Internacional 2 x 0 Grêmio (Campeonato Brasileiro 2004)

Quem imaginaria que um rapaz pouco conhecido da massa vermelha até então entraria para a história do maior clássico do mundo?
E quem imaginaria que esse mesmo rapaz mudaria a história do nosso amado clube a partir desse momento mágico?

Quando Vinícius anotou o primeiro gol no decadente time do Grêmio, a expectativa aumentou ainda mais acerca de quem faria o milésimo gol da história dos Gre-Nais. O folclórico Joel Santana convocou o centroavante Fernandão logo após Oseas deixar o clube. A mão de "papai" Joel fez toda a diferença no clássico. Convenhamos que o gol 999 teve uma baita ajuda do goleiro gremista Tavarelli, que conseguiu levar um gol de encobrida debaixo dos paus em uma jogada de cabeça.

Aos 33 minutos do segundo tempo, Élder Granja dominou a bola na ponta direita e, cirurgicamente, cruzou na cabeça do atacante que aguardava dentro da área. Um cabeludo meio desengonçado (sim, foi isso que eu pensei quando vi Ele entrar em campo) subiu mais que a defesa tricolor e arrematou. Impiedosamente. Fulminante. Amigos, aquilo foi lindo demais!

Era o 2 a 0 no clássico e o gol 1.000 nos Gre-Nais. Sim, foi um jogo valendo três pontos, mas foi um divisor de águas na história do clube que via Fernandão e Internacional criarem um vínculo de paixão, devoção e confiança. A partir desse gol, o torcedor colorado passou a acreditar que aquele tempo de vacas magras estava próximo do fim. A partir do gol 1.000, o Beira-Rio ganhou uma atmosfera de otimismo e fé, que agitou o mar vermelho tal como nos anos 70.

Somos eternamente gratos ao FernanDeus, o homem Gre-Nal, testa de aço e representante-mor da instituição Sport Club Internacional no topo do mundo. 10 de julho de 2004 é um dia que vai durar para a eternidade.

Essa lembrança na voz de Pedro Ernesto Denardin fica mais maravilhosa ainda, vai dizer...

CAMPEONATO BRASILEIRO 2004 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 2 X 0 GRÊMIO
Data: 10/7/2004
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Público: 23.525 (20.218 pagantes).
Renda: R$ 282.661,00
Juiz: Paulo César Oliveira
Cartões: Sangaletti, Vinícius (I); Tavarelli, Claudiomiro, Leonardo Inácio, Marcelinho e Christian (G).
Gols: Vinícius 8'/2 (I); Fernandão 33'/2 (I).
INTERNACIONAL: Clemer; Sangaletti, Wilson (Fernandão) e Vinícius; Bolívar, Edinho, Marabá, Élder Granja e Alex; Danilo Gomes e Rafael Sobis (Dauri). Técnico: Joel Santana.
GRÊMIO: Tavarelli; Michel, Fábio Bilica (Baloy), Claudiomiro e Michel Bastos; Cocito, Leonardo Inácio (Cláudio Pitbull), Felipe Melo e Bruno (Élton); Marcelinho e Christian. Técnico: Plein.

Citação #10

Além de disputar Sérgio Galocha e Bráulio disputavam a titularidade no período de transição entre os Eucaliptos e o Beira-Rio. Sérgio representava o futebol-força e voltado ao coletivo, enquanto Bráulio exercia um futebol mais técnico e refinado. Essa dualidade é ilustrada nesse trecho coletado no Blog do Moraes:

“Futebol-arte ou futebol-força? Na Porto Alegre final dos anos 60, quando a preparação física se profissionalizava cada vez mais e atletas habilidosos e eminentemente técnicos pareciam perder lugar para boleiros, corpulentos e de explosão muscular, um meio-campista se tornaria o jogador mais discutido de sua época: Bráulio. Dono de um estilo de jogo clássico, com a mudança de filosofia de futebol ocorrida no Internacional a partir de 1969, o meia passou a ser considerado um representante do 'decadente' estilo dos tempos do Rolo Compressor, dividindo mentes e corações de jornalistas e torcedores contra ou a favor do futebol que ele próprio representava”.


Fonte: Wilson Moraes, no Blog do Moraes.  Disponível em: http://moraesjau.blogspot.com.br/2011/09/sergio-galocha-x-braulio-garoto-de-ouro.html. Acesso em 7 de julho de  2016.

Ademir Antes

ADEMIR ANTES
(lateral-direito)

Nome completo: Ademir Antes
Data de nascimento: 10/8/1963
Local: Cerro Largo (RS)

CARREIRA:
1984-1985
Internacional
1986
Colorado-PR
1987
Mixto-MT
1988-1989
Inter-SM
1990
São Luiz-RS
1991
São Paulo-RG

Ademir Antes é oriundo das categorias de base do Internacional, onde começou em 1978, aos 15 anos. Se profissionalizou no segundo semestre de 1984, sendo reserva de Luís Carlos Winck e André Luís, em ambas as laterais.

Em 1985 ganhou um espaço maior, jogando boa parte dos jogos da Copa Bento Gonçalves. Nessa competição, o técnico Otacílio Gonçalves escalava os reservas, lançando os titulares na reta final. O Inter acabou perdendo o título para o São Paulo de Rio Grande.

Depois disso, Ademir Antes trocou o colorado gaúcho pelo Colorado, do Paraná. O time paranaense não vivia um bom momento e Ademir foi dispensado, indo parar no Mato Grosso, onde defendeu o tradicional Mixto. No time mato-grossense, Ademir Antes foi eliminado na primeira fase da Série C e vice-campeão estadual.

De volta ao Rio Grande do Sul, reencontrou o Internacional quando defendia o Inter de Santa Maria. Foram uma derrota (em 88) e uma vitória (em 89) contra o clube que formou o lateral. O Inter de Santa Maria foi rebaixado para a Segundona Gaúcha em 1989.

Pelo São Luiz, Ademir Antes voltou a erguer uma taça, sendo campeão da Segundona de 1990. No mesmo ano, enfrentou o Internacional em um amistoso, com vitória colorada em Ijuí por 2 a 1.

No ano seguinte, mais uma vez Ademir Antes não viveu um bom ano. O São Luiz que ele ajudou a subir de divisão terminava o estadual em 5º lugar, além do vice da Copa Governador do Estado, enquanto o São Paulo de Rio Grande terminava rebaixado.

Paulo Isidoro

PAULO ISIDORO
(meia)

Nome completo: Alex Sandro Santana de Oliveira
Data de Nascimento: 30/10/1973
Local: Salvador (BA)

CARREIRA:
1993-1994
Vitória
1994-1996
Palmeiras
1996
Internacional
1997-1998
Guarani
1999-2000
Cruzeiro
2000
Kawasaki Frontale-JAP
2001
Vitória
2001
Cruzeiro
2002
Fluminense
2002
Malatya-TUR
2003
Brasiliense
2004
Portuguesa
2005
Santo André
2005
Fortaleza
2006
Juventus-SP
2006
América-RN
2007-2008
Fortaleza
2009
Bahia
2010
Fortaleza
2011
Mogi Mirim

A carreira do meia Paulo Isidoro começou como um meteoro, assim como sua velocidade na armação das jogadas para a finalização dos seus companheiros. Paulo Isidoro é apenas um apelido, dada a semelhança física com o clássico ponta-de-lança atleticano dos anos 80.
Destaque das categorias de base do Vitória no início dos anos 90, foi um dos grandes nomes no vice-campeonato brasileiro de 1993, jogando ao lado de Dida, Alex Alves e Roberto Cavalo. Na disputa do Torneio da Uva, em Caxias do Sul, Paulo Isidoro chamou a atenção do Palmeiras, que também participava da competição e o levou a São Paulo.
Se em 93, Paulo Isidoro bateu na trave, no ano seguinte a conquista veio jogando pelo Verdão. Permaneceu no clube até 1996, quando se transferiu para o Internacional no início de maio. Sua estréia foi diante do Flamengo, no dia 9 de maio daquele ano. No Beira-Rio, Paulo Isidoro teve um bom desempenho, mas acabou ficando na reserva de Marcelo Rosa. Ainda assim foi um dos protagonistas da conquista do Torneio Mercosul.
Em 1997, o meia foi para o Guarani, onde permaneceu até o ano seguinte. Pelo Cruzeiro, mais títulos na conta: Copa Centro-Oeste de 1999, Copa do Brasil 2000 e Copa Sul-Minas de 2001. Outro momento importante da carreira do meia foi em 2005, quando foi destaque do Fortaleza no Campeonato Brasileiro.
Paulo Isidoro defendeu, ao todo, dezesseis clubes, sendo 14 no Brasil, um no Japão e um na Turquia. Parou de jogar aos 38 anos. Depois disso, passou a se dedicar à carreira de treinador.

Pós-jogo - Internacional 0 x 1 Grêmio (Campeonato Brasileiro 2016 - 2º Turno)

Salve, coloradagem...
Bom, perdemos o Gre-Nal antes mesmo do jogo começar. Vamos lembrar os motivos.

Paulão e Douglas foram os destaques do Gre-Nal, vencido pelo Grêmio.
Foto: Youtube/Reprodução

Em 1997, dirigentes do Grêmio jogaram um coelho no gramado do Olímpico, alegando que o Internacional era como tal animal, que larga correndo em velocidade, mas perde o fôlego ao longo da corrida. Na época, o Internacional era líder isolado do Campeonato Brasileiro. Resultado: 5 a 2 para os colorados em pleno Olímpico.

Já em 2006, Abel Braga chamava seus pupilos de diamantes e tinha o foco na Libertadores. O Grêmio, motivado pelo acesso à primeira divisão, tomou tal declaração como soberba. E a gente sabe: NINGUÉM quer perder Gre-Nal, ainda mais valendo título. O Internacional não saiu derrotado, mas o Campeonato Gaúcho acabou na mão dos azuis com o empate de 1 a 1, depois do 0 a 0 no Olímpico.

Paulo Odone foi o personagem do Gre-Nal do segundo turno do Campeonato Brasileiro de 2008. Afirmou, convicto, que o Grêmio "passaria a máquina" no clássico. A mensagem foi captada pelo time colorado, que com sangue no olho, goleou o líder do Brasileirão por inapeláveis 4 a 1, com o primeiro gol de D'alessandro em Gre-Nais.

Esses são apenas três exemplos do quanto o pré-jogo interfere no desempenho dos atletas. Qualquer "ai" já serve para motivar o adversário. Argel vem vacilando há cinco rodadas, conquistando um ponto em 15 disputados. Argel vacilou quando passa a mão na cabeça dos atletas quando os desempenho beira a inoperância. Argel vacilou por confiar em seu trator. Em um jogo de 45 minutos para cada lado, levou a melhor quem aproveitou a chance que teve.

Levantemos a cabeça e seguiremos em busca de uma posição melhor. O próximo duelo colorado será contra o Santa Cruz, dia 10/7, no Arruda. Vamos orar...

CAMPEONATO BRASILEIRO 2016 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 0 X 1 GRÊMIO
Data: 3/7/2016
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Público: 40.686 (36.299 pagantes).
Renda: R$ 1.726.850,00
Cartões: Artur, Fernando Bob, Vitinho, Ânderson (I); Marcelo Grohe, Edílson, Rafael Thyere, Luan e Ramiro (G).
INTERNACIONAL: Muriel; William, Paulão, Ernando e Artur; Rodrigo Dourado, Fernando Bob (Gustavo Ferrareis), Fabinho e Seijas (Valdívia); Eduardo Sasha (Ânderson) e Vitinho. Técnico: Argel.
GRÊMIO: Marcelo Grohe; Edílson, Fred, Rafael Thyere e Marcelo Oliveira; Walace, Jaílson (Ramiro), Giuliano e Douglas (Miller Bolaños); Éverton (Pedro Rocha) e Luan. Técnico: Roger Machado.