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04/07/1943 - Citadino 1943 - 1º turno - Força e Luz 2 x 9 Internacional

Amanhã será disputada a terceira rodada do Campeonato da Cidade de Porto Alegre com os jogos — Força e Luz vs. Internacional e São José vs. Cruzeiro.
Fonte: O Diário (SP), n. 150, 03 jul. 1943, p. 7. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/890383/1108. Acesso em: 03 jul. 2025.

A Federação Riograndense de Futebol telegrafou à Federação Metropolitana de Futebol, solicitando enviar com urgência para Porto Alegre um árbitro. Na capital gaúcha o juiz carioca será professor da Escola de Juízes da Federação dos pampas.
As aulas serão três vezes por semana, sendo uma delas dedicada aos juízes do futebol menor.
Fonte: O Diário (SP), n. 151, 04 jul. 1943, p. 14. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/890383/1127. Acesso em: 03 jul. 2025.

CITADINO 1943 - 1º TURNO - FORÇA E LUZ 2 X 9 INTERNACIONAL
Data: 04/07/1943
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Renda: Cr$ 15.600,00
Juiz: Espir Rivaldo
Gols: Gonzaga, Pitta (F); Carlitos [6], Ênio [2] e Tesourinha (I).
FORÇA E LUZ: Affonso Ruaro; Pitta e Hugo; Donato, Walter Ruaro e Povonovo; Alves, Sila, Gonzaga, Dorvalino e Mário Andrade.
INTERNACIONAL: Ivo Winck; Alfeu e Nena; Assis, Ávila e Abigail; Tesourinha, Ruy Motorzinho, Ênio, Joane e Carlitos. Técnico: Wolmi Boccorni.

OS JOGOS EM PORTO ALEGRE
Vendedores o Cruzeiro e o Internacional
PORTO ALEGRE, 5 (Da Sucursal de A NOITE) — Internacional e Cruzeiro venceram folgadamente os dois compromissos da tabela. Os rubros venceram o Força e Luz por 9x2 e o Cruzeiro abateu o São José por 5x0.
Fonte: A Noite (RJ), n. 11277, 05 jul. 1943, p. 17. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/348970_04/21483. Acesso em: 01 jul. 2025.

18/10/1942 - Campeonato Gaúcho 1942 - Semifinal - Internacional 7 x 3 Armour

CAMPEONATO GAÚCHO 1942 - SEMIFINAL - INTERNACIONAL 7 X 3 ARMOUR
Data: 18/10/1942
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Juiz: Joaquim Rodrigues de Almeida
Gols: Russinho [2], Castillo [2], Abigail, Tesourinha e Ruy Motorzinho.
INTERNACIONAL: Ivo Winck; Alfeu e Nena; Arno, Ávila e Abigail; Tesourinha, Russinho, Escobar, Ruy Motorzinho e Castillo.
ARMOUR: Ruivo; Ilhama e Edi; China, Bahia e Roberto; Argemiro, Adomar, Bica, Quim e Paraguaio.

16/08/1942 - Citadino 1942 - 2º turno - Força e Luz 0 x 4 Internacional

CITADINO 1942 - 2º TURNO - FORÇA E LUZ 0 X 4 INTERNACIONAL
Data: 16/08/1942
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Juiz: Cid A. Évora
Gols do Inter: Ruy Motorzinho [2], Russinho e Carlitos.
FORÇA E LUZ: Affonso Ruaro; Hugo e Nabuco; Zequita, Walter Ruaro e Gomes; Alves, Dorvalino, Bá, Tobis e Didi.
INTERNACIONAL: Ivo Winck; Alfeu e Nena; Assis, Ávila e Abigail; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinho e Carlitos.

10/05/1942 - Citadino 1942 - 1º turno - Internacional 7 x 1 Cruzeiro-RS

CITADINO 1942 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 7 X 1 CRUZEIRO-RS
Data: 10/05/1942
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Renda: 32:000$000
Juiz: Romeu Viola
Gols: Carlitos 23’/1 (I); Villalba 37’/1 (I); Tesourinha 39’/1 (I); Carlitos, pênalti 41’/1 (I); Villalba 16’/2 (I); Villalba 20’/2 (I); Gaúcho, pênalti 33’/2 (C); Carlitos 36’/2 (I).
INTERNACIONAL: Ivo Winck; Alfeu e Nena; Assis, Ávila e Abigail; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinho e Carlitos.
CRUZEIRO-RS: Marne; Gaúcho e Orondo; Ferrari, Ingo e Zica; Louzada, Ceroni, Jayme, Humberto e Rabassa.

Em pé: Nena, Assis, Alfeu, Ávila, Abigail e Ivo Winck.
Agachados: Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinho e Carlitos.
Fonte: 1909 em cores
"Cai o gol de Marne, pela primeira vez, no campeonato da
cidade. Carlitos, que não aparece no flagrante, aproveitou
habilmente a oportunidade, iniciando assim o rosário de
tentos que daria ao Internacional um dos seus mais
espetaculares triunfos dos últimos tempos".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"Ivo, nas poucas vezes que interveio, saiu-se muito bem.
Ei-lo soqueando o couro, para afastá-lo das imediações do
arco, no momento em que Jaime carregava decisivamente".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"Ruy salta para. cabecear, sendo impedido por Gaúcho.
Orondo, para maior segurança, intervém na jogada,
enquanto Ingo e Carlitos aguardam o resultado".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)

Porto Alegre, 11 (A. N.) — O encontro para a disputa do Campeonato de football metropolitano entre esquadrões do Internacional, bicampeão da cidade e do Estado, e o Cruzeiro, ainda invicto no atual cetame, teve desfecho inesperado, ficando o mundo esportivo e a grande multidão que enchia as dependências do estádio da Timbaúva completamente surpresas, pois o Cruzeiro se apresentava como forte adversário do Internacional. Todavia, este venceu aquele pela contagem de sete a um. Com esse resultado, o Interncional terminou o turno neutro assumindo a liderança do campeonato local com sete pontos, indo dois pontos à frente do 2º colocado, que é o Cruzeiro.
Fonte: Jornal do Commercio (RJ), n. 187, 11 mai. 1942, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/364568_13/11974. Acesso em: 26 jun. 2025.

PORTO ALEGRE, 12 (AN) — Teve desfecho inesperado o encontro das equipes do Internacional e Cruzeiro, em disputa ao campeonato de futebol metropolitano.
Mau grado o Cruzeiro se apresentasse com o forte adversário do Internacional, foi por este subjugado pela alta contagem de sete a um.
Este resultado elevou o Internacional à liderança no final do turno neutro, sendo secundado pelo Cruzeiro.
Fonte: Correio da Tarde (SP), n. 3914, 12 mai. 1942, p. 3. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/896276/6554. Acesso em: 28 jun. 2025.

CRÔNICA DE PORTO ALEGRE
O jogo entre os dois líderes e invictos do campeonato da F. R. G. F. — Vitória espetacular do Internacional por 7 x 1. — Detalhes e renda recorde.
A 11ª rodada do campeonato da F. R. G. F., no seu turno neutro, colocou frente a frente, nada mais, nada menos que os dois invictos e líderes do certame: Internacional e Cruzeiro. O Cruzeiro, com um ponto de vantagem sobre os rubros, tudo faria para dilatar essa diferença. Os colorados, por sua vez, tentariam arrebatar a liderança aos alvi-azuis, quebrando-lhes ainda o título de invictos. Desenhava-se, pois, um match empolgante: a luta pela liderança da tabela e a luta pela conservação do título de invicto.
Sob esta expectativa, e numa tarde que não podia ser mais apropriada para a prática do foot-ball, grande foi o público que compareceu ao estádio da Timbaúva, para presenciar o jogo. Desde as primeiras horas da tarde, as dependências do campo da Carris estavam completamente lotadas. E, como consequência disso, está aí, representada em cifras, a concorrencia ao match: 32:000$000 de renda. A maior arrecadação da presente temporada.
Ao Internacional couberam as honras da tarde. Apresentaram-se os rubros com um grande quadro, um quadro completo desde o guardião até o ponta esquerda. Empregaram técnica, usaram tática, cujos resultados foram completos, e ainda, depois de tudo isso, brincaram com o adversário ... Isso tudo sem tomar conhecimento do cartaz, de que vinha revestido o quadro do clube do escudo estrelado. Que vitória maiúscula alcançou o quadro de Miguel Genta! Não há nomes a destacar. Posso apenas, sem desmerecer os demais, elogiar o setor intermediário, que para mim foi o grande artífice da estupenda vitória. Sim, porque a linha média dos colorados tomou conta do jogo. Controlou toda a cancha. Defendeu e apoiou com a mesma eficiência e intensidade. Os ataques do Cruzeiro morriam todos em seus pés. Os ataques do Internacional saíam todos de seus pés. Assis, Ávila e Abigail foram os donos da cancha, muito embora o rosário de gols consignados pela vanguarda tenha desviado um pouco a si a atenção da "hinchada".
Quanto à ofensiva, apoiada por uma linha média desse quilate, não teve dificuldades em assinalar tantos gols quantos lhe aprouvesse. Jogou como costuma jogar. Atacando em W e martelando sem cessar o arco adversário. Todos constroem, todos atacam e todos, sem exceção, chutam ao arco. Não há nomes a destacar entre os artilheiros. Todos ótimos.
A zaga teve sua atuação facilitada pela estupenda atuação da linha média. Contudo, Alfeu e Nena tiveram ocasiões para demonstrar a classe que possuem. Ivo, pouco exigido, saiu-se muito bem. Em resumo, a produção do quadro rubro foi de 100%. Isto o Internacional conseguiu com os ensinamentos de Ricardo Díez, que nele permaneceu por dois meses, apenas. Esta é mais uma demonstração das qualidades do técnico uruguaio, que ora está dirigindo os quadros do tricolor da cidade, o Grêmio Porto Alegrense.
A despeito do cartaz que exibia, o Cruzeiro jamais neste prélio foi adversario para os rubros. Foi completamente envolvido pelo adversário e entregou-se de um modo alarmante. O seu arco, que através de três partidas se mantivera incólume, foi vazado nada menos de sete vezes pela artilharia rubra. Uma autêntica "débacle". Na defesa apenas apareceram Gaúcho e Marne. Ambos atiraram-se com corpo e alma à luta. Os médios de ala comprometeram e Ingo, neste "ambiente", nada fez. No ataque, que esteve sem apoio algum, apenas notou-se o vigor juvenil de Jayme, que procurava, a todo custo, abrir caminho, e a classe inconteste de Humberto, sem dúvida alguma, um dos melhores "iniders" do Estado. Os outros estiveram, como não podia deixar de ser, completamente nulos. Foram como que amordaçados pela defesa rubra. Enfim, acho que o Cruzeiro, que entrou em campo convicto da vitória, ficou surpreendido com o ímpeto inicial dos rubros, que desde o primeiro apito atiraram-se ao ataque com 10 elementos, isto é, com todos, exceção feita ao arqueiro, naturalmente. Foi uma tarde negra para os alvi-azuis.
OS QUADROS
Internacional: — Ivo (9); Alfeu (9) e Nena (9); Assis (10), Ávila (10) e Abigail (10); Tesourinha (9), Russinho (9), Villalba (9), Ruy (9) e Carlitos (9).
Cruzeiro:  — Marne (8); Gaúcho (8) e Orondo (6); Ferrari (4), Ingo (6) e Zica (4); Louzada (5), Ceroni (5), Jayme (7), Humberto (8) e Rabassa (6).
Romeu Viola foi o árbitro, tendo produzido a sua melhor atuação desde que empunha o apito em campos porto-alegrenses. Sua nota é 4 (a cotação vai de zero a cinco).
OS TENTOS
1º — Internacional, aos 23 minutos — Carlitos — Há uma escaramuça na frente do arco de Marne, indo a bola finalmente aos pés de Carlitos, que, aproveitando a ocasião, decreta pela primeira vez neste campeonato, a queda do quadrilátero guarnecido pelo "keeper" do selecionado gaúcho de 1939.
2º — Internacional, aos 37 minutos — Villalba — Escalada dos rubros pelo centro, tendo Villalba, em golpe oportuno, atingido as redes.
3º — Internacional, aos 39 1/2 minutos — Tesourinha — Depois de um escanteio, a bola dançou de lá para cá e finalmente encontrou Tesourinha, que de canhota a enviou às redes.
4º — Internacional — aos 41 minutos — Carlitos — Numa centrada alta de Tesourinha, Ferrari resolve fazer uma pegada, dentro da área. Pênalti e gol feito por Carlitos. Com o score de 4 x 0 findou o half-time inicial.
5º — Internacional, aos 16 minutos — Villalba — O "center" argentino voltou a marcar, desta vez com extrema facilidade.
6º — Internacional, aos 20 minutos — Villalba — Passe de Ruy a Russinho e deste a Villalba, que depois de deixar fora de ação a Orondo, decreta, com um chute rasteiro, a sexta queda do arco do Cruzeiro.
7º — Cruzeiro — Gaúcho, aos 33 minutos — Quando Jayme dispunha-se a chutar, Nena cortou a trajetória da bola com a mão, tendo o juiz assinalado a pena. Pênalti inconteste convertido por Gaúcho no tento de honra dos alvi-azuis.
8º — Internacional, aos 36 minutos — Carlitos — O rosário de tentos foi encerrado por Carlitos, aliás, quem o iniciou. Escalando pela esquerda, o ponteiro terminou mandando a bola às redes.
Na preliminar, também em disputa do campeonato dos profissionais, o Nacional, "benjamim" da F. R. G. F., venceu ao São José por 3 x 1, tentos assinalados por Ataíde 2, Sady e Alemãozinho.
Por pontos perdidos, é a seguinte a colocação dos clubes no campeonato portoalegrense de 1942:
1º Internacional — 1 ponto
2º Cruzeiro — 2 pontos
3º Gremio — 3 pontos
4º Nacional — 4 pontos
4º Força e Luz — 4 pontos
5º São José — 8 pontos
Ao Gremio e ao Força e Luz ainda faltam duas partidas, enquanto que aos demais ainda falta uma, para terminar o primeiro turno, ou seja, o turno neutro.
Fonte: SILVA JR., Radamés. Sport IlIustrado (RJ), n. 217, 04 jun. 1942, p. 16. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/182664/7977. Acesso em: 29 jun. 2025.

19/04/1942 - Citadino 1942 - 1º turno - Internacional 1 x 1 Grêmio

CITADINO 1942 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 1 X 1 GRÊMIO
Data: 19/04/1942
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Renda: 27:000$000
Juiz: Álvaro Silveira
Gols: Chico 17’/2 (G); Carlitos 24’/2 (I).
INTERNACIONAL: Ivo Winck; Alfeu e Nena; Assis, Dárcio e Abigail; Tesourinha, Ruy Motorzinho, Villalba, Moacyr e Carlitos.Técnico: Ricardo Díez.
GRÊMIO: Véliz; Miro e Ruy; André, Tonelli e Heitor; Walter, Mário de Andrade, Duarte, Ivo e Chico. Técnico: Luiz Luz.

EMPATE DE 1 X 1 ENTRE O GRÊMIO E INTERNACIONAL
PORTO ALEGRE, 22 (Da Sucursal de A NOITE) — No match em disputa do campeonato de football gaúcho, o Grêmio empatou com o Internacional por um goal a um.
A partida esteve bastante movimentada.
Fonte: A Noite (RJ), n. 10846, 22 abr. 1942, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/348970_04/14616. Acesso em: 29 jun. 2025.

12/04/1942 - Citadino 1942 - 1º turno - Internacional 5 x 2 São José-RS

CITADINO 1942 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 5 X 2 SÃO JOSÉ-RS
Data: 12/04/1942
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Juiz: Joaquim Rodrigues Almeida
Gols: Villalba ?’/1 (I); Nena ?’/1 (I); Pita, pênalti ?’/1 (S); Carlitos, pênalti ?’/1 (I); Villalba ?’/2 (I); Villalba ?’/2 (I); Elustondo ?’/2 (S).
INTERNACIONAL: Ivo Winck; Alfeu e Nena; Assis, Dárcio e Abigail; Sebinho, Ruy Motorzinho, Villalba, Moacyr e Carlitos.Técnico: Ricardo Díez.
SÃO JOSÉ-RS: De Lorenzi; Pita e Rodolfo; Viana, Badanha e Kucirat; Chinês, Décio, Alemãozinho, Elustondo e Amado.

"A nota mais interessante da partida na Timbaúva foi dada,
sem dúvida, pelo tento de Nena, zagueiro esquerdo
dos diabos-rubros. O clichê fixa, num flagrante felicíssimo,
o momento em que a bola, depois de cobrir o guarda-vala
Zequinha, descia sobre a área, para daí alcancar as redes,
segundo a trajetoria descrita pela linha pontilhada.
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"Três tentos consignou Villalba no match entre o Internacional
e São José. Hábil e sempre oportuno, o forward argentino
foi um perigo constante para a meta zequinha. Vêmo-lo,
aqui, quando, antecipando-se a De Lorenzi, preparava-se
para marcar o 4º ponto dos diabos-rubros, que venceram
o match pelo score de 5 x 2".
Fonte: Sport Illustrado (RJ).
"Ivo afasta a pelota com os punhos, quando Alemãozinho
se dispunha a cabecear. Aparecem, ainda, na foto Assis e
Alfeu, este último a melhor figura da defesa colorada".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)

O GRÊMIO E O INTERNACIONAL FORAM OS VENCEDORES DOS PRIMEIROS JOGOS DO CAMPEONATO
[...] O segundo prélio do campeonato foi disputado entre os quadros do Internacional e do São José. Este embate levou ao estádio da Timbaúva, onde também fora disputada a primeira partida, uma assistência bastante numerosa. Os "zequinhas", considerados a "asa negra" do Internacional, viram-se no fim dos 90 minutos, abatidos pelos pupilos de Ricardo Díez, que evidenciaram maior preparo e melhor classe. O "onze" colorado, que vem sendo cuidadosamente treinado pelo "coach" oriental Ricardo Díez, apresentou-se muito bem, deixando bem impressionada a sua numerosa "torcida". Os colorados, embora com a falta de dois titulares da linha de ataque, Russinho e Tesourinha, demonstraram um bom entendimento. Bastante coesos e homogêneos, não tiveram dificuldades em balancear as redes do arco de De Lorenzi por cinco vezes. Como no primeiro prélio, a "torcida" colorada viu com bastante surpresa um novo elemento no centro da linha media. Dércio, uma descoberta de Ricardo Díez, ocupou a "chave" do "onze" colorado. Este novo elemento não decepcionou, até pelo contrário, demonstrou ter bastantes aptidões para a difícil posição de centro-médio. Como o Grêmio, o Internacional andava trabalhando ativamente no sentido de solucionar o centro da linha média. Parece que os colorados foram mais felizes que os tricolores. Entretanto, como é a primeira partida de Dércio, não se pode fazer um juízo seguro de suas possibilidades, embora em seu primeiro compromisso tenha se saído bem. A "hinchada" colorada esta satisfeita com o homem. Devemos aguardar os próximos jogos para ver se Dércio se conduzirá da mesma maneira. O São José, embora em "classe" não superasse o seu forte antagonista, mostrou possuir um conjunto, que por certo virá a dar muito trabalho aos "maiorais" do nosso futebol. Possuidor de uma ótima retaguarda e com uma linha dianteira bastante regular, os "zequinhas" proporcionarão ao público no decorrer desta temporada, por certo, ótimas jogadas. Desta forma, os colorados e "zequinhas" brindaram o público desportivo que compareceu ao estádio da Timbaúva com um belo espetáculo futebolístico.
Os quadros combatentes apresentaram-se assim constituídos:
Internacional: — Ivo; Alfeu e Nena; Assis, Dércio e Abigail; Sebinho, Rui, Villalba, Moacir e Carlitos.
São José: — De Lorenzi; Pita e Rodolfo; Viana, Badanha e Kucerat; Chinês, Décio, Alemãozinho, Elustondo e Amado.
O quadro vencedor, apresentando o arqueiro da nossa última seleção, Ivo, em sua meta, teve-a bem guarnecida. O ex-arqueiro "zequinha", jogando contra o seu antigo clube, teve oportunidade de aparecer bem. A zaga Alfeu-Nena teve em Alfeu o melhor jogador em campo. O dinâmico "back" do Internacional teve uma atuação destacadíssima. Aliás, Alfeu é um dos jogadores mais regulares do "onze" colorado, pois sempre joga com muito ardor e com muita segurança. Nena também esteve bastante firme. É um companheiro à altura de Alfeu. Este é o melhor elogio que se lhe pode fazer. Nena foi o autor de um dos cinco tentos de seu bando. Este tento, inédito na história do nosso futebol, merece, portanto, que seja registrado nesta crônica com nota especial.
Os colorados carregavam insistentemente. Dentro da área, Pita rechaça forte, indo o couro parar na linha que divide o campo, aos pés de Nena, que ajeita a pelota e despeja um violento tiro. A bola desce traiçoeira e perigosamente sobre o arco adversário, tendo De Lorenzi avançado para defendê-la, sem contudo conseguir, pois a pelota cobrindo-o, vai alojar-se no fundo das redes. Este gol foi 100% sensacional. A linha média composta por Assis, Dércio e Abigail, esteve muito boa. Defendeu bastante e auxiliou eficientemente o ataque. Na vanguarda, o "center" argentino Villalba foi o melhor, tendo, também, sido o "scorer" com três tentos magnníficos. Rui, atuando na meia-direita, como sempre, foi incansável. Moacir, abusando muito nos "dribblings", prejudicou em algumas ocasiões as cargas da linha. Mesmo assim, foi bom. Sebinho, fraco. Carlitos não tem repetido as jogadas que lhe autentificaram "crack". Estará decaindo? Nesta partida mostrou-se em plano bem inferior.
No "onze" derrotado, Di Lorenzi esteve numa tarde bastante infeliz. Porém, pode-se assegurar que é um otimo goleiro. Pita, muito bom, teve um companheiro. Rodolfo, que embora não tenha atuado mal, abusou do jogo violento, onde apareceu em destaque. A linha média do Sao José jogou muito bem. Viana, ex-dianteiro do Porto Alegre, improvisado em médio, "deu ponto". Bastante ativo, o novo "half", apareceu em destaque. Viana, que nunca passou de medíocre atacante, poderá aparecer como um exímio médio no decorrer desta temporada. Badanha repetiu as jogadas que lhe credenciaram como centro-médio reserva da nossa última seleção. Badanha desempenhou-se muito bem. Kucerat, outro elemento valioso do São José. Jogou muito, mas também como Rodolfo, abusou do jogo violento. Na dianteira "zequinha", Décio foi o melhor, o mais trabalhador. Elustondo, em segundo plano. Chinês, discreto. Alemão, o tipo da "mosca tonta", nada fez. Amado somente na fase final justificou a sua presença em campo, alvejando seguidamente a meta adversária.
A primeira fase desta partida terminou com 3 tentos a um favorável ao Internacional. Tentos de Villalba, Nena, Pita (pênalti) e Carlitos (pênalti). Na segunda fase, enquanto Villalba fez mais dois pontos, Elustondo conseguiu o segundo ponto do São José.
O JUIZ
Tanto na primeira, como na segunda partida, o juiz foi o Sr. Joaquim Rodrigues Almeida, o popular "Juca", que atualmente parece ser o "juiz único" de Porto Alegre. Em ambas partidas "Juca" apitou com correção e imparcialidade.
Atualmente, em Porto Alegre, parece não haver mais ninguém que possa pegar num apito para arbitrar uma partida de futebol. Parece até que só existe o "Juca", que se vê desta forma coagido a monopolizar o mercado.
Em Porto Alegre, esta questão de juízes é coisa bastante original. De tempos em tempos tiram a "assinatura" para cima de um. Como já disse, atualmente é o popular "Juca". Anteriormente foram Henrique Faillace, Álvaro Silveira, Alfredo Cesaro e agora é a vez do "Juca".
Fonte: RODRIGUES, Roberval. Sport Illustrado (RJ), n. 212, 30 abr. 1942, p. 22. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/182664/7829. Acesso em: 29 jun. 2025.

01/02/1942 - Campeonato Gaúcho 1941 - Final - 2º jogo - Internacional 6 x 2 Rio Grande

CAMPEONATO GAÚCHO 1941 - FINAL - 2º JOGO - INTERNACIONAL 6 X 2 RIO GRANDE
Data: 01/02/1942
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Juiz: José Mariano Carneiro Pessoa
Gols: Villalba [3], Tesourinha [2], Carlitos (I); Ernesto e Butel (R).
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Álvaro; Osvaldo Brandão, Assis e Ávila; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinho e Carlitos. Técnico: Wolmi Boccorni.
RIO GRANDE: Zequinha; Clóvis e Rodolpho; Rabana, Chinês e Scala; Hermes, Butel, Nestor, Humberto e Ernesto.

Em pé: Júlio Petersen, Álvaro, Osvaldo Brandão, Assis, Ávila e Alfeu.
Agachados: Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinho e Carlitos.
Fonte: História do Sport Club Internacional

11/01/1942 - Citadino 1941 - Triangular final - Internacional 1 x 1 Grêmio

CITADINO 1941 - TRIANGULAR FINAL - INTERNACIONAL 1 X 1 GRÊMIO
Data: 11/01/1942
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Renda: 7$760:000
Juiz: Alfredo Cesaro
Gols: Villalba (I); Malaquias (G).
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Risada; Osvaldo Brandão, Assis e Niquelagem, Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinho e Carlitos.
GRÊMIO: Enobar; Dario e Walter; André, Tonelli e Sanes; Malaquias, Mário de Andrade, Ivo Aguiar, Foguinho e Ochotorena. Técnico: Luiz Luz.

Porto Alegre, 12 (A. N.) — Disputando o turno neutro do campeonato da cidade, o Grêmio e o Internacional empataram pela contagem de um a um.
Fonte: Jornal do Brasil (RJ), n. 010, 13 jan. 1942, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/030015_06/14988. Acesso em: 25 jun. 2025.

30/11/1941 - Amistoso - Força e Luz 1 x 1 Internacional

Porto Alegre, 14 (A. N) — Dentro de poucos dias será reiniciado o campeonato Portoalegrense de football, devendo disputá-lo os três primeiros colocados no terceiro turno. O “Internacional”, "Força e Luz", "Grêmio" e “São José” intervirão no turno neutro.
Fonte: Jornal do Brasil (RJ), n. 296, 16 dez. 1941, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/030015_06/14486. Acesso em: 25 jun. 2025.

AMISTOSO - FORÇA E LUZ 1 X 1 INTERNACIONAL
Data: 30/11/1941
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Juiz: Joaquim Rodrigues de Almeida
Gols: Alexandre (F); Rui Barbosa (I).
FORÇA E LUZ: Affonso Ruaro; Hugo e Nabuco; Zequita, Walter Ruaro e Abigail; Alves, Camilo, Mário Andrade, Tobis e Alexandre.
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Álvaro e Risada; Levi, Niquelagem e Lenine; Rui Barbosa, Ávila, Villalba, Moacyr e Castillo.

EMPATARAM
Porto Alegre, 1 (“Correio da Manhã") — Em match amistoso, o Internacional empatou com o Força e Luz pelo score de 1x1.
Fonte: Correio da Manhã (RJ), n. 14443, 02 dez. 1941, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/089842_05/9613. Acesso em: 25 jun. 2025.

14/06/1941 - Amistoso - Internacional 3 x 4 Brasil-PEL

— PORTO ALEGRE, 10 (A. N) — Por iniciativa de Grêmio Porto-alegrense e do Sport Club Internacional, o forte conjunto do E. C. Brasil de Pelotas, virá a esta capital, na próxima quinta-feira, disputar algumas partidas. O primeiro jogo está marcado para sábado desta semana.
Fonte: Gazeta de Notícias (RJ), n. 132, 11 jun. 1941, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/103730_07/6568. Acesso em: 19 jun. 2025.

AMISTOSO - INTERNACIONAL 3 X 4 BRASIL-PEL
Data: 14/06/1941
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Renda: 18:000$000
Juiz: Álvaro Silveira
Gols: Birilinha 7’/1 (B); Tatão 14’/1 (B); Birilinha 19’/1 (B); Villalba ?’/1 (I); Tesourinha 44’/1 (I); Carlitos 17’/2 (I); Pepito ?’/2 (B).
INTERNACIONAL: Rubens; Alfeu e Borges; Pedrinho (Niquelagem), Assis e Ávila; Tesourinha, Russinho, Villalba (Osvaldo Brandão), Ruy Motorzinho e Carlitos.
BRASIL-PEL: Munheco; Antoninho e Chico; Alvim, Ramón e Tavares; Birilinha, Pepito, Massinha, Nede e Tatão (Patronato). Técnico: Teté.

"A uma centrada de Tesourinha, Munheco antecipou-se
e segurou firme. Observam o lance Carlitos, Ruy e, ao longe, Ávila".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"Faltava menos de um minuto para terminar o half-time inicial,
quando Tesourinha, aproveitando uma centrada rasa de Carlitos,
assinalou o segundo tento do Internacional. Munheco tentou
defender com o pé, mas foi tarde demais".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"Quadro do Grêmio Esportivo Brasil, de Pelotas, que derrotou
o Internacional, campeão Porto  Alegrense e do Estado, pelo score de 4x3".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)

O "SOCCER GAÚCHO" EM PLENA ARRANCADA
A temporada do Grêmio Esportivo Brasil, de Pelotas, em Porto Alegre — A primeira partida, contra o Grêmio e a segunda com o Internacional
Desde a primeira visita do G. E. Brasil a Porto Alegre, quando demonstrou um ótimo padrão de foot-ball, chegando mesmo a regressar invicto à sua cidade, que é Pelotas, o mundo esportivo porto-alegrense vinha ansiando por uma outra apresentação do quadro rubro-negro. Grêmio e Internacional, os dois baluartes de foot-ball da capital, encarregaram-se de patrocinar a excursão. [...]
INTERNACIONAL x BRASIL
Grande público lotou o estádio da Timbaúva e pelas bilheterias passou a soma de 18:000$000, quantia apreciável, mormente se levarmos em conta que a partida foi realizada num sábado.
O Brasil venceu. Novamente regressa invicto à sua terra. Frente ao Internacional, campeão da capital e do Estado, o O G. E. Brasil agigantou-se, conseguindo uma de suas maiores vitórias. Novamente Ramón constituiu a melhor figura dos visitantes, desta vez melhor auxiliado pelos médios de ala. A zaga também agigantou-se, fazendo uma grande partida. Gostamos muito de Antoninho e Chico. Ambos firmes e bons rebatedores desfizeram as cargas dos colorados. O ataque teve sua ação facilitada pela péssima marcação da defesa do Internacional. Novamente Nede foi a grande figura do ataque. Secundaram-no Massinha e Birilinha. Os demais estiveram regulares.
O ponto alto do Internacional foi sempre o ataque. Nesta partida a linha atacante jogou muito bem, porém a defesa claudicou e os três pontos feitos pelos forwards nao chegaram para dar ao quadro as honras da vitória. Efetivamente, os primeiros trinta minutos de jogo foram fatídicos para os colorados. Neste período a defesa cochilou e os pelotenses aproveitaram para assinalar três gols.
A culpa da derrota cabe, pois, aos defensores. De todos, Pedrinho foi o mais fraco. Seguem-lhe, na ordem, Borges, Ávila e Rubens. Este cercou dois "Frangos" com "F" maiúsculo... Depois dos trinta minutos Pedrinho foi substituído e a defesa firmou-se, advindo daí a reação colorada, que no primeiro tempo diminuiu a diferença para apenas um gol. No quadro colorado destacaram-se Assis, Alfeu, Tesourinha e Carlitos. Este teve uma jogada maravilhosa, a qual se pode aplicar o caso do torcedor que saiu do estádio para comprar outra entrada, pois que apenas a referida jogada valera o preço de uma arquibancada... Russinho não andou muito bem. Ruy foi o cavador de sempre. Brandão, que substituiu o player argentino Villaba, atuou pior que este. Teve um mérito, porém: o de distribuir coices...
OS GOLS
1º — Brasil — Um passe esplêndido de Massinha proporcionou a Birilinha a abertura do score quando decorriam precisamente 7 minutos de jogo. "Frango" de Rubens.
2º — Brasil — Birilinha corre e centra rasteiro. Ante um cochilo de Pedrinho, Tatão encontra-se livre defronte à meta. Trava a bola e escolhe o canto, tudo na maior calma. Finalmente dá o tiro de misericórdia colocando o balão no angulo superior direito: 2x0 aos 14 minutos.
3º — Brasil — Novamente saem os pelotenses que voltam a marcar. Uma bola adiantada vai a Birilinha e Rubens abandona o arco. Birilinha desvia mansamente e a bola, para angústia dos torcedores colorados, entra em câmera lenta. Decorria 19 minutos de jogo.
4º — Internacional — Aos [...] minutos Villalba atira, de bico, de fora da área e a bola, descrevendo uma curva, ilude a vigilância de Munheco. Era o primeiro ponto da grande reação.
5º — Internacional — Continua a forte pressão do Internacional e Carlitos centra na boca da meta e Tesourinha finaliza com precisão, justamente aos 44 minutos.
Termina, assim, o primeiro tempo com o score de 3x2. Durante o intervalo todos eram unânımes em afirmar que o Internacional não perderia mais. A grande reação encetada pelos colorados fazia prever isso. Além disso, esperava-se a substituição de Villalba por Brandão. Efetivamente, Brandão surgiu em campo, porém, decepcionou. O Internacional não venceu e o seu esforço foi malogrado por um chute feliz de Pepito que definiu-a vitória em favor dos pelotenses.
6º — Internacional — O segundo tempo começou monótono, aos poucos, porém, o Internacional foi se firmando até surgir o gol de empate, ansiosamente esperado.
Ante um centro de Ruy, Brandão controla e devolve ao mesmo Ruy. Este, por sua vez, estende a Carlitos que, depois de iludir três adversários, ilude também o goleiro, colocando o balão mansamente nas redes. 3x3 aos 17 minutos e enorme delírio na torcida colorada.
7º — Todos os esforços dos internacionalistas foram, porém, desfeitos com um chute fraco de Pepito no canto direito do arco de Rubens. Gol da vitória! Júbilo entre os pelotenses que carregam Pepito nos ombros até ao centro do campo.
Com fortes cargas do Internacional finaliza o match tendo os jogadores se abraçado no campo.
OS QUADROS
INTERNACIONAL — Rubens; Alfeu e Borges; Pedrinho (Nick), Assis e Ávila; Tesourinha, Russinho, Villalba (Brandão), Ruy e Carlitos.
BRASIL — Munheco; Antoninho e Chico; Alvim, Ramón e Tavares; Birilinha, Pepito, Massinha, Nede e Tatão (Patronato).
Juiz: sr. Álvaro Silveira. Muito bom.
Renda: 18:000$000.
Fonte: SILVA JÚNIOR, Radamés. Sport Illustrado (RJ), n. 170, 10/07/1941, p. 17. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/182664/6551. Acesso em: 19 jun. 2025.

25/05/1941 - Amistoso - Internacional 3 x 2 Grêmio

AMISTOSO - INTERNACIONAL 3 X 2 GRÊMIO
Data: 25/05/1941
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Renda: 10:500$000
Juiz: Teotônio Soares
Gols: Carlitos, Villalba, Tesourinha (I); Foguinho [2] (G).
INTERNACIONAL: Rubens; Alfeu e Borges; Niquelagem (Osvaldo Brandão), Salsamendi (Assis) e Ávila (Pedrinho); Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinho e Carlitos. Técnico: Wolmy Bocorni.
GRÊMIO: Edmundo; Dario e Walter; Juvêncio (Zeca), Noronha e André; Mário, Ivo, César Basílio (Joeci), Foguinho e Ochotorena (Malaquias). Técnico: Telêmaco Frazão de Lima.

DISPUTARAM AMISTOSOS
Porto Alegre, 25 ("Correio da Manhã") — Os clubes desta capital aproveitaram o domingo de hoje para realizar várias partidas amistosas, as quais lograram numerosa assistência e forneceram estes resultados: Internacional 3 x Gremio 2 [...].
Fonte: Correio da Manhã (RJ), n. 14281, 27/05/1941, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/089842_05/6548. Acesso em: 19 jun. 2025.

18/05/1941 - Amistoso - Grêmio 2 x 2 Internacional

AMISTOSO - GRÊMIO 2 X 2 INTERNACIONAL
Data: 18/05/1941
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Juiz: Otto Pedro Bumbel
Gols: Ivo, Malaquias (G); Carlitos e Ruy Motorzinho (I).
GRÊMIO: Edmundo; Dario e Walter; Juvêncio, Noronha e Poroto (André): Sório, Ivo, César Basílio (Malaquias), Foguinho e Ochotorena. Técnico: Telêmaco Frazão de Lima.
INTERNACIONAL: Rubens; Alfeu e Borges; Niquelagem, Assis e Ávila; Tesourinha, Russinho, Osvaldo Brandão, Ruy Motorzinho e Carlitos. Técnico: Wolmi Bocorni.

24/11/1940 - Campeonato Gaúcho 1940 - Fase final - Final - 2º jogo - Internacional 2 x 1 Bagé

Internacional e Bagé desentendem-se na escolha do juiz
INDICADO PELA F. R. G. D. OTTO PEDRO BUMBEL
O cotejo de hoje entre Internacional e Grêmio Esportivo Bagé, pela segunda partida da série "melhor de tres" do Campeonato Estadual de Futebol, quase provocou um sério impasse.
Por um triz que o jalde negro não toma uma resolução extrema, abandonando o certame máximo da FRGD, em face do que se passou para a indicação do árbitro.
48 horas antes da partida, os interessados se reuniram para a escolha do nome do juiz. O clube da "pedra moura" num dos cafés da rua dos Andradas, se fez representar pelos seus técnicos: Omar Saraiva e Henrique Acosta Torres, que se avistaram com Orlando Cavedini e Carlos Dilorenzi, preparadores do "rolo compressor".
Os locais indicaram, desde logo, o nome de Alfredo Cezaro, como o unico capaz de arcar com esta responsabilidade. Os visitantes recusaram Alfredo Cezaro, queixando-se mesmo de sua última atuação, classificada como fraca nos impedimentos e na repressão da violência, tanto recomendada pelos paredros do Bagé.
Contrapuseram, os técnicos bageenses o nome de Natal Maineri, por conhecerem a sua atuação quando jogaram com o Força e Luz, na última excursão realizada a esta capital. Natal não serviu. Surgiu, de parte de Arnoldo Silva, secretário da FRGD, que assistia as demarches, a sugestão de Antônio Penteado, técnico do Bancário, de Pelotas.
Os rubros concordaram. Infelizmente, Penteado não aceitou, por estar com viagem marcada para Jaguarão.
Não houve forma de acertarem um nome. Marcaram nova reunião para sexta-feira às 17 horas, na FRGD. Com grande surpresa dos bageenses, os colorados não se fizeram representar, cabendo, então á "máxima" apontar o árbitro para o jogo.
Nesta conformidade, ontem, a entidade da rua Siqueira de Campos comunicou à chefia da embaixada dos campeões da "Rainha da Fronteira", ter indicado o dsportista Otto Pedro Bumbel.
Este nome era esperado, pois circulavam rumores desde 6ª-feira, logo que foi conhecida a atitude dos colorados, não comparecendo a FRGD, que o árbitro a ser apontado, seria fatalmente o "referee" de Novo Hamburgo.
Não escondem os bageenses a sua desconformidade com o que se passou. Pretendiam até desistir do campeonato. Mas, a ponderação de alguns mentores prevaleceu e o Grêmio Esportivo Bagé, fiel ao seu passado desportivo e às suas tradições, irá ao "tapete verde" da Timbaúva, na certeza de que Bumbel, empunhando o apito, tudo envidará para que não paire sobre sua atuação de hoje a menor sombra de dúvida, desde que correm rumores insistentes de que s. s. tem pendores para o clube campeão da cidade.
Esperam os dirigentes do jalde negro que o juiz puna com severidade e energia a violência, principalmente em relação a certos jogadores que costumam se hostilizar na cancha, em virtude de velhas desinteligências.
Em face dos acontecimentos desenrolados nos bastidores da embaixada jalde negra, o árbitro Otto Pedro Bumbel terá hoje uma verdadeira prova de fogo.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 253, 24 nov. 1940, p. 16. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/3555. Acesso em: 18 jun. 2025.

SE O INTERNACIONAL VENCER HOJE O GRÊMIO BAGÉ, SERÁ O CAMPEÃO DO ESTADO, DE 1941
Esse grande e esperado embate futebolístico será iniciado às 16,30 horas, no estádio da Timbaúva — Otto Bumbel é o árbitro indicado pela F. R. G. D.
Aproxima-se de seu fim o campeonato estadual de futebol do corrente ano, dirigido pela Federacão Rio Grandense de Desportos, que diga-se de passagem, é a unica entidade no país que faz disputar um certame estadual de futebol. O campeonato estadual deste ano foi, indiscutivelmente, um dos mais brilhantes dos últimos anos, graças à organização que lhe imprimiu a atual direção da entidade maxima, bem orientada pelo destacado desportista Cícero Ahrends, que tem no dinâmico secretário Miguel Lardiez seu mais eficiente colaborador.
Para hoje está marcada a segunda da "Melhor de Três" entre os fortes quadros do Internacional, campeão local e do nordeste e do Grêmio Bagé, campeão da cidade de Bagé e da zona fronteira. O primeiro jogo disputado terça-feira última terminou com a merecida vitória do campeão local, que abateu o seu perigoso adversário pela contagem de 4 a 1.
Os bageenses não se conformaram com o revés sofrido e afirmam que hoje terão uma reabilitação integral frente ao seu mesmo adversário, que reputam possuidor de um conjunto respeitável. A luta que hoje se vai travar no estádio da Timbauva está fadada a constituir o maior acontecimento desportivo do ano e por isso mesmo foi incluída no programa oficial dos festejos desportivos do Bicentenário.
Para o Internacional, é de capital importância, pois uma vitória representará a conquista do honroso e ambicionado titulo de campeão de futebol do Estado. Os rubros na rodada de hoje não terão o concurso eficiente do técnico e experimentado zagueiro Risada, que contundiu-se no decorrer do jogo de terça-feira contra esses mesmos adversários contudo, porém, com o exímio  ponta-esquerda Carlitos, que já se encontra reabilitado da contusão recebida no jogo com o Rio Grandense. O quadro visitante será o mesmo que enfrentou terça-feira Internacional, com Santana no comando do ataque. Essa rodada para os bageenses, de grande responsabilidade, pois uma derrota significa a perda do cetro de campeão, que os bageenses tanto almejam. Se o clube de José Soares Sobrinho vencer ou empatar o prélio de hoje, teremos a terceira da "Melhor de Três". Por todo o embate de hoje é deveras interessante e levará, por certo, uma grande assistência ao estádio da Timbaúva.
HORÁRIO
A preliminar entre os quadros da Rádio Difusora e da Rádio Farroupilha será iniciada às 14,30 horas e o jogo principal entre o Bagé e o Internacional começará às 16,30 horas.
PREÇO DAS ENTRADAS
Para o grande jogo de hoje vigorará a seguinte tabela de preços:
Cadeiras: 10$ — Pavilhão, 5$ — Gerais: 4$ — Meio, Pavilhão: 3$ — Meia Geral: 2$.
OS QUADROS
Os quadros contendores apresentar-se-ão, hoje, assim constituídos:
INTERNACIONAL — Júlio — Álvaro — Alfeu — Assis — Magno — Pedrinho — Tesourinha — Russo — Marques — Rui — Carlitos.
BAGÉ — Veliz — Jorge e Ganchinho — Laerte — Macedo e Ripalda — Rodrigues — Fierro — Santana — Rubilar e Tupan.
NOTA DO INTERNACIONAL
Para o match de hoje com o nosso coirmão G. E. Bagé, em disputa do campeonato estadual do corrente ano, a direção de campo do Internacional convoca os jogadores abaixo, que deverão estar às 15,30 horas, em nosso campo, a fim de se fardarem e seguirem para o campo  do G. S. Força e Luz, aonde se ferirá a luta, às 16,30 horas:
Júlio — Marcelo — Alfeu — Álvaro — Pedrinho — Magno — Nenê — Levi — Carlitos — Rui — Russinho — Toreli - Marques — Castillo — Tesourinha e Moacir.
NOTA DA F. R. G. D.
Para o segundo jogo da série de "Melhor de três" entre os finalistas do Campeonato Estadual S. C. Internacional e Gremio E. Bagé, a realizar-se domingo 24 do corrente, a Federacão Rio Grandense de Desportos tomou as seguintes deliberações:
Direção Geral: sr. Cícero Ahrends, presidente da F. R. G. D.
Fiscal do jogo, dr. Remi Gorga;
Cronometrista, Miguel Genta;
Representante junto aos clubes, Arnoldo Silva;
Representante junto à imprensa, Alencar Bueno;
Comissão de recepção, Oscar Denovaro e Mario Pereira;
Comissão de Portões, Carlos Ruschel, Miguel Lardies, Vitor Mora e Léo Birnfeld.
PRELIMINAR ÀS 14,30 HORAS
DIFUSORA versus FARROUPILHA.
Em disputa de um Taça oferecida pela F. R. G. D.
JUIZ: Natal Maineri.
Jogo principal às 16,30 horas — S. C. INTERNACIONAL versus GREMIO E. BAGÉ.
Preços: — Cadeira, 10$; Pavilhão, 5$; Geral, 4$; Meia Pavilhão, 3$; Meia Geral, 2$. Somente terão direito a meia entrada senhoras colegiais fardados e militares sem graduação.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 253, 24 nov. 1940, p. 16. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/3555. Acesso em: 18 jun. 2025.

CAMPEONATO GAÚCHO 1940 - FASE FINAL - FINAL - 2º JOGO - INTERNACIONAL 2 X 1 BAGÉ
Data: 24/11/1940
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Renda: 15:000$000
Juiz: Otto Pedro Bumbel
Gols: Ruy Motorzinho 1’/1 (I); Tupan 33’/1 (B); Russinho 43/1 (I).
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Álvaro e Alfeu; Assis (Levi), Felix Magno e Pedrinho; Tesourinha, Russinho, Marques, Ruy Motorzinho e Castillo (Carlitos). Técnico: Orlando Cavedini.
BAGÉ: Veliz; Jorge e Gauchinho; Laerte Cunha, Macedo e Ripalda; Ballejo (Rosa), Fierro, Tupan (Santana), Rubilar e Rodrigues. Técnico: Omar Saraiva.

"O quadro do INTERNACIONAL, que, vencendo o Bagé,
sagrou-se Campeão Estadual. Em pé: Júlio, Marcelo, Assis,
Alfeu, Álvaro, Pedrinho, Magno e Levi. Ajoelhados: Moacir,
Tesoura, Russo, Marques, Ruy, Carlitos, Castillo e Toreli".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"Uma fase do jogo: Tupan, o “bailarino”, numa atitude
que confirma seu apelido. Na expectativa,
Álvaro à esquerda e Magno à direita".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)

SEM SENTIDO NOS ARREMATES, O BAGÉ CEDEU, OUTRA VEZ, PARA OS RUBROS: DOIS A UM!
Os bageenses reacionaram bem na etapa complementar, sem concretizar gols
Está definido o campeonato estadual de futebol de 1940. O valoroso Sport Club Internacional é o detentor do título maximo pela terceira vez em sua vida. Bem merecida a conquista, pois os "diabos rubros" se apresentaram com apreciável regularidade e souberam construir magnífica vitória, que encheu de jubilo a grande família colorada. Prevaleceu o esforço, o denodo e a dedicação dos jogadores e dos treinadores.
O êxito de domingo último, frente ao forte conjunto do Grêmio Esportivo Bagé, merece alguns reparos. Os 90 minutos foram disputadíssimos.
Agindo com mais intuição e visão das redes, o "rolo compressor" encontrou o caminho da vitória. A reação dos jalde negros, dispostos a vender caríssimo a derrota, como de fato aconteceu, encontrou boa resistência na defesa dos locais. Sem contar com o bafejo da sorte, em certos momentos, o time bageense não teve a felicidade desejada. Em compensação, os fronteiristas fizeram a torcida vibrar.
Perseguidos pelos maus fados em três ou quatro lances, tiveram também a falta de sentido nos arremates. A chance é parte integrante dos embates, logo devem prevalecer as qualidades táticas e técnicas. Apesar de exercer pressão no período complementar, o Gremio Bagé não foi hábil nas conclusões, além disso os pontas voltaram a decepcionar. O balanço geral das forças e das possibilidades traduzia-se na contagem, daí a vitória do campeão da cidade por 2x1.
Embora abatido, o XI de Henrique Torres, João Gonçalves e Omar Saraiva, impressionou favoravelmente. Reabilitou-se daquela atuação inicial, bastante acanhada, por aparentarem seus jogadores uma falta de fibra evidente. Anteontem, eles combateram ativamente, atacando de rijo e rechaçando com energia. Bem mereciam, pela reação e brio demonstrados, o empate. Mas o futebol, apesar de caprichoso, não admite pieguices. Vence-se fazendo gols, o que não fez a vanguarda comandada por Tupã. Dois momentos foram frustrados por Alfeu e duas outras oportunidades Rubilar "cochilou", atirando desviado. Os colorados também não aproveitaram dois ensejos formidáveis. Castillo terminou de modo defeituoso e Tesourinha fez funcionar o travessão espetacularmente.
Estes detalhes e outras fases trouxeram o numeroso público em constante interesse. Não houve deserção da torcida. Os tres tentos do primeiro tempo traduziam uma diferença mínima. O empate estava permanentemente na iminência de ocorrer. Nesta expectativa, a qualquer instante, podia verificar-se o equilíbrio quando menos se esperasse.
xxx
A tática não foi perfeita, aliás, é uma coisa raríssima nas equipes gaúchas. Entretanto, a pugna satisfez aos torcedores pela sua intensidade e toada emocionante.
A ação coletiva nos primeiros 45 minutos esteve equilibrada, revezando-se as cargas. Mais penetrante e oportunista, o time da "Chácara dos Eucaliptos" converteu os dois "momentos supremos", garantindo o êxito. A etapa complementar caracterizou-se pela forte reação dos visitantes, que nada colheram de prático. Ora o azar os perseguia e a falta de "bombardeadores" conspirava contra o objetivo tão ansiado.
Um "tento relâmpago" foi proporcionado por Rui e Veliz, no segundo minuto da peleja, ao escorar umn centro de Tesourinha, que venceu a Ganchinho. Tanto cuidado dispensavam os fronteiristas à ala direita dos rubros e justamente esta decreta a abertura do escore!
Cheios de ânimo, os rapazes da "pedra moura" contra-atacaram e Júlio entra em ação. Logo após o arqueiro colorado evita a entrada de Tupã, desarmando o comandante "colored", que teve um bom desempenho na jornada de anteontem.
Veliz evita um chute de Rui e Júlio brilha num tiro de Tupã. Álvaro se destaca na zaga, neutralizando Rodriguez, muito moroso. Um momento crítico para Júlio é salvo por Alfeu, aos 19 minutos. Rodriguez endereçara às redes, surgindo o companheiro de Álvaro. Acentua-se a pressão dos bageenses, por diversos minutos. Uma jogada perigosa (sola) de Magno dentro da área não é aproveitada por Ballejo, aos 24'. Marques obriga Veliz a pegar com firmeza. Tupã atira e Júlio comete ótima intervenção, evitando que Fierro se apossasse do couro e fizesse estrago... Durante 5 minutos (dos 20 a 25) o Bagé controla melhor e trabalha com superioridade. Só aos 33 minutos é que surge o empate, depois de Tesourinha ter proporcionado tremendo susto aos bageenses, ao fazer o balão "beijar" o travessão.
O tento do empate nasceu de um centro de Ballejo, que Tupã cabeceou com maestria. Teve duração efêmera o empate. Uma investida fulminante colocou o campeão da cidade, novamente, em vantagem. Laerte tocou o couro, próximo da linha média. Castillo executou o tiro livre, para Marques cabecear. Russinho secundou o lance e burlou a vigilância de Veliz, em alto estilo: 2x1, aos 34 minutos de luta. Estava construído o placar da vitória.
Falha Ganchinho e Veliz corrige. O arqueiro faz boas pegadas. Magno se contunde num encontro com Rubilar, abandonando o campo. O juiz tira, momentaneamente, o meia uruguaio de campo. Os técnicos colorados fazem entrar Levi, que ocupa a posição de médio direito. Assis vai para o "eixo". Poucos minutos teve Levi para atuar, fazendo-o com correção. No segundo tempo, Magno reaparece, saindo Levi. Nos últimos minutos, Castillo perde magnífico ensejo. Tesoura centrou atrasado. Marques emenda e Veliz defende parcialmente. Castillo avança, mas finaliza defeituosamente, nas nuvens... Júlio apara um tiro de Ballejo. Álvaro impede outra investida jalde negra. Ataca a ala direita local. Tesoura centra, Russinho cabeceia e Veliz se exibe, terminando a primeira fase. Veliz discute com o árbitro, que se mostra enérgico e ameaça o goleiro de expulsão.
O periodo complementar não registrou nenhum contraste. Os 2x1 permanececam até soar o apito do cronometrista. É de justica ressaltar, mais uma vez, a perseverança das investidas do Grêmio Bagé, que demonstrou melhor controle que os colorados. Nada lograram pelo excesso de tramas dos dois meias e pela ineficiência dos "wingers".
De início, Júlio sensacionalizou neutralizando um estouro de Rodriguez. Depois de um foul de Marques em Veliz, descem os jalde negros e Rubilar desperdiça uma grande oportunidade aos 49 minutos.
Um toque de Pedrinho sobre o risco é mal batido por Ballejo, muito infeliz neste período. O tempo vai se escoando. Aos 69 minutos do segundo tempo Santana entra para o centro, indo Tupã para a ponta em lugar de Rosa, que nada fazia. O Internacional faz entrar Castillo, aos 85 minutos. No último minuto, um escanteio contra os locais, mas não há tempo para ser batido.
O Internacienal se sagrou, justamente, campeão absoluto do Estado.
Internacional: 2 — Gremio Bagé: 1.
Renda: 17:100$000.
Árbitro: Otto Pedro Bumbel — bom.
Os quadros:
INTERNACIONAL — Júlio — Álvaro e Alfeu — Assis (Levi) — Magno (Assis) — Pedrinho — Tesourinha — Russinho — Marques — Rui — Castilhos (Carlitos).
GRÊMIO BAGÉ — Veliz — Jorge e Ganchinho — Larreti — Macedo — Ripalda — Ballejo (Rosa e Tupã) — Fierro — Tupã (Santana) — Rubilar e Rodriguez.
Os melhores: Laerte — Tesourinha — Rui — Álvaro  — Pedrinho — Veliz e Júlio.
Índices: técnico 1 para cada um; disciplinar 4 para o Bagé devido à atitude de Veliz e 5 para o Internacional.
— Na preliminar a Rádio Farroupilha abateu a Rádio Difusora por 3x2.
Ao finalizar o jogo, a torcida colorada festejou o brilhante feito dos seus craques campeões, atirando serpentinas e confetes nos jogadores.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 255, 26 nov. 1940, p. 9. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/3576. Acesso em: 18 jun. 2025.

O MELHOR JOGO DE PORTO ALEGRE
DECISÃO DO CAMPEONATO ESTADUAL NA 2ª “MELHOR DE TRÊS”
Decidindo o campeonato do Estado, encontraram-se na segunda partida da "melhor de três" o Grêmio Bagé e o Internacional, no estádio da Timbaúva. Numa partida como há muito não assistíamos, os dois valorosos rivais lutaram equilibradamente.
A partida foi favorável aos locais, como o poderia ter sido para os visitantes, principalmente na segunda fase, quando estes procuraram reagir, para empatar o prélio, o que não conseguiram dada a falta de chance e devido à má pontaria de seus artilheiros; em outras ocasiões encontraram obstáculo firme na defesa rubra, num grande dia.
O Bagé apresentou-se, por vezes, superior ao seu antagonista, mas falhando nos arremessos decisivos. Suas investidas eram preferencialmente feitas entre os dois meias, Rubilar e Fierro, que se entendem e têm dominio sobre a bola. Seu ponto fraco foi justamente os extremas, onde se fez sentir a falta de Sapiran, veloz e goleador, que atualmente está num dos clubes de Buenos Aires. Os que serviram de substituto não agradaram. No centro do ataque, somente no segundo tempo, apareceu Tupan, que antes estava na ponta esquerda sem grande destaque. Este nosso conhecido apresentou-se em perfeita forma, como centrovante. Já em outros jogos os técnicos da missão visitante incidiram na mesma falta: deslocação do "bailarino" para as alas, quando no centro sua produção é muito maior e mais rendosa.
Na defesa, com excepção de Ripalda, num plano secundário, todos estiveram bons, principalmente Cabeça D'Água, que demonstrou suas verdadeiras qualidades de centro-médio. Atuou a contento, defendendo e auxiliando o ataque sempre que possível, como se fosse um sexto atacante. Laerte secundou-o brilhantemente, dando conta da tarefa de marcar a ala esquerda, que não apareceu muito... Os zagueiros, se bem que despejando em ocasiões que poderiam travar e passar a bola, suportaram o asédio local, conseguindo a paralisação do marcador somente nos dois pontos.
Veliz, o arqueiro, apagou a impressão do "frango" que engoliu na última partida, mas deixou outra; ele mostrou-se muito irritado contra as observações que o árbitro lhe fazia. Sua atuação foi perfeita, defendendo bolas difíceis. Os dois gols que entraram eram indefensáveis.
Em conjunto, os visitantes apresentaram melhor jogo, mas falharam no arremate, o que lhes ocasionou a derrota e consequente perda do título de campeão do Estado, obtido no ano de 1938 (em 1939 ficou com o Rio Grandense).
O team campeão não esteve muito à altura do título, em conjunto. Seus componentes atiraram-se individualmente com disposição impossível de ser contida facilmente e obtiveram o triunfo porque aproveitaram todo o esforço dispendido. Esse aproveitamento resumiu-se em tiros à meta, transformados em gols duas vezes.
Destacou-se do bando rubro, como a primeira figura dos 22 homens em campo, o jovem Tesourinha, que fez uma de suas melhores partidas nos gramados da cidade. Sempre perigoso, invadindo a área constantemente, esse jogador foi um espectáculo.
Castillo, no outro lado, não esteve num dia muito feliz, enquanto Carlitos, que o substituiu, surgiu um pouco fora de forma, mas ameaçador. Marques no centro, com especialidade no segundo período, ficou isolado, não podendo aparecer, uma vez que os meias baixaram para auxiliar a defesa assoberbada pelo assédio visitante, que no tempo final se mostrou mais constante.
Ruy e Russinho fizeram uma ligação não muita perfeita, mas agradaram, preferindo o jogo aberto, para a direita.
O trio médio não desmereceu, marcando com precisão, principalmente Magno, que fez boa partida. Assis e Pedrinho colaboraram nisso.
O triângulo final, constituído por Júlio, Álvaro e Alfeu, agiu bem, primando este por um destaque dos seus companheiros, pela forma excelente de atuar, com raros senões. Álvaro continua se firmando, de jogo para jogo, justificando sempre sua escalação para o posto no primeiro quadro. Júlio, no arco, praticou defesas de vulto, nos parecendo mais seguro e menos nervoso do que outras vezes.
A contagem foi aberta pelos vencedores, por intermádio de Ruy, ao receber lindo centro de Tesourinha, logo no primeiro minuto de luta. A seguir, aos 35', os visitantes, que assediavam o arco confiado à pericia de Júlio, empatam o prélio, numa técnica cabeçada de Tupan, o "bailarino", que encaixou no cantinho, indefensavelmente, uma centrada de Ballejo. A alegria, porém, não dura muito, pois 60 segundos depois, numa investida pela esquerda, Pedrinho avança e cede a Marques, pelo ar. Este de cabeça dá a Russinho, que desvia para as redes, tambem de "coco". 2x1! Delírio da torcida internacionalista!
No segundo tempo a contagem não foi medificada, ficando favorável assim aos representantes da capital, que obtiveram com esta vitória a decisão do Campeonato Estadual.
Findo o tempo regulamentar, a torcida invadiu o gramado, enquanto lenços, flâmulas e serpentinas davam um aspecto festivo ao ambiente. Os jogadores foram levados em triunfo, numa justa demonstração dos "fans".
Atuou perfeitamente o sr. Otto Pedro Bumbel, de Novo Hamburgo, que mereceu elogios de todos. A renda atingiu a casa dos 25 contos de réis.
OS QUADROS
BAGÉ — Veliz; Jorge e Ganchinho; Laerte, Cabeça D'água e Ripalda; Ballejo (Tupan, posteriormente Rosa), Fierro, Tupan (Sant'Anna), Rubilar e Rodrigues.
INTERNACIONAL — Júlio; Álvaro e Alfeu; Assis, Magno e Pedrinho; Tesourinha, Russinho, Marques, Ruy e Castillo. Levy entrou no lugar de Assis, passando este para o centro da linha média, por ter Magno se lesionado, em seguida o "chave" retornou, tendo o quadro a mesma constituição inicial.
Fonte: RABELLO, Pythagoras. Sport Illustrado (RJ), n. 146, 23 jan. 1941, p. 29. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/182664/5827. Acesso em: 18 jun. 2025.

19/11/1940 - Campeonato Gaúcho 1940 - Fase final - Final - 1º jogo - Internacional 4 x 1 Bagé

TEM HOJE O BAGÉ A OPORTUNIDADE DESEJADA PARA DESFORRAR-SE DOS RUBROS
Iniciam-se, hoje, as finais do Estadual de futebol
Estão os de Bagé diante do ensejo de esperada desforra sobre os rubros
QUADROS
O campeonato estadual de futebol entra, hoje, em sua fase final, com a realizacão do primeiro encontro da série "melhor de três". O desenrolar do certame máximo da FRGD tem sido brilhante, sob todos os aspectos que se o encare.
Aproxima-se o momento culminante. Há intenso interesse para as finais não só por estar em jogo o cetro de campeão dos Pampas, como pela categoria e fama dos conjuntos degladiantes.
O Internacional vem de triunfo em triunfo no campeonato do Estado. Os seus contendores não apresentaram uma resistência apreciável, ao contrário, foram presas fáceis para o "rolo compressor". Agora, o compromisso é muito maior. Ao enfrentar o poderoso conjunto dos "milionários", os colorados terão de aumentar a "pressão" do "rolo" para obter o triunfo, que não se apresenta tão dificil, principalmente pela acentuada energia e ardor que deverão ser postos em jogo pelos citadinos, a fim de continuar com o "rosário de êxitos".
Duplo objetivo visam os "diabos rubros" hoje, à tarde, na Timbaúva: galgar primeiro degrau para o título de campeão estadual e defender o nome desportivo da capital, como lídimos representantes.
Aquela excursão do Grêmio Esportivo Bagé deixou uma dúvida brutal. O único clube, dos grandes, que não enfrentou ao jalde negro, foi o Internacional. Ora, os colorados já infligiram aos bageenses uma dura derrota. Até hoje a cicatriz sangra. O maior desejo dos rapazes da pedra moura é desforrar-se. Surge, hoje, às 17 horas a grande oportunidade. O Grêmio Bagé, por isso e pelos bons valores que integram o seu quadro, é um adversário perigosíssimo. É bem possível que os rubros consigam triunfar. Para tal conseguirem, forcejarão muito.
OS DOIS QUADROS
Os pupilos de Cavedini-Dilorenzi deverão apresentar-se com o mesmo quadro que enfrentou ao Rio Grandense, de Santa Maria, isto é: Júlio; Álvaro e Risada; Assis, Magno e Levi; Tesourinha, Russo, Marques, Rui e Castillo.
O clube de José Gomes Sobrinho formará da seguinte maneira: Veliz; Ganchinho e Jorge; Ripalda, Cabeça d'água e Laerte; Rodriguez, Fierro, Martins, Rubliar e Tupan.
Só falta Sapirã, já radicado no Nacional, de Montevidéu.
Local: Timbaúva. Horário: 17 horas. Haverá preliminar.
O JUIZ DO GRANDE COTEJO
Dirigirá o grande embate final do campeonato do Estado o conhecido árbitro Alfredo Cezaro, escolhido de comum acordo.
NOTA OFICIAL DA F. R. G. D.
Para a partida a ser realizada hoje no gramado do Força e Luz, entre o Sport Club Internacional e Grêmio Esportivo Bagé, a 1º da melhor de três, em disputa do título de Campeão Estadual, a Federacão Rio Grandense de Desportos tomou as seguintes deliberações:
Direção geral: Cícero Ahrends, presidente da F. R. G. D .; Fiscal: dr. Luiz Peres; Representante junto aos clubes disputantes: Miguel Genta; Representante junto à imprensa e rádio: Alencar Bueno; Comissão de recepcão; dr. Remi Gorga, Arnoldo Silva e Mario Pereira; Fiscalização de portões: Carlos Ruschel, Miguel Lardiez e Vitor Móra.
Juiz escolhido de comum acordo: Alfredo Cesaro.
Horário: Partida preliminar às 15 horas.
Partida principal: S. C. Internacional x G. E. Bagé.
17 horas em ponto.
Preços: Pavilhão 5$; meia 3$. Geral, 4$; meia, 2$000.
Terão direito à meia entrada somente senhoras, colegiais fardados e militares sem graduação. Os sócios do G. S. Força e Luz deverão apresentar o recibo nº 11: A fim de facilitar a aquisição de entradas, a F. R. G. D. iniciará a venda dos ingressos pela manhã, ficando o bilheteiro na filial nº 1 do Café Nacional (fronteiro à Cia. Energia).
NOTA DO INTERNACIONAL
Para o match de hoje com o nosso coirmão G. E. Bagé, em disputa do campeonato estadual do corrente ano, a direção de campo do Internacional convoca os jogadores abaixo, que deverão estar às 15,30 horas, em nosso campo, a fim de se fardarem e seguirem para o campo do G. S. Força e Luz, aonde se ferirá a luta, às 17 horas:
Júlio — Marcelo — Alfeu — Risada — Álvaro — Pedrinho — Magno — Nenê — Levi — Carlitos — Rui — Russinho — Toreli — Marques — Castilhos - Tesourinha e Moacir.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 248, 19 nov. 1940, p. 7. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/3488. Acesso em: 18 jun. 2025.

CAMPEONATO GAÚCHO 1940 - FASE FINAL - FINAL - 1º JOGO - INTERNACIONAL 4 X 1 BAGÉ
Data: 19/11/1940
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Renda: 10:977$000
Juiz: Alfredo Cesaro
Gols: Marques 22’/1 (I); Marques 24’/1 (I); Fierro 28’/1 (B); Marques 35’/1 (I); Russinho ?’/2 (I).
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Risada; Assis, Felix Magno e Pedrinho; Tesourinha, Russinho, Marques, Ruy Motorzinho e Castillo. Técnico: Orlando Cavedini.
BAGÉ: Veliz; Jorge e Ganchinho; Laerte Cunha, Macedo e Ripalda; Rodrigues (Ballejo), Fierro, Santana, Rubilar e Tupan (Rodriguez). Técnico: Omar Saraiva.

O INTERNACIONAL DEU UM PASSO SEGURO PARA À CONQUISTA DO “ESTADUAL”, VENCENDO O BAGÉ
Funcionou o “rolo compressor” tendo Marques como mola mestra: autor de três tentos — Russinho completou o escore: 4x1 — O segundo jogo será domingo, na Timbaúva
O Grêmio Esportivo Bagé não se apresentou em condicões de alcançar a ambicionada revanche do Sport Club Internacional. Confirmando seus triunfos anteriores, o "rolo compressor" abateu também o XI bageense, dando o primeiro passo para a conquista do título de campeão estadual de 1940.
Os colorados agiram muito melhor que os visitantes. Mais coesos e decididos, os pupilos de Cavedini-Dilorenzi lutaram com denodo pelo triunfo, conseguindo fixar vantagem definitiva já na primeira etapa, apesar do adversário ter arrancado na na frente.
A conquista inicial deu muito entusiasmo e animacão ao time de José Gomes Sobrinho. Durante um bom quarto de hora, os metropolitanos lutaram inutilmente, dominados pelos nervos. Aos poucos o controle retornou surgindo as boas ações. As tramas se sucederam, registrando-se alguns instantes de pânico para a zaga e para as redes de Veliz. A ofensiva número um da capital começou a evoluir e a invadir os domínios do inimigo, em buscas das conquistas. Elas retardaram, é verdade, mas se multiplicaram com rapidez. Aos 22' vinha o empate e dois minutos mais tarde a vantagem estava garantida. Restavam dez minutos, quando ainda Marques, o goleador, aumentou a diferença, assegurando, praticamente, o triunfo.
Mal iniciado o período complementar, o placar subiu. Perdeu, então, o cotejo toda a atração. Sobreveio uma ligeira reação dos fronteiristas que chegaram a dominar territorialmente alguns minutos. Tramavam demais, enredando-se ou atrapalhando-se dentro da área de 16 metros. Demais a mais os arremates furam falhíssimos, daí a permanência daquele único tento da "madrugada"...
A famosa ofensiva bageense exibiu três homens inteligentes: Rubilar — Santana e Fierro. O trio trabalhou bastante, faltou, entretanto, uma ligação mais eficiente com a defesa. Santana logo decaiu e veio a ser substituído no período complementar por Tupã, entretando Balejo para a ponta direita. A modificação pouca diferença trouxe. Se Tupã aponta mais ao arco faz, igualmente, mais "farolagem", prejudicando o conjunto. Cremos que a ausência de Sapirã diminuiu sensivelmente a penetração e a potencialidade da "artilharia". Os dois uruguaios: Rubilar e Fierro são ótimos controladores e fintadores, mas retêm demasiadamente o couro nos pés, retardando as ofensivas e dando ensejo para a defesa contrária agir e se precaver. A zaga local preocupou-se de modo exclusivo do trio atacante, deixando as pontas livres, pela inocuidade de seus titulares. Tupã e Rodriguez estiveram num péssimo dia. Balejo ainda mostrou alguma agressividade e deu bons chutes.
A intermediária do Grêmio constituiu o ponto vulnerável do time visitante. Macedo (cabeça d'água) não teve mãos a medir com o trio atacante do "rolo". Mas, auxiliado pelos médios, bem cedo o "eixo" corria desnorteado. Na zaga, Jorge se destacou pelo esforço e pela constante deslocacão. Ganchinho em plano inferior. Veliz fez algumas boas defesas. Foi surpreendido no terceiro tento, obtido por Marques num puxe. Ficou estático: Meio frango...
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O quadro da "Chácara dos Eucaliptos" mostrou-se cheio de nervosismo com a conquista-relâmpago dos bageenses. Passada e emoção eles reagiram e envolveram por completo a defesa antagônica. Evidenciou-se a superioridade dos forwards portoalegrenses. Mais apoiados pela intermediária, enquanto os médios laterais inimigos só se preocupavam com a defesa, os internacionalistas tomaram conhecimento das redes de Veliz graças à perícia e ao oportunismo de Marques, sempre à espreita do "buraco". Os três contrastes registrados no primeiro tempo deve-se à inconstância de Jorge, sempre preocupado em desfazer todas as investidas, sem guardar a posição. O excesso de zelo do capitão do time bageense trouxe consequências desastrosas.
O ponto alto dos rubros, mais uma vez, residiu na vanguarda. A defesa esteve melhor que nos compromissos anteriores. Magno teve altos e baixos, terminou exausto, mas não comprometeu. Assis e Pedrinho bastante diligentes. Álvaro e Risada, depois Alfeu, portaram-se bravamente. O veterano zagueiro canhoto sempre firme e cheio de recursos. Júlio, a princípio nervoso, defendeu-se muito bem. Russinho reuniu, novamente, as honras de animador, seguido de Marques e Tesourinha. Castillo: bem e Rui discreto.
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Os bageenses iniciaram a partida. da. Tramam logo Rubilar e Santana. O meia esquerda engana a Russinho e Marques, e Álvaro interrompe a série de fintas. Russinho progride e põe Veliz em ação. O arqueiro impulsiona a bola e investem os jalde negros. Assis comete falta em Tupã e este executa o tiro livre, para Fierro controlar a boca da meta e vencer Júlio, num chute fortíssimo, que passou sobre a cabeça do arqueiro. Tínhamos um minuto e meio de jogo. Descem os rubros, a favor do vento, atirando Marques. Veliz encaixa com segurança. Os passes dos bageenses são mais precisos e frequentes. Passes largos, de preferência para as extremas. Nota-se inseguranca receio nos locais. Jorge escanteia aos seis minutos, sem efeito. Macedo cede outro tiro de canto, sem maiores resultados. Insistem os locais e Castillo prejudica com off-side.
Rodriguez arremata defeituosamente. Lá pelos 15 minutos, o "rolo compressor" se acerta. Veliz intervém. Um centro de Rodrigues é emendado por Fierro. Júlio abandona a cidadela e afasta de soco. Retornam os visitantes ao ataque e Rodriguez erra por um triz (20'). Magno ampara e habilita Russinho que deixa cruzar para Tesourinha.
O "colored" despeja e Marques se infiltra entre os zagueiros e acomoda o "balão" nas redes, aos 22 minutos. Entusiasmados, insistem os vermelhos. Ganchinho cede corner, de efeito nulo. Aos 24 minutos cai de novo as redes bageenses. Na direita, Assis devolveu a Russinho, que deriva a Tesourinha, este devolve ao meia direita , Tesourinha recebe outra vez centrardo de "colher" a Marques. Um chute preciso atinge o canto direito, rente ao solo: 2x1 para o Internacional. Um momento difícil para o Internacional verificou-se ao 28 minutos. Esteve iminente a queda do arco rubro. Júlio salva em falso num centro de Rodriguez, que Rubilar atrasou. Fierro atira e Álvaro defende. Santana aponta com o arco vazio e Álvaro surge no momento de evitar o empate. Logo após Magno alivia.
Lances dispersos e registra-se o terceiro tento, quando o Bagé reacionava. As cargas se alternavam, até que Castillo se apossa da "redonda" e centra alto. Marques deixa picar e de costas atira. Veliz foi surpreendido, nem se mexeu e 3x1, aos 35 minutos. Pressiona o "rolo compressor". Jorge, Ganchinho e Laerte se desdobram.
Escoa-se o tempo com os 3x1 no marcador.
O segundo tempo teve um começo fulminante, desta feita são os colorados que colhem o "porongo" de saída. "Bordam" Rui e Russinho. O capitão dos colorados [...] dentro da área e aponta. O couro ganha efeito no terreno e [...] o artilheiro colorado: 4x1, antes do primeiro minuto da fase derradeira.
Estava mais que decidida a partida número um da série "melhor de três" pelo campeonato estadual, em sua fase final.
Aos 49 minutos, Risada não pôde continuar mais, depois de um choque com Fierro. O veterano craque se contundiu no primeiro tempo e não resistiu ao choque, abandonando o gramado. O árbitro erradamente manteve o jogo suspenso, aguardando a entrada de Alfeu, que formou a zaga com Álvaro. Os rapazes da "pedra moura" não desanimam. Lutam sem o menor proveito. Combinam bem, mas pifam dentro da área, sem visar as redes. Quando o faziam não acertavam. Ballejo deflagra o "canhão" e Assis defende bem. Jogo vistoso de Rubilar e Fierro na da linha média, tornando-se nulo nas proximidades da área, ante a ação eficaz de Álvaro e Alfeu, muito bem ajudados por Assis e até por Russinho, bastante atrasado nos momentos de pressão dos visitantes. O martelar inútil cansou os forwards bageenses, dando margem ao Internacional ter o comando das investidas. Os minutos vão passando, até findar o cotejo, que porco interesse despertou no segundo tempo.
INTERNACIONAL — 4
GREMIO BAGÉ — 1
Arbitro: Alfredo Cesaro: regular.
Renda: 10:977$000.
OS QUADROS
INTERNACIONAL — Júlio — Álvaro — Risada (Alfeu) — Assis — Magno — Pedrinho — Tesourinha — Russo — Marques — Rui — Castillo.
BAGÉ — Veliz — Jorge e Ganchinho — Laerte — Macedo e Ripalda — Rodrigues (Ballejo) — Fierro — Santana (Tupan) — Rubilar e Tupan (Rodriguez).
ÍNDICES: — Técnico: Um para o Internacional e zero para o Bagé. Disciplinar: Cinco para cada um dos contendores.
Os melhores: Russinho — Marques — Assıs — Jorge — Rubilar — Álvaro — Magno e Laerte.
SERÁ DOMINGO O 2º JOGO
A segunda da "melhor de três" entre o Bagé e o Internacional será no próximo domingo no estádio da Timbaúva.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 249, 20 nov. 1940, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/3503. Acesso em: 18 jun. 2025.