Larry

Hoje, 6 de maio de 2016, é um dia muito triste na história do Sport Club Internacional. Às vezes, a idade avançada serve de consolo quando se trata de uma perda. Mas nem mesmo os 83 anos de Larry Pinto de Faria amenizam a tristeza que toma conta do coração colorado.

LARRY
(atacante)

Nome completo: Larry Pinto de Faria
Data de nascimento: 3/11/1932
Local: Nova Friburgo (RJ)

CARREIRA:
1951-1954 Fluminense
1954-1961 Internacional

Larry, o atacante "cerebral", chegou no Internacional em 1954, ano que marcou o nome dele na história do Internacional e do clássico Gre-Nal. O Grêmio, tinha em Aírton Pavilhão, fantástico defensor, sua referência. E o Internacional trouxe o atacante para reverter esse quadro.

O nosso nobre atacante infernizava a defesa tricolor nos clássicos. E sua vítima predileta era ninguém menos que o próprio Aírton. Larry sofria nos embates com os tricolores, mas apanhava de cabeça erguida, carregando consigo a classe e a elegância de um malandro carioca, mas a destreza de um gaúcho de coração.

O jogador está marcado na história colorada como o homem que estragou as festividades de inauguração do novo estádio do co-irmão, com uma chapuletada de 6 a 2, com quatro gols seus. Tamanha humilhação fez com que o goleiro gremista, Sérgio Moacir, quisesse abandonar o gramado. Educadamente, Larry o pegou pelo braço e o trouxe de volta à meta, alegando que os torcedores azuis ficariam irados com a atitude do arqueiro.

Em seus sete anos defendendo o Internacional, formou uma dupla letal jogando ao lado de Bodinho. Com a camisa vermelha, Larry conquistou os estaduais de 1955 e 1961, além de conquistar o título Pan-americano de 1956 pela Seleção Brasileira.

Larry defendeu o Internacional até 1961, ano do início da construção do estádio Beira-Rio. O atacante sempre disse que uma de suas maiores tristezas era não ter jogado no Gigante. Mas, assim como o estádio dos Eucaliptos e grandes nomes como Fernandão, Nena, Bodinho e Ênio Andrade, Larry Pinto de Faria parte para a eternidade.

Fica aqui o agradecimento de todos os Colorados Anônimos a todas as alegrias proporcionadas por ti. Obrigado por tudo, Larry!

Citação #02

O Gaúcho de Passo Fundo queria realizar uma partida amistosa contra o Internacional em 1945, sensação do futebol gaúcho com o mítico Rolo Compressor. Para isso, emitiu um ofício à Liga Passo-fundense para o jogo ser disputado no dia 29 de junho daquele ano. Infelizmente, a partida não aconteceu e o Internacional viajou ao Rio de Janeiro para enfrentar o Flamengo.

"Ofício nº 26-45 
Passo Fundo, 21 de Junho de 1945 
Ilmo. Sr. Presidente da Liga Passofundense de Futebol
Nesta Cidade 
Desejando o S. C. Gaúcho trazer a esta Cidade o esquadrão do S. C. Internacional, da Capital do Estado, para disputar uma partida amistosa, solicito-vos, de ordem do Sr. Presidente desta agremiação, que a data de 29 do corrente seja cedida para o referido jogo. 
Sem mais, subscrevo-me atenciosamente 
Pelo S. C. Gaúcho 
Ney de Moraes FernandesSecretário Geral"

Imagem retirada do livro "Os Donos da Bola: o campeonato citadino de futebol de Passo Fundo 1922-1978", de Lucas Scherer (2012). 

Citação #01

"HISTÓRIAS DO FUTEBOL
por Sandro Moreyra 
No meio da partida, a bola chutada com violência ultrapassa o muro do campo e vai cair na rua. Para não perder tempo, o juiz autoriza o goleiro a reiniciar o jogo com a bola reserva, pedindo que, quando viesse a outra, ele trocasse. 
O jogo continua e, dali a instantes, o gandula chega com a bola extraviada e fica esperando ao lado do gol. Logo em seguida, o goleiro agarra firme um chute e ouve o gandula gritar: 
'Olha a bola titular aqui!'. 
'Joga pra cá', diz o goleiro. E, ao receber a bola nova, atira a outra para dentro do gol. 
Imediatamente, o juiz aponta para o centro do campo, assinalando acertadamente o gol. Mas, como ninguém entendeu nada, o pau comeu solto, o jogo foi suspenso e o juiz teve de sair protegido pela polícia. 
Vocês pensam que isso tudo aconteceu em Portugal? Enganam-se: aconteceu em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, num jogo entre Internacional e Floriano".

Texto retirado da revista PLACAR, nº 681, 10/7/1983.

Histórico de Internacional x Rosario Central-ARG

Internacional e Rosario Central protagonizaram três confrontos ao longo de sua história. O confronto entre os clubes é equilibrado, com uma vitória para cada lado e um empate.

O Rosario Central venceu o primeiro confronto, um amistoso realizado em 1962, na Argentina. O Internacional levou a melhor nos duelos de 2005, válidos pelas oitavas-de-final da Copa Sul-Americana. Venceu por 1 a 0 na Argentina e segurou o empate em Porto Alegre. Relembre os confrontos:

AMISTOSO
ROSARIO CENTRAL 1 X 0 INTERNACIONAL
Data: 6/5/1962
Local: La Ribera - Rosario (ARG)

COPA SUL-AMERICANA 2005 - OITAVAS-DE-FINAL - IDA
ROSÁRIO CENTRAL-ARG 0 X 1 INTERNACIONAL
Data: 15/9/2005
Local: Gigante de Arroyito - Rosario (ARG)
Juiz: Rubén Selman (CHI)
Cartões: Villa (R); Edinho e Tinga (I).
Gol: Rafael Sobis 24'/2 (I).
ROSARIO CENTRAL-ARG: Ojeda; Moreyra (Leonforte), Raldes, Fassi, Roman Diaz (Monges); Ferrari, Andrés Díaz, Calgaro, Emiliano Papa; Alemano (Ruben) e Villa. Técnico: Ariel Cuffaro.
INTERNACIONAL: Clemer; Bolívar, Wilson e Edinho; Élder Granja, Gavilán, Tinga (Wellington Katzor), Perdigão e Jorge Wagner; Fernandão (Gustavo Papa) e Rafael Sobis. Técnico: Muricy Ramalho.

COPA SUL-AMERICANA 2005 - OITAVAS-DE-FINAL - VOLTA
INTERNACIONAL 1 X 1 ROSARIO CENTRAL-ARG
Data: 29/9/2005
Público: Público: 27.807 (24.320 pagantes)
Renda: R$ 202.558,00
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Juiz: Martín Vázquez (URU), auxiliado por Olivier Viera (URU) e Edgardo Acosta (URU).
Cartões: Edinho, Tinga (I); Andrés Díaz, Ferrari, Fassi, Rivarola e Calgaro (R).
Gols: Jorge Wagner, pênalti 7'/2 (I); Rivarola 12'/2 (R).
INTERNACIONAL: Clemer; Bolívar, Edinho e Wilson; Élder Granja, Gavilán, Perdigão, Tinga (Wellington Katzor) e Jorge Wagner; Fernandão (Gustavo Papa) e Sobis. Técnico: Muricy Ramalho.
ROSARIO CENTRAL-ARG: Ojeda; Ferrari, Raldes, Fassi e Moreira (Leonforte); Calgaro, André Díaz, Papa e Roman Diaz (Monges); Alemanno (Ruben) e Villa. Técnico: Ariel Russo.

Na Argentina, Sobis deu a vitória ao Internacional, em chute de fora da área.

O empate em 1 a 1 garantiu a classificação às quartas-de-final.

Torneio Mohamed V 1980

O XVI Torneio Mohamed V foi disputado em agosto de 1980, tendo como destaques Internacional e Atletico de Madrid, que haviam diputado, na semana anterior, o Torneio Villa de Madrid.

Os competidores foram:
Internacional: que já não contava mais com Paulo Roberto Falcão;
Atletico de Madrid, da Espanha: time de maior destaque da competição e que contava com novo presidente e treinador;
MAS Fès, do Marrocos: anfitrião do torneio e campeão da Copa do Marrocos naquele ano;
Lokomotiv Sofia, da Bulgária: adversário do Atletico e modesto clube búlgaro.

SEMIFINAL
MAS Fès-MAR 0 X 7 INTERNACIONAL
Data: 23/8/1980
Local: Casablanca (MAR)
Gols: Jair, Jones [4] e Silvinho Paiva [2] (I).

FINAL
ATLETICO DE MADRID-ESP 1 X 1 INTERNACIONAL
Data: 24/8/1980
Local: Estádio de Honra - Casablanca (Marrocos)
Árbitro: Naziri (MAR)
Cartões: Jones (I); Arteche e Julio Alberto (A).
ATLETICO DE MADRID-ESP: Aguinaga; López (Marcelino), Arteche, Balbino e Julio Alberto; Bermejo, Dirceu e Quique; Angel (Marcos), Rubén Cano e Rubio.
INTERNACIONAL: Gasperín; Beretta, André Luís, Mauro Pastor e Cláudio Mineiro; Vânder (Carlos Alberto Barbosa), Jair (Valzinho) e Cléo Hickmann; Toninho, Jones e Silvinho Paiva.
Fonte: Peña Atleticano

"OS ALVIRRUBROS, NOS PÊNALTIS, GANHARAM O MOHAMED V
CASABLANCA (Marrocos). O Atletico de Madrid se proclamou campeão do troféu Mohamed V ao derrotar nos pênaltis, na final, o Internacional de Porto Alegre, do Brasil.
O tempo regulamentar acabou com empate, depois de ser jogada uma prorrogação de trinta minutos, dividida em dois tempos de quinze. Como, diante da prorrogação, persistiu o empate e foi levado à disputa de pênaltis. O Atletico converteu todas as suas cobranças. Bermejo, Quique, Rubio, Rúben Cano e Dirceu marcaram. Pelo Internacional, Cláudio Mineiro, André Luís, Jones e Beretta marcaram, e Valzinho falhou na última cobrança.
O árbitro marroquino Naziri apitou a partida, que prejudicou a equipe madrilenha e ignorou os carrinhos dentro da área carioca (sic): uma de Rubén Cano, no segundo tempo e outro em Rubio, no segundo tempo da prorrogação.
Também permitiu algumas jogadas bruscas aos jogadores americanos. Advertiu Jones, Arteche e Julio Alberto.
1 x 0, quarenta e quatro e meio da primeira etapa: falta no bico da área, que Bermejo cobrou na cabeça de Cano, para o arremate imparável à rede.1 x 1, trinta minutos da segunda etapa: lançamento do meio do campo para a esquerda do ataque brasileiro, para o centro da área, onde Jones arremata ao fundo da meta madrilenha.
A primeira parte do confronto foi claramente do Atletico de Madrid, que jogou rápido e criou algumas oportunidades na cara do gol de Gasperín, que foi sensacional ao longo de toda a partida. Porém, faltou precisão nos últimos metros e pontaria na conclusão. As melhores chances foram de Dirceu e Quique, que jogaram suas respectivas oportunidades por cima da goleira.
Na segunda parte, os brasileiros do Internacional saíram dispostos a enxugar a diferença que refletia no marcador e passaram a dominar territorialmente, mas sem criar chances de verdadeiro perigo.
O contra-ataque alvirrubro funcionava perfeitamente, e, aos dez minutos, Rubén Cano esteve a ponto de aumentar a vantagem; e dois minutos mais tarde, o centroavante do Atletico chutou no poste.
O Internacional seguiu pressionando, e foi Vânder quem conluiu no poste de Aguinaga, aos vinte e nove minutos. Um minuto depois, Jones conseguiu igualar o marcador em um chute precioso. 
A partir desse momento, as oportunidades foram alternando, mas mantendo a mesma tônica dos últimos quarenta e cinco minutos: um breve domínio carioca (sic), mas com um Atletico muito mais perigoso que seu rival".