Pós-jogo - Ponte Preta 2 x 2 Internacional (Campeonato Brasileiro 2016 - 1º turno)

É, coloradagem... 22 pontos perdidos nas últimas 8 rodadas. Os problemas continuam os mesmos, porém, duas boas "surpresas" se mostraram nesse jogo: Valdívia voltando a marcar e Ariel mostrando uma vontade maior do que Vitinho e Eduardo Sasha juntos.
Ariel marcou seu primeiro gol com a camisa vermelha.
Foto: Zero Hora.
O Internacional continua aquele amontoado de jogadores desorganizado. Saímos na frente com Valdívia e tomamos a virada, como nunca é hipótese descartada. Roger e Wendel fizeram o serviço para a Ponte Preta. Com a expulsão de Fernando Bob, a situação ficou complicada, mas o persistente Ariel anotou de cabeça para empatar o jogo. Até o final do jogo, Marcelo Lomba conseguiu evitar mais uma derrota.

Mas o destaque negativo da partida foi a arbitragem. Somos colorados e parcias, mas jamais injustos. A Ponte Preta teve um pênalti não marcado e um gol MUITO mal anulado. Colorado que não admite a cagada da arbitragem ontem merece os anos 80, 90 e 2005, sem choro. Aliás, falando em 2005, o que foi o lance do goleiro Cássio contra o Figueira... Já vimos esse filme antes.

Não há muito o que dizer sobre a atuação colorada, mas o que eu deixo aqui é um apelo ao Géferson:
- Brother, o Enem é logo ali.

CAMPEONATO BRASILEIRO 2016 - 1º TURNO - PONTE PRETA 2 X 2 INTERNACIONAL
Data: 24/7/2016
Local: Moisés Lucarelli - Campinas (SP)
Público: 5940
Renda: R$ 99.120
Juiz: Leonardo Garcia Cavaleiro, auxiliado por Rodrigo Henrique Corrêa e Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha.
Cartões: Reinaldo, Matheus Jesus, Clayson (P); Géferson e Vitinho (I).
Expulsão: Fernando Bob (I).
Gols: Valdívia 25'/1 (I); Roger 42'/1 (P); Wendel 1'/2 (P); Ariel 37'/2 (I).
PONTE PRETA: João Carlos; Nino Paraíba, Fábio Ferreira, Douglas Grolli e Reinaldo; João Vítor, Wendel (Matheus Jesus), Rhayner, Clayson e Maicon (Wellington Paulista); Roger. Técnico: Eduardo Baptista.
INTERNACIONAL: Marcelo Lomba; Fabinho, Paulão, Ernando e Géferson; Fernando Bob, Anselmo, Gustavo Ferrareis (Ânderson) e Valdívia (Ariel); Eduardo Sasha (Marquinhos) e Vitinho. Técnico: Falcão.

Paulo Santos

PAULO SANTOS
(atacante)

Nome completo: Paulo Santos
Data de nascimento: 14/4/1960
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1981
Internacional
1982-1983
Criciúma
1983-1985
Internacional
1986
Ferroviária-SP
1987
América-RJ
1988-1989
Glória
1990
Marcílio Dias
1991
Passo Fundo
1992
Caxias
1992
Brasil-FA
1993-1994
Palmeirense-RS
1998
Cruzeiro-RS

Oriundo das categorias de base do Internacional, Paulo Santos surgiu como uma forte promessa na ponta-direita, sendo uma das apostas do técnico Mário Juliato, entusiasta do seu futebol rápido e objetivo. Paulo é irmão do ex-gremista Beto, que defendeu o tricolor na década de 60, mas jogou a carreira fora aos 27 anos, por problemas com álcool.

O técnico Mário Juliato foi demitido no primeiro semestre de 1981 e o atacante acabou sendo emprestado no final de 1981. Depois de duas temporadas em Santa Catarina, retornou ao Beira-Rio sob muita desconfiança, ainda mais pela expectativa criada acerca de seu futebol.

Mas em seu retorno, Paulo voltou a adquirir confiança com os títulos estaduais de 83 e 84, a Copa Kirin de 84 e a participação nas Olimpíadas de Los Angeles, integrando a memorável SeleInter. Entretanto, não conseguiu dar continuidade às boas atuações e foi repassado à Ferroviária de Araraquara.

Depois de passar pelo Rio de Janeiro, voltou a atuar no futebol gaúcho. Defendeu Glória de Vacaria, Passo Fundo, Caxias, Brasil de Farroupilha, Palmeirense e Cruzeiro de Porto Alegre, além do Marcílio Dias-SC. Encerrou a carreira aos 38 anos.

Paulo César (1982)

PAULO CÉSAR
(zagueiro)

Nome completo: Paulo César Domingues Maurente
Data de nascimento: 1/2/1959
Local: Bagé (RS)

CARREIRA:
1977-1982
Pelotas
1982-1983
Internacional
1983-1984
Esportivo
1985
Sampaio Corrêa
1985-1986
Esportivo
1986-1987
CSA-AL
1987
XV de Jaú
1988
Goiás
1990-1991
Araçatuba
1991
Pelotas
1991-1992
Araçatuba

O bageense Paulo César começou a carreira no Pelotas em 1977. Curiosamente, enquanto o zagueiro esteve no Pelotas, o clube esteve na elite do futebol gaúcho. Contratado pelo Internacional no início de 1982, Paulo César teve raras oportunidades no time colorado. À sua frente, havia três monstros da defesa: Mauro Galvão, Mauro Pastor e André Luís. Permaneceu no Internacional entre 82 e 83, sendo repassado ao Esportivo.
Depois de duas boas temporadas em Bento Gonçalves, foi emprestado ao Sampaio Corrêa. Retornou ao Esportivo em 85, permanecendo até o ano seguinte. Pelo CSA, ajudou o clube a chegar à 2ª fase do Brasileirão de 86, mas fez uma vexatória campanha em 87.
Depois disso, teve passagens pelo XV de Jaú, Goiás, Araçatuba e Pelotas, com dificuldades de se firmar como titular nas equipes que defendeu. Parou de jogar em 1992, no Araçatuba.

Oreco

ORECO
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Waldemar Rodrigues Martins
Data de nascimento: 13/6/1932
Local: Santa Maria (RS)

Carreira:
1949
Inter-SM
1950-1956
Internacional
1957-1965
Corinthians
1965-1966
Millionarios-COL
1967-1968
Toluca-MEX
1969-1971
Dallas Tornado-EUA

Falar de Oreco é falar de versatilidade. O jogador atuava pelos dois lados do campo, além de jogar centralizado na defesa. Natural de Santa Maria, o jogador iniciou a carreira no Internacional local, em 1949. Seu apelido vem de uma forma reduzida de “reco-reco”.
Prestes a embarcar para o Rio de Janeiro para jogar pelo Fluminense, a direção colorada convidou o jovem lateral para um amistoso. E a partir de 1950, Oreco era o lateral-esquerdo titular do Internacional. Nos Eucaliptos, conquistou os estaduais de 1950 a 1953 e 1955. A Seleção Brasileira, representada por jogadores gaúchos, conquistou o Pan-americano de 1956. Oreco foi um dos jogadores mais aclamados.
Em 1957, Oreco foi para o Corinthians. O treinador do time era um grande conhecedor do futebol gaúcho: Osvaldo Brandão, ex-Inter. O ídolo colorado estava no caminho para se tornar grande ídolo do clube paulista, com atuações excepcionais que o levaram à Copa do Mundo de 1958.
Mas uma lesão grave o tirou da Copa de 62 e acabou deixando o craque no ostracismo. Depois de nove temporadas defendendo o clube do Parque São Jorge, Oreco foi explorar o exterior. Jogou no futebol colombiano, mexicano e no então novíssimo cenário estadunidense.
Pendurou as chuteiras em 71, mas seguiu divulgando o “soccer” nos Estados Unidos através de sua escolinha de futebol, que teve um sucesso gigantesco. Entretanto, o mesmo futebol que era sua paixão, acabou por vitimar o ex-atleta. Durante uma partida de masters, Oreco se sentiu mal e acabou falecendo no dia 3 de abril de 1985, em Ituverava, São Paulo.

Ademir Alcântara

ADEMIR ALCÂNTARA
(meia)

Nome completo: Ademir Bernardes Alcântara
Data de nascimento: 17/12/1962
Local: Mandaguaçu (PR)

CARREIRA:
1979
Cianorte
1979-1984
Pinheiros-PR
1984
Pelotas
1985
Internacional
1986-1988
Vitória de Guimarães-POR
1988-1990
Benfica-POR
1990-1991
Boavista-POR
1991-1994
Marítimo-POR
1994
Mogi Mirim
1995-1996
Coritiba
1997
Pelotas

Ademir Alcântara começou a carreira no Cianorte em 1979. Ademir era o camisa 10 clássico: habilidoso e de um passe preciso, porém, a mobilidade não era o seu maior trunfo. No mesmo ano, foi para o extinto Pinheiros, onde jogou até 1984, sendo campeão da segunda divisão paranaense em 82.

Sua primeira passagem pelo futebol gaúcho foi no Pelotas, em 84. No áureo-cerúleo foi artilheiro do Campeonato Gaúcho e se tornou um dos maiores ídolos do clube pelotense. No Inter, em 85, não teve o mesmo sucesso. Mesmo assim, as portas se abriram para o habilidoso meio-campo, que partiu para Portugal.

De 1986 a 1988, defendeu o Vitória de Guimarães, onde também se tornou ídolo da torcida. Sua transferência para o Benfica foi bastante conturbada, pois o Porto também estava na negociação do atleta, mas acabou ficando para trás. No Benfica, Ademir foi campeão nacional na temporada 1988/1989.

Depois de passagens por Boavista e Marítimo, Ademir decidiu retornar ao Brasil. No tempo em que esteve em Portugal, Ademir Alcântara era conhecido por “Ademirável”, pelos que idolatravam o meia, e por “A-dormir”, por aqueles que achavam o jogador lento.

Ficou um ano no Mogi Mirim e foi para o Coritiba. No Coxa, Ademir é um dos ídolos do time nos anos 90, ajudando o clube a se reerguer no cenário nacional, com o acesso à Série A conquistado em 1995. Até hoje, o jogador é mencionado por Alex, o “Cabeção”, como uma das maiores referências de sua carreira.
Ademir Alcântara encerrou a carreira em 1997, no Pelotas. Atualmente, trabalha no ramo da construção civil no Paraná.