase não era boa, mas para um jogador de renome, foi decepcionante.

A única boa recordação que se tem de sua meteórica passagem pelo Beira-Rio foi ter feito o gol que salvou o colorado do rebaixamento, contra a Portuguesa. Letelier disputou 10 partidas e marcou apenas 3 gols com a camisa vermelha.

Com certeza, é um jogador que não deixou muitas saudades pelas bandas da Padre Cacique.

Gil Baiano

GIL BAIANO
(meia)

Nome completo: Gilberto Alves da Silva

Ficar de fora na final do Gauchão em 2000 foi constrangedor para o torcedor colorado. A derrota para o Grêmio nas semifinais, com aquela falta do Ronaldinho, desviando no Lúcio e iludindo o Hiran, foi dolorida. Tanto que doeu mais ainda ao ver o Fabiano Cachaça chorando, desolado.

Felizmente, havia um Caxias no caminho. O time grená chegou na decisão comendo pelas beiradas e papou o tricolor na final de forma avassaladora. 3 a 0. O primeiro gol foi marcado por Gil Baiano.

A história desse meio-campo é curiosa. Antes de encaçapar o Grêmio em 2000, Gil Baiano fazia parte do elenco do Juventude em 1999, quando fomos impiedosamente goleados pela papada naquela derrota traumática. O meia não chegou a atuar contra o Inter naquelas semifinais.

Gil Baiano foi trazido para a disputa do Brasileirão de 2000 e ficou até 2001, sem atuações destacáveis. Zé Mário tinha preferência por Elivélton, Diogo Rincón e Marcelo Rosa. Em 2001, com Parreira no comando, o meio-campo colorado tinha Silvinho, Jackson e Martinez.

Sem chances, Gil Baiano deixou o Inter e foi para o Brasiliense, em 2002. Chegou ao vice-campeonato da Copa do Brasil, perdendo a decisão para o Corinthians em uma decisão (pra variar) polêmica.

Encerrou a carreira no Caxias em 2010, aos 39 anos.