Internacional x Universidad de Chile (Histórico)

Um dos adversários do Internacional na Libertadores 2015, a tradicional Universidad de Chile, cruzou o caminho colorado em cinco oportunidades. Dos cinco enfrentamentos, apenas dois foram de caráter oficial. O Internacional saiu vitorioso em apenas uma ocasião, perdendo um duelo e empatando os outros três.
Os dois primeiros embates entre o Inter e La U foram jogos amistosos, válidos pelo Torneio Noche Azul. Esse jogo é a partida de apresentação do elenco e do uniforme da Universidad de Chile para a temporada.
O Internacional foi o convidado da primeira edição do amistoso. A Universidad de Chile promovia um show musical e, em seguida, apresentava o elenco e seu uniforme para a temporada. O time chileno se preparava para a disputa da Libertadores, depois de conquistar o campeonato nacional em 94 e 95.
Torneio Noche Azul 1996
21/01/1996
Estádio Nacional - Santiago/CHI
Público: aprox. 30.000 pessoas
Universidad de Chile 2 x 2 Internacional
Gols: Mardones (UCh), Leo Rodriguez (Uch), Fabinho (Int) e Lico (Int).

Em 1997, o Internacional foi convidado para a disputa do amistoso mais uma vez. Porém, o Inter acabou com a festa da Universidad de Chile, semifinalista da Libertadores no ano anterior e sem o brilho de 1996, vencendo a partida por 2 a 1.
Torneio Noche Azul 1996
29/01/1997
Estádio Nacional - Santiago/CHI
Público: aprox. 40.000 pessoas
Universidad de Chile 1 x 2 Internacional
Gols: Castañeda (UCh), Christian (Int) e Fabiano (Int).

23 anos depois de conquistar o Torneio Viña del Mar, novamente o Colorado se sagraria campeão do certame. Na semifinal, o Inter triunfou mais uma vez sobre a Universidad de Chile, vencendo a partida nos pênaltis. A peculiaridade da partida foi o reencontro de Arílson com o Internacional, mais uma vez como adversário.
Torneio Viña del Mar 2001 - Semifinal
16/02/2001
Sausalito - Viña del Mar/CHI
Árbitro: Jorge Osorio (CHI)
Universidad de Chile 1 (6) x (7) 1 Internacional
UNIVERSIDAD DE CHILE: Vargas; Cáceres, Von Schwedler, Olarra (Tampe); Arancibia, Marcos González, Chavarria, Arílson, Pizarro (García); Maestri (Diego Rivarola) e Pedro González (Suazo). Técnico: César Vaccia.
INTERNACIONAL: João Gabriel; Bruno, Fernando Cardozo, Ronaldo, Dênis; Leandro Guerreiro (Duílio), Fábio Rochemback, Marcelo Rosa, Gil Baiano (Luiz Cláudio); Fábio Pinto e Lê (Leandro Tavares). Técnico: Zé Mário.
Gols: Pedro González (Uch) pênalti aos 33', Luiz Cláudio (Int) aos 52'.

A primeira partida válida em competições oficiais entre Internacional e Universidad de Chile ocorreu em 2009, na Copa Sul-Americana. O Inter, campeão da edição de 2008, enfrentaria o time chileno nas oitavas-de-final. Depois de eliminar o Deportivo Cáli, a Universidad de Chile arrancou um empate no jogo de ida.
Copa Sul-Americana 2009 - Oitavas-de-final
23/09/2009
Beira-Rio - Porto Alegre/RS
Público: 6.031 pessoas
Árbitro: Sergio Pezzota (ARG)
Internacional 1 x 1 Universidad de Chile
INTERNACIONAL: Lauro; Bolívar, Índio, Fabiano Eller; Danilo Silva (Andrezinho), Guiñazu, Sandro, D´Alessandro (Marquinhos), Kléber; Edu e Alecsandro (Taison). Técnico: Tite.
UNIVERSIDAD DE CHILE: Miguel Pinto; Victorino, Olarra, Gonzalez, Contreras; Arias, Seymour (Diaz), Rojas, Iturra, Montillo (Pinto); Gomez (Villalobos). Técnico: José Basualdo.
Gols: Montillo (UCh) aos 23' e Kléber (Int) aos 76'.

No jogo de volta, e o último entre os times, a Universidad do Chile despachou o Internacional de volta para o Brasil sem a vaga nas quartas-de-final. O Inter foi eliminado precocemente na competição, justamente no ano do seu centenário. A chance do bicampeonato da Sul-americana iria por água abaixo.
Copa Sul-Americana 2009 - Oitavas-de-final
30/09/2009
Santa Laura - Santiago/CHI
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR)
Universidad de Chile 1 x 0 Internacional
UNIVERSIDAD DE CHILE: Miguel Pinto; González, Victorino, Olarra, Arias; Contreras, Seymour, Rojas, Iturra, Montillo; Olivera. Técnico: José Horacio Basualdo.
INTERNACIONAL: Lauro; Bolívar, Índio, Sorondo, Marcelo Cordeiro (Kléber); Glaydson (Guiñazu), Sandro, Maycon, Andrezinho; Marquinhos (Taison) e Alecsandro. Técnico: Tite.
Gols: Olivera (UCh) aos 37'.

Pinga (2007)

PINGA
(meia)


Nome completo: André Luciano da Silva
Data de nascimento: 27/4/1981
Local: Aracati (CE)

Carreira:
1999
Juventus-SP
1999-2001
Torino-ITA
2001-2003
Siena-ITA
2003-2005
Torino-ITA
2006
Treviso-ITA
2006-2007
Internacional
2007-2008
Al Wahda-EAU
2008
Al-Gharafa-QAT
2009-2010
Al Wahda-EAU
2010-2011
Al Ahli Club-EAU
2012-2013
Al Dhafra-EAU
2013
Santos
2014
América-MG


O meia-esquerda Pinga começou a carreira cedo, aos 16 anos, jogando pelo Ceará. No ano seguinte, foi para o Vitória e em 1999 foi para a Juventus-SP.

Seu talento com a perna esquerda chamou a atenção de empresários que o levaram para o Torino, em 2000. Foi convocado para a Seleção sub-20. A Seleção foi eliminada nas quartas-de-final do Mundial sub-20 da Argentina, em 2001. Pelo Brasil sub-20, ganhou o Torneio de Toulon, em 2002. Ainda em 2002, foi emprestado ao Siena. Retornou ao Torino e, em seguida, foi contratado pelo Treviso.
Fernando Carvalho, visionário, foi à Itália trazer o meio-campo para jogar no Inter em 2006. Sua responsabilidade era forte: substituir Tinga após a conquista da Libertadores. Chegou 8kg acima do peso e fez um péssimo ano, ficando de fora do Mundial.
2007 também não começou bem para Pinga. Além de não ficar entre os 25 inscritos na Libertadores, o Inter foi eliminado do Gauchão antes das finais. Restava o Brasileirão e a Recopa. A torcida estava impaciente com o jogador. Quando o Inter venceu a Recopa com uma atuação impecável do meia, havia uma esperança de melhora por parte do jogador, convicto de que aquele seria seu ano.
No fim das contas, Pinga seguiu acima do peso e jogando um futebol limitadíssimo. Pinga teve o contrato rescindido e rumou ao Oriente Médio, mais precisamente, nos Emirados Árabes. Curiosamente, um dos times que Pinga jogou por lá se chama Al-Gharafa.
Após 6 anos, o jogador foi contratado pelo Santos para a disputa do Paulistão. Jogou apenas 4 jogos em 5 meses e não teve contrato renovado com o clube paulista. Ficou 6 meses parado, até ser contratado pelo América-MG em 2014. Enfrentando problemas de lesões, teve de encerrar a carreira.

Márcio Rossini

MÁRCIO ROSSINI
(zagueiro)

Nome completo: Márcio Rossini
Data de nascimento: 20/9/1960
Local: Marília (SP)

CARREIRA
1980-1985 - Santos
1986-1989 - Flamengo
1990 - Internacional
1991 - Noroeste
1992 - Portuguesa
1993 - Tigres
1994 - Sãocarlense
1995 - Marília

Márcio Rossini foi um zagueiro de chegada, daqueles que não davam sossego aos atacantes. Mesmo sendo considerado baixo para a posição de zagueiro, Márcio mostrava imposição e não se intimidava com atacantes mais altos.


Rossini começou a carreira no Marília, mas foi no Santos que despontou no cenário nacional. Ao lado de Toninho Carlos, fez uma excelente dupla de zaga. No período defendendo o Peixe, o zagueiro foi convocado à seleção em 13 ocasiões, sendo vice-campeão da Copa América em 1983. Ainda foi vice-campeão Brasileiro em 83 e campeão paulista em 1984.


Em 1986, foi para o Bangu, onde adquiriu uma fama de zagueiro violento, que não perdia a viagem. Disputou 183 partidas pelo Bangu, sendo expulso quatro vezes. No Flamengo, em 1989, jogou em apenas 17 partidas, sendo concorrente direto de Aldair e do jovem Júnior Baiano.



Márcio Rossini veio para o Internacional em 1990, depois de ser afastado por fazer críticas à direção santista. O ano foi turbulento para o Colorado e a defesa era duramente criticada. Assim como Zabala, Rossini não adquiriu a confiança do torcedor e o Inter quase foi rebaixado. Foi dispensado no final do ano, após o sufoco do quase descenso.



Em 1991, foi para o Noroeste-SP. Ainda passou por Portuguesa, Tigres-MEX, Sãocarlense e Marília, onde iniciou e encerrou a carreira, 17 anos depois de se profissionalizar.

Internacional 0 x 1 Cruzeiro (Campeonato Brasileiro 2002)


O ano de 2002 não foi bom para o Internacional. Com a nova direção, dívidas acumuladas e as típicas contratações de balaio, o Colorado acumulava campanhas pífias e desempenhos que não davam continuidade à esperança do torcedor, discretamente extasiado pela reconquista do Gauchão.

O clube vivia o mesmo inferno de 1999, lutando constantemente contra o fantasma do rebaixamento. Nem mesmo o brilho deslumbrante de Mahicon Librelato e a descoberta da jóia Chiquinho fizeram com que o Internacional encontrasse um norte para se manter na Série A sem drama.

Depois da demissão de Celso Roth, na derrota para o Coritiba em casa no último minuto, Cláudio Duarte foi chamado com a difícil missão de livrar o Inter do descenso. Seu "começo" foi dramático: empate com São Caetano em 1 a 1 no Anacleto Campanella, e derrota por 3 a 2 para o Juventude no Alfredo Jaconi.

O obstáculo na penúltima rodada do Brasileirão seria o Cruzeiro, que brigava por uma das vagas na próxima fase da competição e tinha um dos melhores elencos do Brasil. Desfalcado de Alexandre, Cleitão era o responsável por deter as ações ofensivas do Cruzeiro ao lado de Márcio Hahn.

O Inter foi de: Clemer; Chris, Luiz Alberto, Vinícius; Claiton, Márcio Hahn, Cleitão, Cleiton Xavier, Cássio; Mahicon Librelato e Fernando Baiano. O Cruzeiro, do técnico Luxemburgo escalou: Gomes; Marcelo Batatais, Cris, Luisão; Ruy, Paulo Miranda, Augusto Recife, Alex, Leandro; Marcelo Ramos e Fábio Júnior.

Empurrado por um mar vermelho, o Internacional tomou a iniciativa e foi à moda louco para o ataque, assustando o Cruzeiro com um chute na trave de Márcio Hahn logo aos 2 minutos. Fernando Baiano ainda teria mais duas grandes chances de abrir o placar.

A superioridade do Cruzeiro foi estabelecida na metade da primeira etapa, depois de desperdiçar uma grande chance com Fábio Júnior. Uma falta pelo lado direito do ataque cruzeirense e um testaço de Luisão, aos 24 do primeiro tempo, calaram o Beira-Rio.

Daniel Carvalho e Chiquinho entraram em campo e incendiaram a partida. O Internacional não se abateu dentro de campo e seguiu martelando o Cruzeiro, que resistia bravamente. Assim se seguiu até os instantes finais, quando Clemer foi se aventurar na área cruzeirense e furou em bola.

Héber Roberto Lopes encerrou a partida e lágrimas corriam em todos os olhos colorados. Os sentimentos de raiva, tristeza e inconformidade com o time se misturavam, tornando o Beira-Rio um campo de batalha com a Brigada Militar. Dentro do gramado, Claiton saía correndo chorando desconsolado. Luiz Alberto permaneceu deitado no gramado, incrédulo com o resultado.

Fernando Baiano prometia permanecer no Inter para jogar a Série B de 2003, sem saber que ainda existia a possibilidade, mesmo que remota, do Colorado permanecer na primeira divisão. Felizmente, os resultados da quinta-feira foram bons para o Internacional, que enfrentaria o Paysandu na esperança de se manter na elite do futebol brasileiro.

Reveja os lances desse duelo no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=FrB6AEACzX0

Marcelo Veiga

MARCELO VEIGA
(lateral-esquerdo)


Nome completo: Marcelo Castelo Veiga
Data de nascimento: 10/7/1964
Local: São Paulo (SP)

CARREIRA:
1984-1987 - Santo André
1986 - Comercial-MS
1987-1988 - Ferroviário-CE
1988-1992 - Santos
1992 - Internacional
1993-1994 - Goiás
1994 - Portuguesa
1995 - Bahia
1995 - Fortaleza
1996 - Caldense
1997 - Joinville
1997 - Atlético-GO
1998 - Itumbiara
1998 - Matonense


Marcelo Veiga veio ao Beira-Rio com status de reforço de peso, a fim de suprir uma carência que nem as categorias de base conseguiam suprir: a lateral-esquerda.

Revelado pelo Santo André, em 1984, aos 18 anos, o lateral jogava pelas duas pontas e tinha um cruzamento eficaz, além de um bom chute de longa distância. Em 1988 conquistou seu primeiro título estadual, jogando pelo Ferroviário-CE.

Ainda em 1988 foi para o Santos, que não passava por uma boa fase. Mesmo assim, Marcelo Veiga se destacava pela persistência e pela eficiência que desempenhava sua função. Pelo alvinegro, jogou ao lado de Paulinho MacLaren e Sérgio Guedes, que jogariam pelo Internacional nos anos 90.

Em 1992, tudo se encaminhava para uma negociação com o Corinthians, mas não deu certo. A direção colorada aproveitou e trouxe o jogador, destaque no Santos. No Beira-Rio, não teve a mesma sorte. Acabou preterido pelo técnico Antônio Lopes, que preferia Daniel Franco, com justiça.

Deixou o Beira-Rio em 1993, quando foi para o Goiás. Seu primeiro ano no clube não foi dos melhores e acabou amargando a reserva. Participou da campanha que ajudou o Goiás a subir para a 1ª divisão em 1994, mas na reserva de Augusto.

Passou por Portuguesa, Bahia, Fortaleza, Joinville, Atlético-GO, Itumbiara e Matonense, onde encerrou a carreira. Recentemente, treinou a Portuguesa, mas está sem clube.