Pós-jogo - Internacional 2 x 3 Botafogo (Campeonato Brasileiro 2016 - 1º turno)

Começaremos pelo óbvio:
ALAN COSTA E GÉFERSON NÃO PODEM VESTIR A CAMISA DO INTERNACIONAL!
Inter, como sempre, sendo Jesus Cristo...
(Foto: Terra)
Parece maldade, mas não é. Há alguns meses, seria difícil de admitir, mas hoje é plenamente visível que Paulão faz uma falta desgraçada à defesa do Inter. O Botafogo abriu 2 a 0 com apenas três chances de gol claras em 45 minutos.

Os desfalques pesaram, mas amigos... ERA O BOTAFOGO! Com todo respeito aos cariocas, que estão lutando com unhas e dentes para evitar o rebaixamento mais uma vez. A chance era de ouro para o Inter, que viu a secação dar certo na derrota palmeirense no sábado.

William fazia o possível para levar o time ao ataque, lançando bolas na área botafoguense, mas o poder de conclusão colorado beira o mínimo. Por mais que o colorado arriscasse, nada passava pelo goleiro Sidão. A frustração veio com a expulsão de Fabinho, no final do primeiro tempo, depois de uma entrada ríspida em Neílton.

Duas substituições no intervalo (Alex no lugar de Géferson e Marquinhos no lugar de Andrigo) e o Inter se atirou ao ataque quando Bruno Baio entrou no lugar de Gustavo Ferrareis. Dos 24 aos 28 minutos do segundo tempo, três gols. Eduardo Sasha descontou para o Inter (1 x 2), Camilo ampliou para o Botafogo  um minuto depois (1 x 3) e Ernando, aos 28, descontou novamente (2 x 3).

A partir de então, o desespero que levou o Internacional a atacar como louco, mas cedendo espaço para os contra-ataques dos cariocas. O Internacional se mantém na mesma posição, mas vê os rivais se aproximarem ainda mais com esses tropeços. Abre teu olho, Argelão!

CAMPEONATO BRASILEIRO 2016
1º TURNO
INTERNACIONAL 2 X 3 BOTAFOGO
Data: 26/6/2016
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Juiz: Wilton Pereira Sampaio, auxiliado por Guilherme Dias Camilo e Pablo Almeida da Costa.
Cartões: Ernando, Géferson, Rodrigo Dourado, Alan Costa (I); Renan Fonseca, Sidão e Gervásio Nuñez (B).
Expulsão: Fabinho (I).
Gols: Fernandes7'/1 (B); Neilton 15'/1 (B); Eduardo Sasha 24'/2 (I); Camilo 25'/2 (B); Ernando 28'/2 (I).
INTERNACIONAL: Jacsson; William, Alan Costa, Ernando e Géferson (Alex); Rodrigo Dourado, Fabinho, Ânderson, Andrigo (Marquinhos) e Gustavo Ferrareis (Bruno Baio); Eduardo Sasha. Técnico: Argel.
BOTAFOGO: Sidão; Luis Ricardo, Émerson Silva, Renan Fonseca e Diogo Barbosa; Aírton (Rodrigo Lindoso), Bruno Silva, Fernandes (Gegê) e Camilo (Gervásio Nuñez); Neilton e Ribamar. Técnico: Ricardo Gomes.

Garcia

GARCIA
(meia)

Nome completo: Sulei Garcia da Costa
Data de nascimento: 12/12/1949
Local: Santana do Livramento (RS)

CARREIRA:
1970
Grêmio Santanense
1970
Fluminense-SL
1971
Cruzeiro-RS
1971-1973
Internacional
1974
América-RN
1975-1976
Sport
1977-1979
Náutico
1980-1984
Operário-CG
1985
Remo
1986
Operário-CG

Meia e ponta-esquerda, Garcia começou a carreira no futebol de Santana do Livramento e foi contratado pelo Cruzeiro, de Porto Alegre, no início dos anos 70. Depois de marcar o gol da vitória em um jogo contra o Grêmio, Garcia passou a ser visado por vários clubes do sul do Brasil.

O Internacional tomou a frente e, em 1971, levou a jovem promessa para o Beira-Rio. Permaneceu no clube até o final de 1973, sem espaço entre os titulares. À sua frente havia Paulo César Carpegiani, Djair e Volmir Massaroca. Garcia foi bicampeão gaúcho pelo Internacional.

Da capital gaúcha, Garcia partiu para a capital potiguar para defender o América-RN em 74. Por lá, encontrou o zagueiro Scala, também ex-atleta do Internacional. Foi campeão potiguar daquele ano.

Depois, defendeu dois times pernambucanos rivais: o Sport e o Náutico. Pelo Sport, venceu a competição em 76. O máximo que conseguiu com o Náutico foi o vice-campeonato de 1979, em seu último ano no Recife.

Entre 1980 e 1984, e em 1986, Garcia defendeu o Operário, de Campo Grande, tendo uma breve passagem pelo Remo em 85. Os ex-atletas colorados Escurinho II, Dionísio e Lima atuaram com Garcia no Operário, campeão sul-matogrossense nas temporadas 80, 81, 83 e 86. Garcia pendurou as chuteiras no final de 1986, aos 37 anos.


Escurinho II

ESCURINHO II
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Francisco Machado
Data de nascimento: 27/6/1953
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1974
Internacional
1974
Inter-SM
1975
Internacional
1976
Figueirense
1976
Internacional
1977-1978
Operário-CG
1979
América-SP
1980
Operário-CG
1980
Pinheiros-PR
1981
Vitória
1981
ABC
1982-1983
Atlético de Valdevez-POR
1984-1986
Sporting da Covilhã-POR
1986
Paredes-POR
1987-1988
Esposende-POR
1989-1991
Naval-POR

Lateral-esquerdo bom cobrador de faltas e perito nos lançamentos à área. Escurinho II, irmão do sudosíssimo Escurinho, era uma jovem promessa colorada que surgia no Beira-Rio. Aos 7 anos, Escurinho II já figurava nas categorias de base do Internacional

Passou por todas as categorias até chegar aos profissionais, em 1974. Foi emprestado ao Inter-SM para "pegar cancha", enquanto Jorge Andrade, Vacaria e Chico Fraga eram protagonistas na posição. Escurinho teve pouco espaço no Internacional, mesmo sendo um atleta promissor.

Pelo Inter, Escurinho fez parte das inesquiecíveis campanhas de 1975 e 1976 no Brasileirão. Um forte rumor de que o lateral fez críticas ao técnico Rubens Minelli por não ter chances entre os titulares dificultou o relacionamento entre ambas as partes. Foi envolvido em uma negociação de empréstimo do zagueiro Marião, do Operário-CG, e deixou o Internacional em 1977.

No Brasil, Escurinho defendeu ainda o América-SP, Pinheiros-PR, Vitória (onde jogou ao lado de seu irmão) e ABC de Natal. Em 1982, foi para o outro lado do mundo se aventurar no futebol português. Seu destino foi o Atlético de Valdevez, onde chamou a atenção do Sporting da Covilhã.

Escurinho é um dos grandes idolo do Covilhã. Na terra pátria, o lateral, improvisado na meia-cancha, ajudou o time português a subir para a primeira divisão do futebol português na temporada 1983/1984. Em 62 partidas pelo Covilhã, marcou 12 gols.


O lateral ainda defendeu os lusos Paredes, Esposende e Naval, onde encerrou a carreira em 1991, aos 34 anos. Infelizmente, Escurinho não teve a mesma sorte como treinador. Acabou no esquecimento do universo futebolistico, mesmo com o relativo sucesso que conquistou no segundo escalão do futebol português.

Pós-jogo - Coritiba 1 x 1 Internacional (Campeonato Brasileiro 2016)

Empate com o gosto amargo de quem esteve o jogo todo mais próximo da vitória. Jogo pegado, truncado, e os dois times com ambições diferentes. O Inter buscando se manter no topo da tabela junto do Palmeiras, enquanto o Coxa corre contra o tempo para fugir do rebaixamento.
Ânderson abriu o placar no empate em 1 a 1 contra o Coritiba.
(Foto: Reprodução/Youtube)

O Internacional se mostrava impositivo até o momento do gol de Ânderson, após cobrança de lateral do contestadíssimo Géferson e o passe de cabeça de Ernando, um dos destaques do time na temporada. Depois disso, o Internacional se acadelou. Isso mesmo: SE ACADELOU!

A defesa do Coritiba batia, enquanto a do Internacional se mostrava apavorada, com exceção de William, com bons desarmes e saídas de jogo. O ataque... Bom, o ataque colorado oscila entre a efetividade e a inoperância, principalmente em jogadas envolvendo Eduardo Sasha.

Danilo Fernandes segurava o que podia debaixo da meta, apesar da lesão na coxa que o atrapalhou ao longo do jogo. Géferson também saiu com lesão na coxa, dando lugar a Artur. Alex e Aylon, que substituíram Ânderson e Gustavo Ferrareis, pouco fizeram.

Aos 24 minutos, bola alçada na área do Inter e Nery recebeu sozinho para empatar a partida. Um minuto antes, Danilo Fernandes operou um milagre. O que deixa o torcedor assustado, porque a qualidade do goleiro titular possui um abismo de distância em relação aos reservas disponíveis.

Para a próxima partida contra o Botafogo no domingo, às 16 horas no estádio Beira-Rio, o Inter contará com a volta de Paulão e Rodrigo Dourado. Em contrapartida, poderá ter como desfalques os jogadores Danilo Fernandes e Aylon. Vamos orar...

CAMPEONATO BRASILEIRO 2016
1º TURNO
CORITIBA 1 X 0 INTERNACIONAL
Data: 23/6/2016
Local: Couto Pereira - Curitiba (PR)
Juiz: Eduardo Tomaz de Aquino Valadão, auxiliado por Cristhian Passos Sorence e Daniel Henrique da Silva Andrade.
Cartão: Nery Bareiro, Luccas Claro (C); Géferson, Eduardo Sasha, Gustavo Ferrareis, Alan Costa e Vitinho (I).
Expulsão: Nery (C).
CORITIBA: Wilson; Walisson Maia (Iago), Nery, Luccas Claro e Carlinhos; Dodô, Edinho, Ruy (Vinícius), Juan, Felipe Amorim (Leandro); Kléber Gladiador. Técnico: Pachequinho.
INTERNACIONAL: Danilo Fernandes; William, Alan Costa, Ernando e Géferson (Artur); Fernando Bob, Fabinho, Gustavo Ferrareis (Aylon), Ânderson (Alex); Vitinho e Eduardo Sasha. Técnico: Argel.

André Luís

ANDRÉ LUÍS
(zagueiro)

Nome completo: André Luís dos Santos Ferreira
Data de nascimento: 21/10/1959
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1978-1986
Internacional
1986
Bahia
1986
Coritiba
1987-1988
São José-SP
1988
Bangu
1989
São José-SP
1990
Sport
1990
Blumenau
1991
São Carlos-SP
1991
Taubaté
1992
Ypiranga-RS
1992
Bandeirante-SP
1993
São José-CS
1993
Pousada das Missões
1994
Catanduva

A história de André Luís e do Internacional é muito estreita. Com 14 anos de idade, o zagueiro ingressou nas categorias de base do clube. Foi promovido ao time profissional pelo técnico Cláudio Duarte, no final de 1978. Ainda jovem, André Luís era destaque pela firmeza e pela força com que dividia a bola com o adversário.

O ano de 79 foi complicado para a jovem revelação. Duas graves lesões deixaram o atleta fora de quase toda a temporada. Depois de um 1980 sem brilho, sem títulos, sem Falcão e com a desconfiança da torcida colorada, André Luís se preocupou em recuperar a titularidade e ajudou a levantar a auto-estima do torcedor em 81, com a conquista do Gauchão, anulando o tricampeonato do Grêmio. O mesmo feito foi alcançado em 82, com o bicampeonato estadual e, de quebra, a conquista do Torneio Joan Gamper, no qual o zagueiro foi o capitão da equipe.

No ano de 1983, surgia outro jovem zagueiro querendo espaço na zaga: Pinga. Com Mauro Galvão afirmado e assediado pelos grandes clubes do Brasil, a solução para não preterir ninguém foi passar André Luís para a lateral-esquerda. A fórmula funcionou, garantindo os títulos estaduais de 83 e 84.

Ainda em 84, fez parte da Seleção Olímpica, na sua maioria, representada por atletas do Internacional. Ao seu lado, Gilmar Rinaldi, Luís Carlos Winck, Mauro Galvão, Pinga, Luís Carlos Winck, Dunga, Kita e Paulo Santos. O Brasil ficou com a medalha de prata dos jogos de Los Angeles.

As temporadas de 1985 e 1986 não foram boas para o Internacional, que via o Grêmio reconstruir uma hegemonia no estado e se destacar no cenário nacional. André Luís deixou o Internacional em 86, seguindo para o Bahia, e depois, Coritiba, onde se sagrou campeão paranaense.

No São José-SP, André Luís foi peça-chave para o clube que, na época, se transformou em “sensação” do futebol paulista. Vice-campeão da Série A-2 em 87, 4º lugar no Paulistão de 88 e vice-campeão em 89. Mas a façanha maior foi o vice-campeonato da Série B do Brasileirão em 1989, condicionando o São José à disputa da Série A em 1990.

Enquanto estava no São José, o Bangu contratou André Luís por empréstimo para substituir Mauro Galvão, seu companheiro dos tempos de Internacional, que foi vendido ao Botafogo. Pelo time carioca, André Luís disputou poucas partidas, apenas 16, e não conseguiu evitar o rebaixamento do clube no Campeonato Brasileiro.

André Luís ainda defendeu Blumenau, São Carlos-SP, Taubaté, Ypiranga-RS, Bandeirante-SP, São José-CS, Pousada das Missões e Catanduva-SP.