08/09/1935 - Citadino 1935 - 2º turno - Cruzeiro-RS 1 x 0 Internacional

AS AUTORIDADES PARA OS JOGOS DE CAMPEONATO
Cruzeiro x Internacional
Representante, Sr. Ernani De Lorenzi, secretário geral; fiscal, Sr. Augusto Teixeira; juízes: para o 1º time, Sr. Álvaro Silveira, e para o 2º, Sr. Válter Costa.
Fonte: A Federação (RS), 05/09/1935, ano 1935, n. 078, p. 7. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/78075. Acesso em: 31 mar. 2025.

OS JOGOS DE DOMINGO
Cruzeiro e Internacional oferecerão o maior espetáculo do dia [...]
CRUZEIRO X INTERNACIONAL
O encontro entre estes dois adversários e que terá por cenário o campo do Caminho do Meio se afigura o melhor do dia.
Desde 1917 que um embate entre azuis e colorados constitui uma nota sensacional nos anais desportivos da cidade, pois uma jogada entre os mesmos é sempre aguardada com grande interesse, tal a rivalidade existente e ambos se atiram à luta com desusado entusiasmo.
Demais, o Cruzeiro sempre que se defronta com o Internacional o faz com galhardia e proporciona aos amantes do futebol, uma excelente jogada. 
No encontro do turno, o Cruzeiro perdeu por 3 a 2, mas essa vitória se verificou após uma luta titânica e em que o terreno foi conquistado palmo a palmo até o último momento.
Embora para o bando de Espir o desfecho desse embate não tenha influência na tabela do campeonato, pode-se afirmar que  o clube do Caminho do Meio tudo envidará para abater o seu adversário, por isso que uma vitória sobre o conjunto colorado é, sob o ponto de vista moral, de relevante importância e servirá, também, para uma reabilitação do quadro azul dos injustificados revezes que tem sofrido na presente temporada.
Os colorados, por uma necessidade imprescindível, para prosseguir na vanguarda do campeonato, desenvolverão o máximo do esforço no sentido de obter o triunfo.
Um fracasso qualquer do time o poderá afastar do almejado título de campeão.
Por todos esses motivos o encontro promete ser disputadíssimo e porcerto, como sempre acontece, como sempre acontece, levará ao Caminho do Meio, uma enorme assistência.
O embate dos quadros secundários será outro atrativo, por isso que os dois quadros estando em igualdade de condições na tabela se empenharão em renhida luta e o vencedor assumirá a vanguarda, com possibilidades para obter o título máximo da categoria.
NÃO É VERDADE
O Cruzeiro não entregou os pontos
Há dois dias, a cidade inteira, principalmente nas rodas esportivas, comentava o boato de que o valoroso Cruzeiro havia entregue os pontos ao Internacional, na partida de domingo próximo.
Alguém, mesmo, afirmava a veracidade da notícia.
Entretanto, a diretoria do Cruzeiro pede-nos tornar público que tal não se deu, nem se dará.
O Cruzeiro, de acordo com as suas tradições, vai ao campo na melhor disposição para enfrentar o seu forte contendor.
Tudo o que se diz, portanto, é invencionice.
Fonte: A Federação (RS), 06/09/1935, ano 1935, n. 079, p. 7. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/78083. Acesso em: 31 mar. 2025.

CITADINO 1935 - 2º TURNO - CRUZEIRO-RS 1 X 0 INTERNACIONAL
Data: 08/09/1935 
Local: Caminho do Meio - Porto Alegre (RS) 
Juiz: Manoel Silva 
Gol: Nestor 6’/1 (C).
CRUZEIRO-RS: Edmundo; Cauduro e Espir; De Lorenzi, Nestor e Russo; Marzola, Vanário, Fernando, Souza e Cascão.
INTERNACIONAL: Penha; Natal e Risada; Zé Gonçalves, Andrade e Levi; Tijolada, Tupan, Mancuso, Darci Encarnação e Honório.

O INTERNACIONAL, PERDENDO PARA O CRUZEIRO, CEDEU A VANGUARDA AO GRÊMIO
Os quadros azul e colorado, embora falhos em técnica, ofereceram um entusiático espetáculo futebolístico
Nestor, batendo uma penalidade fora da área, foi o autor do ponto que garantiu a vitória do seu bando [...]
A tarde de sol de ontem, com algumas rajadas do nosso famoso Minuano, proporcionou aos praticantes do futebol mais energia e mais vivacidade.
Todos os encontros de futebol disputados ontem, pelo campeonato da cidade, se desenvolveram com rápidas jogadas e todos eles findaram pela contagem mínima.
A seguir, damos uma resenha das atividades desportivas:
CRUZEIRO X INTERNACIONAL
Este encontro que vinha sendo aguarado com o maior interesse, por que é sobejamente conhecida a disposição dos rapazes do Cruzeiro quando se defrontam com adversários fortes, levou ao campo do Caminho do Meio um numeroso público.
Realmente esse público, mais uma vez, teve um espetáculo futebolístico entusiasta, se bem que escasso de técnica, predominando mais o esforço pessoal, a vontade de vencer, do que se prevalecer do conjunto da ação harmônica.
Os dois bandos se atiraram à luta com grande entusiasmo.
A classe dos adversários ficou patente.
O valoroso esquadrão de Espir se adjudicou uma vitória lícita, conquistada nos 6 minutos do início do jogo e que soube sustentar até o fim.
A sua defesa, tendo por expoentes máximos Edmundo, que foi um baluarte, onde se quebravam as arremetidas coloradas, e Nestor, que conseguiu deter o trio dirigido pelo hábil Mancuso, muito auxiliads pelos demais defesas.
O ataque não esteve à altura das outras linhas. Somente Souza se destacou.
Os colorados tiveram no trio final o seu ponto alto. Na linha média, Andrade e Zé, falhando constantemente, não permitiram um auxílio eficaz aos avantes. Assim mesmo, estes, sem uma coordenação completa, atiraram amuidadamente ao arco, porém, encontraram na maioria das vezes a agilidade e a calma do goleiro Edmundo, que frustrava os seus intentos.
Assim, o Cruzeiro registrou o maior triunfo da temporada. Bateu o líder da tabela. Foi unicamente uma grande vitória moral, por isso que ela não servirá para o colocar.
O Internacional, pelo contrário, com o revés de ontem, retrocedeu e entreou a vanguarda do campeonato ao forte conjunto gremista pela diferença que aquele manteve até ontem — 1 ponto.
De forma que o campeão da cidade será conhecido como as jogadas dos dois domingos próximos.
O Grêmio terá de se defrontar com o Força e Luz, no campo deste e constituirá uma barreira bastante séria para o tricolor.
Os colorados terão pela frente os valentes zequinhas, também, um obstáculo perigoso para os comandados de Risada.
O título de campeão farroupilha ainda está, assim, bastante oscilante.
Segundos quadros
A preliminar da tarde foi entre os segundos quadros e teve um desenrolar renhido e a vitória de verificou a favor dos colorados pelo score mínimo.
Como se sabe, o campeonato dessa categoria estava entre o Cruzeiro, Internacional e Força e Luz e o vitorioso assumiria a vanguarda.
Por isso os dois bandos se atiraram à luta com grande entusiasmo e a mesma foi acompanhada com muito interesse pela multidão.
No segundo tempo, David atirando com violência conquistou o ponto que garantiu a vitória do seu bando.
Os quadros principais
Cruzeiro: Edmundo, Cauduro e Espir; Delorenzi, Nestor e Russo; Marzola, Vanário, Fernando, Souza e Cascão.
Internacional: Penha, Natal e Risada; Zé, Andrade e Levi; Tijolada (depois Marreco), Tupan, Mancuso, Darci e Honório.
Resumo do embate
O árbitro faz trilar o apito e Fernando movimenta o balão. Levi intercepta a carga. O Internacional organiza um avanço pela direita que não surte efeito. Falta de Andrade em Souza. Tupan e Cauduro disputam o couro. Souza auxilia a defesa. Falta de Vanário. Mão de Zé e o juiz não pune. Escapa Honório sozinho pela ala e chuta forte para Edmundo defender.
Canto de Russo é batido por Tijolada, que nada resulta, pois Cauduro entra de cabeça e envia o balão ao campo adverso.
Atacam os cruzeiristas pela ala direita e Levi desfaz a carga fazendo um escanteio, porém, o juiz não apita.
Sola de Vanário, é encarregado de bater Risada, indo a esfera por cima do arco.
O balão excursiona na área de penalidade do Cruzeiro e Edmundo emprega-se a fundo. Mais outra carga internacionalista e Tupan chuta violentamente e o couro bate na trave. Intervenção de Edmundo.
Eram decorridos seis minutos da peleja. Andrade comete falta e o juiz pune. Nestor, destacado para cobrar, o faz com perícia, aninhando a pelota no canto direito do arco de Penha. Era o ponto da vitória.
Falta de Natal. Uma carga do Cruzeiro pelo centro e Fernando cabeceia alto. Vanário perde o couro para Risada. Primeira defesa de Penha. Falta de Tupan. Falta de Espir. Natal cobra. Marzola centra alto e Penha defende. Mancuso escapa e entrega a Honório e este tenta chutar, mas Cauduro faz canto. Mão de Darci e o juiz não vê. Tijolada comete falta na área cruzeirista. Vanário atira e Penha segura firme. Delorenzi finta Levi e passa a Marzola e este dá bom passe curto a Vanário, que prejudica o ataque fazendo uma falta. Fernando dá um tiro enviesado e o balão passa rente à trave.
Intervém Edmundo. Em seguida é obrigado novamente a intervir o arqueiro local. Vanário serve a Marzola que emenda fraco e Penha apara. Darci chuta de longe e Edmundo faz escanteio. Tijolada é encarregado de cobrar a falta e Risada comete toque. Falta de Zé. Honório, embora em colocação de impedimento, nada consegue. Falta de Tupan. Canto de Cauduro. Falta de Cascão. Mão de Andrade. Impedimento de Marzola. Sola de Russo. Darci passa a Tupan, que põe fora.
Falta de Zé. Fernando chuta fora. Russo apossa-se da esfera e alonga para Fernando, que incontinente devolve a Cascão e este não aproveita.
Tijolada centra e Honório segura, porém, está impedido. Magnífica tirada de Espir. Mão de Levi. Pegada de Cauduro quase no centro do campo. Tijolada combina com Tupan, e este último dá um passe curto e rápido a Mancuso que chuta, fazendo Edmundo uma bela e segura pegada. Ligeiro domínio colorado. Cerrado ataque cruzeirista e Levi escanteia. Registra-se uma fase eletrizante. Carregam os internacionalistas e Tupan, aproveitando o ensejo, atira violentamente e Edmundo pratica espetacular defesa, quando a torcida grita: gol! gol!. Mão de Fernando.
Canto de Espir. Marzola emenda e Penha defende. Natal disputa o couro com Cascão. Termina o primeiro tempo do jogo com um tiro de Mancuso, acusando o seguinte resultado:
Cruzeiro — 1
Internacional — 0
Durante o descanso se faziam comentários de todo feito. Os colorados confiavam plenamente na "virada". Fizeram-se inúmeras apostas.
De fato, os colorados fizeram a sua "virada", mas nada conseguiram. O arco de Edmundo passou por momentos críticos, porém, não baqueou.
Mancuso dá a saída, perdendo logo para os adversários. Levi centra e Cauduro afasta. Defesa de Penha. Tupan escapa e perde para Espir. Falta de Andrade. Bate Cauduro e Penha não segura o couro com firmeza, deixando escapar das mãos, mas ainda em tempo consegue segurá-lo. Mão de Tupan. Falta de Vanário. Passe largo de Fernando não é aproveitado por Cascão. Intervenção de Penha. Falta de Vanário. Edmundo defende um pelotaço de Tupan. Outra defesa de Edmundo de um tiro de Darci. Darci e Honório trabalham muito. Machuca-se Fernando.
Magistral defesa de Edmundo. Atacam os cruzeiristas, obrigando a Risada a ceder canto. O canto é batido por Marzola e Nestor desperdiça. Carga internacionalista. Defesa de Edmundo. Marzola escapa e Levi rechaça, mandando o couro ao canto. Falta de Russo. Cascão atira por cima. Mancuso, bem colocado, chuta fora. Canto de Zé. Falta de Vanário em Penha numa carga cruzeirista. Cabeceia Andrade e o balão passa por cima da trave. Defesa de Penha. Intervenção de Penha. Outra defesa de Penha. Intervém Edmundo. Impedimento de Cascão anula uma ótima carga dos seus.
Impedimento de Mancuso. Defesa de Edmundo. Falta de Delorenzi. Falta de Cascão. Defesa de Penha.
Falta de Delorenzi. Escapa Cascão e Natal dá uma rasteira e o juiz não apita. Mão de Vanário. Carga internacionalista. Russo comete um escanteio.
Os internacionalistas tentam ao menos empatar o prélio e nada conseguem. Uma falta de Russo no centro do campo e quando os colorados se preparam para atirar, esgota-se o tempo regulamentar, dando o cronometrista por finda a partida com o seguinte resultado:
Cruzeiro — 1
Internacional — 0
O juiz da pugna
Pela segunda vez, o Sr. Manoel Silva, juiz oficial da Liga Carioca, empunhou o apito.
Mais ambientado com o nosso futebol, o Sr. Manoel Silva marcou com mais precisão, principalmente nos impedimentos, onde teve ocasião de assinalar dois bem oportunos.
Enfim, o Sr. Silva, com mais um treino ou dois, será o nosso melhor árbitro.
Fonte: A Federação (RS), 09/09/1935, ano 1935, n. 080, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/388653/78090. Acesso em: 03 abr. 2025.
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25/08/1935 - Citadino 1935 - 2º turno - Internacional 7 x 2 Americano-RS

OS EMBATES DE AMANHÃ, EM DISPUTA DO CAMPEONATO
Internacional x Americano, às 10 horas, no estádio [...]
INTERNACIONAL X AMERICANO
Este jogo se efetuará no gramado do estádio, às 10 horas da manhã, de acordo com o que foi resolvido pelos dois clubes e com aquiescência da Amgea.
Haverá unicamente o choque entre os primeiros quadros, por isso que o Americano fez entrega dos pontos dos segundos times.
Se não falharem os prognósticos, será um compromisso fácil para os colorados.
O Americano, entretanto, pelo ardor dos seus defensores, tornará a jogada interessante.
NOTA DO INTERNACIONAL
Para o jogo de campeonato de amanhã, com o S. C. Americano, no Estádio dos Eucaliptos, a diretoria do S. C. Internacional tomou as seguintes resoluções:
Direção geral — presidente, Sr. Cícero Ahrends.
Portão n. 4 (Pavilhão dos sócios), srs. R. Torres Balbão e Willy Teichmann.
Portão n. 3 (Pavilhão), srs. Armando Ditadi e Otelo Mesquita.
Fiscais do gramado, srs. José J. de Oliveira e Armando Silva.
Representante junto ao S. C. Americano, Sr. Manoel Carriconde.
Representante junto à Amgea, Sr. Edelberto Mendonça.
Direção técnica, srs. Tenente Mario Abreu e Oscar Parrot.
No gramado somente será permitida a entrada dos jogadores e reservas dos clubes disputantes, diretores técnicos, massagistas, juízes, representante e fiscal da Amgea, presidente do S. C. Americano e membros da diretoria.
Os srs. sócios e suas exmas. famílias terão ingresso pelo portão n. 4 (Pavilhão dos sócios) mediante a apresentação do recibo de agosto de 1935 (n. 8) ou da carteira de sócio efetivo quite.
A comissão dos portões será auxiliada pelos representantes do Americano.
Preços: entrada geral, 3$000; senhoras e menores, 2$000.
Horário do jogo: 10 horas.
1º quadro — Penha; Natal e Risada; Garnizé, Andrade e Levi; Tijolada, Tupan, Mancuso, Darci e Honório.
Substitutos: Floriano, Marreco, Prestes, Zé e Sadi.
Os jogadores acima deverão comparecer no estádio às 9,30 horas.
Os portadores de ingressos terão entrada pelo portão n. 3.
Fonte: A Federação (RS), 24/08/1935, ano 1935, n. 068, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/78008. Acesso em: 31 mar. 2025.

CITADINO 1935 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 7 X 2 AMERICANO-RS
Data: 25/08/1935
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Celso Albert
Gols: Mancuso 10’/1 (I); Tijolada 14’/1 (I); Mancuso 26’/1 (I); Casaca 39’/1 (A); Tupan ?’/2 (I); Tupan 18’/2 (I); Darci Encarnação 24’/2 (I); Casaca 27’/2 (A); Levi ?’/2 (I).
INTERNACIONAL: Penha; Natal e Risada; Faéco (Andrade), Zé Gonçalvese Levi; Tijolada, Tupan, Mancuso, Darci Encarnação e Floriano (Marreco).
AMERICANO-RS: Cardoso; Setembrino e Marazita; Albérico, Zezé II e Martins; Hélio, Alves, Calegari, Michelena (Rancho) e Casaca.

OS JOGOS DE CAMPEONATO, DE ONTEM
Os COLORADOS confirmando os prognósticos, venceram facilmente o AMERICANO por 7 a 2
 [...] Uma agressão insólita ao árbitro Celso Albert
Em vista do Americano ter feito entrega dos pontos nos quadros secundários, foi acordado entre as diretorias daquele clube e do Internacional, fazer realizar a partida entre os primeiros quadros, ontem, pela manhã.
Efetivamente, esse embate de campeonato se efetuou às 10 horas, no gramado do estádio, com a presença do público regular.
Conforme prevíramos, os colorados tiveram um compromisso fácil. Embora a esquadra de Risada se apresentasse desfalcada de Andrade no primeiro tempo, Garnizé e Honório, substituídos por Faéco, Zé e Floriano, se desempenhou perfeitamente, vencendo pela elevada contagem de 7 tentos a 2.
Foi, sem dúvida, um magnífico triunfo. O "onze" local esteve muitíssimo superior ao contrário.
O Americano fez uma partida fraca e pouco controlada, predominando apenas o esforço pessoal de alguns jogadores.
Damos, a seguir, ligeiro resumo da partida que iniciou a rodada do campeonato ontem.
Os dois quadros se alinharam na seguinte ordem:
Internacional — Penha; Natal e Risada; Faeco, Zé e Levi; Tijolada, Tupan, Mancuso, Darci e Floriano (depois Marreco).
Americano: Cardoso; Setembrino e Marazita; Alberico, Zezé e Martins; Hélio, Alves, Calegari, Michelena (depois Rancho) e Casaca.
O jogo se inicia com duas cargas americanistas que morreu nos pés de Risada e nas mãos de Penha. Depois, aos poucos os colorados foram tomando conta do campo. Aos 10 minutos, Darci aparando um passe de Mancuso, conquistando em forte tiro, o 1º tento do Internacional.
Prosseguindo a peleja, os colorados continuam com ascendência nas jogadas. Numa carga pela esquerda dos locais, Setembrino tenta passar o couro a Cardoso, mas Tijolada, em rápida entrada, consegue se apoderar do balão e o mandar à rede, conquistando o 2º tento do Internacional, quando decorriam 14 minutos da luta.
O Americano reage e leva uma forte carga ao arco de Penha. Forma-se um entrevero e Levi, em momento bastante crítico, faz uma bela tirada.
Os americanistas esforçam-se, mas a falta de controle das jogadas fazem com que aqueles nada produzam de eficiente.
Cabe a Mancuso, num ataque pelo centro, assinalar o 3º tento do Internacional, aos 26 minutos de jogo.
Quando faltava um minuto para finalizar o primeiro tempo, Casaca, em franco impedimento, conquista o 1º tento do Americano.
A seguir termina o tempo com o resultado abaixo:
Internacional — 3
Americano — 1
Na fase final, Andrade entra no lugar de Faéco na equipe colorada.
O jogo continua favorável aos colorados. Mancuso, ao receber um passe de Tupan, assinala o 4º tento do Internacional.
Nessa ocasião o player Michelena, do Americano, teve palavras pouco corteses para com o árbitro, Sr. Celso Albert, o que fez este usar de energia, fazendo retirar da equipe. Enfurecendo o atacante grená, agrediu o árbitro a bofetadas. Intervindo outros jogadores e autoridades desportivas, o faltoso foi expulso do campo.
Após prosseguir a partida, entra no lugar de Michelena o player Rancho.
Rematando uma carga colorada. Tupan, de fora da área, conquista o 5º tento do Internacional quando o cronômetro marcava 18 minutos de jogo.
A luta torna-se desinteressante, dada a desigualdade de forças e a diferença na contagem.
Numa combinada carga colorada, Tupan corta para Darci e este remata fortemente, conquistando, aos 24 minutos, o 6º tento do Internacional.
Três minutos depois deste feito, Casaca, numa escapada, marcou o 2º tento do Americano.
Prossegue o embate, sempre com forte superioridade do quadro colorado.
Numa carga rubra, a linha fecha sobre o arco de Cardoso e Levi, recebendo o couro, o envia à meta. Esta bate na trave lateral e vai para dentro da rede.
Era o 7º tento do Internacional.
Poucos minutos após, findava a partida com o resultado seguinte:
Internacional — 7
Americano — 2
Arbitrou a partida do Sr. Celso Albert, do Cruzeiro.
A atuação desse desportista, embora se ressentisse de algumas falhas, não eram de molde a prejudicar a qualquer dos contrários.
Entretanto, o player Michelena, revelando noção pouco exata da responsabilidade do jogador perante o público e dando mesmo uma demonstração tácita de absoluta compostura, agrediu o árbitro, primeiro com palavras e depois fisicamente.
Foi um fato que mereceu a  reprovação geral e que por certo será devidamente apreciado pela diretoria da Amgea, aplicando ao faltoso a penalidade que merece.
Fonte: A Federação (RS), 26/08/1935, ano 1935, n. 069, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/78016. Acesso em: 31 mar. 2025.

FOOTBALL GAÚCHO
PORTO ALEGRE, 26 (A. B.) — Em prosseguimento do Campeonato Farroupilha, que está se levando a efeito nesta capital, foram realizados ontem mais os seguintes jogos, dos quais damos os resultados abaixo:
Grêmio 4 pontos — S. José 2.
Internacional 7 — Americano 2.
Força e Luz 1 — Porto Alegre 1.
Fonte: O Imparcial (RJ), 27/08/1935, ano 1935, n. 079, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/107670_03/1016. Acesso em: 04 abr. 2025.
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18/08/1935 - Citadino 1935 - 2º turno - Força e Luz 1 x 2 Internacional

A SEGUNDA RODADA DO RETURNO
Força e Luz x Internacional - Cruzeiro x Americano - Porto Alegre x Grêmio
O primeiro desses jogos é o que está despertando maior interesse
FORÇA E LUZ X INTERNACIONAL
Este encontro, indiscutivelmente, será o mais importante da tarde e se travará no gramado da Timbaúva, no Caminho do Meio.
O Força e Luz possui um quadro homogêneo e muito bem treinado. Na verdade, em suas últimas exibições não tem agradado. Mas, possivelmente amanhã, defrontando-se com o vanguardeiro da tabela, tudo envidará para renovar o feito do turno, no qual empatou brilhantemente.
Demais, para o Força e Luz, uma vitória sobre um quadro de classe, constituirá para ele um triunfo verdadeiramente sensacional.
Por isso os rapazes do Caminho do Meio se prepararam convenientemente para a refrega e estão dispostos a vender muito caro a derrota.
O quadro colorado, também, conhecendo as possibilidades do seu contrário, vai ao campo disposto a manter a performance magnífica até agora demonstrada.
Ainda anteontem, lutando contra o Novo Hamburgo, salvo a linha média, pela falta de um eixo seguro, fez uma partida mais ou menos convincente do seu preparo técnico.
Assim, a luta que se vai travar no gramado do Caminho do Meio se desenrolará renhida e talvez o público tenha oportunidade de apreciar lances de sensação.
Nota do Força e Luz
Para a partida oficial de campeonato dos três quadros desde Grêmio contra os do nosso coirmão Sport Club Internacional a realizar-se amanhã, em nosso campo, ficou resolvido adotar-se as seguintes medidas:
1ª — Assumirá a direção geral do estádio do diretor-presidente Sr. Araripe Carlos Valente.
2ª — Representará a diretoria deste Grêmio junto à diretoria do Internacional o Dr. Alexandre Martins da Rosa, vice-presidente.
3ª — Representará o nosso Grêmio junto às autoridades esportivas o Sr. Lotário M. O. Pabst, diretor-secretário.
4ª — Assistirá aos representantes da Imprensa o Sr. Ricardo Peres.
5ª — A direção técnica ficará a cargo dos srs. Dr. Ernesto Aldworth, diretor-técnico e Carlos Ribeiro da Silva, técnico-auxiliar.
6ª — Encarregar-se-ão da distribuição do policiamento os srs. Arnaldo C. Padão e Francisco Sebrão.
7ª — A fiscalização dos portões e movimento de entradas estará confiado aos srs. Domingos A. Donadio, diretor-tesoureiro e Manoel Rego Rico, teroureiro-auxiliar; juntamente com os representantes do Sport Club Internacional;
8ª — Vigorarão os seguintes horários: 3ºs quadros, às 9,15 horas; 2ºs, às 13,45, e 1ºs, às 15,45 horas.
9ª — Os jogadores do Força e Luz deverão estar em campo respectivamente: os do terceiro quadro, às 8,30 horas; os do 2º, às 13; e os do 1º, às 14,45 horas impreterivelmente.
10ª — Vigorarão os seguintes preços para as entradas: pavilhão, 4$000; geral, 3$000; senhoras e fardados, 2$000; automóveis, 1$000.
11ª — Os sócios do Grêmio Sportivo Força e Luz terão acesso ao campo mediante a apresentação do recibo n. 8 (mês de agosto).
12ª — Foram escalados os seguintes quadros:
1º — Lucindo, Múcio, Miro, Elesbão, Gradim, Índio, Ferreira, Negrito, Elpídio, Dinga e Javel.
2º — Hugo, Amado, Kessler, Juca, Lopes, Armando, Ivo, Vanzetto, Faccin, Gilio, Aparício.
Reservas: Cassiano e Castro.
3º — Gianoni, Vasques, Luizelli, Donga, Pedro, Marcos, Mascrinha, Amaro, Chuva, Edgar, Seelig.
Reservas: Pitoco, Clóvis e Valter.
Nota do Internacional
Para o jogo de amanhã, com o G. S. Força e Luz, no campo deste, a direção técnica do S. C. Internacional organizou os seguintes quadros:
3º quadro — Chico, Dahne, Omar, Alcides, Celso (cap.), Tide, Armando, Delorenzi, Bandanga, Quinca, Maneca. Substitutos: Penha, Moser, Silvio e demais jogadores inscritos.
2º quadro — Harri, Álvaro, Sadi, Simão, Zé, João, Turíbio, Arteche, Salvador, Dirceu, David.
Substitutos: Laci, Varela e Segismundo.
1º quadro — Penha; Natal e Risada; Garnizé, Andrade e Levi; Tijolada, Tupan, Mancuso, Darci e Honório.
Os jogadores do 3º quadro deverão comparecer no Estádio dos Eucaliptos às 8,30 horas; os do 2º, às 13 horas e os do 1º, às 15 horas, para se fardarem e dali seguirem para o gramado do Força e Luz.
Fonte: A Federação (RS), 17/08/1935, ano 1935, n. 062, p. 5. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/388653/77965. Acesso em: 29 mar. 2025.

CITADINO 1935 - 2º TURNO - FORÇA E LUZ 1 X 2 INTERNACIONAL
Data: 18/08/1935
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Juiz: Ernani De Lorenzi
Gols: Javel ?'/1 (F); Tupan ?'/2 (I); Honório ?'/2 (I).
FORÇA E LUZ: Lucindo; Mucio e Miro Vasques; Elesbão, Gradim e Índio; Ferreira, Negrito, Elpídio, Dinga e Javel. Técnico: Ernesto Aldworth.
INTERNACIONAL: Penha; Natal e Risada; Garnizé, Andrade e Levi; Tijolada, Tupan, Mancuso, Darci Encarnação e Honório.

CAMPEONATO GAÚCHO
O Internacional, Cruzeiro e Grêmio venceram os jogos de anteontem
PORTO ALEGRE, 19 (A. B.) — Apesar do mau tempo reinante, foi realizado ontem nesta capital mais algumas partidas de foot-ball das quais damos os resultados seguintes:
Estes jogos fazem parte da segunda rodada do returno para o Campeonato Farroupilha:
Grêmio, 7; Porto Alegre, 3.
Internacional, 2; Força e Luz, 1.
Cruzeiro, 3; Americano, 2.
Fonte: O Radical (RJ), 20/08/1935, ano 1935, n. 1068, p. 7. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/830399/8368. Acesso em: 04 abr. 2025.

PORTO ALEGRE, 20 (Do nosso correspondente) - Os últimos encontros do campeonato rio-grandense ofereceram os seguintes resultados:
O Internacional, por dois a um, venceu o quadro do Força e Luz; pelo score de três a dois, impôs-se o Cruzeiro ao Americano; e na peleia entre o Grêmio e o Porto Alegre, foi vencedor o primeiro, pela contagem de sete a três.
Fonte: Jornal dos Sports (RJ), 21/08/1935, p. 3. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/112518_01/6545. Acesso em: 07 ago. 2023.

A SEGUNDA RODADA DO RETURNO DO CAMPEONATO
Apesar do mau tempo, os três jogos decorreram animados
Perdendo por 1 a 0, os colorados, em impressionante VIRADA, conquistam, nos últimos minutos, a vitória [...]
O mau tempo, os chuvisqueiros impertinentes que caíram durante a tarde de ontem, não impediu a efetivação da segunda rodada do returno do campeonato da cidade.
O mais importante desses encontros, conforme frisamos em nossa edição anterior, foi o que se travou entre os quadros do G. S. Força e Luz e do S. C. Internacional.
E foi por isso que o público, enfrentando a chuva e a lama, acorreu ao gramado do Caminho do Meio.
O jogo, entretanto, foi de molde a contentar. 
Os dois bandos se empregaram a fundo para a conquista da vitória.
E podemos dizer de passagem que o Internacional teve sérios e duros momentos. Esteve perdendo até ao meio tempo da fase final, para depois, revivendo as célebres "viradas", que lhe deram fama no passado, vencer a peleja por 2 a 1.
O quadro colorado demonstrou nesses 20 minutos de ação forte e continuada, a sua classe e o sangue dos seus players.
Enquanto isso, os jogadores do Força e Luz, talvez impressionados pela bravura do seu adversário, entregaram-se quase completamente.
As avançadas dos locais faziam-se por meio de escapadas e quase sempre atalhadas pelos zagueiros e Penha.
Ficou patente nesses minutos a superioridade do Internacional. E a vitória que lhe coube, foi justa e merecida.
—
A vivacidade dos ataques do Força e Luz, onde todas as suas linhas se multiplicavam para obter o que tanto almejavam, um triunfo sobre os colorados ou pelo menos repetir o feito do turno, deu-nos a impressão de que se continuassem assim até o final, registraria em sua história uma das mais brilhantes vitórias.
Mas a classe, o sangue do seu contrário, evitou que isso acontecesse.
O Força e Luz tem um quadro realmente forte e bem treinado, mas os seus jogadores se impressionam com as arrancadas fortes e numa sequência rápida, perdem o controle das jogadas e se entregam quase mansamente ao adversário.
Foi o que ainda ontem verificamos. Com uma saída impressionante e com vantagem de pontos, acabou encurralado e tombou vencido.
Feito estes ligeiros comentários, passamos a dar um resumo técnico do embate.
Os quadros se alinharam na seguinte ordem:
Força e Luz: Lucindo; Mucio e Miro; Elesbão, Gradim e Índio; Ferreira, Negrito, Elpídio, Dinga e Javel.
Internacional — Penha; Natal e Risada; Garnizé, Andrade e Levi; Tijolada, Tupan, Mancuso, Darci e Honório.
Resumo do jogo
Inicia-se o encontro com a saída do Força e Luz,que perde logo para os seus adversários.
Os colorados ensaiam nova carga e Tupan é punido.
A seguir, o juiz paralisa o jogo, por isso que faltavam os "bandeirinhas".
Reiniciada a peleja, os colorados voltam ao ataque.
Darci atira forte e Múcio afasta. Tupan investe dando duas fintas para depois passar a Tijolada, que põe fora.
Uma investida da linha local é rechaçada por Andrade. Outra escapada do Força e Luz não surte o efeito desejado. Dinga perde uma ótima oportunidade para abrir a contagem.
Os dois bandos, embora estejam fazendo grandes esforços, não conseguem desenvolver um jogo técnico apreciável.
De parte a parte, não destacam-se elementos, apenas Lucindo se salienta, fazendo boas defesas.
Os colorados carregam pelo centro e Tupan, visivelmente impedido, anula a mesma.
Elpídio e Negrito combinam regularmente. Negrito escapa pelo centro e serve a Elpídio, mas este não alcança o balão.
A numerosa assistência aplaude constantemente os jogadores pelas ótimas jogadas praticadas.
Falta colorada. Gradim emenda sem resultado.
Dinga entrega a Elpídio e este a Negrito, que emenda com violência e Penha segura mal, concedendo canto.
Mancuso segura a esfera no centro do campo, corta para Honório e este, incontinente, devolve o couro e Tupan atira, obrigando a Lucindo afastar o perigo, indo a bola para fora.
O canto é batido por Honório e Miro cabeceia para a frente.
Ambos os bandos degladiantes se empenham com intensa vivacidade, porém, todos os esforços são inúteis.
Falta de Elpídio em Andrade. A falta é batida por Darci com violência e Lucindo deixa o balão escapar das mãos. A defesa do Força e Luz está atenta e emenda o balão para o campo adverso.
Mão de Natal. Centro de Honório e Tupan, a poucos metros, atira e Lucindo produz brilhante defesa.
Falta de Javel. Tijolada centra e Mancuso emenda,
Mancuso emprega jogo pessoal, nada produzindo de satisfatório, pois a zaga do Força e Luz intercepta. Darci chuta a esmo.
Dinga assenhora-se do couro, finta Garnizé e entrega a Javel, mas Penha intervém.
Escapam os colorados pela esquerda. Honório dá a Darci e este nada obtém.
Ferreira corre pela ala, consegue fintar Levi e dá um bom centro baixo. Negrito apara e devolve a Ferreira, não podendo este tirar proveito.
Andrade comete uma falta no centro do campo.
Uma investida do Força e Luz por intermédio de Negrito ocasiona uma boa defesa de Penha. Penha é obrigado novamente a entrar em ação.
Lucindo, que vem atuando com brilhantismo, intervém.
A linha do Força e Luz organiza boa combinação, nada obtendo devido à firme atuação de Risada, embora o seu companheiro de zaga viesse fracassando pouco a pouco. Mão de Tijolada.
Os atacantes colorados perdem boas ocasiões unicamente por estar quase que constantemente Tupan abusando do jogo pessoal.
Mão de Garnizé. Darci emenda forte e Lucindo defende com segurança.
Há, no entanto, uma série de ataques colorados, os quais são desfeitos pelo Força e Luz.
Falta de Negrito. Darci desdobra-se e não consegue. Falta de Andrade.
Assediam os colorados e quando já era iminente a queda do reduto de Lucindo, Miro salva com precisão, enviando o balão para o campo adversário.
Uma falta de Andrade e o juiz marca contra o Força e Luz.
O zagueiro Natal atua mediocremente, tendo Risada que se empregar quase que continuadamente, a fim de não perigar o reduto final do seu quadro.
Um novo ataque internacionalista provoca um tiro de canto.
Devido a um cochilo de Múcio, Honório aproveita-se e aponta durente a confusão e Lucindo estende-se com defeito, fazendo escanteio.
O Força e Luz acerca-se por duas vezes da meta contrária. Andrade entra em ação e faz um canto.
Negrito escora e passa a Javel, que atira fora.
Tupan chuta por cima. Javel recebe um centro calculado de Ferreira e consegue com um tiro forte e certeiro o tento do Força e Luz.
Os colorados, diante do feito do atacante local, não esmorecem e vão ao ataque, fazendo Lucindo uma belíssima defesa.
Falta de Tijolada. Tiro de Gradim, intervém Penha.
Estão no ataque os visitantes. São trocados passes e Tupan aproveita o ensejo atirando ao retângulo e Lucindo defende magnificamente.
Lucindo continua sendo o mais destacado homem em campo.
O juiz apita um impedimento imaginário de Javel, inutilizando um cerrado ataque do Força e Luz.
Risada consegue fintar diversos jogadores, chegando quase a área de penalidade do Força e Luz, dando regular passe a Honório, perdendo este para Miro.
Os torcedores colorados aplaudem a jogada do capitão da equipe rubra.
Falta de Gradim. É encarregado de batê-la Darci. Os colorados entram em atividade, mas nada conseguem.
Intervenção de Lucindo que é em seguida obrigado a praticar boa defesa de um pelotaço de Mancuso.
Tiro de Darci e Lucindo apara. Índio joga com decisão auxiliado regularmente o ataque.
Os contendores lutam com ardor. O Internacional tenta empatar, mas todos os esforços despendidos tão infrutíferos, até que o cronometrista anuncia o fim do tempo com o seguinte resultado:
Força e Luz — 1
Internacional — 0
O segundo tempo
Os colorados logo de início organizam a sua primeira carga, sendo a mesma rechaçada por Miro.
Revezam-se os ataque, porém, a contagem não sofre alteração.
O Força e Luz perde uma boa ocasião de aumentar o score.
O juiz apita uma falta de Múcio. Defende Lucindo. Um avanço da linha local obriga Penha a intervir. Defesa de Lucindo de um tiro de Darci.
Carregam os internacionalistas e Mancuso, bem colocado, dá ótima virada e Lucindo apara com firmeza. Defesa de Penha.
Uma carga perigosa pela esquerda. Negrito rechaça e Darci entra com violência. Inicia-se assim uma troca de "gentilezas" de parte a parte. Múcio decide a contenda e a "paz continua a reinar no gramado".
Reinicia-se a luta. É batida uma falta do Força e Luz para Lucindo defender.
Índio fura. Mancuso aproveita-se, mas Múcio salva concedendo escanteio.
Violento tiro de Negrito vai fora. Falta de Ferreira. Mão de Múcio a pouca distância da área perigosa.
Combinam bem os colorados e nada conseguem. Falta de Andrade. Falta de Natal. Falta de Javel.
Investida do Força e Luz pelo centro e o juiz pune um impedimento de Ferreira.
Mão de Múcio. Falta de Mancuso. Falta de Índio.
Um ligeiro ataque do Força e Luz e Penha intervém.
Canto de Elesbão proveniente de uma carga colorada.
Mancuso, o comandante do ataque internacionalista, tem oportunidade de dar uma magnífica virada.
Tijolada escapa e centra alto. Mancuso consegue aparar o balão e vendo que nada podia fazer, passa rápido a Tupan que, com um tiro enviesado, marca o 1º tento do Internacional.
Diante disso, o Força e Luz começa a atuar com certa indecisão.
Falta de Miro. Darci emenda alto. Intervenção de Penha.
O Força e Luz organiza duas cargas que são rechaçadas com segurança pela defesa contrária.
Falta de Múcio. Falta de Javel.
O arqueiro Penha tem oportunidade de praticar duas intervenções seguidas.
Falta de Tupan. Falta de Múcio. Falta de Mancuso.
Uma troca de passes dos colorados. Tupan encerra a eficiente troca de passes com um tiro final que trai a sua intenção, pois Lucindo apara.
Gradim entra em ação e concede falta. Falta de Javel. Darci centra forte e bate o couro na trave.
Registra-se uma falta do Força e Luz perto da área. Sucede-se um combate à pequena distância da meta, para Honório tirar proveito e marcar o tento da vitória.
Falta poucos minutos para findar o prélio. Lucindo quase à boca da rede se empenha a fundo para deter um pelotaço de Darci.
Por último, Javel é servido próximo à linha lateral. Aquele extrema centra para seus companheiros. Risada entra e rechaça. Falta de Elpídio. Escapada de Darci e o couro bate na trave.
O jogo é mantido no campo do Força e Luz.
Os colorados controlam com mais precisão e maior ardor as jogadas.
Quando os locais querem se empenhar novamente com decisão, o seu jogo é travado. E com esta feição finaliza a contenda, acusando o seguinte resultado:
Internacional — 2
Força e Luz — 1
O árbitro
Dirigiu a partida o desportista Ernani Di Lorenzi, secretário geral da Amgea.
A sua atuação agradou plenamente. As faltas que deixou passar, justificam-se pelo estado do campo, porém, elas em nada prejudicaram os contendores.
Segundos quadros
O segundo quadro do Força e Luz correu na ponte até o encontro com o Cruzeiro, onde sofreu o primeiro revés.
Ontem caiu pela segunda vez.
Após estar vencendo por 3 a 0, o quadro da Carris, diante de uma formidável virada dos colorados, deixou escapar-lhe a vitória já segura, para perder por 4 a 3.
Desta forma, o ponteiro desgarrou-se para o terceiro lugar, cedendo a posição ao Internacional e ao Cruzeiro.
Fonte: A Federação (RS), 19/08/1935, ano 1935, n. 063, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/388653/77972. Acesso em: 31 mar. 2025.
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15/08/1935 - Amistoso - Internacional 3 x 1 Novo Hamburgo

UMA MAGNÍFICA TARDE FUTEBOLÍSTICA
Será levada a efeito amanhã, pelo Porto Alegre, no seu estádio
Nacional x Porto Alegre e Internacional x Novo Hamburgo
As duas partidas estão despertando muito interesse
O veterano Futebol Clube Porto Alegre levará a efeito amanhã, em seu estádio, à rua José de Alencar, uma atraente festividade desportiva, na qual serão homenageados os mundos desportivos de Porto Alegre, São Leopoldo e Novo Hamburgo.
A festa promovida pelo Porto Alegre consistirá em duas partidas intermunicipais.
Abrirá o programa da tarde o encontro das turmas do promotor da festividade e do E. C. Nacional, de São Leopoldo.
A peleja, é de se acreditar, será disputadíssima, por isso que o veterano tudo fará para desfazer a má impressão deixada, quando caiu frente ao Internacional, por uma contagem elevadíssima, inexplicável para um time regularmente formado e com um conjunto mais ou menos eficiente.
Os leopoldenses, por sua vez, bem treinados, desejam fazer uma exibição à altura dos créditos desportivos da vizinha cidade.
A luta principal será entre os fortes quadros do Sport Club Internacional, vanguardeiro do Campeonato Farroupilha, e o valoroso time do Esporte Clube Novo Hamburgo, da localidade do mesmo nome.
Todos os aficionados reconhecem no conjunto hamburguês um adversário perigoso e toda a vez que se tem exibido nesta capital, tem deixado magnífica impressão.
Tanto no valor pessoal de seus jogadores como em conjunto, o Novo Hamburgo será um digno adversário do poderoso time ao mando de Risada.
Releva notar ainda, que o Novo Hamburgo tem sido sempre para o Internacional, um "osso" duro.
Ainda na última vez que se enfrentaram esses dois times, a peleja transcorreu animadíssima e os colorados, após um esforço supremo, conseguiram vencer por diferença mínima, e cuja vitória deixou muitas dúvidas no público que a presenciava. Não precisamos recordar os fatos passados.
Assim, amanhã, frente a frente, os dois fortes conjuntos mostrarão ao público as suas possibilidades.
Diante de tudo isso, estamos certos de que um numeroso público afluirá ao campo da rua José de Alencar para apreciar o desenrolar das duas pugnas intermunicipais.
Sendo dia santificado, o comércio fechará ao meio-dia, podendo, assim, os funcionários comparecer à festa.
Prêmios aos vencedores
Aos vencedores dos dois jogos, o Futebol Clube Porto Alegre oferecerá finas e artísticas medalhas, que serão entregues logo após o match por gentis senhoritas.
Brindes à assistência
Entre os assistentes da sensacional tarde futebolística será feito, no intervalo dos dois prélios, sorteios de numerosos brindes oferecidos por conceituadas firmas comerciais.
Fonte: A Federação (RS), 14/08/1935, ano 1935, n. 059, p. 5. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/77947. Acesso em: 28 mar. 2025.

AMISTOSO - INTERNACIONAL 3 X 1 NOVO HAMBURGO
Data: 15/08/1935 
Local: Chácara das Camélias - Porto Alegre (RS) 
Juiz: Ernani De Lorenzi 
Gols: Nonô 25'/1 (N); Darci Encarnação 28'/2 (I); Risada 29'/2 (I); Darci Encarnação 34'/2 (I). 
INTERNACIONAL: Penha; Natal e Risada; Andrade (Zé Gonçalves), Garnizé e Levi; Tupan, Tijolada, Darci Encarnação, Prestes (Marreco) e Mancuso. 
NOVO HAMBURGO: Olívio (Vílson); Fogareiro e Magalhães; Amantino, Menna e Vanzetti; Nonô, Luiz, Oscar, Miguel e Banana.
Obs.: faltando 6 minutos para o fim da partida, Fogareiro ordena que seus companheiros se retirem em forma de protesto pela não marcação de impedimento no 3º gol colorado. Os jogadores do Internacional aguardaram no gramado, mas o Novo Hamburgo não voltou ao jogo.

A TARDE FUTEBOLÍSTICA DE ONTEM
[...] Apresentando melhor classe, o Internacional abateu o Novo Hamburgo
Não se conformando com o último tento dos colorados, o capitão visitante, num gesto pouco recomendável, retirou o quadro de campo
Conforme noticiamos, o veterano Porto Alegre levou a efeito na tarde de ontem, no seu estádio, perante um público numeroso e entusiasta, uma linda festa futebolística.
Infelizmente, já nos últimos minutos da festividade, um incidente veio empanar o brilho da mesma.
Foi quando da marcação do terceiro tento do Internacional.
Fogareiro, capitão da turma visitante, um moço que sempre admiramos pela sua atuação ardorosa e cavalheiresca, teve um gesto que veio colorar em posição antipática perante o público.
Considerando ilícito, aliás, muito justamente, o tento consignado por Darci, num gesto imponderado, sem mais delongas, mandou que o time abandonasse o gramado.
Foi, sem dúvida, um gesto precipitado de Fogareiro, por isso que estamos certos, se houvesse um entendimento entre o juiz e os interessados, chegariam a bom termo.
O Sr. De Lorenzi errou e, dada as suas qualidades de honestidade, não teria dúvida, reconhecendo a ilegalidade do ponto, o tornasse nulo. Naturalmente o Internacional não se oporia, por isso que a vitória já lhe estava quase assegurada, tendo em vista os poucos minutos que restavam para o final do embate.
Foi por isso que o valoroso time do Novo Hamburgo abandonou o gramado entre comentários acres da assistência contra a atitude que se assumiu que, embora a achasse justa, não tinha justificação.
—
O quadro vencedor, embora jogasse com certa vivacidade, não convenceu totalmente.
Após sua reorganização, topou ontem um adversário forte e que pôs em cheque a sua eficiência.
O trio final, principalmente Risada e Penha, estão perfeitamente senhores da posição. Natal fez uma jogada discreta.
A falta de Poroto, no eixo do quadro, se fez notável. Nem Andrade, nem Zé, estão ainda em condições de o substituir. Aquele, enfermo, teve de abandonar o gramado e este último não tem classe para o posto. Os visitantes encontrando esse claro, fizeram todos os seus arremessos por aí, dando insano trabalho aos demais defensores.
Esse fato trouxe o descontrole da linha atacante, onde somente Mancuso e Tijolada apareciam com mais acerto nas jogadas.
Assim, ficou plenamente evidenciado que o Internacional para os futuros jogos que terá de sustentar contra adversários que possuam ataques mais ou menos combinado, terá um "furo" no pivô do time. E se não quiser sujeitar-se a fracassos irremediáveis, terá forçosamente de procurar remediar o mal.
A sua vitória, entretanto, ontem, não deixou dúvidas. No primeiro tempo, soube conter as impetuosas investidas contrárias, para pouco a pouco ganhar terreno e chegar à vitória. Esta foi nítida e indiscutível. Teve mais classe.
—
O valoroso time de Novo Hamburgo apresentou a sua clássica jogada. Atirou-se à luta com grande entusiasmo, procurando, com esforço, alcançar as últimas posições adversárias.
Muito fôlego, mas pouca eficiência controladora.
Ainda habituados aos passes altos e largos, logram por vezes, acertar, mas com desperdício enorme de energias.
Se não fosse a atitude brusca de Fogareiro, teriam eles recebido os vítores do público, pela sua vivacidade e resistência, diante de um time da classe como é o do Internacional.
A curiosidade do público, entretanto, estava voltada para a partida que se ia travar em seguida entre o Novo Hamburgo e o Internacional.
Dada a espetacular vitória de domingo último sobre o Porto Alegre, todos ansiavam para conhecer a eficiência do time colorado após a reorganização por que passou.
Assim, num ambiente de enorme espectativa, se iniciou o intermunicipal.
De saída, os rapazes de Novo Hamburgo cerram sobre o arco de Penha, obrigando a Risada a um escanteio, que não surte efeito.
Os visitantes, animados de uma forte dose de entusiasmo, atiram-se fogosamente ao ataque, mas a defesa colorada sustenta bem os arremessos.
A luta se equilibra. Registra-se uma perigosa carga dos locais e a bola é enviada ao arco por Tijolada que, por infelicidade, bate na trave lateral e o goleiro segura.
O zagueiro Natal, procurando cobrir as falhas do centro médio, pouco auxilia Garnizé na marcação da ágil ala visitante.
Aos 25 minutos, Nonô, com um belo tiro enviesado, conquistou o ponto do Novo Hamburgo.
Andrade abandona o campo entrano em seu lugar Zé.
Os colorados, então, atiram-se para a frente, ganhando terreno aos poucos.
O primeiro tempo findou com os colorados no ataque, com o resultado de 1 a 0, favorável aos visitantes.
No período final, Marreco entra no lugar de Prestes.
O Internacional carrega fortemente e Mancuso após se desvencilhar dos defensores hamburgueses, chega à frente do goleiro. Este arrioja-se aos seus pés e consegue deter a bola, mas contunde-se seriamente, sendo obrigado a deixar o campo. O reserva Vílson vai ocupar a meta.
O Internacional desenvolve agora uma atuação magnífica. Todos os atacantes apoiados pelos médios põem em constante perigo o arco contrário.
O domínio, entretanto, não produzia os efeitos desejados. Os tiros a gol eram fracos, quando não iam pelo lado.
Os hamburgueses, de quando em quando, tambpem faziam perigar o posto de Penha, dando lugar numa dessas investidas, a mais empolgante defesa do goleiro colorado, que segurou na ponta dos dedos uma bola que resultaria num tento fatal.
Poucos minutos restavam para o final da partida e o score não se modificava. Darci recebe a pelota e chuta rasteiro. Quando o goleiro hamburguês procurou interceptar a trajetória da mesma, já estava no fundo da rede e, assim, conquistando o ponto de empate.
Nova carga colorada e o juiz cobra uma falta fora da área dos hamburgueses. Risada cobra e o faz com perícia, assinalando o segundo tento do Internacional.
Os colorados continuam a atacar. Mancuso atira e Fogareiro tenta desviar a pelota, mas apenas raspa-lhe a cabeça e vai aos pés de Tupan. Este se achava em impedimento, porém, como houvesse defesa, deixou de o estar. Nesse instante surge Darci e manda forte pelotaço que o goleiro hamburguês não conseguiu deter. Darci, tal qual Tupan, achava-se em posição de impedimento.
Então, Fogareiro, sem mais aquela, nem mesmo esperando a decisão do árbitro, gesticulando ordena aos seus comandados a abandonarem o campo, quando ainda restavam 6 minutos para o tempo regulamentar.
Os colorados permaneceram no gramado a espera do seu contrário, mas este não voltou...
—
Após, o veterano Porto Alegre, por intermédio de diversas senhoritas, ofereceu lindas medalhas aos vencedores.
Também foram distribuídos vários brindes entre os assistentes por meio de sorteio.
Fonte: A Federação (RS), 16/08/1935, ano 1935, n. 061, p. 5. Disponível em:. http://memoria.bn.gov.br/DocReader/388653/77959. Acesso em: 28 mar. 2025.

AS INTERMUNICIPAIS DE ONTEM, EM PORTO ALEGRE
Porto Alegre, 16 (via aérea)
O Futebol Clube Porto Alegre proporcionou, ontem, ao mundo desportivo portoalegrense uma bela tarde desportiva com a realização de duas partidas intermunicipais.
[...] A segunda partida intermunicipal foi realizada entre o Internacional e o Novo Hamburgo, cujo primeiro meio tempo terminou com a vantagem de 1x0 para o Novo Hamburgo. No segundo meio tempo o Internacional, por intermédio de Darci, consegue empatar a partida quando faltava 12 minutos para o seu término. Um minuto após, o Internacional marcou o seu 2º tento por intermédio de Risada, que cobrou uma falta perto da área perigosa.
Pouco depois, Darci, recebendo um passe de Tupan conquista, com fortíssimo tiro, o 3º tento do Internacional, tendo os jogadores do Novo Hamburgo protestado da validade desse tento em virtude de se achar o seu autor em impedimento.
Tendo, porém, o juiz da partida consignado válido o ponto, os jogadores do Novo Hamburgo julgaram-se prejudicados com a sua marcação e retiraram-se de campo, quando faltavam ainda seis minutos para o final da pugna.
Fonte: República (SC), 17/08/1935, ano 1935, n. 423, p. 7. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/711497x/42290. Acesso em: 04 abr. 2025.
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11/08/1935 - Citadino 1935 - 2º turno - Internacional 8 x 0 FC Porto Alegre

A PRIMEIRA RODADA DO TURNO
Amanhã realizar-se-ão três jogos
Cruzeiro x S. José — Internacional x Porto Alegre — Americano x Força e Luz
Internacional x Porto Alegre
No Estádio dos Eucaliptos terá lugar este embate.
Há um vivo interesse entre os aficionados do futebol para apreciar este match, mais pela curiosidade de verificar a eficiência do quadro colorado, do que realmente o jogo.
Os colorados, pela contingência dos fatos, se apresentarão em público com a esquadra modificada.
Andrade entrará para o eixo do time, substituindo Poroto, que seguiu para o Rio.
No ataque, Tijolada entrará no lugar de Floriano. Honório figurará na meia-esquerda e Darci passará para a ponta.
Os admiradores do valoroso vanguardeiro do campeonato confiam plenamente na nova organização.
Entretanto, na peleja bem pode redundar numa ótima jogada, por isso que o veterano Porto Alegre vai ao campo disposto a enfrentar o vanguardeiro da tabela com muita energia.
O conjunto verde está perfeitamente preparado para a luta.
As suas últimas exibições fazem acreditar que ele venderá bem caro a derrota.
— As autoridades escaladas para esse embate são as seguintes: representante, Sr. José da Silva Martins, presidente; fiscal, Sr. Artur Schneider; juizes: para o 1º time, Sr. Cantídio S. Oliveira; para o 2º, Sr. Bruno Borde, e para o 3º, Sr. Ervino Hemb.
NOTA DO INTERNACIONAL
Para o jogo de campeonato de amanhã, com o F. C. Porto Alegre, a diretoria do S. C. Internacional tomou as seguintes resoluções:
Direção geral — Presidente, Sr. Cícero Ahrends.
Portão n. (pavilhão dos sócios) — Sr. Willy Teichmann e Heitor M. Pereira.
Portão n. 3 (pavilhão) — Sr. Solon Montenegro.
Portão n. 1 (gerais) — Sr. Ano Dettmer.
As comissões de portões serão auxiliadas pelos representantes do F. C. Porto Alegre.
Representante junto às autoridades, Sr. José Job de Oliveira.
Representante junto à Amgea, Sr. Álvaro S. Menezes.
Representante junto à diretoria do F. C. Porto Alegre, Sr. Armando Silva.
Fiscais do gramado: srs. Manoel Carriconde e Jarbas Delorenzi Costa.
Os srs. sócios terão entrada pelo portão n. 4 (pavilhão dos sócios), mediante apresentação do recibo de agosto de 1935 (n. 8) ou da carteira de sócio efetivo quite. Os portadores de ingresso terão entrada pelo portão n. 3. No pavilhão dos sócios somente será permitida a entrada dos sócios e suas exmas. famílias, bem como as diretorias da F. R. G. D. e da Amgea. No gramado só poderão ingressas membros da diretoria, técnicos, massagistas, juízes, representantes da Amgea, fiscal e presidente do F. C. Porto Alegre.
Preços — Gerais, 3$000; pavilhão, 4$000; senhoras e menores, 3$000.
A direção técnica a cargo dos tenentes Mario Abreu e Oscar Parrot escalou os seguintes quadros:
3º — às 9 horas — Chico, Dahne, Omar, Festinha, Celso (cap.), Varela, Armando, Dilorenzi, Quinca, Maneca e Tide. Substitutos: Penha, Álvaro, Cunha Lima, Botafogo, Moser, Alcides e demais jogadores inscritos.
2º — às 13,45 horas — Harri, Álvaro, Sadi, Simão, Zé, João, Turíbio, Arteche, Salvador, Segismundo, Dirceu. Substitutos: Laci, Vilasboas, Baiano e Cabrito.
1º — às 15,45 horas — Penha, Natal, Risada, Garnizé, Andrade, Levi, Tijolada, Tupan, Mancuso, Darci, Honório. Substitutos: Marreco, Prestes e Floriano.
Os jogadores do 3º quadro deverão estar em campo às 8,30 horas; os do 2º, às 13 horas, e os do 1º, às 15 horas.
Fonte: A Federação (RS), 10/08/1935, ano 1935, n. 056, p. 5. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/77927. Acesso em: 27 mar. 2025.

CITADINO 1935 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 8 X 0 FC PORTO ALEGRE
Data: 11/08/1935
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Celso Albert
Gols: Levi 5'/1 (I); Tupan ?'/1 (I); Honório ?'/1 (I); Mancuso ?'/2 (I); Tupan ?'/2 (I); Darci Encarnação ?'/2 (I); Tijolada ?'/2 (I); Darci Encarnação ?'/2 (I).
INTERNACIONAL: Penha; Natal e Risada; Garnizé, Andrade e Levi; Tijolada, Tupan, Mancuso, Darci Encarnação e Honório. Técnico: Mario Abreu.
FC PORTO ALEGRE: Moeller;Vanderlino e Chanes; Amâncio, Nunes e Menor; Ludovico Marroni, Marcelino, Nascimento, Dante Marroni e Ministrinho.

A PRIMEIRA RODADA DO RETURNO
[...] O Internacional obteve espetacular vitória sobre o Porto Alegre [...]
Internacional, 8 — Porto Alegre, 0
Houve outra modificação no "onze" rubro: Tijolada, ponteiro do segundo subiu para a esquadra principal e o técnico Honório foi ocupar o lugar de Prestes na ponta esquerda.
Talvez por isso e mesmo para ver a eficiência do Internacional, um público numeroso afluiu ao campo do Menino Deus.
Devemos dizer aqui que o quadro rubro, se não atuou com grande classe, fez uma excelente exibição.
Tijolada, o novo ponteiro rubro, se houve bem. O seu sucesso no quadro principal depende unicamente do seu esforço e da sua perseverança. Tem qualidades para figurar no primeiro quadro do Internacional. Resta, porém, que Tijolada não se convença que já é craque.
Honório, como ponteiro, foi o mesmo homem.
Andrade, enfermo, não pôde demonstrar plenamente a sua forma.
Acrditamos que a nova chave do quadro rubro se firme e venha a ser um excelente centro médio.
Os demais atuaram bem. Penha, Risada e Natal se houveram com galhardia, sendo que este último dia a dia vem se firmando como um grande jogador. Cremos que será a "revelação farroupilha".
Levi e Garnizé fizeram uma boa partida, principalmente aquele, que fez uma grande jogada.
Tupan, Mancuso e Darcy, a princípio não estavam certos, vindo a melhor no segundo tempo.
O quadro do Porto Alegre, fazendo a sua primeira jogada no returno, esteve infeliz.
Há, não há dúvida, elementos bons no time caturrita, mas que se preocupam com o jogo pessoal, aparecendo em primeiro plano o meia direita Marcelino.
É um quadro que vai incomodar muita gente boa.
O resultado não diz o que foi a partida.
Tecnicamente, ambos os bandos não apareceram. Todas as jogadas feitas, foram produto do esforço pessoal e nada mais.
Quando o "onze" colorado procurou jogar tecnicamente, a pugna findou.
Mesmo assim, o último gol feito por Darci foi resultado de uma linda combinação de todas as linhas do quadro colorado.
Sob o apito do Sr. Celso Albert, os dois quadros entraram em campo, às 16 horas.
Iniciada a pugna, Levi, aos cinco minutos conquistou o primeiro ponto para o quadro rubro.
Mais algumas jogadas e Tupan aumenta a contagem, para pouco depois Honório fazer outro ponto.
E com o resultado de 3x0 favorável ao Internacional, terminou o primeiro tempo.
A segunda fase do embate, como a primeira, transcorreu desinteressante.
Nesse tempo, o Internacional conseguiu marcar mais cinco pontos por intermédio de Mancuso, Tupan, Darcy e Tijolada.
E com o resultado de 8 x 0, terminou essa esperada peleja.
O juiz
Atuou a jogada o desportista Celso Albert, do Cruzeiro. S. s. se houve com energia, marcando com segurança o jogo "pesado".
Achamos, entretanto, que ele andou precipitado quando mandou deixar o gramado o capitão do "onze" do Porto Alegre.
Entretanto, segundo nos afirmaram, Marroni usou de expressões que o levaram a tomar essa medida extrema.
O quadro vencedor
O "onze" vencedor estava assim formado: Penha, Natal e Risada (cap.); Garnizé, Andrade e Levy; Tijolada, Tupan, Mancuso, Darcy e Honório.
— Nos jogos dos segundos e terceiros quadros venceu, também, o Internacional pelo resultado de 4x0 e 4x0, respectivamente.
Fonte: A Federação (RS), 12/08/1935, ano 1935, n. 057, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/388653/77934. Acesso em: 27 mar. 2025.
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