Gustavo Nery

GUSTAVO NERY
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Gustavo Nery de Sá da Silva

Uma incógnita. Assim pode se classificar a carreira de Gustavo Nery. Difícil entender como um jogador consegue alternar momentos excelentes e muito ruins, do apogeu ao inferno em um intervalo tão curto de tempo.

Gustavo Nery começou a carreira no Santos, em 1994. Lateral-esquerdo com boas características defensivas, como marcação e desarme, foi emprestado ao Ceará para pegar experiência. Retornou ao Santos em 96, mas o time já não era o mesmo do ano anterior. Nery não substituiu Marcos Adriano à altura e foi emprestado ao Coritiba por um ano.

Retornou ao Santos, quando conquistou seu primeiro título da carreira, a Copa Conmebol de 98. Na ocasião, foi reserva de Athirson. A boa fase de 1998 passou e o Santos voltou a ser um time irregular. Nery acabou emprestado ao Guarani.

Depois da passagem pelo Brinco de Ouro, a carreira de Gustavo Nery começou a deslanchar. Contratado pelo São Paulo em 2000, começou a ter visibilidade e boas atuações. Conquistou o Rio-São Paulo de 2001 e o Supercampeonato Paulista de 2002. Grandes momentos no tricolor paulista levaram o lateral à Seleção, onde se sagrou campeão da Copa América como titular de Parreira.

Conseguiu uma transferência para o Werder Bremen, mas lesões passaram a interferir na carreira do jogador. Após um semestre mal na Alemanha, o Corinthians resgatou o lateral. Campeão do controverso Brasileirão de 2005, Ney não reviveu a boa fase em 2006.

Em 2007, forçou sua saída e uma transferência ao Zaragoza-ESP. Voltou ao Corinthians no meio do Brasileiro, quando o time foi rebaixado. O lateral foi fortemente criticado por não disputar os jogos decisivos do campeonato e ganhou a fama de "chinelinho".

No ano seguinte, mais lesões e frustrações no Fluminense, até ser contratado pelo Inter. Como de costume, viveu altos e baixos também no Colorado. Nem o título da Copa Sul-americana fez com que a torcida confiasse no futebol do lateral. Permaneceu no Inter até abril de 2009, quase sem atuar no ano.

Depois de ser dispensado, foi para o Santo André, que acabou o Brasileirão na zona de rebaixamento. Jogou no Santo André até 2010, quando se aposentou. Voltou a jogar em 2012, pelo São Bernardo, mas a volta de Gustavo Nery foi tão rápida quanto seu bom desempenho nos clubes onde passou.

Diego Aguirre

DIEGO AGUIRRE
(atacante)

Nome completo: Diego Vicente Aguirre Camblor
Data de nascimento:
Local: Montevidéu (URU)

CARREIRA:
1983-1985
Liverpool-URU
1986-1987
Peñarol-URU
1987-1988
Fiorentina-ITA
1988-1989
Internacional
1990
São Paulo
1991
Portuguesa
1991
Peñarol-URU
1992
Independiente-ARG
1992-1993
Bolivar-BOL
1993-1994
Marbella-ESP
1994-1995
Ourense-ESP
1995
Peñarol-URU
1996
Deportivo FAS-ELS
1996-1997
Peñarol-URU
1997-1998
River Plate-URU
1999
Rentistas-URU

Atacante de grande raça e determinação, e com o faro de gol de um típico carrasco, Diego Aguirre era notável pela sua entrega dentro de campo e por não se intimidar diante de qualquer adversário.

Diego Aguirre iniciou sua trajetória profissional no Liverpool, de Montevidéu, em 1983, onde permaneceu até o ano de 1985. No ano de 86, foi para o Peñarol. Ficou conhecido como "La Fiera" pela torcida carbonera, devido à sua bravura e garra. Em seu primeiro ano no Peñarol, conquistou o título uruguaio.

Na final da Libertadores de 1987, o Peñarol enfrentou o América de Cáli. O time colombiano chegara à sua terceira final seguida, sendo derrotado nas duas anteriores. A esperança do título durou até o último minuto do terceiro jogo da decisão, quando Diego Aguirre calou a torcida do América, que fazia contagem regressiva, com um chute forte, levando a torcida do Peñarol ao delírio em Santiago, no Chile.

Depois, jogou uma temporada na Grécia, pelo Olimpiakos, antes de se transferir ao Internacional, graças ao empresário Juan Figger. No Inter, foi reserva imediato do centroavante Nílson, mas nunca se queixou de sua condição. Pelo contrário, sempre mostrou empenho quando exigido.

Substituiu Leomir no Gre-Nal do século, pois Abel colocou o time do Inter para a frente, mesmo com o lateral Casemiro expulso. Na Libertadores de 1989, foi essencial para que o Inter fizesse uma campanha excelente, parando nas semifinais. Diego Aguirre foi essencial nos embates diante do seu amado Peñarol e contra o Bahia.

Em 1990 foi para o São Paulo. Assumiu a condição de titular com o técnico Pablo Forlán, mas com a chegada de Telê Santana acabou perdendo espaço. Em sua passagem pelo São Paulo, marcou um golaço de bicicleta contra o Grêmio.

Ainda passou por Portuguesa, novamente pelo Peñarol, Marbella-ESP, Danubio-URU, Ourense-ESP, Deportivo FAS-ELS, Deportes Temuco-CHI, River Plate-URU e Rentistas-URU. Foi campeão salvadorenho em 1996, pelo Deportivo FAS.

Em 2011, retornou ao Beira-Rio, no duelo em que o Peñarol se classificou em cima do Internacional nas oitavas-de-final da Libertadores. Na ocasião, Aguirre conduziu o Peñarol à final do certame, perdendo a decisão para o Santos.

Fabiano Costa

FABIANO COSTA
(meia)

Fabiano é um meio-de-campo discreto, desses que não fica em evidência e nem faz muita questão. Na verdade, o meia é muito mais conhecido por ser o "genro do Luxemburgo" do que pelo seu futebol.

O jogador começou a carreira nas categorias de base do São Paulo, onde jogou de 1994 a 1997, ano em que se tornou profissional. O tricolor buscava seu bom futebol do início dos anos 90, mas o fim da era Telê, em 1996, fez com que o São Paulo perdesse muito a qualidade.

Conquistou o Paulistão de 1998 e o Torneio Rio-São Paulo de 2001, ambos na condição de reserva. Fabiano Costa foi campeão do Pré-Olímpico, mas caiu diante de Camarões nas Olimpíadas.

Após retornar ao São Paulo e amargar a reserva, ainda testemunhou o surgimento de outros grandes meias com a camisa do São Paulo: Júlio Baptista e Kaká. Acabou emprestado à Portuguesa na metade de 2001.

Em 2002, foi um dos primeiros reforços para o início da reformulação do Inter, a partir da gestão Fernando Carvalho. Fez um bom primeiro semestre, mas a campanha no Brasileirão refletiu no desempenho de muitos jogadores. A fim de enxugar a folha de pagamento, Fabiano foi dispensado no final do ano, assim como quase todo o time.

Foi para o Santos em 2003, onde chegou à decisão da Libertadores, perdendo para o Boca. A partir daí, passou por vários clubes, como Albacete-ESP, Necaxa-MEX, América-MEX, Puebla-MEX, Atlético-MG, Sport, Avaí, Osasco Audax e XV de Piracicaba. Pelo Galo, foi campeão mineiro em 2010.

Batista

BATISTA
(volante)

Nome completo: João Batista da Silva
Data de nascimento: 8/3/1955
Local: Porto Alegre (RS)

Carreira:
1974-1982
Internacional
1982
Grêmio
1983
Palmeiras
1983-1985
Lazio-ITA
1985
Avellino-ITA
1985-1987
Belenenses-POR
1988-1989
Avaí

O torcedor colorado é passional e corneteiro por tradição. Ao ver um ídolo trocar o Olímpico pelo Beira-Rio, independente da circunstância, o torcedor fica possesso. Porém, o caso de Batista envolve muito mais do que o fator rivalidade Gre-Nal. A carreira de Batista teve três grandes embates ao longo de sua trajetória: enfrentou os adversários, a imprensa do eixo Rio-São Paulo, e a ira da torcida colorada ao vestir azul.
Batista começou a carreira em 1973 no Internacional. Subiu para o time profissional em 1974, logo após a conquista da Taça São Paulo de Futebol Júnior, e conquistou a torcida com a sua versatilidade em desempenhar funções defensivas e de armação no meio-de-campo.
Ao lado de Falcão e Paulo Cesar Carpegiani, compôs uma meia-cancha que arrancava suspiros da torcida colorada e atordoava defesas adversárias. Conquistou três Campeonatos Brasileiros e três estaduais.
Mas nem suas conquistas frequentes conseguiram convencer a imprensa do centro do país. Titular no Mundial de 1978, acreditava que seguiria na Seleção até a Copa de 1982. Tudo indicaria que Batista calaria a boca da mídia, com uma atuação perfeita diante do Palmeiras, em 1981. Inter 6 a 0 com show do centro-médio.
Porém, uma fratura na perna colocou Batista no estaleiro. O presidente José Asmuz, praticamente, abandonou o volante e o passe dele ficou preso à Federação Gaúcha. Batista aceitou a proposta do Grêmio, para poder disputar a Copa do Mundo, o que acabou acontecendo.
A torcida colorada não perdoou o jogador. A direção do Internacional não chegou a um acerto contratual e Batista foi profissional, sem contar com a confiança do presidente José Asmuz, cético quanto a recuperação do volante.
No Grêmio, Batista não conquistou títulos, mas foi eleito o melhor centro-médio do Brasileirão de 82. Ainda passou por Palmeiras, Lazio-ITA, Avellino-ITA, Belenenses-POR e Avaí.

Casemiro


CASEMIRO
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Casemiro Mior
Data de nascimento: 7/1/1958
Local: Serafina Corrêa (RS)

CARREIRA:
1979-1988 - Grêmio
1988-1989 - Internacional
1990 - Inter de Limeira


Em 1988, uma negociação causou turbulência no Rio Grande do Sul. Não foi a primeira e nem seria a última vez que um atleta virava a casaca no estado. A bola da vez foi Casemiro, lateral-esquerdo de grande raça e intensidade.



Casemiro começou a carreira profissional no Grêmio em 79, e na sequência foi emprestado ao Juventude. Retornou ao Grêmio e assumiu a titularidade na esquerda tricolor em 1981, ano em que o Grêmio venceu o São Paulo na decisão do Brasileirão.


A disciplina tática e a obediência aos comandos dos treinadores faziam de Casemiro um titular incontestável. Ao longo de sua trajetória no Olímpico, levantou as taças do Mundial e da Libertadores em 83, e quatro estaduais.

Em um tempo em que o passe do jogador pertencia ao clube, Casemiro foi colocado na lista de dispensas pela direção gremista, o que deixou o lateral indignado, afinal, foram oito anos, mais os anos de juvenil, de dedicação ao clube.

Aí veio a mão de Fernando Carvalho, então vice-presidente do Internacional. Carvalho e Casemiro foram até a Federação Gaúcha de Futebol e a compra do passe do jogador foi feita. Casemiro era do Internacional.

Mesmo sendo mais um jogador a trocar o azul pelo vermelho, Casemiro chegou ao Beira-Rio com pompas, pois sempre foi um jogador focado, comprometido e sempre mostrou respeito aos adversários, chegando firme e com lealdade.

O Inter deu a chance e Casemiro não a desperdiçou. Ajudou o Colorado a chegas às finais do Brasileirão de 1989, mesmo quase comprometendo a classificação do Inter ao ser expulso no Gre-Nal do Século, quando o Inter perdia por 1 a 0. Enquanto Abel Braga ficara possuído, Casemiro incendiava a torcida, afinal, Trasante falou pelos cotovelos antes do jogo.

Casemiro ainda esteve presente na campanha da Libertadores de 1989, quando o Inter foi derrotado pelo Olimpia. Deixou o clube após o término de seu contrato, saindo pela porta da frente e com seu dever cumprido. Rumou à Inter de Limeira, onde encerrou a carreira, em 1990.

Ainda retornaria ao Internacional em 1991, mas como auxiliar-técnico, cargo que ocupou até 1993. Trabalhou com Cláudio Duarte, Antônio Lopes e Paulo Roberto Falcão. Ainda teve tempo de levantar a taça da Copa do Brasil.