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Maricá


MARICÁ
(lateral-direito)


O ano de 2002 foi um ano confuso na história do Internacional. Mesmo com o lampejo da conquista do Gauchão, o primeiro semestre foi caótico. Alguns reforços daquele ano até hoje geram a seguinte dúvida na cabeça do torcedor: "essa naba jogou aqui"? Maricá é um bom exemplo.



Formado nas categorias de base do Vasco da Gama, Maricá passou pelas categorias de base da Seleção, disputando o Mundial sub-17 em 1995. Na ocasião, o Brasil perdeu a decisão para Gana por 3 a 2.

Em 1997, se profissionalizou. Em seu primeiro ano no time de cima, conquistou o Brasileirão, com direito a gol no clássico contra o Flamengo, válido pela fase semifinal do campeonato. O Vasco venceu a partida por 4 a 1, em um Maracanã lotado.

No ano seguinte, a glória maior de sua carreira: a Libertadores da América. Durante o torneio, foi reserva imediato do experiente lateral-direito Vitor. Ainda em 98, conquistou o campeonato carioca. Em 99, fez parte da conquista do Torneio Rio-São Paulo. Ficou no Vasco até 2001. Só não foi campeão da João Havelange pois estava emprestado ao Santa Cruz.

Veio para o Internacional para suprir a carência que havia na posição. Há anos que o Inter improvisava jogadores na lateral, sem ter um atleta que fosse, de fato, atuante na posição. Porém, Maricá se lesionou antes da estreia no ano, contra o Malutrom. A solução foi voltar a improvisar jogadores do meio pela lateral. Márcio Hahn e Claiton faziam a função.

Mesmo recuperado, Maricá era preterido pelo técnico Ivo Wortmann e acabou pedindo as contas. O atleta chegou em janeiro e saiu em abril. A partir daí, o lateral virou um cigano da bola, passando pelo Interior de São Paulo, de Rio de Janeiro, de Rio Grande do Sul, Grécia, Santa Catarina e Acre.

Gamarra

GAMARRA
(zagueiro)

Nome completo: Carlos Alberto Gamarra Pavón


A carreira profissional de Gamarra começou no Cerro Porteño, jogando como volante. Sua mudança pra zaga ocorreu graças a Paulo César Carpegiani, então técnico do Cerro, pois não tinha outro jogador para a posição. Desde então, Gamarra mostrou ser um zagueiro muito habilidoso, mesmo sendo baixinho em relação aos demais zagueiros. Conquistou os títulos paraguaios de 1992 e 1994.

Seu desempenho na Copa América de 1995 aumentou a visibilidade do zagueiro, mesmo que perdendo o último pênalti nas quartas-de-final contra a Colômbia. O zagueiro escolheu o Internacional entre tantas outras propostas. a recepção da torcida foi calorosa e não demorou para que Gamarra se sentisse em casa.

Pelo Inter, foi escolhido como um dos melhores zagueiros nos Brasileiros de 1995, 1996. Mesmo com o Inter não fazendo boas campanhas, o destaque de Gamarra o tornou um dos jogadores mais queridos pela torcida, e lembrado pelo respeito habitual aos adversários.

Deixou o Inter após a conquista do Gauchão de 1997, impedindo o Grêmio de faturar o tricampeonato. Foi para o Benfica, onde não teve muitas chances. O Corinthinas o resgatou em 1998, mas o momento mágico da carreira de Gamarra ocorreu na Copa do Mundo, onde o Paraguai caiu nas oitavas-de-final, na prorrogação. Não bastasse o zagueiro jogar quase toda a partida com o ombro deslocado, terminou a competição sem cometer uma falta sequer.

No Corinthians, ganhou o Brasileiro em 98 e o Paulistão de 99. Se aventurou na Europa de novo, pelo Atletico de Madrid. A partir daí, sua carreira começou a declinar. O Atletico acabou rebaixado e Gamarra voltou ao Brasil, dessa vez, pelo Flamengo. Levantou as taças do Carioca e da Copa dos Campeões em 2001.

Em 2002, foi para o AEK Atenas, onde ganhou a Copa da Grécia. Participou de mais uma Copa do Mundo e também terminou a competição sem cometer faltas. No segundo semestre, foi para a Internazionale, onde conquistou a Copa da Itália em 2005.

Defendeu o Palmeiras entre 2005 e 2006. Mais uma vez, jogou na Grécia, mas no modesto Ethnikos Piraeus, e encerrou a carreira no Olimpia, em 2008.

Sem dúvida, um dos maiores zagueiros que já vestiram a camisa vermelha. Não por conquistar títulos, até porque conquistou apenas um título estadual, mas pela técnica e lealdade que conseguia acabar com jogadas adversárias. Muitas vezes, Gamarra levou a zaga colorada nas costas, por ter companheiros muito abaixo de seu nível.