30/09/1934 - Citadino 1934 - 2º turno - Internacional 1 x 0 São José-RS

CAMPEONATO DA CIDADE
Internacional x S. José, no Estádio
Prosseguirá, amanhã, com a realização de mais dois encontros, o campeonato de futebol da cidade. [...]
Internacional x S. José
O primeiro terá lugar no Estádio dos Eucaliptos, entre as esquadras do Sport Club  Internacional e as do Sport Club São José.
Este embate promete ser muito interessante, por isso que um dos adversários, o Internacional, se apresentará com o quadro sensivelmente modificado, devido a enfermidade de Darcy.
Assim, se diz que Poroto voltará à sua antiga posição — centro-médio, indo ocupar a zaga o player Natal, da turma secundária:
Enquanto isso, os zequinhas entusiasmados com as suas últimas exibições, se tornarão um adversário perigoso.
Fonte: A Federação (RS), 29/09/1934, ano 1934, n. 224, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/76423. Acesso em: 29 jan. 2025.

CITADINO 1934 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 1 X 0 SÃO JOSÉ-RS
Data: 30/09/1934
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Plínio Assis Brasil
Gol: Mancuso 21’/2 (I).
INTERNACIONAL: Penha; Natal e Risada; Garnizé, Poroto e Levi; Chatinho, Tupan, Mancuso, Cavaco e Marreco.
SÃO JOSÉ-RS: Harri; Berto e Ireno; Botona, Bavú e Alfredinho; Hugo, Zanini, Mabília (Dahne), Lourival e Frederico.

OS EMBATES DE ONTEM
Internacional, 1 — S. José, 0
Às 16,10 horas, o centro do S. José movimenta a pelota, perdendo para os colorados, porém, Chato, impedido, prejudica.
Os colorados insistem. Um forte tiro de Mancuso bate na trave e em seguida Berto salva um pelotaço de Poroto.
Foul do S. José e impedimento de Chato.
Foul do S. José nulo. Harry defende um magnífico centro de Marreco. Novamente o goleiro do S. José entra em ação para defender o seu posto.
O árbitro pune diversas infrações.
Os zequinhas, após 15 minutos de jogo, conseguem chegar à área dos locais, atirando Mabília por cima da trave.
Jogando a favor do vento, os colorados fazem pressão sobre o campo contrário, porém, dessa circunstância não tiram proveito, por isso que os atacantes se mostram falhos nos remates finais, enquanto a defesa zequinha trabalha com eficiência, evitando a queda do seu retângulo.
Harry detém um forte tiro de Cavaco. Aos 23 minutos, Penha faz a sua primeira defesa.
A seguir, Hatty defende uma boa cabeçada de Tupan.
Ireno faz magnífica tirada num momento crítico.
Impedimento de Tupan. Harry defende brilhantemente o seu posto. A seguir, Tupan perde magnífica oportunidade de abrir a contagem.
Numa carga do Internacional, o árbitro cobra a falta máxima contra o S. José. Há protestos por parte dos zequinhas, mas o Juiz mantém a decisão. Poroto cobrando a falta, manda a esfera pelo lado.
Mancuso corta-se pelo centro e a poucos passos do arco de Harry, atira o couro por cima da trave.
Daí até o final do tempo, nada mais se registrou de novidade, terminando o mesmo com o seguinte resultado:
Internacional, 0; S. José, 0.
2º TEMPO
O esquadrão colorado nesta fase, apesar do vento contrário, jogou melhor.
Os seus homens entenderam-se com mais precisão.
Corner do Internacional, de nulo efeito.
Ataque dos colorados e Harry defende um livro de Poroto.
O ágil ponteiro Hugo perde boa oportunidade de empatar o jogo.
A seguir, Harry faz bela defesa de um tiro forte de Tupan, a poucos metros do seu arco.
Impedimento de Mancuso. Foul do Internacional e Lourival marca um gol, porém, o árbitro anula por haver apitado antes para cobrar uma falta.
Mancuso atira pelo lado. Corner do Internacional, de nulo efeito.
Zanini perde boa oportunidade para abrir a contagem para o seu bando.
Ataque do Internacional e Botona faz bela defesa.
Tupan desloca-se para a direita e dá um magnífico centro que Mancuso escora de cabeça, marcando aos 21 minutos o gol do Internacional.
O S. José reage e Penha defende. Registram-se cargas de lado a lado, porém, a contagem não se modifica, terminando o encontro com o seguinte resultado:
Internacional, 1; S. José, 0.
O árbitro
Não havendo comparecido o árbitro escalado, se fez necessário uma das costumeiras “caçadas” de um substituto.
Finalmente após uma longa espera, aceitou o apito o distinto desportista Plínio Assis Brasil, antigo associado do Cruzeiro e há muito afastado das lides desporlivas.
Entretanto, a atuação do Sr. Plínio agradou, por isso que foi um juiz criterioso e imparcial.
Enfrentando o aguerrido time do Sport Club São José, o Internacional fez, ontem, a sua penúltima partida do atual campeonato.
O forte vento que soprou durante a tarde afugentou o público e os quadros fizeram uma partida sem técnica, porém, movimentada.
A esquadra colorada foi senhora do campo distante quase os dois tempos, mas só alcançou a vitória pela contagem mínima, e isto no segundo período.
Os atacantes colorados inúmeras vezes tiveram oportunidades de fazer tentos, porém, ora pela precipitação; ora pelo não remate e a mais das vezes pelas intervenções da valente defesa dos zequinhas não fizeram, como já dissemos, senão um único gol.
O S. José teve uma excelente defesa, destacando-se nela o trio final, mas em compensação, não teve ataque. O quinteto se ressentiu de completa coesão e as poucas vezes que chegaram perto do arco de Penha, foi mais o resultado do esforço pessoal.
Damos, a seguir, os resultados dos jogos:
Terceiros quadros
Pela manhã jogaram os terceiros quadros, resultando no empate de dois a dois.
A partida estava no último minuto, quando o árbitro, Sr. Neco, puniu o S. José com um pênalti. Deste fato resultou um pequeno incidente entre este e o capitão da turma punida. O árbitro fez cumprir a sua decisão, conquistando o Internacional o ponto de empate.
Segundos quadros
Foi um embate muito movimentado e cheio de incidências. A vitória sorriu aos zequinhas por 3 a 2.
Nickelagem, do Internacional, e Claudionor, do S. José, foram os que mais se salientaram na violência. Este último foi posto fora de campo em virtude de haver agredido o atacante colorado Marzolla.
O embate principal
Após uma longa procura de árbitro, pois o escalado não compareceu, alinharam-se os times na seguinte ordem:
INTERNACIONAL — Penha; Natal e Risada; Garnizé, Poroto e Levy; Chato, Tupan, Mancuso, Cavaco e Marreco.
S. JOSÉ — Harry; Berto e Ireno; Botona, Bavú e Alfredo; Hugo, Zanini, Mabília (depois Dahne), Lourival e Frederico.
Fonte: A Federação (RS), 02/10/1934, ano 1934, n. 225, p. 7. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/388653/76432. Acesso em: 29 jan. 2025.

Postar um comentário