Zé Carlos

ZÉ CARLOS
(atacante)

Nome completo: José Carlos Conceição dos Anjos
Data de nascimento: 20/3/1965
Local: Salvador (BA)

CARREIRA:
1986-1989 - Bahia
1989 - Internacional
1990 - Guarani
1991 - Internacional
1991-1992 - Atlético-MG
1992-1993 - Al-Hilal-SAU
1993-1995 - Atlético-MG


O fininho meia Zé Carlos começou a jogar aos 18 anos, depois de passar pelas categorias de base do Bahia entre 82 e 85, até ser promovido em 1986.

Dois anos após se profissionalizar, se tornou campeão brasileiro de 1988, justamente em cima do Internacional. O time do Bahia não tinha grandes nomes do futebol, mas era muito forte coletivamente. Zé Carlos foi um dos destaques, ao lado de Newmar, Bobô e Charles.

Depois da Libertadores e quatro enfrentamentos com o Bahia, o Inter foi atrás de Zé Carlos, trazendo o baiano como reforço para a disputa do Brasileirão após a saída de Nílson para o exterior. O Inter foi bem, mas Zé Carlos não se firmou.

Foi emprestado ao Guarani em 1990. O clube não conseguiu retornar à Série A e o jogador voltou ao Internacional em 1991. Sem chances entre os titulares, que tinha Cuca e Lima como referência, Zé Carlos amargou a reserva por todo ano.

O Atlético-MG contratou o jovem atacante em 1991, mas seguiu no banco de reservas. Depois de um rápido empréstimo ao Al-Hilal-SAU, retornou ao Galo, onde permaneceu até 1995, sempre no banco. 

Além do título nacional de 88, levantou três canecos estaduais: dois pelo Bahia (86 e 88) e um pelo Galo (91).

Hiran

HIRAN
(goleiro)

O gigante goleiro Hiran, de 1,99m e personalidade forte, começou a carreira em 1993, pelo Linhares-ES. Em seu primeiro ano como profissional, foi campeão capixaba. A elasticidade e as atuações na Copa do Brasil de 94 chamaram a atenção do presidente do Guarani, Beto Zini, que tratou de efetivar sua contratação.

Em suas duas primeiras temporadas no Bugre, Hiran era o quarto goleiro do time, atrás de Pitarelli, Narciso e Leo Percovich. Mas a partir de 1996, Hiran foi ganhando terreno, marcando alguns gole e assumindo a titularidade com a camisa 1. Permaneceu no Guarani até 1997.

Depois de meio ano no Atlético-MG, foi para o Santo André, onde jogou de 1998 a 1999. Em 2000, defendeu a Matonense até abril, quando foi contratado pelo Internacional. Assumiu a titularidade, colocando o baixinho e contestado João Gabriel na reserva.

Em seu primeiro ano no Inter, o time não chegou às finais do Gauchão, parou no Botafogo na Copa do Brasil e foi eliminado na primeira fase da Copa Sul-Minas. No Brasileirão, Hiran teve atuações regulares, mas a partida épica contra o Atlético-PR jamais será esquecida, pela virada e pelos milagres operados pelo goleiro. O Inter foi eliminado pelo Cruzeiro nas quartas-de-final.

Já em 2001, o desempenho do time foi ruim em todas as competições que disputou. A fase era tão braba, que João Gabriel recuperou a titularidade, depois de atuações nada agradáveis de Hiran. Deixou o Inter início de 2002 e retornou à Matonense.

O goleiro foi contratado pela Ponte Preta em julho de 2002, com um contrato inicial de seis meses. Acabou permanecendo na Macaca até 2003, quando sofreu um grave acidente de carro e chegou a ser dado como morto, mas o boato foi desmentido imediatamente pelo próprio Hiran.

Forçado a se aposentar, ficou parado até 2010, quando tomou coragem e retornou ao Linhares, clube que o projetou. Ainda jogou pelo São Mateus-ES, Aracruz, Colatina e Satntacruzense

Vinícius

VINÍCIUS
(zagueiro e lateral-esquerdo)

O prata-da-casa Vinícius se profissionalizou no Internacional em 1995, na função de lateral-esquerdo. Seu concorrente direto era Ricardo Costa, que também jogava na zaga. Com a contratação de Branco, vinícius perdeu ainda mais espaço no time.

Em 96, ganhou novas oportunidades, sem se firmar. Alternou a função com Cleomir ao longo do Brasileirão, mas o Inter acabou caindo na primeira fase. Se transferiu para o Sporting-POR em 97, onde jogou por três temporadas.

Depois de empréstimo ao Standard Liège, foi contratado pelo Fluminense em 2001, quando fez um bom Campeonato Brasileiro, ajudando o time a chegar à semifinal.


Retornou ao Inter em 2002 e passou a jogar como zagueiro, mas a titularidade definitiva veio em 2003, quando Muricy Ramalho passou a usar um esquema com três zagueiros: Wilson (pela direita), Sangaletti (líbero) e Vinícius (pela esquerda). O time embalou, mas ficou de fora da Libertadores. Vinícius ainda marcou um gol no Gre-Nal que quebrou o tabu de 13 Gre-Nais sem vencer.

Em 2004, a primeira experiência fora do Beira-Rio diante do Boca acresceu experiência na carreira do jogador. Vinícius marcou o gol 999 na história dos Gre-Nais. Mas o grande momento de Vinícius foi o Brasileiro de 2005, quando o Inter terminou em um polêmico 2º lugar. Deixou o Inter depois de conquistar três campeonatos estaduais.

Foi para o Ulsan Hyundai em 2006, mas em 2007 já estava de volta ao Brasil. O Atlético-MG contratou o zagueiro na volta à Série A. Disputou 52 jogos, marcou 4 gols e conquistou o título mineiro de 2007.

Defendeu Bahia, Náutico, São José e Caxias, seu último clube. Parou de jogar aos 35 anos.

Gérson

GÉRSON
(atacante)

Nome completo: Gérson Pereira da Silva
Data de nascimento: 23/9/1965
Local: Santos (SP)

CARREIRA:

1983-1984 - Santos
1985 - Guarani
1985-1986 - Santos
1986-1987 - Paulista
1988-1991 - Atlético-MG
1992-1993 - Internacional

Saudoso "Nêgo Gérson", goleador nato, carrasco de rivais e uma das perdas precoces mais sentidas do futebol brasileiro. Ter Gérson em campo era garantia de gols por onde quer que passava, independente de cancha, certame ou adversário.

Gérson começou a carreira profissional aos 20 anos, jogando pelo Santos, em 1985. Um ano antes, foi a grande revelação da Taça São Paulo de Futebol Júnior. Teve um começo excelente, sendo destaque nas seleções de base, onde conquistou o Mundial sub-20.



No mesmo ano, foi para o Guarani, que vivia uma fase muito boa. Gérson também ficou marcado pelo faro de gols e foi um dos artilheiros do time no ano. Na sequência, foi para o Paulista de Jundiaí adquirir experiência.

A consagração de sua carreira se iniciou no Atlético-MG. Foi duas vezes artilheiro da Copa do Brasil pelo Galo Mineiro, em 1989 e 1991 e, nesses mesmos anos, levantou a taça do Campeonato Mineiro.

Veio para o Colorado em 1992, depois do ataque formado por Cuca e Lima fracassar em 91. No Internacional o atacante voou, marcando 9 gols dos 18 feitos pelo time na conquista da Copa do Brasil, dando um título a nível nacional ao clube depois de 13 anos de jejum.

A suspeita de AIDS surgiu em abril de 1992, lançada pelo então diretor de futebol do Internacional, Romeu Masiero. O jogador não assumia a doença, alegando estar com caxumba. A situação abalou a diretoria, mas Antônio Lopes procurou tranquilizar os chefões do Inter, citando o exemplo de Magic Johnson, atleta de basquete que declarou ser portador do vírus HIV, mas ainda assin, fez parte do Dream Team das Olimpíadas de 1992.

Os seus companheiros só foram saber que Gérson estava doente em 93, pois o atacante pouco falava sobre sua condição. Aos poucos, o rendimento do atacante foi caindo de produção, causando estranheza por parte dos companheiros e da torcida. Seu último jogo pelo Internacional foi contra o Nacional de Medellín, onde não aguentou os 90 minutos.

Gérson recebeu o passe livre, após ser afastado do grupo Colorado, em setembro. Em março de 1994 foi internado, enquanto morava em São Paulo. Faleceu no dia 17 de maio de 1994, em virtude de um tumor no cérebro.

O legado de Gérson está na história do futebol brasileiro. Muitos ainda acreditam que o atacante teria lugar na seleção que disputou a Copa de 1994.

Marquinhos (1992)

MARQUINHOS
(meia)

Nome completo: Marco Antônio da Silva
Data de nascimento: 9/5/1966
Local: Belo Horizonte (MG)

CARREIRA:
1985-1991 - Atlético-MG
1991-1993 - Internacional
1994-1996 - Cerezo Osaka-JAP
1997-1998 - América-MG


O Internacional oscilava muito nos anos 80. O Grêmio vivia uma excelente fase na segunda metade da década, conquistando o hexacampeonato gaúcho de 85 a 90, e a Copa do Brasil de 1989. O Inter precisava se reerguer. Marquinhos foi peça chave no início dos anos 90.


O meia foi revelado pelo Atlético-MG, promovido aos profissionais em 1985. Mas o ano de ascensão de Marquinhos foi o de 1987, quando assumiu a titularidade na meia-cancha atleticana. Os jovens passaram a ter mais oportunidades. O passe preciso e o chute forte ajudaram o Galo a conquistar os títulos mineiros de 85, 86, 88 e 89.

No início dos anos 90, o Galo passou a priorizar atletas vindos de fora, e os prata-da-casa já não tinham o mesmo prestígio. Então, na metade de 1991, Marquinhos veio para o Beira-Rio. De quebra, colaborou com a quebra do jejum de seis anos sem levantar o Gauchão, batendo o Grêmio, rebaixado à Série B do Brasileirão, na decisão.

O ano de ouro foi o de 1992. Depois de um Brasileirão regular, o Colorado foi papando todo mundo na Copa do Brasil, enquanto jogava o Gauchão com time misto. Resultado: o Inter venceu as duas competições, com Marquinhos se destacando nas duas ocasiões.

Em 93, o Internacional não fez um bom ano. Os reforços não deram conta do recado e o Inter nem sequer passou de fase na Libertadores. Mesmo assim, Marquinhos era um jogador com moral entre os demais.

No ano seguinte, se transferiu para o Japão, para jogar no Cerezo Osaka na recém lançada J-League. Marquinhos ajudou o Cerezo a subir para a 1ª divisão do futebol japonês e se tornou ídolo em Osaka.

Após 3 anos no Japão, retornou ao Galo em 1997. Foi um dos jogadores mais importantes na excelente campanha do Atlético no Brasileirão com sua habilidade e experiência. Encerrou a carreira no ano seguinte pelo América-MG