24/05/1925 - Citadino 1925 - 1º turno - Grêmio 3 x 3 Internacional

GRÊMIO VERSUS INTERNACIONAL
Se o tempo permitir, deverá efetuar-se amanhã, no confortável campo dos Moinhos de Vento, a sensacional e esperada partida entre os dois distintos e disciplinados co-irmãos acima mencionados.
É o assunto obrigatório de todas as rodas esportivas este encontro, que promete ser renhido e cheio de lances emocionantes.
Às 14 horas entrarão em campo os segundos quadros, que ficarão assim organizados:
Internacional - Roberto; Natal e Só; Ryff, Moacyr e Paulo; Brum I, Brum II Sivo, J. Manoel e Gallego.
Grêmio - Almofada; Mueller e Borda;  Queijão, Adro e Pavim; Barros, Domingos, Figueiredo, Mario e Bello.
Às 16 horas, precisamente, sob à atuação do juiz fornecido pelo Porto Alegre, terá início o encontro principal, sendo que os concorrentes, salvo modificação de última hora, apresentar-se-ão assim organizados:
Internacional - Bard; Meneghetti e Grant; Moreno, Lampinha e Ribeiro; Rosario, Barros, Veiga, Clóvis e Guima.
Grêmio - Lara; Sardinha e Jorge; Bissaco, Feio e Araken; Carneiro, Coró, Oliverio, Luiz e Sierra.
Estamos certos de que esta partida será assistida por toda a nossa população esportiva, ávida de bons matches, pois se trata dos dois antigos rivais que sempre souberam portar-se condignamente no campo de luta.
Para indicar se haverá o jogo, a APAD fará hastear na sacada de sua sede social, por cima do Café Vera Cruz, a sua flâmula.
Os preços são os seguintes - 3$000 gerais e 1$000 meias entradas e fardados. As senhoras não pagam entrada.
Fonte: A Federação (RS), n. 119, 23 mai. 1925, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/56092. Acesso em: 26 jul. 2024.

O EMBATE DE AMANHÃ — GRÊMIO VERSUS INTERNACIONAL
Para amanhã, no campo dos Moinhos de Vento está anunciado um dos mais importantes matches do campeonato do corrente ano, pois irão medir suas forças as equipes do veterano Grêmio Porto-Alegrense e do valoroso Sport Club Internacional.
O encontro entre esses clubes são já tradicionais, motivo por que se espera que, amanhã, àquele local afluirá uma grande assistência.
Pela manhã, encontrar-se-ão os jogadores de terceira categoria, estando a equipe do Internacional assim constituída:
Dias; Rangel e Palhares; Kunz, Lopes e Koff; Prates, Brunelli, Scalco, Ernani e Salatino.
Suplentes: Cabral, Barcellos, Rosa, Medina e Honor.
Fonte: Correio de Povo (RS), 23 mai. 1925.

CAMPEONATO DA "APAD"
Internacional versus Grêmio
Se o tempo permitir, realizar-se-á, hoje, mais uma importante prova de campeonato deste ano, da veterana Associação Porto Alegrense de Desportos, prova esta que vem preocupando a atenção do mundo esportivo desde alguns dias.
Dois grandes rivais medirão suas forças: de um lado, o veterano Grêmio Porto Alegrense e do outro o valoroso Internacional, o que constitui uma garantia para a jornada esportiva de hoje.
Assim, grande será a concorrência ao campo dos Moinhos de Vento.
Provavelmente os jogos dos terceiros teams não se efetuarão devido ao tempo chuvoso, pois o campo não estará em condições necessárias para o prélio. Mas à tarde, uma vez fazendo bom tempo, teremos os jogos de players de primeira e de segunda categoria, jogos estes que sempre despertam grandioso interesse.
Os juízes escalados são os do Porto Alegre, que tudo farão para apresentar elementos que saibam dirigir cabalmente a partida de hoje, porque ela é de grande responsabilidade.
Não menos são os esforços, que tanto o Grêmio como o Internacional para apresentarem em campo teams que lhe possam dar excelente representação, vindo daí a grande confiança que cada um deles tem nos jogadores escalados.
Até ontem à noite, o veterano Grêmio Porto-Alegrense não nos havia mandado os seus quadros escalados, donde se conclui que alguma surpresa está reservada à grande legião dos seus admiradores. Quanto ao Internacional, este havia constituído estes quadros para enfrentar o seu grande adversário:
I team — Bard; Meneghetti e Só; Ribeiro, Lampinha e Moreno; Rosário, Barros, Veiga, Clóvis e Guimarães.
II team — Roberto; Natal e Hoff; Ryff, Moacyr e Paulo; Brum II, Brum I, Sivo, Manoel e Gallego.
Fonte: Correio do Povo (RS), 24 mai. 1925.

CITADINO 1925 - 1º TURNO - GRÊMIO 3 X 3 INTERNACIONAL
Data: 24/05/1925
Local: Baixada - Porto Alegre (RS)
Juiz: Fedoca
Gols: Nenê ?’/1 (G); Barros ?’/1 (I); Veiga ?’/1 (I); Coró ?’/1 (G); Luiz Carvalho ?’/2 (G); Barros ?’/2 (I).
GRÊMIO: Lara; Eurides Sardinha e Maisonave; Meneghini, Feio e Macarrão; Nenê, Luiz Carvalho, Olivério, Coró e Cordeiro.
INTERNACIONAL: Bard; Meneghetti e Grant; Moreno, Lampinha e Ribeiro; Guimarães, Clóvis, Veiga, Barros e Rosário.

INTERNACIONAL, 3 - GRÊMIO, 3
Não obstante o tempo incerto que se notava desde sábado, a esforçada diretoria da Apad resolveu, depois de ter examinado detidamente o campo, que se realizasse na tarde de ontem o encontro tão ansiosamente esperado entre as aguerridas e disciplinadas equipes do S. C. Internacional e Grêmio Foot Ball Porto Alegrense.
E andou bem acertada, pois que a tarde foi muito boa para o jogo, que foi assistido por incalculável multidão, desejosa de ver o match mais sensacional da temporada, partida esta que foi cheia de lances emocionantes, sendo que a técnica empregada pelos teams degladiantes foi excelente.
Às 14 horas em ponto, teve início o match entre os quadros secundários e que foi arbitrado criteriosamente pelo player Marques de Souza, do Porto Alegre.
Esta partida foi renhida, tendo terminado o primeiro half-time com a contagem de um a um.
Reinicinda a peleja, conseguiu a linha do Internacional, que no segundo tempo jogou muito bem, marcar mais três gols, termimando o match com o resultado de quatro a um favorável no Internacional.
Ao se retirarem de campo, foram os vencedores delirantemente ovacionados pelos seus inúmeros torcedores.
Do Internacional jogaram bem: Roberto, Só, Hoff,, que foi incansável, Ryff e Paulo, na defesa e da linha atuaram bem: os irmãos Brum, João Manoel e Sivo.
Do Grêmio, apreciamos o jogo de: Mueller, Queijão, do centor-forward o do meia-direita.
Às 15,50, precisamente, deram entrada no gramado as equipes principais, sob a atuação do Sr. Fedoca, do Cruzeiro.
Nesta ocasião correu pela enorme assistência que enchia completamente as arquibancadas e pavilhão, um fremito de ansiedade, pois, ia-se travar a luta mais gigantesca da presente temporada e cujo resultado viria influir, sobremaneira, para a conquista do almejado título de campeão da Apad de 1925.
Sorteado o toss, este foi favorável ao, Internacional, que escolhe o lado fronteiro às canchas de tênis do Grêmio.
Os quadros estavam assim formados:
Grêmio - Lara; Sardinha e Jorge; Araken, Feio e Macarrão; Nenê, Luiz, Olivério, Coró e Cordeoiro.
Internacional - Bard; Meneghetti e Grant; Moreno, Lampinha e Ribeiro; Guima, Clóvis, Veiga, Barros e Rosario.
Tendo o juiz apitado o início do match, é a saída dada pelo Internacional, perdendo este a bola para o Grêmio, que tenta a sua primeira incursão ao campo adversário, porém, sem resultado.
Iniciada nova carga gremista no reduto de Bard, faz o extrema Nenê uma centrada, indo a bola, depois de tocar a cabeça de Meneghetti, aninhar-se, com grande surpresa de todos, no canto direito do gol à guarda de Bard.
Este feito foi deliantemente saudado pela legião de torcedores do Grêmio.
Sendo dada a saída do meio do campo, nota-se que a linha alvi-rubra, começa a se acertar, assediando com vigor o gol de Lara.
Numa bem organizada, carga do Internacional, é a bola passada ao extrema Guima, que dá magnífico centro, lindamente aproveitado por Barros, que consegue um bonito shoot, marcar o primeiro gol para os alvi-rubros, empatando, assim, a partida.
Prosseguindo o embate, nota-se a seguir, hands de Coró. Num ataque do Internacional, pratica a
defesa do Grêmio corner, batida sem resultado. Verifica-se aínda um foul de Veiga, hands de Bissaco e hands, da Araken e mais um violento foul de Py em Rosário.
As respectivas penalidades são tiradas todas elas, porém, sem resultado.
Organiza a linha alvi-rubra mais uma fonte carga, conseguindo Veiga, com possante shoot, fazer estremecer a rede do gol de Lara, marcando, assim, o segundo gol para o Internacional, sob delirantes e prolongados aplausos dos torcedores rubros.
Reposta a bola no centro do campo e dada a saída pelo Grêmio, nota-se que o team do Internacional começa a atacar com mais vigor e seguidamente o adversário, verificando-se aí um hands de Barros.
Numa escapada do Grêmio, pratica Bard belíssima defesa, que lhe valeiu muitas palmas de seus torcedores. Forma-se uma scrimage na porta do gol de Lara e Clóvis faz gol, que o juiz anula, punindo um hands.
Recomeçado o jogo, nota-se hands de Moreno, batido sem resultado. Ao defender uma carga feita pelo Grêmio, Meneghetti pratica corner, batido sem resultado. Numa escapada consegue Coró o segundo gol para o Grêmio, feito este muito aplaudido pela assistência.
Continuando o match, registra-se corner de Grant, batida ainda sem resultado. Bard, ao fazer dificílima defesa, pratica nova corner, também batida sem resultado.
lnveste a linha do Internacional, parelha, contra o gol de Lara, dando Rosário forte tiro a gol, que Lara apara e não consegue deter a bola, indo esta até a rede, porém, o juiz pune um off-side que já apitara. 
E com mais algumas cargas da linha alvi-rubra, dá o juiz por terminado o primeiro tempo com o score de dois a dois.
Esgotado o tempo regulamentar do descanso, é a partida iniciada com a saída dada pelo Grêmio, cuja defesa pratica corner, no desfazer uma carga do Internacional. Organiza o Internacional bem dirigido ataque à cidadela de Lara, perdendo Veiga excelente ocasião de desempatar a partida, pois colocado sozinho na frente do gol de Lara, manda a bola por cima da trave.
Continuando o jogo, registra-se ainda hands de Veiga, bonita defesa de Lara de um forte tiro do Moreno, hands deste player, sendo a penalidade batida sem resultados.
Um novo ataque do Internacional, Barros, bem colocado, atrapalha-se e perde ótimo momento de fazer mais um gol, enviando a pelota por cima da trave superior.
Numa carga do Grêmio, origina-se uma scrimage na porta do gol do Internacional e Oliverio passa a bola a Coró, que faz um lindo passe a Luiz, que em tiro indefensável conquista, de modo brilhante, mais um ponto para o Grêmio.
O capitão do Internacional, o player Ribeiro, protestou contra a validade deste ponto, mantendo o juiz a sua decisão.
Posta a bola no centro, é dada a saída pelo Internacional, cuja linha avança celere contra o gol do Grêmio, conseguido Barros, mais uma vez, burlar a vigilância de Lara e marcar o terceiro gol para os alvi-rubros. Continuando a partida, nota-se foul do Internacional, foul de Py, sendo, porém, todas as penalidades batidas sem resultado.
Nota-se aí e até o final do jogo, completo domínio do Internacional, chegando os seus halves a virem chtuar em gol. Registra-se ainda o seguinte: dois fouls seguidos do Grêmio, off-side de Coró e hands de Oliverio.
E com o resultado de três a três, segundo o carnet do juiz, este apita, dando a estupenda partida por terminada.
A atuação do juiz foi, sem dúvida, honesta, entretanto, segundo a nossa opinião, ele cochilou bastante, conforme já dissemos acima.
Do Internacional, todo o team Jogou muito bem, mas os melhores foram, a nosso ver: Bard, Meneghetti, Grant, no segundo tempo, Lampinha, que mostrou ser o mesmo center-half de outros tempos, Moreno, Ribeiro, Veiga, Barros e Clóvis.
Do Grêmio, atuaram muito bem Lara, Sardinha, Macarrão, Araken, Feio, Luiz e Coró.
O match de 3ºs teams entre o Grêmio e o Internacional ficou para ser jogado no próximo domingo de manhã.
Fonte: A Federação (RS), n. 120, 25 mai. 1925, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/56100. Acesso em: 26 jul. 2024.

CAMPEONATO DE 1925 DA "APAD"
Grêmio Porto Alegrense versus S. C. Internacional
1 a 4 nos 2ºs teams — 3 a 3 nos 1ºs
A bandeira alvi-rubra, tantas vezes vencedora em prélios memoráveis, apareceu, anteontem, no campo dos Moinhos de Vento, para enfrentar a do veterano Grêmio Porto-Alegrense, em match do campeonato da Associação Porto-Alegrense de Desportos.
Esta não se intimidou com a chuva torrencial, caída durante a madrugada de domingo, somente resolvendo a realização dos matches entre os dois laureados clubes, depois de uma demorada inspeção ao campo onde se devia realizar a luta.
Pela manhã, o tempo não estava ainda bom. Por isso, não se jogou o match de campeonato de jogadores de terceira categoria. Mais tarde, porém, o tempo, apesar de se manter sombrio, continuou melhorando, secando um pouco o campo, marcando-se, então, definitivamente, a realização dos encontros de segundos e de primeiros teams.
Não restava, portanto, dúvida de que a sede do veterano clube local se iria encher de tudo o que de mais representativo possui o esporte porto-alegrense.
E, às 14 horas, começou a concorrência de público, que encheu literalmente as vastas dependências do ground onde ia se realizar o match, que prometia revestir-se de grande brilho, pelo valor dos contendores.
Justificava-se esse interesse. Os encontros Grêmio versus Internacional são tradicionais, dada a rivalidade existente entre os contendores. São provas que mais emocionam a alma esportiva porto-alegrense. É o que ainda se registrou no último domingo: cada espectador vibrou, aclamando o seu clube favorito, saindo do campo satisfeito por haver assistido a uma boa tarde esportiva, na qual nada houve que pudesse empaná-la. As duas lutas desenvolveram-se debaixo do mais leal cavalheirismo por parte dos contendores, e os "torcedores", que se contavam aos centenares, fizeram a sua "torcida" com calma, o que nos leva, também, a ter para eles palavras de elogio.
Enfim, foi uma tarde esportiva sem a menor novidade.
2ºs TEAMS — VENCEDOR: INTERNACIONAL
Acompanhados do juiz, sr. Marques de Souza, do Porto Alegre, que se houve a contento geral, à hora marcada fizeram a sua entrada em campo os quadros de segunda categoria.
Entretanto, em conjunto, a pugna não foi lá das melhores, havendo pouco entusiasmo por parte dos teams degladiantes. No primeiro tempo, se notou mais atuação por parte dos gremistas, marcando eles um ponto a seu favor, por intermédio de Dias, e os internacionalistas também um, por intermédio de Brum.
Na segunda fase do match, os rapazes colorados estiveram mais ativos, carregando constantemente sobre a cidadela gremista.
Os resultados, por isso lhes foram compensadores, conquistando mais três gols, sendo dois ainda por intermédio de Brum e o outro por João Manoel.
Teria o jogo corrido todo bem, se não houvesse a atuação de dois players: Adroaldo e Gallego, que, em certas ocasiões, abusaram do jogo pessoal, cooperando, com isso, para prejudicar a atuação dos seus companheiros.
Nada mais houve. Os colorados venceram, porque deviam vencer. O Bagú reabilitou-se das refregas passadas. Sua vitória, bem merecida, pelo jogo superior, foi conquistada com este score:
Internacional — 4 gols
Grêmio Porto-Alegrense — 0
Muitos aplausos e muitos vivas se fizeram ouvir, quando os colorados deixaram o campo, radiantes de alegria pela vitória alcançada.
1ºS TEAMS — EMPATE DE 3 A 3
Não demorou muito que fizeram a sua entrada em campo os quadros principais, havendo, entre eles, troca afetuosa de cumprimentos, aos quais fizeram coro numerosos espectadores.
Sorteado o campo, ao Grêmio coube a cidadela do lado da sede do Clube de Tiro Porto-Alegrense e ao Internacional a que dá para a rua Formosa. São 16 horas quando os teams estão em suas posições, percorrendo a toda assistência um fremito de entusiasmo, quando o center-forward do Internacional põe a bola em movimento, que os colorados, por meio de passes regulares, levam até a linha média, onde a pronta intervenção de Feio desfaz a primeira carga daqueles.
Os colorados voltam ao ataque. Guimarães escapa pela sua ala, fazendo bom passe para Rosário, mas este, cochilando, perde ótima ocasião para entrar, triunfante, na cidadela do ágil Lara.
Depois de decorridos os primeiros minutos os rapazes do Internacional não atuam muito pessoalmente, destacando-se dos seus adversários, cujas linhas atuam indecisamente.
Mas ninguém esperava que ao efetuarem o seu primeiro avanço, os gremistas conquistassem o seu primeiro gol, entre salvas de palmas de toda a grande assistência. Foi do seguinte modo que foi ele obtido: Nenê, que durante o match, "bancou o espectador" no seu team, porque pouco fez, envia a esfera em direção à cidadela de Bard. Meneghetti, num golpe de cabeça, tenta rebatê-la, mas [...] na rede do seu próprio team.
Estava, portanto, como já disse, certa, vez, o velho "Tieté", devido à lei de inércia, conquistado o primeiro gol para o Grêmio Porto-Alegrense.
Não obstante haverem "obsequiado" seu adversário com um ponto, os colorados não se desatentaram, reagindo fortemente, para tirar a diferença, e, numa atuação vivaz [...], assediam a cidadela de Lara, que, ora deitado, ora magnificamente colocado, defende, um por um, os tiros do quinteto alvi-rubro.
E não demora muito que a reação colorada dê os seus resultados: Guimarães escapa pela sua ala, passa a esfera a Barros e este, bem colocado, marca o primeiro ponto para o Internacional debaixo de delirantes aclamações e agitar de lenços por parte de todos os que torcem pelo clube da Chácara dos Eucaliptos. Não há dúvida, o jogo do Internacional é mais ardoroso, eathuslasma mais o público, porque todas as linhas trabalham com mais inteligência.
Reposta em jogo a bola, os alvi-rubros continuam avançando fortemente, obrigando Lara a que defenda brilhantemente a sua cidadela, não sendo nisso muito auxiliado pela defesa, principalmente Py, que atua numa das suas tardes infelizes, errando seguidamente.
Lampinha, como center-half, atua bem, distribuindo a cada momento bom jogo, auxiliando assim eficazmente a linha atacante do Internacional, que se mantém por certo tempo nos domínios gremistas. E, os seus ataques são tais que revolucionam a defesa destes, obrigando o keeper Lara a agir em duas ocasiões, sendo que uma destas defesas foi praticada quando se encontrava caído ao solo.
Mas os alvi-rubros não descansam, obtendo resultado das suas investidas aos 14 minutos, quando Veiga, em tiro enviesado marca o segundo gol para o Internacional.
Os alvi-rubros continuam senhores do campo. Tudo fazem para elevar o score num eloquente jogo, que entusiasma e emociona toda a grande massa de povo.
DOIS GOLS ANULADOS
As cargas do Internacional, que sob todos os pontos de vista atuam mais energicamente, se sucedem, sendo todas acompanhadas com interesse pela grande legião de espectadores. Em um deles, Ribeiro "shoota in goal", chute que é rebatido pelo keeper Lara.
E voltando a bola ao campo, Veiga dela se apossa, enviando-a na rede do Grêmio, ponto este que o juiz anula por considerá-lo off-side.
E, momentos depois de haverem os internacionalistas marcado esse gol, conquistam eles outro ponto que o juiz anula, alegando que um dos players do Internacional havia batido na bola com a mão e por que o keeper Lara, deitado ao solo, estava sendo impedido de defender-se.
Era este o segundo gol anulado pelo juiz.
A luta prossegue, ainda com a superioridade do Internacional, o qual em cada uma das suas avançadas demonstra maior tática e mais técnica. E todo o seu jogo aparece, por que as defesas adversárias sempre estão mal colocadas.
Mas no final, o jogo, aos poucos vai mudando de aspectos. Os gremistas, tendo à frente Luiz  como seu primeiro homem do dia, vão reagindo, aos poucos até se equilibrarem nas suas avançadas com o Internacional. E, Oliveiro escapando, aproveita um [...] de Grant para passar a bola a Coró, o qual bem colocado, em tiro fraco e de longe marca o segundo ponto para o Grêmio, ponto este que todos saúdam efusivamente.
O gremistas voltam ao ataque, perdendo Luiz ótima ocasião de marcar gol. Sendo atirado um bom corner contra o Internacional, os gremistas não tiram o necessário proveito. A seguir, Coró dribla a defesa do Internacional mas no remate final tem a sua avançada interceptada por Meneghetti. Dois corners contra os colorados são ainda batidos, sendo um deles magistralmente defendido por Ribeiro, terminando depois o primeiro tempo, com o resultado seguinte:
Internacional — dois gols
Grêmio — dois gols
O SEGUNDO TEMPO
Passados os minutos do descanso regulamentar, os teams contendores, acompanhados do juiz Fedoca, que tudo fez no desempenho de sua missão, voltam ao campo, começando o segundo tempo com cargas de ambos os lados, anuladas devido a pronta intervenção ora de Py, agora mais firme, ora de Grant. Atacando os colorados, com o mesmo ardor do primeiro tempo, obrigam a Sardinha a conceder corner, que batido pelo player Rosário, redunda numa das mais belas defesas de Lara, tendo este oportunidade de driblar nada menos de três adversários.
Os 15 primeiros minutos foram de legítima superioridade por parte do Internacional, constatando-se então os ingentes esforços de Py, Feio e Meneghini, o que demonstra que o equilíbrio moral se restabeleceu no seio da defesa do veterano clube, para anular as perigosíssimas cargas do Internacional, que demonstra possuir uma força portentosa e dotação de uma técnica perfeita e de um método sem igual.
Dos 15 minutos em diante, porém, a luta equilibra-se novamente, até que Coró aos 18 minulos marca o terceiro gol para o Grêmio, feito este saudado como o mesmo entusiasmo dos anteriores. Os alvi-rubros reclamam que este ponto foi feito em posição off-side, mas o juiz mantém o seu ato, sendo assim, pouco depois posta a bola em movimento. Mais uma vez, cabe ao Internacional tomar a ofensiva, encontrando-se, porém, agora, as defesas do Grêmio, mais bem colocadas. E, como a torcida alvi-rubra é felta por gregos e troianos, em dado momento se houve dum grupo a seguinte frase de um de seus mais enragés torcedores: "ele não berde, balavra de Deus". E, de fato não perdeu, por que aos 23 minutos, Barros, num bom tiro de canto marca o gol de empate do match, havendo como sempre entusiásticas ovações aos valorosos rapazes do Internacional.
Em resumo, aos restantes minutos finaes, os colorados não têm momentos de dúvida sobre os seus fortes adversários de todos os tempos, mas seus remates finais não são muito felizes, porque estando a defesa gremista melhor distribuída e tendo à frente o grande arqueiro Lara, desbarata uma por uma as avançadas daqueles que na tarde de domingo estavam mais aptos para a vitória.
Desde o princípio mostraram constituir uma força portentosa, de sua extraordinária vontade de vencer, não sendo muito felizes, por que quando o juiz deu por terminada a partida, o resultado era o seguinte:
Internacional — 3 gols
Grêmio — 3 gols
E, apesar do resultado acima não dar para haver vencedores nem vencidos, não deixa mesmo de constatar que o Internacional, atuou no campo dos Moinhos de Vento, como poucas vezes.
Saem os dois teams, do campo, debaixo de aplausos dos seus admiradores tinham passado os 80 minutos e assim termina a tarde esportiva de domingo, decorrida nos últimos momentos debaixo de uma leve garoa.
O QUE DIZ O JUIZ
Terminada a partida tivemos oportunidade de falar a respeito do match com o juiz Fedoca, que à última hora, segundo nos declarou, foi convidado a atuar por haver desistido dessa missão o player Mandarino.
Sente-se feliz por que os teams conteudores acataram, reclamando às vezes, quando era preciso, dentro da lei, todas as decisões, como verdadeiros sportmen. Quanto ao jogo, acha que foi brilhante, principaimente por parte do Internacional, a quem sem dúvida devia caber a palma da vitória, porque seu quadro representativo atuou com maior superioridade do que o do Grêmio.
Este esteve num dos seus dias infelizes, conseguindo assim mesmo empatar a partida. Contou apenas com o concurso de dois homens para a sua representação, o keeper Lara e o forward Luiz, que ontem revelou mais uma vez suas excelentes qualidades de bom jogador.
Quanto ao quadro do Internacional, com exceção dos ponteiros, que pouco produziram, portou-se valorosamente, por isso não há elementos a destacar, porque o conjunto alvirubro não podia ser melhor.
Fonte: Correio do Povo (RS), 26 mai. 1925.

17/05/1925 - Amistoso - Nacional-SL 1 x 2 Internacional

A EXCURSÃO DO INTERNACIONAL
Pelo trem das 7,40 seguirão amanhã para S. Leopoldo os valorosos primeiro e segundo teams do S. C. Internacional, que, a convite do S. C. Nacional, dali, jogarão amanhã uma partida amistosa.
Fonte: A Federação (RS), n. 113, 16 mai. 1925, p. 4. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/56042. Acesso em: 25 jul. 2024.

A EXCURSÃO DO INTERNACIONAL A S. LEOPOLDO
Excursionará amanhã à cidade de S. Leopoldo, o Sport Club Internacional, que ali irá disputar matches intermunicipais com o Sport Club Nacional.
Os alvi-rubros serão recebidos festivamente pelos seus colegas sanleopoldenses, havendo entre esses muito interesse para se conhecer o jogo do Internacional.
Chefiará a missão o sr. Otto Petersen, presidente, seguindo com os jogadores, muitos sócios a famílias.
As equipes alvi-rubras seguirão assim constituídas:
1º team — Bard; Meneghini e Grant; Ribeiro, Lampinha e Paulo; Rosário, Barros, Veiga, Clóvis e Guima.
2º team — Roberto; Só e Natal; Riff, Moacyr e Hopf; Oliveira, Brino, Ivo, J. Meunet e Gallego.
Fonte: Correio do Povo (RS), 16 mai. 1925.

AMISTOSO - NACIONAL-SL 1 X 2 INTERNACIONAL
Data: 17/05/1925
Local: Chácara das Palmeiras - São Leopoldo (RS)
Gols do Inter: Clóvis e Augusto.
INTERNACIONAL: Bard; Grant e Tito Arreguy; Ribeiro, Lampinha e Moreno; Rosário, Barros, Veiga, Clóvis e Augusto.

O INTERNACIONAL EM S. LEOPOLDO
Nos jogos ontem realizados em S. Leopoldo entre o S. C. Internacional, desta capital, e o S. C. Nacional, dali, foram estes os resultados.
Segundos teams - zero a zero.
Primeiros teams - dois a um, a favor do Internacional.
Fonte: A Federação (RS), n. 114, 18 mai. 1925, p. 3. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/56049. Acesso em: 25 jul. 2024

10/05/1925 - Citadino 1925 - 1º turno - Internacional 5 x 0 São José-RS

Domingo vindouro, deverão encontrar-se, em match oficial, as aguerridas esquadras do Internacional e São José.
Este encontro, que está sento aguardado com muito interesse, em virtude do resultado do Torneio Initium deste ano, em que o Zequinha consegiu desclassificar o Internacional, será ferido no confortável ground do Internacional na Chácara dos Eucaliptos, à rua José de Alencar.
Para este match, ambos os clubes têm se preparado convenientemente.
Os juizes, segundo resolução da APAD deverão ser fornecidos pelo Americano.
Fonte: A Federação (RS), 28/04/1925, ano 1925, n. 099, p. 2. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/55914. Acesso em: 01 ago. 2024.

INTERNACIONAL X S. JOSÉ
Este confronto, conforme já estava resolvido, realizar-se-á domingo próximo, na Chácara dos Eucaliptos.
Fonte: A Federação (RS), 29/04/1925, ano 1925, n. 100, p. 2. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/55926. Acesso em: 25 jul. 2024.

S. C. INTERNACIONAL
Para os matches de amanhã, o Internacional escalou estes quadros:
1º TEAM — Bard; Tito e Meneghetti; Ribeiro, Lamnpinha e Moreno; Rosário, Barros, Veiga, Clóvis e Zezé.
II TEAM — Roberto; Natal e Rangel; Ryff, Moacyr e Paulo; Guima, Barcellos, Sivo, João Manoel e Gallego.
III TEAM — De Lorenzi I; De Lorenzi II e Medina e Palmares; Brunelli, Lopes e Medina; Oliveira, Hoff, Herrera, Scalco e Dinis.
Suplentes — Cabral, Prates, Brum I, Brum II, Andrade, Medina, Salatino e demais jogadores que desejarem classificação na presente temporada.
E. C. S. JOSÉ
O terceiro team do Sport Club São José que enfrentará o de igual categoria do Internacional compõe-se dos seguintes jogadores:
Barth II; Barth I e Tubino; Tubino II, Milão e Bopp; Cordeiro, Cabral, Silva, Lang e Edmundo.
Capitão: Edmundo Lamb.
Reservas: Linde, Dreher e Odorico.
O jogo terá início às 9 horas em ponto e realizado no ground do Internacional.
Fonte: Correio do Povo (RS), 02 mai. 1925.

O CAMPEONATO DA ASSOCIAÇÃO DE DESPORTOS
S. JOSÉ versus INTERNACIONAL
Se o tempo permitir, realizar-se-ão, hoje, mais três matches do presente campeonato da Associação Porto Alegrense de Desportos.
São contendores nestas provas os clubes Internacional e S. José.
Serão provas que certamente despertarão grande interesse entre os amantes deste esporte. O Internacional de match para match vem mostrando a sua superioridade nos jogos em que tem tomado parte e o S. José, na partida com o Porto Alegre, deu muito trabalho a este veterano clube.
Por isso, espera-se que os clubes portadores de muitas glórias se baterão galhardamuente, cada qual primando pela apresentaçã de excelentes elementos.
O campo
Não estando ainda pronto o campo do Zequinha, os jogos de hoje efetuar-se-ão no ground da rua José de Alencar, o qual acaba de passar por diversas reformas.
Será esta a primeira prova oficial que na atual temporada ali se realiza.
Os teams
As equipes dos dois clubes devem entrar em campo obedecendo a seguinte organização:
S. C. INTERNACIONAL
1º TEAM — Bard; Tito e Meneghetti; Ribeiro, Lampinha e Moreno; Rosário, Barros, Veiga, Clóvis e Zezé.
II TEAM — Roberto; Natal e Rangel; Ryff, Moacyr e Paulo; Guima, Barcellos, Sivo, João Manoel e Gallego.
III TEAM — De Lorenzi I; De Lorenzi II e Palhares; Brunelli, Lopes e Medina; Oliveira, Hoff, Herrera, Scalco e Dini.
Suplentes — Cabral, Prates, Brum I, Brum II, Andrade, Medina, Salatino e demais jogadores que desejarem classificação na presente temporada.
E. C. S. JOSÉ
1º TEAM — Barcellos; Sparano e Maysonnave; Astro, Rigobello I e Pinho; Gatti, Pinto, Teixeira, Rigo II e Ullyses.
Capitão: Maysonnave.
2º TEAM — Bertolino; Júlio e Orsini; Aristides, Oscar e Gauss; Ferreira, Vivinno, Azzerini, Raabe e Guimarães.
Capitão: Gauss.
Reseevas: Schoreder, Haase e Odorico.
Fonte: Correio do Povo (RS), 03 mai 1925.

O CAMPEONATO DA ASSOCIAÇÃO PORTO-ALEGRENSE DE DESPORTOS
Os jogos Internacional versus S. José
Devido à chuva torrencial não se efetuou o encontro dos 1ºs teams [...]
Para o dia de anteontem, foram escalados segundo o sorteio feito para a realização dos jogos, o Internacional e o S. José, ambos filiados à Associação Porto-Alegrense de Desportos.
Era natural que para estas provas houvesse um grande entusiasmo, acorrendo uma regular assistência ao campo da rua José de Alencar. E as duas provas que se efetuaram decorreram debaixo do mais franco entusiasmo, sem uma nota destoante da boa harmonia que sempre deve existir nas pugnas esportivas.
3° teams — Vencedor: Internacional
Amanheceu belo o dia, e estando o campo em condições, resolveu-se jogar o match de campeonato de terceiros teams.
Nesta prova, na qual atuou o sr. Nello Ponte, do Americano, o jogo decorreu bastante animado, mas com grande superioridade por parte do Internacional. Terminou o primeiro tempo, por três gols para os alvi-rubros e um para os zequinhas.
Passado o descanso regulamentar, as equipes contendoras voltaram ao campo, correndo a pugna mais parelha. E cada um dos clubes conquistou mais um ponto, terminando o match com este score final:
Internacional — 4 gols
S. José — 2 gols
2ºs teams — Empate de 2 contra 2
Às primeiras horas da tarde, o campo da antiga Chácara dos Eucaliptos foi se enchendo de uma grande concorrência, ávida de assistir aos jogos dos primeiros e segundos teams. Os primeiros matches foram entre os players de segunda categoria, e diga-se que não estiveram lá muito bons, pela falta de um jogo mais perfeito. Os alvi-rubros, que tão grandiosas vitórias conseguiram com o seu valoroso [...], estão este ano representados com pouca felicidade.
Eram 14 horas, quando os quadros contendores sob a direção do sr. Marx Barth, escolhido para referee, fizeram a sua entrada em campo, começando a pugna com certa animação.
No primeiro tempo, o Internacional, por intermédio de Sivo, marcou o primeiro gol e o S. José, por Azzarini, também o primeiro, terminando assim com o empate de um contra um.
Voltando ao campo, os teams contendoros jogaram o segundo half-time, e com algumas cargas, o Internacional, marca o segundo ponto, devido esforcos aos de Guimarães.
Parecia que a luta finalizaria com a vitória dos alvi-rubros, quando quase ao terminar, os zequinhas, numa virada, fizeram o gol de empate por intermédio de Vivinho. E com o seguinte score geral foi dado por terminado o match de jogadores de segunda categoria:
Internacional — 2 gols
S. José — 2 gols
Os teams que se bateram da melhor forma possível se achavam assim constituídos:
Internacional — Roberto; Natal e Rangel; Ryff, Moacyr e Paulo; Guima, Barcellos, Sivo, João Manoel e Gallego.
S. José — Bulolino, Júlio e Orsini; Aristides, Oscar e Gauss; Ferreira, Vivinho, Azzarine, Raabe e Guimarães.
O jogo principal
Mal os segundos quadros haviam deixado o campo, caiu o temporal, que se prolongou até altas horas, não permitindo isso que fizessem, a sua entrada no ground os teams contendores de primeira categoria.
E, segundo acordo feito e dadas as condições do campo, resolveu-se que anteontem não se efetuasse esta prova, ficando ela transferida para o dia que marcar a diretoria da Apad.
Fonte: Correio do Povo (RS), 05 mai. 1925.

UMA RESOLUÇÃO QUE PROVOCA RECLAMAÇÕES
Em sua sessão de ontem, da "Apad", a sua diretoria resolveu cobrar mil réis por pessoa que, no domingo, queira assistir ao match de primeiro team entre o Internacional e o S. José e cujo jogo não se realizou, domingo último, devido ao mau tempo.
Não pode deixar de passar sem o mais leve reparo esta resolucão que julgamos infeliz, porém numerosas pessoas, no domingo, pagaram as suas entradas, não sendo justo que contribuam de novo.
É de se esperar que a "Apad" revogue este ato, de todo ponto de vista contraproducente e que não está nas suas normas.
[...] E. C. São José
Treina hoje, na "Bacia" da Floresta o primeiro team do S. José que se baterá domingo pela manhã, às 9 horas, com o Internacional, no ground da Chácara dos
Eucaliptos.
No dia 24 do corrente, festeja o São José o seu 12° aniversário.
Fonte: Correio do Povo (RS), 07 mai. 1925.

OS JOGOS DE HOJE, DO CAMPEONATO DA "APAD"
Pela manhã bater-se-ão os teams principais do Internacional e do S. José [...]
Para hoje, a Associacão Porto-Alegrense de Desportos anuncia jogos do seu campeonato do corrente ano. Serão provas nos quais participarão contendores de reconhecido valor.
Os amantes deste esporte, terão, portanto, oportunidade de apreciar magníficas lutas, tanto pela manhã, como à tarde.
E oxalá que todos os espectadores ciosos de seu amor ao foot-ball saibam manter a sua linha, festejando, debaixo de justo e calmo entusiasmo, os seus players favoritos.
Por sua vez, a Apad em todos os campos onde se ferirão os jogos de hoje mandou afixar cartazes, apelando para os sentimentos esportivos de todos, por que deseja que as lutas sejam jogadas entre verdadeiros sportmen.
Internacional versus São José
A chuva torrencial de domingo último, caída quando os quadros principais faziam a sua entrada em campo impediu que se efetuasse o jogo principal entre o valoroso Internacional e o não menos destemido S. José.
Não se pode deixar de reconhecer a importância da pugna. São dois quadros de valor que se degladiarão cada qual animadíssimo para a conquista da vitória. E, segundo a deliberação tomada pela Apad, este torneio se ferirá, pela manhã, custando as entradas 1$000.
Contra a cobrança de novas entradas lavramos novamente o nosso protesto, porque nao achamos justo que quem pagou entradas, como se deu no domingo último, seja obrigado a fazer novo pagamento.
Repetimos: foi uma solução infeliz. E acreditamos que pare outra vez os dirigentes dos esportes terrestres entre nós não se terão de tão infeliz ideia.
A pugna principal entre o Internacional e o S. José terá lugar às 9 horas, no campo da Chácara dos Eucaliptos.
Fonte: Correio do Povo (RS), 10 mai. 1925.

CITADINO 1925 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 5 X 0 SÃO JOSÉ-RS
Data: 10/05/1925
Local: Chácara dos Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Jorge Py
Gols: Barros ?’/1 (I); Barros ?’/1 (I); Veiga ?’/2 (I); Barros ?’/2 (I); Barros ?’/2 (I).
INTERNACIONAL: Bard; Meneghetti e Tito Arreguy; Ribeiro, Lampinha e Moreno; Rosário, Barros, Veiga, Clóvis e Zezé.
SÃO JOSÉ-RS: Barcellos; Maisonave e Sparano; Pinho, Rigobello I e Astrogildo; Gatti, Pinto, Azzarini, Rigobello II e Ulysses.

O INTERNACIONAL DERROTA FACILMENTE O S. JOSÉ PELO SCORE DE 5 A 0
Conforme havia determinado a APAD, realizou-se ontem de manhã, na Chácara dos Eucaliptos, o encontro entre as primeiras equipes do Internacional e S. José, e que devido ao mau tempo, havia sido transferido para ontem.
Os teams entraram em campo assim organizados.
Internacional - Bard; Meneghetti e Tito; Ribeiro, Lampinha e Moreno; Rosário, Barros, Veiga, Clóvis e Loureiro.
S. José - Barcellos; Maysonnave  Sparano; Pinho, Rigobello I e Astrogildo; Gatti, Pinto, Azzarini, Rigobello II e Ulysses.
Não se tendo apresentado o juiz escalado, arbitrou a pugna o Sr. Jorge Py, do Grêmio, cuja atuação foi, como de costume, ótima.
A saída foi dada pelo center do S. José, tendo a linha diateira zequinha tentado a sua primeira excursão ao campo adversário.
Apoderando-se a linha alvi-rubra da pelota, organiza o seu primeiro ataque ao gol à guarda de Barcellos, verificando-se nesta ocasião um hands do Internacional, sendo a respectiva penalidade batida sem resultado apreciável.
A seguir é o Internacional punido por estar um dos seus players em posição off-side.
Levam os rapazes do Internacional forte carga no reduto de Barcellos, fazendo Veiga bom passe a Barros, que, em forte tiro enviesado, conquista o primeiro gol para o seu team, o que lhe valeu muitos aplausos.
Dada a saída do centro do campo, nota-se um foul do Internacional, seguido de um hands praticado por Moreno. Registram-se a seguir bem combinados ataques do Internacional, conseguindo, ainda Barros, que ontem jogou admiravelmente, o segundo gol para os alvi-rubros, feito este também muito aplaudido.
Recomeçado o jogo, verifica-se off-side de Loureiro, seguido de fonl do S. José, Clóvis é punido por estar off-side, praticando, a seguir, Barcellos linda defesa de forte shoot de Loureiro. Nota-se ainda off-side do Zequinha, foul do Internacional.
Organiza o São José forte ataque ao gol de Bard, o qual pratica, deitado, emocionante defesa. Rosário é punido por estar off-side, organizando Loureiro que ontem, mostrou-se ainda o mesmo player inteligente e rápido, três cargas seguidas ao gol de Barcellos.
E aí o jogo interrompido por alguns segundos, por se ter contundido Ribeiro.
Recomeçada a peleja, investe novamente o Internacional contra o gol do Zequinha, que é assediado por alguns momentos.
Apita o juiz, dando por terminado o primeiro tempo da partida, com a vantagem do Internacional por dois gols a zero.
É o jogo recomeçado, depois do descanso habitual com a saída dada pelo Internacional.
Os alvi-rubros começam a atacar com mais frequência o gol adversário, registrando-se um off-side de Rosário. Levam os dianteiros do Internacional cerrada carga ao campo do adversário, marcando Veiga, em alto estilo e sob delirantes aplausos, o terceiro gol para o Internacional, depois de driblar a defesa Zequinha.
Recomeçado o jogo, nota-se hands do Internacional. Veiga escapa pela ala direita, fazendo excelente centro, que não é aproveitado pelos seus companheiros.
Em nova carga do Internacional, Clóvis dá um bonito heading, indo a bola bater na trave superior do gol e voltando aos pés de Barros, que marca, com vigoroso kick, o quarto gol para o seu quadro.
Dada a saída do centro do campo, o S. José concede corner, batido sem resultado.
Nota-se ainda off-side do Internacional e completo domínio por parte deste clube, cabendo ainda a Barros encerrar o score do dia, marcando o quinto e último gol para o seu clube, o que ele fez em possante tiro.
E com a contagem de cinco a zero a favor dos alvi-rubros, o juiz apita o fim do jogo.
Dos vencedores todos jogaram bem, sobressaindo, entretanto, a atuação de Bard, Lapinha, Barros e Moreno.
Dos vencidos, jogaram bem: Barcellos, Maysonnave, Pinho, não obstante ter esté player desenvolvido jogo assaz pesado, Gatti, Rigobello II e Pinto.
O match correu na melhor ordem, o que registramos com inteira satisfação.
Fonte: A Federação (RS), n. 109, 11 mai. 1925, p. 3. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/56007. Acesso em: 25 jul. 2024.

O CAMPEONATO DA "APAD"
O Internacional venceu o S. José por 5 a 0 [...]
INTERNACIONAL VERSUS S. JOSÉ - A VITÓRIA DOS ALVI-RUBROS
Para anteontem, pela manhã, a Associação Porto Alegrense de Desportos anunciou o match de campeonato entre os quadros principais do Sport Club Internacional e do E. C. São José, e que no domingo anterior não se realizou devido à chuva torrencial caída momentos antes de começar a partida.
Na madrugada de domingo, nova chuva caiu sobre esta capital, parecendo isso que impedira a realização de prova acima. E todos voltaram as suas vistas para o S. José, que é o clube favorito de S. Pedro, para os dias de chuva.
Houve a quem até que se "lembrasse" de enviar o zequinha para o Ceará, a fim de aliviar a seca que ali se faz sentir amiudadamente, jogando então com os principais clubes cearenses, por que aqui, já é conhecido como o "rei dos manda-chuvas".
Somente assim, se poderá ter certeza que a Apad, não se verá obrigada a transferir qualquer das suas anunciadas partidas. Mas não obstante a chuva caída pela manhã, a entidade local, cumpriu o prometido fazendo disputar o match entre o Internacional e o S. José.
Eram nove horas, quando os teams fizeram a sua entrada em campo, na presença de fraca assistência, contando-se entre esta algumas torcedoras.
Os teams entraram em campo, assim organizados:
Internacional — Bard; Meneghetti e Tito; Ribeiro, Lampinha e Moreno; Rosário, Barros, Veiga, Clóvis e Loureiro.
S. José — Barcellos; Maysonnave e Sparano; Plínio, Rigobello I e Astrogildo; Gatti, Pinto, Azzarini, Rigobelo II e Ulysses.
Não se tendo apresentado o juiz escalado, arbitrou a pugna o sr. Jorge Py, do Grêmio, cuja atuação, foi como de costume, ótima.
A saída foi dada pelo center do S. José, tendo a linha dianteira Zequinha tentado a sua primeira excursão ao campo adversário. Apoderando-se a linha alvi-rubra da pelota, organiza o seu primeiro ataque ao goal à guarda de Barcellos, verificando-se nesta ocasião um hands do Internacional, sendo a respectiva penalidade batida sem resultado apreciável.
A seguir é o Internacional punido, por estar um dos seus players em posição off-side.
O estado em que se encontrava o campo impediu, como era natural, que os teams contendores desenvolvessem bom jogo. No início da pugna, os zequinhas fizeram boa investida, mas contra-atacando, os alvi-rubros demonstraram aos poucos a sua superioridade.
E, os seus ataques, deram o resultado desejável depois de decorridos minutos de animada luta, terminando o primelro tempo com dols gols para o Internacional contra neuhum conquistado pelo seu adversário.
Passado o descanso regulamentar os teams contendores voltam ao campo, lutando ambos, com o mau estado do campo, para desenvolver bom jogo.
Os alvi-rubros, mais firmes e resistentes, continuaram a manter a alta supremacia sobre o seu contendor, que tudo faz para se defender.
Mais três gols foram conquistados pelo Internacional, sendo cada um desses pontos premiados com fartos aplausos pelos que se achavam ao redor do campo.
E, com o seguinte score geral terminou o match:
Internacional — 5 gols
S. José — 0 gols
Os pontos para o Internacional foramn conquistados quatro por Barros e um por Veiga.
Dos vencedores, todos jogaram bem, sobressaindo, entretanto, a atuação de Bard, Lampinha, Barros e Moreno e dos vencidos jogaram bem: Barcellos, Maysonnave, Pinho, não obstante ter este player desenvolvido jogo um tanto pesado, Gatti, Rigobello II e Pinto.
O match correu na melhor ordem, fato digno de registro.
Fonte: Correio do Povo (RS), 12 mai. 1925.

05/04/1925 - Citadino 1925 - 1º turno - Cruzeiro-RS 0 x 1 Internacional

Em continuação ao campeonato deste ano, deverão encontrar-se amanhã, em match oficial o S. C. Cruzeiro e o S. C. Internacional, no campo do primeiro, no Caminho do Meio.
Para este encontro reina a mais viva expectativa, sendo vários os palpites quanto ao resultado do jogo.
O Internacional apresentar-se-á com os seguintes teams, organizados pelo seu esforçado diretor de campo.
1º team - Bard, Honorino e Meneghetti, Moreno, Bitú e Ribeiro, Barros, Veiga, Augusto, Clóvis e Rosário.
2º team - Roberto, Natal e Tito, Brunelli, Nhô e Paulo, Oliveira, Átila, Sivo, João Manoel e Guima.
3º team - Cabral, Ernani e Rangel, Palhares, Lopes e Medina, Dias, Koch, Herrera, Diniz da Silva e J. Azevedo.
Reservas - Euclydes Cunha, Saul, Scalco, Aloysio.
O 1º team do Cruzeiro está assim formado:
Gaspar, Darcy e Espir, Bopp, Almo e Moraes, Zicca, Telêmaco, Edu, Araújo e Marques da Rocha.
Quanto aos 2º e 3ºs teams não nos foi possível saber a sua formação.
Fonte: A Federação (RS), n. 081, 04 abr. 1925, p. 4. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/55772. Acesso em: 25 jul. 2024.

O CAMPEONATO DA "APAD"
No campo do Caminho do Meio encontrar-se-ão, hoje, os teams dos clubes Internacional e Cruzeiro
A atenção do mundo esportivo local está voltado hoje, para o segundo match do campeonato do corrente ano da Associação Porto-Alegrense de Despontos.
Há grande expectativa para este match pois, pela segunda vez, no corrente ano, encontram-se as equipes do valoroso S. C. Internacional e do não menos galhardo E. C. Cruzeiro. O primeiro é um clube demasiadamente conhecido pelo seu valor esportivo, e o segundo tem o título de vice-campeão da antiga entidade local.
Mas um grande fator há para o prélio de hoje. Os cruzeiristas querem a sua revanche do prélio que semanas atrás, tiveram com os alvi-rubros. Estes, por sua vez, querem demonstrar que este ano possuem valiosos elementos para a jornada esportiva de hoje. Tal é o estado dos dois clubes. Cada qual vai ao campo animadíssimos para uma excelente representação contando para isso com o concurso de adestradas equipes.
E, se cada qual está empenhado em ser o vitorioso, fácil é de se imaginar o que não anda pelos meios dos admiradores, que em grande número certamente afluirão ao local do grande embate de hoje.
O LOCAL DO TORNEIO
O local para a realização do grande prélio de hoje é o campo do Caminho do Meio. A diretoria do Cruzeiro empenhou-se nos últimos dias para que ele ofereça todas as condições precisas para uma prova da importância da de hoje.
Com o fim dos cronistas esportivos terem um lugar especial para tirarem seus apontamentos, foi no centro do campo, armado um pavilhão especial. É um gesto bastante gentil dos dirigentes do vice-campeão do ano findo.
OS TEAMS
Dissemos acima que os clubes contendores estavam bem preparados para os importantes matches.
É isso que se esperava por que cada um tem a sua responsabilidade. Assim, os capitães dos grêmios contendores escalaram estes players:
INTERNACIONAL
1º team — Bard; Meneghetti e Honorino; Ribeiro, Bitú e Moreno; Rosario, Veiga, Augusto, Clóvis e Barros.
2º team — Roberto; Natal e Tito; Brunelli, Moacyr e Paulo; Oliveira, Átila, Silva, João, Manoel e Guimarães.
3º team — Cabral; De Lorenzi e Rangel; Palhares, Lopes e Medina; Dias, Koch, Herrera, Dinis da Silva e João Azevedo.
Reservas: Aloysio Corrêa, Victor Scalco, Saul Totta e Euclydes Cunha.
CRUZEIRO
1º team — Gaspar; Darcy e Espir; Moraes, Almo (cap.) e Bopp; Zica, Telêmaco, Eduardo, Araújo e Marques.
2º team — Prunes; Nelson e Faillace (cap.); Louzada, Celso e Pacheco; Graef, Adema, Marroni, Paquito e Caminha.
3º team — Farias; Floriano e Prudêncio; Justino, Plínio e Aramy; Heitor (cap.), Ruy, Caggiano, Ary e Franco.
Reservas: Egydio, Visentainer, Kessler e Celeste.
OS JUÍZES
Segundo determinou a APAD, os juízes serão dados pelo veterano "Porto Alegre", que para esse fim escolheu pessoas competentes.
Fonte: Correio do Povo (RS), 05 abr. 1925.

CITADINO 1925 - 1º TURNO - CRUZEIRO-RS 0 X 1 INTERNACIONAL
Data: 05/04/1925
Local: Caminho do Meio - Porto Alegre (RS)
Juiz: Edmundo Brasil
Gol: Barros ?’/2 (I).
CRUZEIRO-RS: Gaspar; Darcy e Espir; Bopp, Almo e Moraes; Zica, Telêmaco, Eduardo, Araújo e Marques da Rocha.
INTERNACIONAL: Bard; Honorino e Meneghetti; Moreno, Bitú e Ribeiro; Barros, Veiga, Augusto, Clóvis e Rosário.

"Uma carga do 'quinteto' do 'Internacional' sobre
a cidadela do 'Cruzeiro'".
Fonte: Correio do Povo (RS)

Realizou-se ontem o segundo match de foot-ball em disputa do campeonato do corrente ano, instituído pela APAD.
Jogaram o Cruzeiro e o Internacional, conseguindo este ganhar pelo score de um a zero, não obstante a pouca vontade manifestada pelo luiz escalado para a importante partida.
Lamentamos sinceramente o que ocorreu ontem, no campo do Caminho do Meio, local onde se feriu a pugna.
Estamos certos de que a APAD não mais escalará para jogos como o de ontem juízes tão falhos em tudo, como o que arbitrou a pugna, o qual não está na altura de julgar matches de tal importância.
Estranhamos que, dada a féssima atuação do aludido juiz, que prejudicou sobremodo o jogo e muito principalmente o quadro alvi-rubro, a diretoria da APAD não tivesse tomado providência alguma.
Achamos inoportuno o ato do sr. vice-presidente da APAD, entrando em campo durante o desenrolar do match para chamar a atenção do capitão do Internacional pelo fato deste, em  vista de sua qualidade de capitão, estar fazendo reclamações em termos ao juiz, reclamações estas que lhe são permitidas pelo regulamento de foot-ball da APAD.
Aqui desta coluna já temos feito os mais francos elogios à diretoria da APAD sempre que eles têm merecido, como nas duas tardes esportivas anteriores, porém, sentimos que desta vez não possamos proceder de modo idêntico, pois é nossa opinião que é ela a maior culpada do que se passou ontem no campo do Cruzeiro, pois que se tivesse escalado um juiz na altura do match que se feriu, estamos certos, a pugna teria corrido de forma muito melhor.
Fazemos os melhores votos para que sejam tomadas as providências enérgicas no sentido de que fatos semelhantes não mais se reproduzam, a fim de que a APAD continue oferecendo aos amantes do foot-ball festas esportivas tão em ordem como o último Torneio Initium e o primeiro match do campeonato.
Feitos estes pequenos reparos, que nada mais são do que o desejo sincero de ver os esportes entre nós progredir, como nos fez antever a orientação da APAD, em suas primeiras pugnas esportivas deste ano, passemos à descrição dos jogos realizados.
Pela manhã jogaram os terceiros teams, tendo se verificado um empate de três a três.
O juiz escalado mostrou não conhecer quase as regras do association, pois atuou o partido muito mal.
Às 14,30 horas, precisamente, deram entrada em campo as equipes secundárias sob a direção do player Danico, do Porto Alegre, que foi um juiz regular, se bem que um pouco falho em suas decisões.
A saída foi dada pelo Internacional, que logo perdeu a bola para o Cruzeiro, que conquista, em sua carga inicial, nos primeiros segundos de jogo, o único gol verificado nos segundos teams.
Refeitos os players do Internacional da surpresa ocasionida pela marcação deste ponto, reagem, dominando o adversario até o final da partida, sem lograrem, entretanto, sem conseguir nenhum ponto a seu favor.
E com o resultado de um a zero favorável ao Cruzeiro, terminou o match dos segundos teams.
Dos vencedores, jogarams bem a linha atacante e o back Faillace. Dos vencidos, desejamos destacar o jogo do arqueiro Roberto e do half Paulo, principalmente. Quanto aos demais, trabalharam com afinco, mas nada conseguiram.
Às 16,30, sob a atuação do Sr. Brasil, do Porto Alegre, que, como já dissemos, foi péssima, entraram no gramado os quadros principais.
A saída foi dada pelo Internacional que, de início, começou a dominar o seu antagonista, verificando-se a primeira defesa de Bard, somente aos 11 minutos de jogo.
Numa carga da linha alvi-rubra, Veiga dá dois shoots seguidos,
indo a bola bater na trave superior do gol do Cruzeiro. Verificam-se, em seguida, corners a favor do Cruzeiro e Internacional, batidos ambos sem resultado.Hand do Internacional. Três corners seguidas são batidas pelo Internacional, porém, sem resultado. Hands do Internacional. Foul do Cruzeiro. Corner batido pelo Internacional, ainda sem resultaido. Hand do Cruzeiro. Batido por Ribeiro, registra-se, forte tiro de Moreno, rebatido por Darcy. Corner batido pelo Cruzeiro, sem resultado. Off-side da linha do Cruzeiro. Finalizando o primeiro tempo com uma cornen batida pelo Internacional.
Após o descanso habitual, voltam novamente a campo as esquadras contendoras. Nesta fase do match, o jogo tornou-se violento, devido ao juiz, que estava atuando cada vez pior.
Não podemos deixar de registrar a atuação do player Moraes, que, além de desenvolver jogo pesado contra o extrema Rosário, ainda por um ato injustificável de ter de repôr a bola em jogo, atira-a à cabeça daquele extrema, num gesto descortês, não para o seu colega de esporte, como para a assistência e membros da diretoria da APAD, que se achavam bem próximos ao local onde se verificou esta falta.
Quando faltavam poucos minutos para o término do match e
quando todos pensavam que se daria um empate, o ágil extrema esquerda do Internacional, apossa-se da bola e conquista, debaixo de delirantes aplausos, o gol da vitória.
Logo após, o juiz dá por terminado o acidentado encontro, com a merecida vitória do Internacional que jogou melhor do que o seu adversário, tendo, durante quase todo o match, dominado o seu competidor.
O match em si foi falho de técnica. Dos vencedores jogaram melhor: Bard, Ribeiro, Moreno na defesa e Barros, Veiga e Rosário na linha.
Dos vencidos, todos cavaram, tendo, porém, sobressaído o jogo de Darcy, Almo, Espir, Áraujo e Marques da Rocha.
Fonte: A Federação (RS), n. 082, 06 abr. 1925, p. 3. Disponível em:  http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/55779. Acesso em: 25 jul. 2024.

O MEETING ESPORTIVO DE DOMINGO
No campo do Caminho do Meio encontraram-se as equipes do Cruzeiro e do Internacional
No match principal a vitória sorriu para os colorados e nos segundos quadros os alvi-azuis
Como era de se prever, a grande partida de domingo último, promovida pela Associação Porto Alegrense de Desportos atraiu ao campo do Caminho do Meio uma verdadeira multidão, pois o Internacioal e o Cruzeiro, os dois laureados clubes iam medir as suas forças.
A luta não obedeceu a uma técnica esperada em vista do nome dos dois valorosos contendores, em consequência do violento jogo registrado, quer no o primeiro, quer no segundo tempo. Além disso, um incidente entre dois players veio empanar um pouco a prova esportiva, não tendo este ato assumido felizmente maiores proporções devido à pronta intervenão dos dirigentes da Apad.
Todos reconhecem os pungentes esforços dos que se acham à testa da antiga entidade local, no [...] de moralizar o foot-ball e justiça seja feita, muito já se tem conseguido. E, se se apela para o público para auxiliar o reerguimento do foot-ball, entre nós, justo que também os jogadores e espctadores se compelirem de seus deveres, é preciso que atuem sempre com calma, não se deixando apaixonar quando não conseguem desde logo uma feliz representação. Esforcemo-nos, também para que o programa da Apad seja cumprido à risca e verão quantos benefícios terão prestado à causa deste esporte.
E, quanto ao resultado do jogo principal, o Internacional conquistou mais uma vitória sobre o vice-campeão de 1924. O Cruzeiro, por sua vez, soube sair com honra do campo da luta, não sendo levado infortúnio idêntico ao registrado semanas atrás, quando pela primeira vez, neste ano, enfrentou o Internacional. Um leve descuido da sua defesa, dois minutos antes de finalizar o meeting esportivo, foi o suficiente para que o seu adsersário conquistasse o gol da vitória, gol que deu margem a manfestações entusiásticas por parte dos alvi-rubros, que levaram em triunfo o player Barros, o marcador do ponto a favor do clube da Chácara dos Eucaliptos.
MATCH DOS 3ºS TEAMS — EMPATE, TRÊS CONTRA TRÊS
[...] Internacional — Cabral; De Lorenzi e Rangel; Palhares, Lopes e Medina; Dias, Koch, Herrera, Dinis da Silva e João Azevedo.
Cruzeiro — Farias; Floriano e Prudêncio; Justino, Plínio e Aramy; Heitor, Ruy, Caggiano, Ary e Franco.
Este torneio correu regularmente, terminando com o seguinte empate:
Internacional — 3 gols
Cruzeiro — 3 gols [...]
MATCH DOS 2ºS TEAMS — VENCEDOR CRUZEIRO
Antes das  14 horas, os portões do vice-campeão foram franqueados ao público, afluindo logo numerosas pessoas, principalmente famílias, a fim de assistirem ao jogo de segundos teams que tinha também a sua importância, principalmente porque nele sempre se destacam os alvi-rubros. As equipes entraram em campo obedecendo a seguinte organização:
Internacional — Roberto; Natal e Tito; Brunelli, Moacyr e Paulo; Oliveira, Átila, Silva, João Manoel e Guimarães.
Cruzeiro — Prunes; Nélson e Faillace; Louzada, Celso e Pacheco; Graef, Adema, Marroni, Paquito e Caminha.
Iniciada a pugna, momentos depois o Cruzeiro marcou o primeiro e único gol do dia, por intermédio de Adema, seguindo-se depois ótimas cargas do Internacional que não deram bom resultado, porque a defesa do Cruzeiro, otimamente [...] Faillace, anulou-as uma a uma.
Depois do descanso regulamentar, os teams contendores voltaram ao campo, notando-se sempre a superioridade dos alvi-rubros [...]. No início, Oliveira atirou um corner, contra o Cruzeiro, mas oi infeliz ao bater esta penalidade. Quase a seguir os alvi-rubros voltam a demonstrar a sua supremacia, mantendo-se por espaço de 15 minutos nos domínios dos cruzeiristas, cuja defesa sempre vigilante não dá motivo a que os rapazes do Internacional transponham a cidadela de Prunes.
Dos [...] aos [...] minutos o jogo volta a se equilibrar, havendo um corner a favor do Cruzeiro, que bem atirado é defendido pelo keeper Roberto. Este demonstra, nesta e em outras defesas, excelentes qualidades de jogador desta posição.
Os dez minutos restantes de pugna voltaram a ser com maioria de ataques por parte dos alvi-rubros, os quais favorecidos com três corners não fazem o necessário proveito. Um dos tiros desferidos por João Manoel foi bater em um dos postes da cidadela de Prunes.
Com este resultado finalizou o match dos segundos teams:
Internacional — 0 gol
Cruzeiro — 1 gol
MATCH DOS 1ºS TEAMS — VENCEDOR INTERNACIONAL
À medida que se aproximava a hora do início da prova principal recrudesceu a expectativa entre a grande assistência que as encontrava ao redor do campo. Eram 16,00 quando os teams fizeram a entrada em campo.
O primeiro dos teams a aparecer foi o do Internacional, que todos receberam com aplausos e vivas, [...] quando depois entrou no campo o team do vice-campeão de
1924. Tomadas as posições, obedeceram estes a seguinte organização:
Internacional — Bard; Meneghetti e Honorino; Ribeiro, Bitú e Moreno; Rosário, Veiga, Augusto, Clóvis e Barros.
Cruzeiro — Gaspar; Darcy e Espir; Moraes, Almo e Bopp; Zica, Telêmaco, Eduardo, Araújo e Marques da Rocha.
Sorteado o toss, coube ao player Augusto, do Internacional, dar o kick inicial, levando logo a esfera para os domínios do Cruzeiro, sendo, porém, rebatida devido à pronta intervenção de Bopp. Quase a seguir, os alvi-rubros voltam ao ataque, sendo agora rechaçado pelo back Espir, que se mostra seguro de sua posição. Registram-se um foul de Moreno e uma contra-ofensiva de Marques da Rocha, que passa a esfera ao extrema Zica, o qual laz boa emenda, mas no tiro final envia a bola por cima da cidadela de Bard.
O INTERNACIONAL NOS DOMÍNIOS DO CRUZEIRO
O que acima narramos foram as primeiras peripécias da luta Cruzeiro versus Internacional, que com a sua continuação mostra não se revestir da grande técnica esperada... Muitas e várias razões cooperam para se dizer isto, mas um dos seus maiores fatores foi o jogo violentíssimo que houve durante a luta, afirmação esta que poderá se confirmar pelo movimenio técnico que abaixo publicamos.
Voltando a se tratar do jogo, pode-se dizer que dos cinco minutos em diante, a supremacia nos ataques esteve sempre do lado do quinteto alvi-rubro, que se mantém assim francamente nos domínios do Cruzeiro, cuja defesa dirigida por Almo, sabe responder com eficiência a cada um dos ataques, não permitindo que seja vazada a cidadela de Gaspar.
Há 8 minutos que a esfera se encontrara em jogo, quando se registrou a melhor carga dos alvi-rubros, havendo então dois tiros que morrem na trave.
Esta ofensiva foi dirigida pelo extrema Barros, que passando a bola a Veiga, coopera para que este de violento tiro, que vai de encontro a um dos postes da trave. Nova carga se registra, mandando então Veiga outro tiro violentíssimo, que morre na trave. A superioridade do Internacional sobre o Cruzeiro está demasiadamente reconhecida, lamentando-se que alguns players alvl-rubros atuem com certa violência, prejdicando enormemente seus ataques nas ocasiões melhores para a conquista de um gol.
Se bem que os alvi-rubros se mostrem mais resolutos nos ataques, os cruzeiristas não deixam também de fazer as suas escapadas, a ponto de obrigar a Bard a conceder corner. Batido por Zica, a esfera vai muito alto. Quase a seguir, temos um corner a favor do Internacional, que batido em excelentes condições por Barros, Almo defende entre aplausos da assistência.
Depois de Gaspar haver rebatido a tiro de Moreno, há uma escapada de Telêmaco, que passa mal a Marques da Rocha, quando este se achava bem colocado.
Batidos dois corners contra o Cruzeiro. Espir, num magistral golpe de cabeça, anulla perigoa carga dos alvi-rubros, só que a luta nos últimos dez minutos se tornava parelha, correndo ela debaixo de franca torcida.
Fatos dignos de nota são um tiro de Marques de Rocha, que passe rente da trave, uma nova escapada do trio central do Cruzeiro, que redunda num corner concedido por Bard. Bem atirado por Marques da Rocha, não é porém aproveitado por Telêmaco. E, com uma escapada de Almo, que envia um tiro contra um dos paus da trave, finaliza a primeira fase do match sem que nenhum dos contendores haja marcado gol.
O SEGUNDO TEMPO
A impressão geral recebida do jogo, é que este decorreu violentíssimo, perdendo portanto muito do seu brilho e que o juiz não é enérgico para reprimir esses abusos atuando sempre indeciso.
Às 17,20 horas, o Cruzeiro deu o sinal de jogo, e avançando o seu quinteto obriga a Bard a praticar uma boa defesa. Os ataques se sucedem de ambos os lados, sendo que num deles Meneghetti anula boa centrada de Zica. A seguir, Gaspar rebate um tiro de Veiga, correndo sempre o jogo parelho até os 20 minutos. Não obstante isso, os cruzeiristas se mostram mais inteligentes nas suas avançadas, cooperando isso para se ter outra impressão sobre o seu jogo, que no decorrer do primeiro tempo não correspondeu a expectactiva dos seus admiradores.
Da metade do segundo tempo em diante a luta volta a se tornar violenta. Meneghetti ao fazer uma defesa comete corner, que bem atacado por Zica, dá margem a que os cruzeiristas façam boas investidas.
Diante da violência em que está correndo a luta, o sr. Heraclydes Cezimbra, presidente da Apad, acompanhado de membros da diretoria da mesma, entra no campo, com o fim de que seja observada a técnica deste esporte, chamando a atenção do juiz e de players. Mas não demora muito que os players Espir e Augusto quase se engalfinhem, sendo separados, havendo nas arquibancadas alguns murros entre espectadores, sendo digno de nota a atitude de um dos agentes municipais em impedir a invasão do campo.
Volta a calma. O jogo continua. Os alvi-rubros estão agora novamente, em franca ofensiva não querendo deixar o campo sem conquistar um ponto.
O GOL DA VITÓRIA
Os esforços dos alvi-rubros para a conquista de um ponto são grandiosos. E não demora muito, que eles atacam pela ala direita, indo a esfera nos pés de Barros, o qual dá um tiro enviesado. O keeper Gaspar quer rebater esse tiro, mas a bola, escapando-lhe das mãos, com a força que vinha, entra ns sua rede, estando assim marcado o goal da vitória para o Internacional, quando faltavam dois minutos para terminar a luta.
De todos os pontos do ground onde há torcedores alvi-rubros explodem aplausos em saudação ao feito do player Barros, que é carregado em triunfo quando pouco depois o juiz deu por terminado o match com este resultado:
Internacional — 1 gol
Cruzeiro — 0 gol
As manifestações de regozijo dos alvi-rubros se prolongarara ainda por alguns minutos, isto é, até  que os seus players tomaram os automóveis em demanda do seu campo e satisfeitos, por haverem pela segunda vez obtido nova vitória sobre o vice-campeão de 1924.
MOVIMENTO TÉCNICO
Em resumo, o movimento técnico do match principal da tarde de anteontem foi o seguinte:
  1º tempo 2º tempo Total
HANDS      
Cruzeiro 2 4 6
Internacional 4 1 5
FOULS      
Cruzeiro 4 8 12
Internacional 10 8 18
REBATIDAS      
Cruzeiro 0 3 3
Internacional 0 3 3
OFF-SIDES      
Cruzeiro 3 0 3
Internacional 2 2 4
CORNERS      
Cruzeiro 5 5 10
Internacional 2 2 4
OS JUÍZES
Os juízes para os matches de domingo último foram dados pelo veterano Porto Alegre.
No encontro de 3ºs teams atuou o sr. Hugo Correia; no de 2ºs, o sr. A. Maranghello, que se portaram bem. Quanto ao de 1ºs foi o sr. Edmundo Brasil que tudo fez para o bom desempenho de sua missão não tendo porém muita energia em punir os jogadores que usaram do jogo violento e firmeza nas suas decisões.
Fonte: Correio do Povo (RS), 07 abr. 1925.

[...] resolveu a Associação repreender os players Bitú e Rosário, do Internacional, e Moraes e Espir, do Cruzeiro, pelo jogo violento por eles desenvolvido [...].
Fonte: Correio do Povo (RS), 08 abr. 1925.

15/03/1925 - Amistoso - Internacional 6 x 0 Cruzeiro-RS

AMISTOSO - INTERNACIONAL 6 X 0 CRUZEIRO-RS
Data: 15/03/1925
Local: Chácara das Camélias - Porto Alegre (RS)
Juiz: Jorge Py
Gols do Inter: Augusto, Veiga, Rosário, Barros [2] e Sady.
INTERNACIONAL: Bard; Meneghetti e Grant; Ryff, Bitú e Ribeiro; Rosário, Veiga, Augusto, Sady e Barros.
CRUZEIRO-RS: Vicente; Darcy e Espir; Bopp, Almo e Moraes; Zica, Telêmaco, Eduardo, Araújo e Campão.