Pedrinho

PEDRINHO
(lateral-direito)

Nome completo: José Pedro Oliveira Vidal

Assim como existem bandas de um hit só, Pedrinho é a versão adaptada ao futebol. Conseguiu destaque, ainda que discreto, em apenas uma temporada como jogador profissional.


Começou a carreira profissional no Internacional, em 1996. Sem oportunidades, devido a idade e às opções que os treinadores tinham à disposição, acabou sendo dispensado no final de 1999.


Disputou o Gauchão de 2000 pelo Santo Ângelo e, em 2001 foi para o Pelotas. Fez um bom Campeonato Gaúcho pelo áureo-cerúleo, disputando 24 partidas e marcando 7 gols.

Em julho de 2001 foi contratado pelo Grêmio para a disputa do Brasileirão. As frequentes lesões e suspensões de Ânderson Lima abriram caminho para Pedrinho fazer boas partidas pelo tricolor. Acabou o campeonato sendo um dos melhores laterais do certame.

Já em 2002, não teve a mesma sorte. O desempenho de Ânderson Lima foi muito mais regular e Pedrinho amargou a reserva o ano todo. Ainda teve uma lesão no joelho esquerdo no final do ano.

O Internacional deu abrigo ao jogador. Atravessou Porto Alegre e parou no Beira-Rio ainda em recuperação de cirurgia. Apenas em maio ficou às ordens de Muricy Ramalho. Problemas familiares e a falta de ritmo atrapalharam a volta do lateral ao Internacional. Foi dispensado em dezembro.

As lesões fizeram Pedrinho encerrar a carreira prematuramente. Hoje, tem uma loja de artigos esportivos em Porto Alegre, a Pedrinho Sports.

Argel

ARGEL
(zagueiro)

Nome completo: Argélico Fucks
Data de nascimento:
Local: Santa Rosa (RS)

CARREIRA:
1992-1996
Internacional
1996-1997
Verdy Kawasaki-JAP
1998-1999
Santos
1999-2000
Porto-POR
2000-2001
Palmeiras
2001-2004
Benfica-POR
2005
Racing Santander-ESP
2006
Cruzeiro
2006
ULBRA
2007-2008
Zhejiang Lücheng

Nem o mais fanático dos colorados vai discordar que o Internacional dos anos 90 lembrava muito um time de interior. Lógico que as péssimas administrações de Asmuz e sua trupe foram fudamentais para o Colorado fazer campanhas vexatórias.

O futebol gaúcho é conhecido pelo vigor das divididas, pela truculência e pela elasticidade ao distribuir carrinhos. Um dos grandes símbolos dessa época no Internacional é o zagueiro Argel, jogador de pouca técnica e muita determinação.

Subiu aos profissionais em 1992, após de destacar pela Copa Santiago, mas seu primeiro grande ano foi em 1993, quando foi campeão mundial sub-20 com a Seleção. A titularidade só veio em 1994, quando jogava ao lado de Alex Bach ou Adílson Pinto. Conquistou o título gaúcho em 92 e 94.

Em 1995, já titular absoluto, passou perrengues no setor defensivo. Seus companheiros no fatídico primeiro semestre foram: Jonílson, Ricardo Costa e Demétrio. Para sua sorte, o Inter trouxe Gamarra e fizeram uma boa dupla de zaga, mas não conseguiram levar o Inter adiante no campeonato.

O zagueiro, destaque colorado no Brasileirão, se transferiu para o Verdy Kawasaki-JAP, em 1996. Voltou ao Brasil para jogar pelo Santos, onde conquistou a Copa Conmebol, em 1998. No Palmeiras, venceu a Copa dos Campeões e o Torneio Rio-São Paulo, ambos em 2000. Ainda foi vice-campeão da Libertadores no mesmo ano.

Conquistou títulos em Portugal, jogando pelo Benfica e pelo Porto. Foi campeão do Campeonato e da Taça de Portugal pelos dois grandes clubes portugueses. Ainda jogou no Racing Santander-ESP, Cruzeiro e Ulbra-RS. Encerrou a carreira no Zhejiang Lücheng, da China, aos 33 anos.

Edu Lima

EDU LIMA
(atacante)

Nome: Eduardo Lima de Carvalho
Data de nascimento: 31/12/1964
Local: Belo Horizonte (SP)

CARREIRA:
1982-1985 - Cruzeiro
1986-1987 - Vitória
1987-1988 - Bahia
1988-1990 - Internacional
1991-1992 - Atlético-MG
1992-1993 - Guarani
1993 - Flamengo
1994 - Guarani
1995 - Paraná
1996 - Guarani
1997 - Ceará
1998 - União São João


O futebol moderno trouxe uma postura mais defensiva para os clubes. Muitos clubes que jogavam no 4-3-3 nos anos 60, 70 e 80, mudaram para o 4-4-2 nos anos 90. Os pontas davam ofensividade e deixavam o centroavante livre para marcar gols e consolidar vitórias implacáveis. Edu Lima foi um dos melhores ponteiros que passaram pelo Internacional. Cruzava e finalizava como poucos.


Desde os 8 anos, jogou no futsal do Cruzeiro, clube que o lançou aos profissionais em 1982, com 17 anos. Edu começou na fogueira, em um clássico contra o Atlético-MG, terminado em 2 x 2. Depois de um empréstimo de três meses ao Palmeiras, em 1984, retornou ao Cruzeiro no ano seguinte.

Em 1986, foi contratado pelo Vitória. No ano seguinte, trocou o rubro-negro baiano pelo rival local Bahia. Em 88, conquistou o título baiano e no segundo semestre, veio à Porto Alegre defender o Inter.

Sua passagem pelo Beira-Rio, embora não tenha conquistado nenhum título, foi marcante. Junto com Nílson e Maurício, fez um trio de ataque memorável. Foi um dos protagonistas do Gre-Nal do Século, do vice-campeonato brasileiro de 88 e da triste eliminação para o Olimpia, na Libertadores de 89.

Após um 1990 traumático para o Inter, foi defender o Galo mineiro no ano seguinte. A missão foi árdua: substituir o ídolo Éder Aleixo e passar por cima de seu passado cruzeirense. Deu certo. Conquistou o campeonato mineiro e o carinho da torcida atleticana.

Seu último grande momento da carreira foi pelo Guarani, clube que defendeu de 92 a 96, intercalando passagens pelo Flamengo, em 93, e Paraná Clube, em 95. No Guarani, atuou ao lado de Amoroso, Djalminha e Luizão, jogando na meia-cancha.

Passou pelo Ceará, em 1997, antes de encerrar a carreira pelo União São João de Araras, em 1998.

Carlos Miguel

CARLOS MIGUEL
(meia)


Criar um vínculo com um clube é uma situação prazerosa quando o jogador começa a carreira e sai pela porta da frente. Mas quando se vai para o rival, a situação é muito mais complicada do que parece ser. E na maioria das vezes, não dá liga.

Carlos Miguel começou a carreira no Grêmio em 1992. Em seu segundo ano como profissional, venceu o Campeonato Gaúcho. A partir daí, começou sua carreira vencedora. Conquistou a Copa do Brasil em 94, a Libertadores em 95, o Brasileirão e a Recopa em 96, e a Copa do Brasil em 97, marcando o gol do título. Além desses títulos, conquistou os Gauchões de 95 e 96.

Em seguida, rumou para o Sporting Lisboa, onde não conseguiu se adaptar e não teve sucesso. Em 1998, retornou ao Brasil para defender o São Paulo. Teve a sorte de fazer uma excelente dupla de meio-campo com Raí. Conquistou o Paulistão em 98 e 2000, e o Rio-São Paulo em 2001.

Mesmo alternando bons e maus momentos no Morumbi, conseguiu chegar á Seleção. Disputou a Copa das Confederações em 2001, onde o Brasil foi eliminado pela Austrália. Marcou um gol.

No ano de 2002, veio para o Internacional, assinando um "contrato de risco". Se rendesse, ganharia aumento de 50 mil para 80 mil. Sempre respeitoso com o Inter, Carlos Miguel não teve problemas por sua identificação com o lado azul de Porto Alegre. Visivelmente fora de forma, não rendeu no Internacional e acabou dispensado no final do ano.

Após deixar o Beira-Rio, retornou ao seu clube de coração, o Grêmio, em 2003. Depois de um período treinando em academias, foi inscrito na segunda fase da Libertadores, mas o tricolor foi eliminado nas quartas-de-final pelo Independiente Medellín. Conseguiu uma sequência de dez partidas com o técnico Adílson Baptista, porém, se lesionou e ficou mais meio ano no estaleiro. Deixou o Grêmio no início de 2004.

Seu último clube foi o Corinthians Alagoano, onde jogou de 2005 a 2007, ano em que ajudou o clube a subir para a Série C do Brasileirão. Atualmente, joga no time de showbol do Grêmio.

Martinez

MARTINEZ
(volante)

Alguns jogadores têm passagem rápida pelo clube. Mas quando a trajetória é marcada por lambanças, fica difícil confiar no potencial do atleta. Com nome de ator de novela mexicana, Luis Fernando Martinez teve atuações dramáticas com a camisa colorada.

A carreira do meio-campo começou nos profissionais do Guarani em 1998, mas só em 99 começou a ter sequência entre os profissionais, conquistando a titularidade na meia cancha. Em 2000 já era um dos destaques da equipe de Campinas.

Depois do Paulistão de 2001, onde o Guarani terminou em penúltimo, foi contratado pelo Internacional para a disputa do Brasileirão. Começou o campeonato com o pé esquerdo. Na primeira rodada, perdeu um pênalti na derrota por 2 a 0 para o Juventude, em pleno Beira-Rio.

Na segunda rodada, cometeu um pênalti bobo na derrota para o Coritiba por 3 a 2, no Couto Pereira. Martinez foi sacado do time e, na sequência, o Inter emplacou 4 vitórias seguidas. Voltou ao time contra o seu ex-clube e o Inter empatou em 2 a 2.

A primeira vitória do Inter com Martinez em campo, pelo Brasileirão, só veio na 17ª rodada, diante do Vasco. 2 a 0 no Beira-Rio. O Inter perdeu a chance de se classificar nas últimas rodadas do campeonato.

Martinez acabou retornando ao Guarani em 2002. No Cruzeiro, em 2003, conquistou os títulos mais importantes da sua carreira, mas como reserva: Mineiro, da Copa do Brasil e Brasileiro. Em 2007 foi para o Palmeiras. No Palestra Itália, conquistou o Paulistão de 2008.

Passou ainda por Cerezo Osaka, Náutico e, atualmente, está no Criciúma.