Benítez

BENÍTEZ
(goleiro)

Nome completo: José de la Cruz Benítez
Data de nascimento: 3/5/1952
Local: Assunção (PAR)

CARREIRA:
1972-1977 - Olimpia-PAR
1977 - Internacional
1978 - Palmeiras
1978-1983 - Internacional


Uma dividida e uma carreira brilhante era abreviada. Ficaram sequelas e a difícil aceitação de que um gigante goleiro colorado teria que abandonar os gramados em virtude de um lance habitual de jogo. Ali, um dos grandes nomes da história vencedora do Colorado se rendia à uma lesão, mas deixou lembranças épicas de um time,l literalmente, invencível.

O paraguaio Benítez começou jogando no Olimpia, maior clube do país. O goleiro, de 1,86m, era considerado de altura privilegiada na época. Era conhecido pela segurança, reflexo e saídas do gol com serenidade.

Iniciou nas categorias de base do alvinegro paraguaio em 1966, e conquistou a vaga de titular na seleção de base no Sul-americano de 1971, no qual o Paraguai se sagrou campeão invicto. No mesmo ano, Benítez se tornou profissional e titular da posição.

Jogou por sete anos no Olimpia, sendo campeão nacional em 71 e 75. Seu grande momento pela "albiroja" foi em um jogo das Eliminatórias da Copa de 78. Tal atuação levou o Internacional a contratá-lo, depois de Manga se transferir para o Operário-MS.

Em seus primeiros jogos, em 77, o Inter não vivia bom momento, abalado pela perda do Gauchão e sem o guardião Figueroa. No ano seguinte, Benítez foi emprestado ao Palmeiras, depois do Inter ser goleado pelo Grêmio por 4 a 0 em pleno Beira-Rio.

Em seu retorno, Gasperín já havia assumido a condição de titular. Aos poucos, o paraguaio foi recuperando a titularidade e não largou mais essa condição. Benítez fez parte do elenco campeão gaúcho de 1978.

Em 1979, o ano de ouro de Benítez. Ao lado de nomes como Mauro Galvão, Falcão, Batista, Mário Sérgio e Jair, o goleiro se sagrou campeão invicto do Brasileirão.

A partir daí, a carreira do goleiro começou a decolar. Chegou à final da Libertadores de 1980, perdendo a decisão para o Nacional-URU. Faturou mais dois títulos estaduais e seguiu em plena forma, se preparando para o ano de 1983.

Em alta, Benítez continuava sendo um pilar no time colorado. Mas em um amistoso contra o Associação Altética, em Alegrete, aconteceu o inesperado. O atacante Celeni dividiu uma bola com Benítez usando os pés, batendo direto na cabeça de Benítez, que ficou momentaneamente paralisado.

Benítez teve de encerrar a carreira naquele ano, tendo uma grave lesão na coluna. O goleiro não guarda mágoas de Celeni, tendo reencontrado o atacante em duas ocasiões, sendo bem receptivo. Se tornou empresário de jogadores nos anos 90, sendo responsável pelas vindas de Arce e Rivarola para o Grêmio, e Gamarra e Enciso para o Internacional.

Barão

BARÃO
(lateral-direito)

Nome completo: Adriano Vidal dos Reis
Data de nascimento: 22/6/1978
Local: Porto Alegre (RS)

Carreira:
1997-2002
Internacional
2003
Sport
2003
Vila Nova
2004-2005
Ulbra
2005
Pelotas
2006
15 de Novembro
2006-2007
Ulbra
2007
Juventude
2007
Ulbra
2008
Atlético-GO
2008
Caxias
2009
São Luiz-RS
2010
Avenida
2010
Inter de Lages
2011
Concórdia-SC
2012
Passo Fundo
2012
Guarany-BG
2013
União-FW
2013
São Paulo-RS

Barão foi um jogador que nunca inspirou confiança e credibilidade na torcida colorada. Até porque era inevitável acreditar nas escalações formadas nos anos 90 e no início do século XXI.
Aos 16 anos, saiu das escolinhas do Zequinha para integrar os juvenis do Internacional e aos 19 já integrava o elenco profissional. Mas só no ano de 1998 que ele teve as primeiras oportunidades entre os titulares, depois de conquistar a Taça São Paulo de Futebol Júnior. Em 1999, com o empréstimo de Denílson, Barão assumiu a titularidade na lateral-direita no Gauchão, onde foi um dos destaques do Internacional.
Porém, com a volta de Denílson, Barão foi para a reserva e não foi mais titular pelo Inter. Ficou no Colorado até 2002. Em seu período jogando pelo Internacional, foi reserva de Gustavo, Denílson, Márcio Goiano e Luizinho Netto. Jogou duas partidas pelo Palmeiras, onde esteve emprestado.
Saiu do Inter e foi para o Sport em 2003, onde foi campeão pernambucano. Em 2004, pela Ulbra, e em 2007, pelo Juventude, foi escolhido o melhor lateral-direito do Gauchão. Jogando no Juventude, esteve no elenco rebaixado no Brasileirão, quando começou o declínio do alviverde de Caxias do Sul.
Eliminou o Grêmio em duas ocasiões pela Copa do Brasil: em 2006, quando jogava pelo 15 de Novembro, e em 2008, pelo Atlético-GO. Na primeira oportunidade, converteu o último pênalti da decisão.
Passou por clubes do interior de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Sem dúvida, Barão é um dos jogadores mais folclóricos do Gauchão.

Pedro

PEDRO
(lateral-direito)

Nome completo: Pedro Alves da Silva
Data de nascimento: 25/4/1981
Local: Brasília (DF)

Carreira:
2002-2003
Palmeiras
2003
Figueirense
2004
Vitória
2005
Internacional
2005-2006
Acadêmica de Coimbra-POR
2006
Iraty
2007
Santos
2007
Corinthians
2008-2010
Sporting-POR
2010-2011
Portimonense-POR
2012
Novo Hamburgo
2012
ABC
2013
ASA
2014
CSA

Pedro foi um dos laterais mais discretos que passaram pelo Internacional. Muitos até não se lembrarão que ele esteve pelas bandas do Beira-Rio.
O lateral se profissionalizou no Palmeiras em 1999, mas somente em 2002 começou a atuar no time principal, justamente no ano em que o verdão foi rebaixado à Série B do Brasileirão. Na ocasião, o Palmeiras contava com os laterais Arce e Leo Moura.
Ficou no Palmeiras até o final do primeiro semestre de 2003 e foi emprestado ao Figueirense. Depois de fazer uma campanha razoável pelo time catarinense, rumou à Salvador, onde foi jogar pelo Vitória, também por empréstimo. No final do ano, foi contratado pelo Internacional.
Em 2005, no Beira-Rio, pouco jogou. Disputou apenas cinco partidas e não despertou a confiança de Muricy Ramalho. Após conquistar o Gauchão, foi contratado pelo Acadêmica de Coimbra. Permaneceu em Portugal por uma temporada e foi repassado ao Iraty em 2006, até ser contratado pelo Santos em 2007.
No Peixe, teve um início promissor, mas foi preterido pelo técnico Luxemburgo. Trocou o Santos pelo Corinthians, no mesmo ano. Alegando problemas com atraso de salários, abandonou a concentração e conseguiu uma transferência para o Sporting-POR, em 2008.
Jogou três temporadas pelo Sporting e foi emprestado ao Portimonense, também de Portugal. Fez um bom campeonato, mas decidiu retornar ao Brasil. Se destino foi o Novo Hamburgo. Passou ainda por ABC, ASA de Arapiraca e CSA.

Válber

VÁLBER
(meia)

Nome completo: Válber da Silva Costa

Em 1992, o Mogi Mirim fez uma campanha belíssima no Paulistão, terminando a competição nas semifinais. Na equipe que ficou conhecida como "Carrossel Caipira", se destacaram: o lateral-esquerdo Admílson, o atacante Leto, e os meias Rivaldo e Válber. Falaremos desse último.

Válber começou a carreira no Santa Cruz, do Recife, aos 20 anos. Se transferiu para o Mogi Mirim em 1992, junto com Rivaldo. No Mogi, foi um dos jogadores mais importantes na melhor fase do clube, sob o comando do técnico Vadão.

No ano seguinte, o quarteto Admílson, Válber, Leto e Rivaldo, migrou para o Corinthians. No Parque São Jorge, Válber teve um bom começo, rendendo até uma convocação à Seleção pelo técnico Parreira. Porém, dos quatro jogadores, apenas Rivaldo vingou.

Em 94, Válber rumou ao Japão para jogar a recém-lançada J-League. O fraco nível do futebol japonês e a falta de visibilidade fizeram vários brasileiros retornarem ao Brasil. Então, no ano seguinte, Válber retornou ao Brasil para jogar no Palmeiras.

O time do Palestra Itália já não era mais o mesmo que venceu dois Brasileirões. A passagem de Válber pelo Palmeiras ficou marcada por uma briga com o volante Dinho, do Grêmio, em jogo pela Libertadores. No Olímpico, o Palmeiras levou 5 a 0. Um mês depois, Válber retornou a Porto Alegre.

Válber chegou no Beira-Rio, em 1995, por empréstimo e teve um começo bastante promissor. Nos três primeiros jogos do Inter no Brasileirão, marcou três gols. Dois deles, na sua estreia, diante do Criciúma. A torcida acreditou que Leandro teria um companheiro de ataque efetivo.

O meia-atacante teve atuações destacáveis ao longo do 1º turno do Brasileirão, quase classificando o Internacional para as semifinais, participando de todos os jogos. A derrota para a Portuguesa no Beira-Rio foi determinante para que Válber passasse a ser contestado.

No segundo turno, o rendimento de Válber caiu bastante e o Inter não desempenhou boas partidas. Na reta final da competição, Abel optou por Nando, Aílton e Zé Alcino. Válber perdeu espaço e a confiança da torcida e do treinador.

Passado o empréstimo, saiu do Beira-Rio e foi para o Vasco. No clube cruz-maltino, foi artilheiro do time na temporada, mas perdeu espaço com a chegada de Ramón Menezes e Edmundo. A partir daí, começou uma fase de ostracismo e queda de rendimento.

Ainda passou por Goiás, Ponte Preta, Yokohama Marinos-JAP, Atlético-PR, Santa Cruz, e retornou ao seu Mogi Mirim, onde largou o futebol em 2004.

Jackson Coelho

JACKSON
(meia)


Jogador de velocidade e que partia pra cima dos adversários sem medo. Assim era Jackson, maranhense de Codó. Com essa fama, desembarcou no Salgado Filho após uma passagem apagada pelo Cruzeiro, mas a pedido do técnico Carlos Alberto Parreira.

O meio-campo começou a carreira no Maranhão, em 1992. Em 1994 foi para o Mogi Mirim, que se curava da ressaca que foi o furacão "Carrossel Caipira". No ano seguinte foi para o Goiás, onde foi reserva na maior parte do ano. Acabou emprestado ao Comercial-SP em 1996.

Em 97 foi para o Sport, onde começou a ter um destaque maior, conquistando o bicampeonato pernambucano. No ano seguinte, Jackson foi convocado à Seleção pela primeira vez, e o Sport terminou o Brasileirão em 5º lugar, sendo eliminado nas quartas-de-final pelo Santos.

Foi contratado pelo Palmeiras para a disputa da Libertadores em 1999, na qual o Palmeiras se sagrou campeão. No final do ano, foi descoberto que Jackson era "gato". Influenciado por um empresário, visando uma transferência para o exterior, falsificou a certidão de nascimento, "rejuvenescendo" seis anos.

Em uma troca com o Cruzeiro, que ofereceu Marcelo Ramos, o Palmeiras negociou o meia com o clube mineiro. Conquistou a Copa do Brasil de 2000 e chegou ás semifinais da João Havelange, mas não repetiu o desempenho no ano seguinte. Foi transferido ao Internacional na metade de 2001.

Estreou na segunda rodada do Brasileirão, na derrota para o Coritiba, fora de casa, por 3 a 2. Jackson marcou um dos gols do Internacional. Fez um bom campeonato com o Internacional, dentro das limitações do time, mas não deixou muitas saudades. Deixou o Colorado no final do ano.

Passou por Gama, Paulista de Jundiaí, Coritiba e Ituano, até ter sua primeira experiência no exterior. Jogou uma temporada nos Emirados Árabes Unidos pelo Al Emirates. Um anos depois, estava de volta ao Coxa.

Conquistou o tricampeonato baiano pelo Vitória em 2007, 2008 e 2009 e ajudou o Vitória a subir á Série A em 2007. Em 2010 foi campeão potiguar pelo ABC. No mesmo ano, foi para o Santa Cruz, mas não conseguiu o acesso à Série C.

Antes de se aposentar pelo Maranhão, em 2013, jogou no Serrazuense-AL, Bahia de Feira, Santa Helena-GO e Expressinho-MA.