Internacional 1 x 0 Grêmio (Campeonato Gaúcho 1997)

Os anos 90 foram difíceis para o torcedor colorado. Víamos o co-irmão se erguendo e se posicionando entre os grandes. Enquanto isso, e Internacional era vitimado por péssimas administrações que afligiam o torcedor ano a ano. Depois do título estadual de 1994 (o famoso "interminável"), vivemos dois anos insossos, sem sequer passar à próxima fase do Campeonato Brasileiro.

Em 1995, vice-campeão estadual e a vaga às semifinais do Brasileirão escapou no primeiro turno, em uma derrota bisonha para a Portuguesa em casa, com direito a pênalti desperdiçado por Branco. No ano seguinte, ficamos de fora da decisão do Gauchão e, mais uma vez, eliminação na última rodada da primeira fase do Campeonato Brasileiro, com a famosa derrota para o rebaixado Bragantino e, mais uma vez, com pênalti desperdiçado, dessa vez por Leandro Machado.

O torcedor colorado estava cansado de sofrer. Era foda vestir a camisa vermelha naquele tempo... Mas Deus guardou algo de bom para a coloradagem que enfrentava a friaca da beira do Guaíba ou o calorão dos meses de dezembro a março. O povão sempre esteve presente, jamais abandonou. Esteve junto com cânticos apaixonados.

1997 foi um ano para nenhum colorado esquecer. Está certo que o maior título do Internacional na década foi a Copa do Brasil, mas nós sabíamos o quanto valia aquele Gre-Nal. No jogo de ida, 1 a 1 no Olímpico, com gols de Christian e Vágner Fernandes.

Na semana do clássico, uma jogada de mestre: Fabiano simula uma contusão e a imprensa vai na onda. Porém, o predestinado Fabiano aparece nos onze iniciais. E quem deciciu? O nosso amado cachaceiro. Depois de um lançamento primoroso de Enciso, improvisado na lateral, o camisa 7 lança um canudo na meta de Danrlei e a vitória dava o caneco para o Internacional.

Aqueles dois anos duraram uma eternidade para o torcedor. Eu ainda tenho na memória a imagem do gol do Fabiano de trás da goleira, junto com a narração de Pedro Ernesto Denardin... Hoje eu olho para o time do Internacional e não vejo nem 10% da determinação daquele time. Recordar é bom sempre, mas fica um sentimento de tristeza por ver o Internacional nessa situação.

Fiquem com o jogo completo (salve Master Colorado!) e suspirem de nostalgia:


CAMPEONATO GAÚCHO 1997 - FINAL - VOLTA - INTERNACIONAL 1 X 0 GRÊMIO
Data: 2/7/1997
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Juiz: Carlos Eugênio Simon
Gol: Fabiano 4'/2 (I).
INTERNACIONAL: André; Enciso, Márcio Dias, Gamarra e Régis; Ânderson Luiz, Fernando, Arílson e Sandoval; Christian e Fabiano. Técnico: Celso Roth.
GRÊMIO: Danrlei; Arce, Vágner Fernandes, Mauro Galvão e Roger; Otacílio, Luiz Carlos Goiano, Émerson e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Zé Alcino. Técnico: Evaristo Macedo.

Pós-jogo - Internacional 0 x 1 Palmeiras (Campeonato Brasileiro 2016 - 1º Turno)

Há muito o que se falar sobre o jogo de ontem, mas hoje vou me abster. Não é pela vergonha de ver um time apático, insosso, improdutivo e inoperante. É sobre a situação deplorável na qual se encontra a nossa amada instituição.
Vitinho pouco fez na derrota de ontem para o líder Palmeiras.
Foto: Ricardo Duarte (Internacional)
Os Três Patetas seguem fazendo chacota do nosso time. Cada entrevista do presidente (blargh) é uma tempestade de bosta. Alexandre Limeira tenta levar o torcedor colorado a um estado de bundamolismo que não há como explicar. Pellegrini então... Conseguiu desestruturar o nosso departamento de futebol.

Isso que nem citei o torcedor agredido JUNTO DO FILHO no estacionamento coberto. O tweet abaixo diz muito sobre a atual administração do Sport Club Internacional.
ALERTA VERMELHO!

Internacional não combina com campanha de time rebaixado! Um ponto em 21 disputados é VERGONHOSO! Torcedor, faça a diferença em dezembro.

FORA PÍFFERO!
FORA LIMEIRA!
FORA PELLEGRINI!

O Internacional é maior do que qualquer indivíduo. Esses três montes de merda desconhecem a história gloriosa do Clube do Povo, do mar vermelho, daqueles que estiveram nas horas ruins, que sofreram com as desastrosas décadas de 80 e 90. Cada vez mais me convenço que Vitório Pìffero tem Asmuz e Záchia no seu DNA.

Ah, e sobre o jogo: mais do mesmo. Um amontoado de jogadores (bons, sabemos disso), mas que não se encaixam em nenhum esquema tático. Falcão vai ter trabalho. Mas deixo aqui um pedido, encarecidamente: não joguem o Rei na fogueira! Sabemos onde se encontra o cerne do problema: na alta cúpula.

CAMPEONATO BRASILEIRO 2016 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 0 X 1 PALMEIRAS
Data: 17/7/2016
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Público. 30.128 (27.293 pagantes).
Renda: R$ 774.870,00
Juiz: Andre Luiz de Freitas Castro, auxiliado por Kléber Lúcio Gil e Bruno Raphael Pires.
Cartões: Raphinha, Paulão, Ariel, William (I); Gabriel Jesus e Thiago Santos (P). 
Gol: Erik 10'/1 (P).
INTERNACIONAL: Marcelo Lomba; William, Paulão, Ernando e Raphinha; Fernando Bob, Rodrigo Dourado, Andrigo (Valdívia) e Gustavo Ferrareis (Ânderson); Eduardo Sasha e Vitinho. Técnico: Falcão.
PALMEIRAS: Fernando Prass; Jean, Edu Dracena, Vitor Hugo e Zé Roberto; Thiago Santos, Tchê Tchê, Cleiton Xavier (Dudu) e Erik (Rafael Marques); Gabriel Jesus e Roger Guedes (Leandro Pereira). Técnico: Cuca.

Manu

MANU
(meia)

Nome completo: João Manuel Rocha Monteiro Corrêa
Data de nascimento: 8/4/1966
Local: São Paulo (SP)

CARREIRA:
1986-1987
São Paulo
1987
Internacional
1988
Juventus-SP
1988-1989
Bangu
1989
América-RN
1990
Esportivo de Passos-MG
1991-1995
União da Madeira-POR
1995
Chaves-POR
1996
Espinho-POR
1996-1997
Acadêmica de Viseu-POR
1997-1998
Imortal-POR

Habilidoso e veloz, Manu surgiu no São Paulo em uma geração fértil, de onde saíram os “menudos” Silas e Müller. Quem o levou aos profissionais foi o técnico Cilinho, que tirou o ponta dos juniores e o inseriu no “expressinho”, como era conhecido o time B do São Paulo. Em seu primeiro ano como profissional, fez parte do título brasileiro de 1986 e do Campeonato Paulista de 1987.

Manu disputou sua última partida pelo tricolor paulista em agosto de 1987, e no mês seguinte se apresentou como reforço colorado para a Copa União. O próprio jogador fala de sua passagem pelo Internacional através do facebook:

“Apesar de ter sido uma passagem rápida, somente no brasileiro de 87, foi marcante não só pela campanha e o vice-campeonato daquele ano, mas também por ter conhecido a minha esposa. Hoje moro em Porto Alegre, tenho um filho gaúcho e me sinto em casa. Era realmente uma equipe extremamente competitiva, com um grande comandante, professor Ênio Andrade, e um grupo muito unido e com um objetivo muito claro. Infelizmente não conseguimos o título por ter enfrentado uma equipe que era realmente superior, pelo menos tecnicamente, mas foi sem dúvida uma grande experiência”.

Depois de sua passagem em Porto Alegre, defendeu Juventus-SP, Bangu, América-RN, Esportivo de Passos-MG e times de Portugal na 1ª e 2ª divisão. Parou de jogar em 1998, aos 32 anos.

Pós-jogo - Santa Cruz 1 x 0 Internacional (Campeonato Brasileiro 2016 - 1º Turno)

18 pontos disputados.
1 ponto conquistado.
Fim da linha para Argel Fucks no Internacional.
Keno marcou o gol da vitória do Santa Cruz ontem, em Recife.
Foto: Diário Pernambucano
A derrota para o Santa Cruz foi a gota d'água para torcida e diretoria. Três jogos seguidos em que a vitória adversária foi construída na desatenção da defesa no rebote dentro da área. O gol de ontem, marcado por Keno, foi muito parecido com o gol do Flamengo, no Espírito Santo.

Os problemas ofensivos persistem: inoperância e melancolia. Meio de campo desabitado e todo aberto nos contra-ataques adversários. Problemas que vinham se repetindo desde a partida contra o Coritiba. A demissão de Argel era tragédia anunciada. Resta saber quem virá. E as perspectivas não são as melhores...

CAMPEONATO BRASILEIRO 2016 - 1º TURNO - SANTA CRUZ 1 X 0 INTERNACIONAL
Data: 10/7/2016
Local: Arruda - Recife (PE)
Juiz: Sandro Meira Ricci, auxiliado por Émerson Augusto de Carvalho e Kléber Lúcio Gil.
Cartões: Raphinha e Rodrigo Dourado (I).
Gol: Keno 46'/1 (S).
SANTA CRUZ: Tiago Cardoso; Léo Moura, Neris, Danny Morais e Tiago Costa; Uillian Correia, Marcílio (Bruno Moraes) e João Paulo; Keno (Wellington), Marion e Arthur (Derley). Técnico: Milton Mendes.
INTERNACIONAL: Muriel; William, Ernando, Paulão e Artur (Raphinha); Rodrigo Dourado, Fabinho, Gustavo Ferrareis (Ânderson), Eduardo Sasha e Vitinho; Ariel Nahuelpán (Valdívia). Técnico: Argel.

Internacional 2 x 0 Grêmio (Campeonato Brasileiro 2004)

Quem imaginaria que um rapaz pouco conhecido da massa vermelha até então entraria para a história do maior clássico do mundo?
E quem imaginaria que esse mesmo rapaz mudaria a história do nosso amado clube a partir desse momento mágico?

Quando Vinícius anotou o primeiro gol no decadente time do Grêmio, a expectativa aumentou ainda mais acerca de quem faria o milésimo gol da história dos Gre-Nais. O folclórico Joel Santana convocou o centroavante Fernandão logo após Oseas deixar o clube. A mão de "papai" Joel fez toda a diferença no clássico. Convenhamos que o gol 999 teve uma baita ajuda do goleiro gremista Tavarelli, que conseguiu levar um gol de encobrida debaixo dos paus em uma jogada de cabeça.

Aos 33 minutos do segundo tempo, Élder Granja dominou a bola na ponta direita e, cirurgicamente, cruzou na cabeça do atacante que aguardava dentro da área. Um cabeludo meio desengonçado (sim, foi isso que eu pensei quando vi Ele entrar em campo) subiu mais que a defesa tricolor e arrematou. Impiedosamente. Fulminante. Amigos, aquilo foi lindo demais!

Era o 2 a 0 no clássico e o gol 1.000 nos Gre-Nais. Sim, foi um jogo valendo três pontos, mas foi um divisor de águas na história do clube que via Fernandão e Internacional criarem um vínculo de paixão, devoção e confiança. A partir desse gol, o torcedor colorado passou a acreditar que aquele tempo de vacas magras estava próximo do fim. A partir do gol 1.000, o Beira-Rio ganhou uma atmosfera de otimismo e fé, que agitou o mar vermelho tal como nos anos 70.

Somos eternamente gratos ao FernanDeus, o homem Gre-Nal, testa de aço e representante-mor da instituição Sport Club Internacional no topo do mundo. 10 de julho de 2004 é um dia que vai durar para a eternidade.

Essa lembrança na voz de Pedro Ernesto Denardin fica mais maravilhosa ainda, vai dizer...

CAMPEONATO BRASILEIRO 2004 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 2 X 0 GRÊMIO
Data: 10/7/2004
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Público: 23.525 (20.218 pagantes).
Renda: R$ 282.661,00
Juiz: Paulo César Oliveira
Cartões: Sangaletti, Vinícius (I); Tavarelli, Claudiomiro, Leonardo Inácio, Marcelinho e Christian (G).
Gols: Vinícius 8'/2 (I); Fernandão 33'/2 (I).
INTERNACIONAL: Clemer; Sangaletti, Wilson (Fernandão) e Vinícius; Bolívar, Edinho, Marabá, Élder Granja e Alex; Danilo Gomes e Rafael Sobis (Dauri). Técnico: Joel Santana.
GRÊMIO: Tavarelli; Michel, Fábio Bilica (Baloy), Claudiomiro e Michel Bastos; Cocito, Leonardo Inácio (Cláudio Pitbull), Felipe Melo e Bruno (Élton); Marcelinho e Christian. Técnico: Plein.