Ari Ercílio

ARI ERCÍLIO
(zagueiro)

Nome completo: Ari Ercílio Barbosa
Data de nascimento: 18/8/1941
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1961-1962 
Internacional 
1963-1964 
Corinthians 
1965-1966 
Floriano 
1966-1971 
Grêmio 
1972 
Fluminense 

A morte precoce é uma das dores mais profundas que o ser humano é capaz de testemunhar. Ari Ercílio foi uma das várias vítimas de afogamento envolvendo pessoas ligadas ao futebol, assim como o fatídico acidente com o gaúcho Cláudio Coutinho, em 1981.

O zagueiro iniciou a carreira profissional no Sport Club Internacional, no ano de 1961. Em sua estreia como titular, foi posto a uma prova de fogo, sendo lançado ao lado do também jovem Cláudio Dani pelo técnico Sérgio Poletto, substituindo a dupla titular Osmar e Barradas, depois de uma goleada vexatória de 5 a 1 para o Grêmio em pleno Eucaliptos.

De início, a impressão que se tinha de Ari era de um defensor tosco e botinudo, mas com o passar do tempo, seus fundamentos foram se aprimorando e sua qualidade se evidenciando. Ainda naquele ano, o zagueiro assumiu definitivamente a titularidade, ajudando o Internacional a quebrar a hegemonia gremista do estado, dando o caneco ao colorado.

Em 63 foi contratado pelo Corinthians, onde teve uma passagem apagada e passou a ser chamado de Ari Ercílio, pois o time paulista já tinha Ari Clemente no time. Permaneceu até 65 em São Paulo, quando retornou ao RS para defender o Floriano. O time hamburguense foi a ponte para o Grêmio levar o zagueiro para o Olímpico, onde se sagrou campeão estadual em 67 e 68.

Nesse meio tempo, Aírton Pavilhão deixou o sucesso subir para a cabeça e perdeu a posição para Ari Ercílio. No tricolor, jogou ao lado de Alcindo, que foi seu companheiro no juvenil do Internacional.

Com a conquista do título de 69, o Internacional retomou as atenções no estado, fazendo de Scala e Pontes os grandes destaques defensivos do Rio Grande do Sul. Mesmo assim, Ari Ercílio seguia sendo um dos grandes nomes do futebol gaúcho.

No ano de 1972, foi anunciado pelo Fluminense como reforço de peso ao lado de Gérson, campeão do mundo em 1970, e o centroavante Artime. No mesmo ano, no dia 20 de novembro, Ari Ercílio aproveitava sua folga para pescar no Costão do Vidigal, onde uma onda atingiu o jogador e ele caiu no mar.

Seu corpo foi encontrado cinco dias depois do acidente, na Praia do Pepino. Mesmo com a perda trágica, o time carioca prestou ajuda à família do jogador até maio de 1974, quando seu contrato expiraria. Ari era tido como um grande amigo em todos os clubes que passou.

Marquinhos (1987)

MARQUINHOS
(volante)

Nome completo: Marcos Dall'Oglio
Data de nascimento: 5/3/1966
Local: Passo Fundo (RS)

CARREIRA:
1983-1984
14 de Julho-PF 
1984-1987
Internacional 
1988-1989 
Pelotas 
1989 
Figueirense 
1990 
Atlético-PR 

Gaúcho de Passo Fundo, Marquinhos começou a carreira jogando nos juvenis do 14 de Julho, time local. Em 1984, no mesmo ano em que ingressou na faculdade de medicina, foi contratado pelo Internacional para a disputa do Gauchão. Para a sorte de Marquinhos, o trabalho com jovens era feito com frequência e não demorou muito para que o jovem meio-campo tivesse suas oportunidades.

Porém, a titularidade nunca foi assegurada e, seguidamente, Marquinhos era sacado do time titular. Mesmo assim, sua qualidade era dificilmente contestada. Sua passagem pelo Internacional foi marcada pela conquista do Gauchão de 1984 e o vice-campeonato brasileiro de 1987. Por se sentir preterido pelos técnicos colorados, o meia decidiu ir embora do Beira-Rio. Voltou ao interior para defender o Pelotas, em 88 e 89.

Seu primeiro clube fora do estado foi o Figueirense, em 1989. Depois disso, foi para o Atlético-PR em 1990. Marquinhos pendurou as chuteiras ainda jovem, aos 24 anos, para retomar os estudos na faculdade de medicina. Hoje, Marquinhos é um médico renomado que atua nos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, além de ser professor universitário na área.

Pós-jogo - Figueirense 3 x 2 Internacional (Campeonato Brasileiro 2016 - 1º turno)

O resultado foi muito distante do esperado. O desempenho do time não foi algo surpreendente, tendo em vista a performance mesmo nas vitórias. O Internacional se deixou dominar pelo Figueirense a partir do pênalti marcado a favor do time catarinense. Pênalti bastante discutível, diga-se de passagem.
Ferrugem e Vitinho marcaram no jogo ontem, no Orlando Scarpelli.
Foto: UOL
O jogo foi bastante movimentado, começando com boas chances de gol para cada lado. Vitinho, excelente finalizador, perdeu uma chance incrível após grande jogada individual. Então, no final da primeira etapa, Bady converteu o pênalti e abriu o placar para o Figueira.

Na segunda etapa, o Internacional passou a apostar mais nos contra-ataques. E começou a dar certo com a arrancada depois de uma bola na trave do goleiro Danilo Fernandes. Ernando recebeu o passe na intermediária e lançou Vitinho, que soltou um canudo inapelável. 1 a 1.

A partir de então, o colorado passou a ousar mais, quando Ânderson e Aylon foram a campo no lugar de Alex e Gustavo Ferrareis, respectivamente. Entretando, o Inter acabou pagando pela instabilidade defensiva e sofreu dois gols em menos de dez minutos, marcados por Ferruegem, aos 28, e Bady, aos 35 do segundo tempo.

Dois minutos depois, Vitinho recebeu a bola sozinho na pequena área e descontou para o Inter. Argel partiu para o desespero e lançou Andrigo no lugar de Paulão. Quase deu certo, quando Aylon perdeu uma chance incrível, mas desequilibrado, não acertou o arremate. No final, em cobrança de escanteio, quase o Inter chegou ao empate, mas os três pontos ficaram em Florianópolis.

Com o resultado, o Palmeiras passou o Internacional na tabela, liderando pelo saldo de gols. Ambos os times estão com 19 pontos. O próximo compromisso do Inter é no Couto Pereira, contra o Coritiba, quinta-feira (23/6) às 21:30.

CAMPEONATO BRASILEIRO 2016
1º TURNO
FIGUEIRENSE 3 X 2 INTERNACIONAL
Data: 19/6/2016
Local: Orlando Scarpelli - Florianópolis (SC)
Juiz: Luiz Flávio de Oliveira, auxiliado por Émerson de Carvalho e Alberto Poletto Masseira.
Cartões: Rafael Moura, Ayrton e Guilherme.
Gols: Bady, pênalti 40'/1 (F); Vitinho 22'/2 (I); Bady 28'/2 (F); Ferrugem 35'/2 (F); Vitinho 37'/2 (I).
FIGUEIRENSE: Thiago Rodrigues; Ayrton, Marquinhos, Bruno Alves e Marquinhos Pedroso; Elicarlos (Jackson), Ferrugem, Bady e Ermel (Éverton Santos); Lins (Guilherme) e Rafael Moura. Técnico: Vinícius Eutrópio.
INTERNACIONAL: Danilo Fernandes; William, Paulão (Andrigo), Ernando e Artur; Rodrigo Dourado, Fabinho, Gustavo Ferrareis (Aylon), Alex (Ânderson) e Vitinho; Eduardo Sasha. Técnico: Argel.

16/06/2016 - Campeonato Brasileiro 2016 - 1º turno - Internacional 2 x 0 Atlético-MG

Ouço muita gente dizendo: "ah, mas o Internacional não está jogando um futebol de líder", "o Internacional só ganha de um a zero". Bom, amigos... Concordo em partes com essas pessoas. Só que existe uma grande diferença entre o time que joga bem e não ganha e o time que joga mal e vence: os três pontos. E a quem argumentar com "mas o Atlético estava todo desfalcado". O que o Inter tem a ver com isso?


Vitinho e Eduardo Sasha, autores dos gols colorados.
Foto: Sportv
Acima disso, existe uma vontade de vencer que há muito não se via dentro o Sport Club Internacional. E você vê isso na vibração dos jogadores durante a partida, não somente quando saem os gols. Eduardo Sasha anotou o primeiro e clamou pelo grito da torcida. Vitinho fuzilou o Galo depois de uma arrancada fulminante de Ânderson pelo lado esquerdo do ataque.
No campo defensivo, nem temos o que questionar (por enquanto). A tranquilidade do setor é o grande trunfo do time, com as saídas tranquilas de Danilo Fernandes, a frieza dos zagueiros colorados (especialmente Ernando) e os volantes Fabinho e Fernando Bob cobrindo perfeitamente as subidas dos nossos laterais. Destaco também a volta de Rodrigo Dourado. Nem parece que ele ficou esse tempo todo fora, heinho...
O time do Argel joga conforme suas limitações, mas o diferencial está naquilo que há muito não se via: sangue no olho! Que essa filosofia entre em campo contra o Figueirense no Orlando Scarpelli, domingo, às 16:00.


CAMPEONATO BRASILEIRO 2016 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 2 X 0 ATLÉTICO-MG
Data: 16/6/2016
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Público: 24.023 (21.881 pagantes).
Renda: R$ 602.270,00
Juiz: Pericles Bassols Pegado Cortez, auxiliado por Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha e Cléberson do Nascimento Leite.
Cartões: Paulão, Aylon (I); Douglas Santos (A).
Gols: Eduardo Sasha 34'/1 (I); Vitinho 29'/2 (I).
INTERNACIONALDanilo Fernandes; William, Paulão, Ernando e Géferson (Paulo Cezar); Rodrigo Dourado, Fabinho, Gustavo Ferrareis e Alex (Ânderson); Vitinho (Aylon) e Eduardo Sasha. Técnico: Argel.
ATLÉTICO-MG:  Victor; Carlos César (Clayton), Leonardo Silva, Gabriel e Douglas Santos; Rafael Carioca, Júnior Urso e Patric; Robinho (Hyuri), Carlos (Carlos Eduardo) e Fred. Técnico: Marcelo Oliveira.

Citação #07

Todo colorado que se preze conhece a história do "time que nunca perdeu". O Internacional de 1979 foi um esquadrão inesquecível na memória do futebol brasileiro. Só que antes dessa glória, o time enfrentou uma tremenda crise antes da disputa do Campeonato Brasileiro.
"Em 1979, o Internacional entrou numa crise de dar dó. Caiu o técnico Cláudio Duarte, veio Zé Duarte, mas não houve jeito: ficou em terceiro no Campeonato Gaúcho, mais que em último para os padrões locais. Zé Duarte é substituído por Ênio Andrade, que contrata apenas um jogador, o limitado centroavante Bira. E o que acontece? O Inter torna-se campeão brasileiro invicto".
Texto retirado da Revista Placar, nº 883, 4/5/1987