Letelier

LETELIER
(atacante)


Nome completo: Juan Carlos Letelier Pizarro

O rebaixamento à Série B é uma vergonha que clube nenhum gosta de passar. No Brasil, apenas Internacional, Cruzeiro, Flamengo, Santos e São Paulo não passaram por esse constrangimento. O Inter chegou muito perto dessa vergonha por três vezes.

A primeira vez que o Colorado esteve próxima do descenso, em 1990, foi difícil. Duas temporadas antes, o Inter havia chegado a um bi-vice do Brasileirão. O auge das vacas magras foi em 1989, na derrota traumática para o Olimpia nas semifinais da Libertadores, em casa e de casa cheia.

O grêmio havia sido hexacampeão gaúcho e o Colorado amargava 6 anos sem levantar uma mísera taça. Passada a Copa do Mundo, o Inter se reforçou para o Brasileirão de 1990, trazendo um centroavante goleador do Chile: Letelier, carrasco brasileiro na Copa América de 1987.

Disputou a Copa do Mundo e chegou ao vice da Libertadores, com o Cobreloa em 1982, se sagrando um dos grandes nomes do futebol sul-americano. Entretanto, foi um atacante mediano no Internacional. Tudo bem que a fase não era boa, mas para um jogador de renome, foi decepcionante.

A única boa recordação que se tem de sua meteórica passagem pelo Beira-Rio foi ter feito o gol que salvou o colorado do rebaixamento, contra a Portuguesa. Letelier disputou 10 partidas e marcou apenas 3 gols com a camisa vermelha.

Com certeza, é um jogador que não deixou muitas saudades pelas bandas da Padre Cacique.

Gil Baiano

GIL BAIANO
(meia)

Nome completo: Gilberto Alves da Silva

Ficar de fora na final do Gauchão em 2000 foi constrangedor para o torcedor colorado. A derrota para o Grêmio nas semifinais, com aquela falta do Ronaldinho, desviando no Lúcio e iludindo o Hiran, foi dolorida. Tanto que doeu mais ainda ao ver o Fabiano Cachaça chorando, desolado.

Felizmente, havia um Caxias no caminho. O time grená chegou na decisão comendo pelas beiradas e papou o tricolor na final de forma avassaladora. 3 a 0. O primeiro gol foi marcado por Gil Baiano.

A história desse meio-campo é curiosa. Antes de encaçapar o Grêmio em 2000, Gil Baiano fazia parte do elenco do Juventude em 1999, quando fomos impiedosamente goleados pela papada naquela derrota traumática. O meia não chegou a atuar contra o Inter naquelas semifinais.

Gil Baiano foi trazido para a disputa do Brasileirão de 2000 e ficou até 2001, sem atuações destacáveis. Zé Mário tinha preferência por Elivélton, Diogo Rincón e Marcelo Rosa. Em 2001, com Parreira no comando, o meio-campo colorado tinha Silvinho, Jackson e Martinez.

Sem chances, Gil Baiano deixou o Inter e foi para o Brasiliense, em 2002. Chegou ao vice-campeonato da Copa do Brasil, perdendo a decisão para o Corinthians em uma decisão (pra variar) polêmica.

Encerrou a carreira no Caxias em 2010, aos 39 anos.

Carlinhos

CARLINHOS
(volante)


Contratar pacotões de clubes de médio a pequeno porte é tradição no Internacional. Essa era uma prática muito comum nos anos de vacas magras.

Em 2000, o Inter foi atrás de refugos no futebol paulista, visto que os cofres estavam vazios, segundo o então presidente Jarbas Lima. A "solução" foi trazer reforços da Portuguesa. Nesse pacote, que tinha Márcio Goiano e Marcelo Santos, veio o volante Carlinhos.


Formado nas categorias de base do Santos, Carlinhos jogou na baixada santista de 92 a 96, intercalando um empréstimo ao Lousano Paulista, atual Paulista de Jundiaí. Disputou a polêmica final do Brasileirão em 1995, onde o Botafogo superou o Santos com um gol irregular de Túlio. Após um fracassado 1996, Carlinhos foi para o Guarani em 97. E, em 98 foi para a Portuguesa, onde jogou até 99.

Chegou no Inter conquistando a confiança de Zé Mário e, posteriormente, a braçadeira de capitão. Fez boas atuações com a camisa vermelha no ano 2000, mas uma lesão no joelho esquerdo, em partida contra o América-MG pelo Brasilerão, acabou fazendo o volante perder a titularidade para Leandro Guerreiro.

No ano 2001, após a eliminação na João Havelange para o Cruzeiro, em falha de Leandro Guerreiro, Carlinhos recuperou seu posto. Jogando com a camisa 10, fez um ano razoável. O Inter ficou de fora das quartas-de-final do Brasileirão.

Carlinhos foi dispensado no ano seguinte, indo para o Botafogo. No segundo semestre, jogou o Brasileirão pelo Bahia. Ainda teve passagem pelo Ituano, em 2003. Encerrou a carreira no Avaí, aos 33 anos.

Jonílson

JONÍLSON
(zagueiro)


Esse jogador é um dos símbolos dessa página, um jogador esquecido. Àqueles que insistem que o Inter nasceu em 2006 estão absolutamente equivocados. O Internacional existia, mas era deprimente na década de 90.

Em 1995, o Internacional trouxe de volta do Araçatuba o volante Márcio Bittencourt (campeão da Copa do Brasil em 1992) e o atacante Mazinho Loyola, que já havia passado pelo clube em 1994. Junto com eles, veio o zagueiro Jonílson, surgido no Goiânia.



Tosco, lento e totalmente perdido em campo, o zagueiro causava vertigem nos torcedores cada vez que um atacante adversário partia pra cima dele com a bola. A contratação de um zagueiro era tratada como uma emergência. Para o torcedor colorado, felizmente, o zagueiro paraguaio Gamarra se tornou a salvação para jogar ao lado do jovem Argel.

Após uma passagem fraquíssima pelo Beira-Rio, Jonílson retornou ao Araçatuba em 1996. Ainda teve passagens pelo Pará e Grécia. Dificilmente se encontra informações sobre esse jogador.

Nílson Holodniak

NÍLSON
(lateral-direito)

Agradecimento ao Paulo Cáli Armando Jr. pela imagem

Nome completo: Nílson Holodniak

Muitos jogadores chegaram ao Beira-Rio sem ser muito conhecidos no cenário futebolístico. Principalmente os que surgem em estados onde o futebol não tem lá muito destaque em âmbito nacional.

Nílson é um bom exemplo dessa escrita. Vindo do Figueirense no final de 1996, o lateral apresentava um futebol discreto, sem muita objetividade e participação em campo.

Disputou apenas 6 partidas oficiais com a camisa vermelha, mas fez parte do grupo que conquistou o Gauchão daquele ano, inclusive, jogando um Gre-Nal na primeira fase, que terminou em 0 a 0. Foi um jogo horrível de se ver. Estádio vazio e a maioria dos jogadores de ambas as equipes era de reservas.

Saiu do Internacional e retornou ao futebol catarinense, de volta ao Figueira. Ficou mais um ano no clube de Florianópolis, até acabar o ano e ir para o Marcílio Dias. Também jogou no Atlético-PR, Catarinense de Ilhota e Caldense.

Atualmente, joga futebol amador pelo Botafogo de Pomerode, no interior de Santa Catarina.