Luiz Cláudio

LUIZ CLÁUDIO
(atacante)

2001 foi o último ano em que o Internacional aderiu à priorização da contratação de refugos, ao invés de valorizar os jovens da base. Luiz Cláudio foi um dos vários refugos que o Colorado contratou no início dos anos 2000.

O atacante começou a carreira no Treze, da Paraíba, em 1996, mas no Vasco da Gama que conquistou os primeiros títulos da carreira. Esteve presente nos elencos campeões da Libertadores em 1998, da Mercosul de 2000, e dos Brasileirões de 1997 e 2000.

No Vasco, era conhecido como "artilheiro do segundo tempo". Porém, quando jogava entre os titulares, não tinha o mesmo rendimento. No período em que esteve no time carioca, foi emprestado ao Bahia e ao Palmeiras, onde foi vice-campeão da Libertadores em 2000.

O Internacional o contratou em 2001, para ser o substituto de Rodrigão. Com Parreira, Luiz Cláudio foi titular na maior parte do ano. Sua estreia foi péssima. No Beira-Rio, perdeu um pênalti contra o Cruzeiro, em partida válida pela Copa Sul-Minas. O Internacional foi derrotado por 2 a 0.

Aos poucos, o atacante foi superando as vaias, mas nunca foi unanimidade com a torcida colorada. Seu gol mais bonito foi uma bicicleta em um Gre-Nal válido pelo Gauchão, onde o Inter foi derrotado por 4 a 2. Outro gol memorável de Luiz Cláudio foi contra o Santos, na primeira fase do Brasileirão. O atacante chutou quase sem ângulo, vencendo o goleiro Pitarelli.

A irregularidade e questões contratuais envolvendo o Vasco fizeram com que o jogador não permanecesse no Beira-Rio em 2002. Acabou se transferindo para o Sport. A partir daí, rodou por vários clubes: Boavista-POR, Botafogo, São Caetano, Duque de Caxias, Vila Nova, Macaé, Noroeste-SP, Al-Ansar-LBN e Angra dos Reis, seu último clube.

Nílson

NÍLSON
(atacante)

Nome completo: Nílson Esídio Mora
Data de nascimento: 10/11/1965
Local: Santa Rita do Passa Quatro (SP)

CARREIRA:
1983-1984 - Sertãozinho
1985 - Platinense-PR
1986 - XV de Jaú
1986-1987 - Ponte Preta
1987 - XV de Jaú
1988-1989 - Internacional
1989 - Celta-ESP
1990-1991 - Grêmio
1991-1992 - Portuguesa
1992 - Corinthians
1993 - Flamengo
1993 - Fluminense
1994 - Albacete-ESP
1995 - Valladolid-ESP
1995 - Palmeiras
1996 - Vasco
1997 - Atlético-PR
1997 - Tigres-MEX
1998 - Sporting Cristal-PER
1999 - Atlético-MG
2000 - Santo André
2001 - Santa Cruz
2001 Rio Branco-SP
2002 - Portuguesa Santista
2003 - Atlético Sorocaba
2005 - Nacional-SP

A relação de Nílson com os Gre-Nais é da mais pura intimidade, tanto pelo lado vermelho quanto pelo azul. Sempre decisivo nos clássicos, o goleador deixou sua marca no jogo mais importante entre Internacional e Grêmio na história dos Gre-Nais.

O jovem cortador de cana Nílson trocou a foice pela chuteira em 1983, quando iniciou a carreira profissional pelo Sertãozinho. Na sequência, foi emprestado ao Platinense, clube em que ajudou a subir à primeira divisão paranaense.

Depois de passar por XV de Jaú, onde ficou conhecido como o "substituto de Dadá" e foi treinado pelo mesmo, e pela Ponte Preta, o Internacional acreditou no talento de Nílson. E deu muito certo. Em sua primeira temporada no Colorado, Nílson se tornou artilheiro do Campeonato Brasileiro e protagonista do "Gre-Nal do Século", valido pelas semifinais do certame.

O Inter perdia por 1 a 0, em pleno Beira-Rio lotado. Até que aos 16 minutos do segundo tempo, Edu Lima cobra uma falta no miolo da área e Nílson sobe no melhor estilo Dadá Maravilha pra empatar a partida. A virada espetacular veio aos 26 minutos, com um meio chute/meio cruzamento de Maurício pela ponta direita e Nílson completando.

O Gre-Nal do Século foi a consagração de Nílson, que mostrou as virtudes de um legítimo camisa 9. Entretanto, a derrota para o Bahia na decisão e o pênalti desperdiçado na semifinal da Libertadores diante do Olimpia geraram um sentimento de contestação por parte da torcida Colorada.

Nílson deixou o Inter em 89 e foi para o Celta, onde recebeu a alcunha de "pseudo-pérola negra", pois esteve longe da grife que a artilharia do Brasileirão lhe proporcionou.

Em 1990, um choque para os colorados e a alegria para os gremistas: Nílson trocou a Espanha pelo Grêmio. A recepção foi surpreendente, pois a torcida tricolor abraçara seu carrasco de 88/89. Nílson correspondeu, matando o colorado duas vezes no ano de 1990.

Mesmo assim, nada abalou o sentimento de gratidão que o torcedor colorado carrega desde aquele dia 12 de fevereiro de 1989, quando 80 mil colorados testemunhavam o histórico "tchauzinho" que Nílson Esídio mandava para a torcida tricolor, que cantou a vitória antes mesmo do segundo tempo.

Assim como Dario Maravilha, Nílson rodou Brasil afora, jogando em todos os cantos e em mais de 20 clubes, pequenos e grandes, sempre deixando a sua marca de artilheiro.

Paulo Roberto Prestes

PAULO ROBERTO
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Paulo Roberto Araújo Prestes
Data de nascimento: 21/4/1964
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1983
Internacional
1984
Botafogo
1984-1985
Palmeiras
1986-1996
Atlético-MG
1997
Internacional

O lateral-esquerdo Paulo Roberto foi lançado aos profissionais do Internacional em 1983, pelo técnico Ernesto Guedes. Paulo veio de uma excelente leva de jovens, na qual subiram Luís Carlos Winck, seu irmão Tato, Aloísio e Dunga. Tinha como principais característica bons cruzamentos e o chute forte na canhota.

Quando estava assumindo a titularidade com o técnico Dino Sani, teve uma lesão no joelho e ficou 4 meses encostado. Nesse meio tempo, o Internacional contratou reforços para suprir a falta de Paulo Roberto.

Em 1984, Paulo Roberto foi emprestado ao Botafogo. Na época, foi treinado por Didi, o "Folha Seca". Jogou por seis meses no Fogão e seguiu para o Palmeiras. Na época, o Verdão enfrentava um grande jejum, o que deixava o ambiente carregado. Jogou ao lado de Leão e Mário Sérgio. Permaneceu no Palestra Itália até o final de 1985.

Estreou no Atlético-MG em 1986 conquistando o Campeonato Mineiro e chegando às semifinais do Brasileirão de 1986 e de 1987. Ficou 10 anos no Galo, sendo capitão do time por 7 anos. Ainda levantou as taças estaduais de 88, 89, 91 e 95, e a Conmebol de 92, em uma decisão histórica contra o Olimpia, que tinha Goycochea como goleiro.

Depois de todo esse tempo no Galo, com alegrias e derrotas, teve mais uma passagem pelo Botafogo, em 1996, ano em que o Fogão levou o título da Taça Cidade Maravilhosa, onde só participaram times da capital carioca. Retornou ao Internacional em 1997, ano em que encerrou a carreira.

Taffarel

TAFFAREL
(goleiro)


Nome completo: Cláudio André Mergen Taffarel
Data de nascimento: 8/5/1966
Local: Santa Rosa (RS)

CARREIRA:
1985-1990
Internacional
1990-1993
Parma-ITA
1993-1995
Reggiana-ITA
1995-1998
Atlético-MG
1998-2001
Galatasaray-TUR
2001-2003
Parma-ITA

Alguns grandes jogadores se sagram grandes campeões ao longo da carreira. O goleiro Taffarel está na galeria dos campeões mundiais, graças ao título da Copa do Mundo de 94. Mas os deuses do futebol não quiseram que Taffarel fosse campeão no Internacional.



O goleiro Taffarel se profisssionalizou no Internacional em 1985, ano em que conquistou o Mundial sub-20 pela Seleção. Sucessor de Gilmar, que foi para o São Paulo, Taffarel abraçou a titularidade do Inter e não largou até deixar o clube em 1990.


Ao longo de sua trajetória no Colorado, Taffarel teve o azar de pegar um hiato de seis anos sem o Inter conquistar um título sequer, mas tendo grandes atuações e se sagrando o melhor goleiro do Brasil no final da década de 80, sendo campeão da Copa América de 1989.

Pelo Inter, chegou às finais dos Brasileiros de 1987 e 1988, à semifinal da Libertadores de 1989 e levou ainda dois prêmios da Bola de Prata da Placar. Foi eleito o melhor jogador do Brasileirão de 1988. Deixou o Internacional em 1990, brigado com a direção. Asmuz não valorizou e Taffarel rumou à Itália.

Jogou três temporadas no Parma, sendo campeão da Copa da Itália na época 1991/1992, Taça das Taças da Europa na época 1992/1993, e recuperou sua auto-estima depois da fatídica derrota para a Argentina, na Copa de 90.

Em 1993, foi para o Reggiana, onde permaneceu até o final de 1994, ano em que foi fundamental na Copa do Mundo, se tornando um dos heróis do Mundial e um dos remanescentes de 90.

Foi contratado pelo Atlético-MG em 1995, com o sonho de ser campeão no Brasil, o que de fato aconteceu. Foi campeão mineiro em 1995, e campeao da Conmebol de 1997. Teve constantes problemas com a direção do Galo, mas nunca escondeu o carinho recíproco pela torcida atleticana, mesmo sendo declaradamente colorado.

Se transferiu para o Galatasaray, da Turquia em 1999. No leste europeu, foi campeão turco em 1998/99 e 1999/2000, além de levar as taças da Turquia nas mesmas temporadas e a Supercopa Europeia em 2000.

Defendeu o Parma por mais duas temporadas, sendo mais uma vez campeão da Copa da Itália, na época 2001/2002. Deixou o futebol em 2003. Atualmente, é preparador de goleiros.

Se Taffarel não teve a sorte de levantar taças pelo Internacional, seu amor pelo clube sempre foi visível e ainda é presença freqüente no Beira-Rio.

Joãozinho Paulista

JOÃOZINHO PAULISTA
(atacante)

Nome completo: João Édson de Barros
Data de nascimento: 3/10/1956
Local: Piracicaba (SP)

Carreira:

1975-1976
XV de Piracicaba
1976
CRB
1977
Internacional
1977-1978
Atlético-MG
1978
CRB
1979
Atlético-MG
1980
CRB
1981
Campinense
1981-1982
CRB
1983
Botafogo-SP
1984
CRB
1985-1986
Goiás
1987
Cerro Porteño-PAR
1988
CSA
1988
Brasil-PEL
1989
Remo
1989
Ferroviário
1990
CRB
1990-1991
Auto Esporte-PB
1992
Icasa
1993
Flamengo-PI

Joãozinho começou a carreira no XV de Piracicaba, em 1975. Seu início foi conturbado, com brigas com a diretoria e frequentes lesões. Chegou a ser emprestado à Inter de Limeira, mas nem chegou a entrar em campo.
No CRB, a trajetória de Joãozinho passou a ter bons ventos. Se tornou o artilheiro do time em 1976. Depois de um golaço em cima do Grêmio, no Olímpico, despertou a atenção de grandes times do Brasil. Foi campeão alagoano em 1976.
Quem levou a melhor na disputa foi o Internacional, em 1977. Joãozinho foi contratado para reforçar o time colorado na Libertadores e no Gauchão. Chegou a ser apontado como sucessor de Dadá Maravilha.
Não vingou no time colorado, reformulado após o octacampeonato gaúcho e o bicampeonato brasileiro. Joãozinho deixou o Inter e foi para o Atlético-MG ainda em 77, por indicação de Dario.
Chegou às finais do Brasileiro de 77, perdendo um dos pênaltis da decisão contra o São Paulo. Na metade de 78 retornou ao CRB. Voltou ao Galo em 79, ano em que ganhou seu segundo estadual.
Passou pelo Campinense e voltou ao CRB em 1981. No Treze-PB, levantou a taça do campeonato paraibano de 81. Na sua quarta passagem pelo CRB, mais um estadual. Dessa vez, foi o de 82. Joãozinho Paulista é um dos maiores artilheiros da história do CRB, com 190 gols, e foi artilheiro do Campeonato Alagoano em três ocasiões.