19/10/1941 - Citadino 1941 - 2º turno - Grêmio 2 x 1 Internacional

CITADINO 1941 - 2º TURNO - GRÊMIO 2 X 1 INTERNACIONAL
Data: 19/10/1941
Local: Baixada - Porto Alegre (RS)
Juiz: Osvaldo Jung
Gols: Villalba ?’/1 (I); Duarte 40’/1 (G); Ochotorena ?’/2 (G).
GRÊMIO: Edmundo; Dario e Walter; André, Noronha e Juvêncio; Duarte, Ivo, Basílio, Foguinho e Ochotorena. Técnico: Telêmaco Frazão de Lima.
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Ary; Osvaldo Brandão, Assis e Ávila; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinho e Carlitos.

"O guardião tricolor detém um arremesso de Tesourinha,
na fase inicial. Válter vigia Villalba, que investe sobre a meta,
enquanto Dario, Noronha, Rui e, mais distante, outros
jogadores dos dois bandos, observam o resultado do lance".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"Espetacular defesa de Edmundo. A bola veio de
Tesourinha, que não aparece na foto, sendo o arqueiro
tricolor assediado por Russinho e Carlitos. Juvêncio
está pronto para o que der e vier...".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"Magnífico flagrante da jogada que precedeu imediatamente
o 1º tento da tarde. Terourinha consegue levar a melhor
contra Juvêncio e serve a Villalba, que já domina a bola,
em situação privilegiada, avança mais um pouco e coloca
um chute certeiro no lado direito da meta de Edmundo".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)

O GRÊMIO VENCEU
Porto Alegre, 20 (“Correio da Manhã") — O Grêmio Portoalegrense venceu o Internacional por 2x1. O Internacional é o primeiro colocado na tabela do campeonato do Estado.
21/10/1941 - Correio da Manhã (RJ), ano 1941, n. 14407, p. 12 - http://memoria.bn.gov.br/DocReader/089842_05/9057. Acesso em: 20 jun. 2025.

— Porto Alegre, 20 (A. N.) — Em disputa do campeonato da cidade, o S. José venceu o Força e Luz por 3x0. O S. José colocou-se em terceiro lugar junto ao Grêmio, que ontem venceu o Internacional por 2x1, perdendo este o título de invicto e provocando a realização do turno neutro. [...]
Fonte: Jornal do Brasil (RJ), n. 248, 21 out. 1941, p. 13. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/030015_06/13267. Acesso em: 20 jun. 2025.

CRÔNICA DE PORTO ALEGRE
O Grêmio Porto Alegrense herói de mais uma grande façanha — Derrotado o líder invicto do campeonato da cidade — O que foi a grande partida
Noventa por cento do grande público que compareceu ao fortim da Baixada, inclusive e principalmente toda a grande e numerosa legião rubra, confiava plenamente no triunfo dos diabos rubros sobre os seus tradicionais rivais de todos os tempos: os tricolores. Tendo-se conservado invictos durante toda a temporada, os colorados preparavam-se, para naquela tarde de sol, manifestar todas as suas expansões de júbilo pela conquista do campeonato, que estaria assegurado definitivamente, se vencessem o Grêmio. Este, porém, cônscio de sua grande responsabilidade e fazendo valer todo o seu valor e a sua pujança, demonstrando grande moral e insuperável vontade de vencer, roubou aos rubros um triunfo que era julgado como coisa certa entre os seus milhares de fãs. Efetivamente, nada fazia prever uma vitória do Grêmio. Tendo passado apagadamente por todo o campeonato sem demonstrar nem sequer uma pequena reação, os tricolores, ao apagar das luzes, conseguiram pregar a maior façanha de toda a temporada. Queremos crer que pesando bem a responsabilidade que lhes ia sobre os ombros, os onze heróis da tarde deram tudo pela vitória das cores azul, preto e branco. Sim, porque derrotados, os tricolores baixariam ao quarto posto na tabela, coisa que jamais se verificou na vida cheia de glórias deste grande clube. A sua pior colocação em qualquer campeonato foi até agora o terceiro logar, e por isso não quiseram os atuais defensores do pavilhão tricolor, que se lhes atribuísse a culpa de ter desmanchado tal tradição. Considerando isto tudo, os onze heróis, — desde Edmundo até Ochotorena — tudo fizeram pela vitória, que afinal veio para cobri-los de glórias. Palmas aos homens que alcançaram aquilo que a maioria julgava impossível, ou seja, dominar tecnicamente o poderoso esquadrão rubro. Foi uma reabilitação completa, que valeu pela conquista do terceiro posto na tabela, e consequentemente deu ao Grêmio o direito de disputar com o Internacional e o Força e Luz o turno neutro.
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Um Grêmio como o de domingo, fazia tempo que não víamos. Além da grande vontade de vencer, coisa que não se via nos outros jogos, os gremistas empregaram uma tática que desnorteou e cansou o adversário. Refiro-me à inteligência de Noronha, Foguinho, Ivo e Duarte que, vendo o flanco esquerdo do adversário quase que desguarnecido, por ali atacaram com insistência, tendo dos pés do ponteiro direito tricolor nascido os dois gols que seriam, mais tarde, os da vitória.
A defesa foi o ponto alto do quadro. Edmundo fez defesas arrojadas e demonstrou grande senso de colocação. Dario, o back de ferro, foi sem dúvida alguma o melhor do triângulo final, sendo, porém, seguido de perto por Walter, que reapareceu em grande forma. A linha média, com a volta de Noronha para o eixo, tornou-se segura e quase que inexpugnável; o jovem pivot gaúcho foi o melhor do quadro e reeditou, na sua verdadeira posição, aquelas suas maravilhosas atuações dos anos passados. Inexpugnável na cabeça, exímio controlador do couro, Noronha demonstrou ser o melhor jogador do Estado. Venceu brilhantemente o duelo com Carlitos. André, que reapareceu depois de muito tempo, atuou fracamente no primeiro tempo, mas no período complementar foi um crack na verdadeira acepção da palavra. O mesmo não podemos dizer de Juvêncio. O "negrinho" esteve infeliz, apesar de ter se esforçado muito. No ataque o melhor foi Ivo, que fez a melhor partida desde que se encontra entre nós. O louro atacante da Baixada cumpriu uma grande performance, tendo atuado como só o fazem os grandes cracks. Duarte foi o seu companheiro de ala e desincumbiu-se com grande felicidade, aproveitando muito bem todas as bolas que lhe eram dirigidas. Além disso, de seus pés nasceram os dois tentos do Grêmio. Bazílio, se bem que não jogasse muito, foi de grande utilidade para o quadro, tendo servido muito bem os seus companheiros de ataque. Foguinho, como sempre, foi muito esforçado não parando sequer um instante e alentando seus comandados à vitória. Ochotorena, além do gol que assinalou, deu ótimos centros pondo em constante perigo a meta guarnecida por Júlio. Em resumo, todos colaboraram para a vitória e são merecedores das felicitações de que foram alvo, findo o grande match.
Não podemos dizer que o Internacional tenha jogado mal. Não. Eles perderam porque os adversários foram superiores, e estavam possuídos de mais moral e, sobretudo, grande dose de entusiasmo e sede de vitória. É verdade que os até então invictos, chegaram a desnortear ante o impeto do adversário, mas isso não pode, em absoluto, desmerecer a classe de que são possuídos os leais defensores da jaqueta rubra. Souberam perder como verdadeiros campeões, se bem que, como já disse linhas acima, estiveram algo desnorteados.
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Júlio, Alfeu, Assis, Tesourinha, Villalba e Ruy foram os melhores do quadro. O primeiro atuou muito bem, fazendo-se merecedor dos aplausos que lhe dirigiram os assistentes, mormente naqueles seus espetaculares vôos. Alfeu foi o melhor da defesa. Seu jogo não apareceu muito, mas devemos levar em conta que ele estava jogando por três... Sim, jogava por si próprio, por Ary e por Ávila. Estes dois foram ate comprometedores das cores rubras. Em nenhum momento justificaram a sua escalação. Assis foi outro que se "matou" para manter o equilíbrio na partida, já que Brandão claudicava a cada instante. Ante isso tudo, o eixo que nos veio de Uruguaiana cansou na metade do segundo tempo, deixando a defesa mais fraca ainda. No ataque, Tesourinha e Russinho foram as grandes figuras. O primeiro esteve à vontade em sua ala, devido à precária marcação de Juvêncio. Villalba demonstrou ser o nosso melhor centro atacante, reprisando as magníficas atuações que tivera contra o São José. Ruy esteve muito esforçado mas não teve apoio de Russinho. Carlitos, a grande esperança rubra, também atuou fracamente. Perdeu uma bola de modo incrível, coisa que não se pode admitir de um jogador de sua classe. Inexplicável!
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O juiz foi Osvaldo Jung, pouco afeito a matches da responsabilidade de um Gre-nal. Afora o pênalti que deixou de consignar a favor do Grêmio quando o score ainda permanecia em branco, a sua atuação foi boa, levando-se em conta ser esta a primeira vez que atua uma partida de grande envergadura. Enfim, Osvaldo Jung não mereceu as vaias que lhe dirigiram alguns torcedores exaltados, vaias que só contribuíram para deixar o árbitro nervoso e inseguro nas marcações. Se errou, foi por um motivo perfeitamente justificavel e afinal, "errar é humano"...
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Os dois quadros apresentaram-se em campo com a seguinte constituição:
Grêmio — Edmundo; Dario e Walter; André, Noronha e Juvêncio; Duarte, Ivo, Bazílio, Foguinho e Ochotorena.
Internacional — Júlio; Alfeu e Ary; Brandão, Assis e Ávila; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy e Carlitos.
O jogo manteve-se com leve superioridade do Grêmio até ao 30º minuto, quando Duarte escapou por sua ala e lançou um centro em elevação. Inexplicavelmente, Ary corta a trajetória da bola com as mãos, incorrendo em hands-penalty que, felizmente para os colorados, não foi assinalado pelo árbitro. Os rubros, estimulados indiretamente pelo juiz, vão ao ataque e numa bola lançada à frente, disputam Tesourinha e Juvêncio. O ponteiro "colored" leva a melhor e cede o balão em condições excepcionais a Villalba, que não tem dificuldades em marcar. Escolhe o canto e vence Edmundo. 1x0 e vibra a enorme torcida rubra. A torcida do Grêmio reclama do árbitro, tendo o jogo então se tornado mais acirrado. O Grêmio ataca com insistência e finalmente obtém o que almejava. Ávila corta com a mão um passe de Ivo a Foguinho nas proximidades da grande área. Duarte encarrega-se de bater e o faz de um modo fulminante. A bola atravessa a barreira e vence Júlio, que, a nosso ver, retirou-se tardiamente. Estava empatada a partida aos 40 minutos, e com 1x1 no placar findou o primeiro tempo, que se caracterizou por um equilíbrio de forças.
A segunda fase foi também grandemente movimentada. O Grêmio, cônscio de toda a sua responsabilidade, atirou-se à luta com um vigor redobrado. Já aos dez minutos conseguiu o tento da vitória. Ávila cometeu toque no centro do campo. Novamente Duarte é quem cobra a falta e o faz com um balaço violentíssimo, que Júlio consegue apenas desviar com dificuldade. Entrando rapidamente Ochotorena envia a bola às redes, dando assim cifras definitivas ao placar e consignando a espetacular vitória do Grêmio sobre o seu mais temível rival de todos os tempos: o Internacional. Desde este momento, o glorioso clube do Fortim não cessou de atacar, animado pela sua torcida que pedia: mais um! mais um! mais um! O score ficou, porém, irredutível e com 2x1 encerrou-se o grande match.
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O match preliminar, realizado entre os quadros reservas, apresentava frente a frente o líder invicto da categoria — O Internacional — e o terceiro colocado na tabela — o Grêmio. Os rubros passaram por um grande susto, pois que, os tricolores dominaram amplamente o campo, não conseguindo ir, porém, além de um empate, conseguido pelos rubros nos últimos instantes da peleja. 1x1 foi o score da partida que deu aos colorados o título de campeões invictos do campeonato de reservas. A sua campanha foi brilhantíssima, tendo o quadro perdido apenas um ponto, justamente na última partida. Eis os campeões de 1941 na categoria de reservas do campeonato patrocinado pela F. R. G. F.:
Marcelo; Álvaro e Ramos; Levin, Lenine e Pedrinho; Cebinho, Salvador, Ruy, Moacyr e Xinxim.
Fonte: SILVA JÚNIOR, Radamés. Sport Illustrado (RJ), n. 190, 27 nov. 1941, p. 21. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/182664/7171. Acesso em: 20 jun. 2025.

DE PORTO ALEGRE
Porto Alegre, 22 (“Correio da Manhã”) — A Federação Riograndense de Football resolveu suspender todos os campeonatos da cidade e do interior, para dedicar-se exclusivamente ao preparo do selecionado gaúcho que, dentro de 19 dias enfrentará o selecionado catarinense.
Fonte: Correio da Manhã (RJ), n. 14409, 23 out. 1941, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/089842_05/9085. Acesso em: 20 jun. 2025.

12/10/1941 - Citadino 1941 - 2º turno - Internacional 4 x 1 São josé-RS

CITADINO 1941 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 4 X 1 SÃO JOSÉ-RS
Data: 12/10/1941
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Joaquim Rodrigues de Almeida
Gols: Tesourinha, Osvaldo Brandão, Russinho, Carlitos (I); Javel (S).
INTERNACIONAL:Júlio Petersen; Alfeu e Ary; Osvaldo Brandão, Assis e Ávila; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinhoe Carlitos. Técnico: Wolmi Boccorni.
SÃO JOSÉ-RS: Ivo Winck; Lobato e Sampaio; Zica, Badanha e Kucirat; Javel, Didi, Alemão, Elustondo e Chinês.

Porto Alegre, 13 — (A. N.) — Na rodada de ontem, em disputa do campeonato da cidade, defrontaram-se o Internacional e o S. José, vencendo aquele pela contagem de 4 x 1.
Fonte: Jornal do Commercio (RJ), n. 012, 13 out. 1941, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/364568_13/9056. Acesso em: 20 jun. 2025.

21/09/1941 - Citadino 1941 - 2º turno - Internacional 3 x 1 Força e Luz

CITADINO 1941 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 3 X 1 FORÇA E LUZ
Data: 21/09/1941
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Alfredo Cesaro
Gols: Villalba 24’/1 (I); Cascão 34’/2 (F); Tesourinha 42’/1 (I); Carlitos ?’/2 (I).
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Ary; Osvaldo Brandão, Assis e Niquelagem; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinho e Carlitos.Técnico: Wolmi Boccorni.
FORÇA E LUZ: Affonso Ruaro; Hugo e Nabuco; Geraldo, Walter Ruaro e Abigail; Alves, Camilo, Mário de Andrade, Zequita e Cascão.

"Júlio foi um dos heróis do Internacional.
Contundiu-se no lance do primeiro gol
adversário, mas, mais tarde retornou ao
gramado, portando-se admiravelmente,
como mostra a fotografia, onde ele
está detendo forte chute".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)

DE PORTO ALEGRE
Porto Alegre, 22 (“Correio da Manhã") — Os resultados dos matches do Campeonato da Cidade apresentaram o seguinte resultado: Grêmio Portalegrense x Cruzeiro, empate de 2x2; Internacional x Força e Luz, 3x1 para o Internacional, que se colocou assim na ponta da tabela do campeonato.
Fonte: Correio da Manhã (RJ), n. 14383, 23 set. 1941, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/089842_05/8639. Acesso em: 20 jun. 2025.

CRÔNICA DE PORTO ALEGRE
[...] INTERNACIONAL x FORÇA E LUZ
Bastante numeroso foi o público que se abalou ao longínquo estadio dos colorados para assistir ao choque entre os ponteiros do certame. A expectativa da assistência era enorme e justificava-se porque, vencedor o Internacional ficaria em posição privilegiada na tabela, ou seja com 4 pontos de vantagem sobre o segundo colocado que é o quadro rajado. Vitorioso este, porém, seria guindado ao primeiro posto, em igualdade de condições com os campeões de 1940. Eis porque o match era aguardado com grande ansiedade.
E o Internacional venceu. Para isso não precisou empregar-se a fundo, pois que sua ação foi facilitada pela fraca atuação do ataque rajado. Embora jogassem quase todo o match com apenas 10 elementos, os rubros mostraram grande fibra e insuperável técnica, mostrando-se dignos da posição que ora ocupam e por que não dizer, ocuparão até o final do campeonato. Todos atuaram muito bem, devendo, porém, serem salientadas as atuações de Brandão, Ruy, Júlio e Villalba, que foram os verdadeiros heróis da partida. Os dois primeiros, por terem atuado magnificamente, mesmo quando deslocados de suas verdadeiras posições e os dois últimos, apesar de seriamente contundidos, terem voltado a seus postos e neles se conservado até a vitoria final das cores rubras. Dos demais, cumpre-nos destacar as atuações firmes de Alfeu, Carlitos e Assis, tendo Ary, Russinho, Nique e Tesourinha cooperado também para a nítida vitória que o líder alcançou sobre o seu rival mais próximo.
Do quadro rajado apenas podemos destacar o labor da defesa. Assim mesmo Abigail e Geraldo foram um tanto culpados de dois tentos. Ruaro e Nabuco foram as grandes figuras da retaguarda, não tendo, porém, os demais desmerecido o conceito que toda a cidade tem da defesa do Força e Luz: uma das mais sólidas da cidade. Se há nomes a destacar no ataque, podemos citar Zequita e Cascão, que foram os que menos pior jogaram.
QUADROS
INTERNACIONAL — Júlio (depois Brandão e novamente Júlio); Alfeu e Ary; Brandão (depois Ruy e novamente Brandão), Assis e Nique; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy e Carlitos.
FORÇA E LUZ — Ruaro; Hugo e Nabuco; Geraldo, Ruarinho e Abigail; Alves, Camilo, Mario Andrade, Zequita e Cascão.
GOLS
1º — Internacional — Villalba — Aos 24 minutos da primeira fase, Villalba, recebendo um "presente" de Abigail, colocou calmamente o couro nas redes confiadas à guarda de Ruaro.
2º — Força e Luz — Cascão — Decorriam 10 minutos da conquista de Villalba, quando Alves, fugindo por sua ala, efetuou ótimo centro, tendo Brandão e Cascão saltado. O veterano extrema levou a melhor e, de cabeça, alojou o couro nas redes de Júlio. Neste lance, Júlio contundiu-se seriamente no rosto, tendo abandonado o gramado, sendo o seu posto ocupado por Brandão, cujo lugar, por sua vez, foi preenchido por Ruy.
3º — Internacional — Tesourinha — Quando faltavam 3 minutos para o término do half-time inicial o Força e Luz foi punido com um foul. Assis bateu-o e Tesourinha, entrando rapidamente, assinalou o segundo tento para o seu quadro. Com dois a um no placar terminou a primeira fase.
4º — Internacional — Carlitos — Tesourinha foge à perseguição de Abigail e estende otimamente para Carlitos. Geraldo, que fora ao seu encontro, vira-se inexplicavelmente na hora "H" e Carlitos fulmina: 3x1. Depois deste gol o jogo descamba para a violência e em consequência disso não se verificam mais gols. Os rajados não conseguem se aproximar do arco guarnecido provisoriamente por Brandão, e os colorados, mesmo com 10 homens, lutam heroicamente e com alguma superioridade. Finalmente soa o apito do cronometrista dando por findo o match.
Juiz — Sr. Alfredo Cesaro. Apitou muito bem. Teve, porém, um grande erro: deixou passar em "brancas nuvens" duas agressões. No mais esteve como sempre. Nota boa.
Preliminar — Vencendo ao Força e Luz por 3x2 o Internacional pode ser considerado o virtual campeão da categoria de reservas.
Fonte: SILVA JÚNIOR, Radamés. Sport Illustrado (RJ), n. 184, 16 out. 1941, p. 23. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/182664/6990. Acesso em: 20 jun. 2025.

07/09/1941 - Citadino 1941 - 2º turno - Cruzeiro-RS 0 x 2 Internacional

CITADINO 1941 - 2º TURNO - CRUZEIRO-RS 0 X 2 INTERNACIONAL
Data: 07/09/1941
Local: Montanha - Porto Alegre (RS)
Renda: 12:000$000
Juiz: Joaquim Rodrigues de Almeida
Gols: Russinho 35’/1 (I); Carlitos ?’/2 (I).
CRUZEIRO-RS: Marne; Gaúcho e Coelho; Wieser, Magno e Vinício; Louzada, Wilson, Cláudio, Rui Souza e Saul.
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Ary; Brandão, Assis e Niquelagem; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinho e Villalba.Técnico: Wolmi Boccorni.

Em pé: Tesourinha, Russinho, Villalba,
Carlitos, Osvaldo Brandão, Niquelagem e Alfeu.
Agachados: Júlio Petersen, Ary, Assis e Ruy Motorzinho.
Fonte: 1909 em cores
"Rui e Villalba foram os dois menos eficientes atacantes
rubros, no jogo. Ei-los acima em luta com Vieser, Coelho
e Vinício, O médio-direito alvi-azul levou a melhor, neste
lance, desafogando a área de seu quadro".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"Com os punhos, Marne resolveu satisfatoriamente este
lance. Era um centro de Tesourinha, que Russinho e
Villalba procuravam aproveitar. Magno, Vieser, Gaúcho e
Coelho estão atentos, prontos para auxiliarem o arqueiro,
se fosse necessário. Aqui o Internacional devia
perder: eram 5X2...".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"A fotografia acima registra um dos momentos sensacionais
do prélio realizado entre Cruzeiro e Internacional. Vemos
o couro subindo, Marne caido, já vencido, e Carlitos
“torcendo”. Vieser, Gaúcho, Coelho, Vinício e Tesourinha
apreciam, de perto, a jogada já finda dos dois aplaudidos
players. Foi, sem dúvida alguma, depois do gol de
Russinho, aquele lance, o mais emocionante dos primeiros
45 minutos e por pouco o placar não subiu, aqui, para dois".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)

CRÔNICA DE PORTO ALEGRE
[...] O sub-clássico foi disputado sob os olhares de um público bastante animador. Grande massa de gente acorreu ao campo da montanha, tendo passado pelas bilheterias a importância de 12:000$ o que demonstra a popularidade dos dois quadros degladiantes.
Como líder-invicto o Internacional não poderia perder, sob pena de ficar privado dos dois títulos que tão pomposamente ostenta. Assim sendo, os colorados iniciaram a pugna com grande apetite, mas foram sobrepujados pelo entusiasmo inicial dos alvi-azues, que, durante longo tempo e exibindo um futebol metódico, ficaram assediando a meta guardada por Júlio, sem maiores resultados, porém. Aos 35 minutos, Russinho, iniciando a reação colorada e numa jogada toda individual, venceu amplamente a Marne, colocando desse modo seu clube em vantagem no marcador. Daí por diante, até ao fim da primeira fase foi o jogo dos colorados o que se mais notou tendo a meta guarnecida por Marne passado por maus momentos. Com 1x0 findou a primeira fase.
Para o tempo complementar esperava-se uma reação dos azuis, e de fato tal aconteceu. Resultou daí um jogo parelho: o Cruzeiro esforçando-se para igualar a contagem e o Internacional, para aumentá-la. Prevaleceu o que dissemos por último, isto é, o Internacional conseguiu mais um tento, obra de Carlitos, que finalizou com grande precisão uma boa centrada de Tesourinha. Há depois disso uma reação dos cruzeiristas, tendo Cláudio perdido uma ótima oportunidade para reduzir a contagem. Perdeu assim o Cruzeiro por 2x0, e o Internacional conservou-se na liderança, sem derrotas.
Do quadro vencedor destacamos o trio final, integrado por Júlio-Alfeu e Ary. Este último — um estreante — foi o que melhor impressionou. Trata-se de um elemento jovem, bom rebatedor e de muita colocação. Poderá tornar-se um legítimo substituto do "velho" Risada. Alfeu foi a figura destacada de sempre, assim como Júlio, que, apesar de não ter muito trabalho, desempenhou-se muito bem quando chamado a intervir. A linha média esteve fraquíssima. O menos pior dos três foi Brandão. Assis e Nique chegaram a comprometer o conjunto. Na linha de ataque voltou a figurar Russinho, que havia sido afastado do quadro. Fez uma rentrée verdadeiramente notável. Foi a sua melhor partida no presente campeonato. Carlitos também atuou esplendidamente, aliás como o vem fazendo desde o início da temporada. Villalba e Ruy estiveram infelizes, enquanto que Tesourinha ao que parece está retornando àquela forma que ostentava no fim do ano passado. Gostamos bastante de Tesourinha.
Do Cruzeiro temos a destacar quatro elementos: Marne, Gaúcho, Louzada e Magno. Todos cumpriram performances muito boas, principalmente Gaúcho, que se vem firmando como uma das grandes revelações da temporada. Louzada é outra esperança do futebol gaúcho, tão pobre em extremas-direitas. Deixamos por último Magno, pois como orientador e jogador do quadro ele merece um registro especial. Efetivamente, desde que Magno assumiu a direção do quadro, ele subiu em efetividade quase a 100%. É um dos poucos esquadrões que no atual campeonato vem demonstrando técnica.
Nossos parabens a Magno e à familia Cruzeirista pela ótima escolha. Mas, voltemos à apreciação dos demais. Coelho e Wieser atuaram bem. No ataque, além de Louzada temos a destacar as atuações de Saul e Wilson. Cláudio e Ruy estiveram fracos.
Como árbitro, atuou o sr. Joaquim Rodrigues de Almeida, o popular Juca, benjamim dos árbitros. Gostamos muito de sua atuação, e as reclamações do público não tiveram cabimento. Continue assim Juca e vencerás.
Os quadros:
Internacional: — Júlio; Alfeu e Ary; Brandão, Assis e Nique; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy e Carlitos.
Cruzeiro — Marne; Gaúcho e Coelho; Wieser, Magno e Vinício; Louzada, Wilson, Cláudio, Ruy e Saul.
Na partida preliminar, realizada entre os quadros reservas, venceu o Internacional por 2x1, resultado esse que lhe garantiu a liderança absoluta do campeonato da referida categoria, quatro pontos na frente do segundo colocado, que é o Cruzeiro.
Fonte: Sport Illustrado (RJ), n. 181, 25 set. 1941, p. 11. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/182664/6885. Acesso em: 19 jun. 2025.

31/08/1941 - Citadino 1941 - 2º turno - Internacional 7 x 1 FC Porto Alegre

CITADINO 1941 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 7 X 1 FC PORTO ALEGRE
Data: 31/08/1941
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Alfredo Cesaro
Gols: Carlitos [2], Ruy Motorzinho [2], Tesourinha, Osvaldo Brandão, Villalba (I); Sila (F).
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Risada; Osvaldo Brandão, Assis e Niquelagem; Tesourinha, Salvador, Villalba, Ruy Motorzinho e Carlitos. Técnico: Wolmi Boccorni.
FC PORTO ALEGRE: Setembrino; Roquete e Francisco; Rubim, Guedes e Moura; Di Primio, Sila, Wilson, Dorvalino e Alcides.

VENCEDORES O INTERNACIONAL E FORÇA E LUZ
PORTO ALEGRE, 1 (Agência Nacional) — Em continuação ao Campeonato Metropolitano, jogaram, ontem, aqui os seguintes clubes: Internacional e Porto Alegre, vencendo o primeiro por 7x1; Força e Luz e Cruzeiro, vencendo este por 3x1. [...]
Fonte: Jornal dos Sports (RJ), n. 3699, 02 set. 1941, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/112518_01/17194. Acesso em: 19 jun. 2025.