O Gaúcho de Passo Fundo queria realizar uma partida amistosa contra o Internacional em 1945, sensação do futebol gaúcho com o mítico Rolo Compressor. Para isso, emitiu um ofício à Liga Passo-fundense para o jogo ser disputado no dia 29 de junho daquele ano. Infelizmente, a partida não aconteceu e o Internacional viajou ao Rio de Janeiro para enfrentar o Flamengo.
"Ofício nº 26-45
Passo Fundo, 21 de Junho de 1945
Ilmo. Sr. Presidente da Liga Passofundense de Futebol Nesta Cidade
Desejando o S. C. Gaúcho trazer a esta Cidade o esquadrão do S. C. Internacional, da Capital do Estado, para disputar uma partida amistosa, solicito-vos, de ordem do Sr. Presidente desta agremiação, que a data de 29 do corrente seja cedida para o referido jogo.
Sem mais, subscrevo-me atenciosamente
Pelo S. C. Gaúcho
Ney de Moraes FernandesSecretário Geral"
Imagem retirada do livro "Os Donos da Bola: o campeonato citadino de futebol de Passo Fundo 1922-1978", de Lucas Scherer (2012).
No meio da partida, a bola chutada com violência ultrapassa o muro do campo e vai cair na rua. Para não perder tempo, o juiz autoriza o goleiro a reiniciar o jogo com a bola reserva, pedindo que, quando viesse a outra, ele trocasse.
O jogo continua e, dali a instantes, o gandula chega com a bola extraviada e fica esperando ao lado do gol. Logo em seguida, o goleiro agarra firme um chute e ouve o gandula gritar:
'Olha a bola titular aqui!'.
'Joga pra cá', diz o goleiro. E, ao receber a bola nova, atira a outra para dentro do gol.
Imediatamente, o juiz aponta para o centro do campo, assinalando acertadamente o gol. Mas, como ninguém entendeu nada, o pau comeu solto, o jogo foi suspenso e o juiz teve de sair protegido pela polícia.
Vocês pensam que isso tudo aconteceu em Portugal? Enganam-se: aconteceu em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, num jogo entre Internacional e Floriano".
Texto retirado da revista PLACAR, nº 681, 10/7/1983.
Internacional e Rosario Central protagonizaram três confrontos ao longo de sua história. O confronto entre os clubes é equilibrado, com uma vitória para cada lado e um empate.
O Rosario Central venceu o primeiro confronto, um amistoso realizado em 1962, na Argentina. O Internacional levou a melhor nos duelos de 2005, válidos pelas oitavas-de-final da Copa Sul-Americana. Venceu por 1 a 0 na Argentina e segurou o empate em Porto Alegre. Relembre os confrontos:
INTERNACIONAL: Clemer; Bolívar, Wilson e Edinho; Élder Granja, Gavilán, Tinga (Wellington Katzor), Perdigão e Jorge Wagner; Fernandão (Gustavo Papa) e Rafael Sobis. Técnico: Muricy Ramalho.
COPA SUL-AMERICANA 2005 - OITAVAS-DE-FINAL - VOLTA
INTERNACIONAL 1 X 1 ROSARIO CENTRAL-ARG
Data: 29/9/2005
Público: Público: 27.807 (24.320 pagantes)
Renda: R$ 202.558,00
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Juiz: Martín Vázquez (URU), auxiliado por Olivier Viera (URU) e Edgardo Acosta (URU).
INTERNACIONAL: Clemer; Bolívar, Edinho e Wilson; Élder Granja, Gavilán, Perdigão, Tinga (Wellington Katzor) e Jorge Wagner; Fernandão (Gustavo Papa) e Sobis. Técnico: Muricy Ramalho.
ROSARIO CENTRAL-ARG: Ojeda; Ferrari, Raldes, Fassi e Moreira (Leonforte); Calgaro, André Díaz, Papa e Roman Diaz (Monges); Alemanno (Ruben) e Villa. Técnico: Ariel Russo.
Na Argentina, Sobis deu a vitória ao Internacional, em chute de fora da área.
O empate em 1 a 1 garantiu a classificação às quartas-de-final.
O XVI Torneio Mohamed V foi disputado em agosto de 1980, tendo como destaques Internacional e Atletico de Madrid, que haviam diputado, na semana anterior, o Torneio Villa de Madrid.
Os competidores foram:
● Internacional: que já não contava mais com Paulo Roberto Falcão;
● Atletico de Madrid, da Espanha: time de maior destaque da competição e que contava com novo presidente e treinador;
● MAS Fès, do Marrocos: anfitrião do torneio e campeão da Copa do Marrocos naquele ano;
● Lokomotiv Sofia, da Bulgária: adversário do Atletico e modesto clube búlgaro.
SEMIFINAL
MAS Fès-MAR 0 X 7 INTERNACIONAL
Data: 23/8/1980
Local: Casablanca (MAR)
Gols: Jair, Jones [4] e Silvinho Paiva [2] (I).
FINAL
ATLETICO DE MADRID-ESP 1 X 1 INTERNACIONAL
Data: 24/8/1980
Local: Estádio de Honra - Casablanca (Marrocos)
Árbitro: Naziri (MAR)
Cartões: Jones (I); Arteche e Julio Alberto (A).
ATLETICO DE MADRID-ESP: Aguinaga; López (Marcelino), Arteche, Balbino e Julio Alberto; Bermejo, Dirceu e Quique; Angel (Marcos), Rubén Cano e Rubio.
INTERNACIONAL: Gasperín; Beretta, André Luís, Mauro Pastor e Cláudio Mineiro; Vânder (Carlos Alberto Barbosa), Jair (Valzinho) e Cléo Hickmann; Toninho, Jones e Silvinho Paiva.
"OS ALVIRRUBROS, NOS PÊNALTIS, GANHARAM O MOHAMED V
CASABLANCA (Marrocos). O Atletico de Madrid se proclamou campeão do troféu Mohamed V ao derrotar nos pênaltis, na final, o Internacional de Porto Alegre, do Brasil.
O tempo regulamentar acabou com empate, depois de ser jogada uma prorrogação de trinta minutos, dividida em dois tempos de quinze. Como, diante da prorrogação, persistiu o empate e foi levado à disputa de pênaltis. O Atletico converteu todas as suas cobranças. Bermejo, Quique, Rubio, Rúben Cano e Dirceu marcaram. Pelo Internacional, Cláudio Mineiro, André Luís, Jones e Beretta marcaram, e Valzinho falhou na última cobrança.
O árbitro marroquino Naziri apitou a partida, que prejudicou a equipe madrilenha e ignorou os carrinhos dentro da área carioca (sic): uma de Rubén Cano, no segundo tempo e outro em Rubio, no segundo tempo da prorrogação. Também permitiu algumas jogadas bruscas aos jogadores americanos. Advertiu Jones, Arteche e Julio Alberto.
1 x 0, quarenta e quatro e meio da primeira etapa: falta no bico da área, que Bermejo cobrou na cabeça de Cano, para o arremate imparável à rede.1 x 1, trinta minutos da segunda etapa: lançamento do meio do campo para a esquerda do ataque brasileiro, para o centro da área, onde Jones arremata ao fundo da meta madrilenha.
A primeira parte do confronto foi claramente do Atletico de Madrid, que jogou rápido e criou algumas oportunidades na cara do gol de Gasperín, que foi sensacional ao longo de toda a partida. Porém, faltou precisão nos últimos metros e pontaria na conclusão. As melhores chances foram de Dirceu e Quique, que jogaram suas respectivas oportunidades por cima da goleira.
Na segunda parte, os brasileiros do Internacional saíram dispostos a enxugar a diferença que refletia no marcador e passaram a dominar territorialmente, mas sem criar chances de verdadeiro perigo.
O contra-ataque alvirrubro funcionava perfeitamente, e, aos dez minutos, Rubén Cano esteve a ponto de aumentar a vantagem; e dois minutos mais tarde, o centroavante do Atletico chutou no poste.
O Internacional seguiu pressionando, e foi Vânder quem conluiu no poste de Aguinaga, aos vinte e nove minutos. Um minuto depois, Jones conseguiu igualar o marcador em um chute precioso.
A partir desse momento, as oportunidades foram alternando, mas mantendo a mesma tônica dos últimos quarenta e cinco minutos: um breve domínio carioca (sic), mas com um Atletico muito mais perigoso que seu rival".
O lateral Laurício embolado com os jogadores tricolores. Fonte: Colecionador Colorado
Clássico Gre-Nal é sinônimo de tensão, ânimos acirrados e qualquer faísca alastrada é capaz de causar uma catástrofe. E foi o que aconteceu no clássico Gre-Nal 189, no Torneio de Inauguração do estádio Beira-Rio. O lado azul guardava ressentimento da derrota histórica no primeiro clássico jogado em seu estádio. Além disso, as duas diretorias trocavam farpas através da imprensa. O clássico quase foi cancelado.
O Grêmio estava disposto a esculhambar as festividades de inauguração do Estádio Beira-Rio. A cereja do bolo era que o técnico gremista era Sérgio Moacir Torres Nunes, o goleiro que queria abandonar o primeiro Gre-Nal no Olímpico, puxado de volta pelo centroavante colorado Larry. Temendo pela integridade dos seus atletas, o técnico Daltro Menezes mandou 37 jogadores se fardar antes da partida.
O jogo começou com domínio colorado, que investia em jogadas de velocidade e de habilidade, enquanto o Grêmio descia o sarrafo, muito longe de ser o time hegemônico do estado na década de 60. O árbitro Orion Satter de Mello se mostrava perdido no meio de tanta canelada. Na virada do segundo tempo, o Internacional passou a responder com truculência e violência. Até que aos 38 minutos da segunda etapa, se iniciou o caos...
A bola estava segura nas mãos do goleiro Alberto, quando Urruzmendi atropelou Espinosa e Tupanzinho foi tirar satisfação. A partir daí, foi chute e soco pra todo lado. Alcindo foi correndo socorrer Tupanzinho, mas Sadi o bloqueou, acertando o jogador gremista. Os reservas de cada clube invadiram o gramado para ajudar seus respectivos colegas.
Sadi derruba Alcindo, em uma imagem que ilustra a reviravolta colorada no final da década de 60. Fonte: Placar
O ápice da briga foi a voadora de Gainete no meio dos jogadores tricolores. Ele que vivia em pé de guerra com o atacante Alcindo, acabou errando o chute e foi pontapeado por Volmir, Tupanzinho e Ari Ercílio... Ao fim da partida, apenas dois jogadores não foram expulsos: o goleiro gremista Alberto e o meia colorado Dorinho.
Gainete voa entre os gremistas. Na confusão, Valmir Louruz, Volmir, Everaldo e Alcindo. Fonte: Placar.
Gainete, que odiava o tricolor com todas as suas forças, foi profético quando abordado pelos repórteres: "aqui nós é que vamos cantar de galo!". E a partir da construção do Beira-Rio, o Internacional caminhava em direção ao octacampeonato gaúcho.
AMISTOSO 1969
INTERNACIONAL 0 x 0 GRÊMIO
Data: 20/4/1969
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Arbitro: Orion Satter de Mello
INTERNACIONAL: Gainete; Laurício, Pontes, Valmir Louruz e Sadi; Tovar e Dorinho; Valdomiro (Urruzmendi), Bráulio, Sérgio Galocha, Gílson Porto. Técnico: Daltro Menezes
GRÊMIO: Alberto; Valdir Espinosa, Ari Hercílio, Áureo e Everaldo; Jadir e Sérgio Lopes (Cléo); Hélio Pires, João Severiano, Alcindo e Volmir (Tupanzinho). Técnico: Sérgio Moacir.
Veja o vídeo do "Gre-Nal da Pauleira" (áudio bem ruim):