10/11/1940 - Campeonato Gaúcho 1940 - Zona Nordeste - Internacional 6 x 3 Juventude

INTERNACIONAL E JUVENTUDE, DE CAXIAS, DECIDIRÃO, HOJE, O TÍTULO DE CAMPEÃO DO NORDESTE, NO CAMPO DA TIMBAÚVA
O regulamento do campeonato estadual de futebol da F. R. G. D. permite substituições — A preliminar será o Torneio Encerramento Juvenil, da Série “A” da AMGEA
O primeiro compromisso do "rolo compressor" no Campeonato Estadual de Futebol será hoje contra o valoroso Juventude, campeão caxiense e vencedor de Bento Gonçalves e Novo Hamburgo.
Num rápido relance, a partida se nos afigura francamente favorável aos locais, embora se alardeie muita combatividade e energia por parte dos rapazes do Interior. Cremos ser muito difícil a resistência dos esmeraldinos frente a poderosa ofensiva vermelha, apontada, sem o menor favor ,como a melhor dos campos da capital.
O Juventude não tem uma artilharia à altura da local, enquanto a sua defesa não se apresenta como das mais sólidas.
Consideramos o sexteto defensivo dos rubros em melhores condições que o dos visitantes, daí
conclui-se que o Internacional terá de levar a melhor.
Desnecessário se torna dizer que os juventudistas oporão resistência tenaz, procurando até surpreender ao campeão porto-alegrense, mas uma vitória é muito difícil. A classe há de aparecer e impor-se.
O vencedor desse encontro será o campeão da zona do Nordeste e como tal enfrentará o Riograndense de Santa Maria, campeão da Zona da Serra.
HORÁRIO
A preliminar será iniciada às 14,30 horas com 15 minutos de tolerância e o jogo entre Internacional - Juventude começará às 16 horas.
JUIZ
Dirigirá o jogo decisivo do campeonato da zona do nordeste o desportista Oto Bumbel, do E. C. Novo Hamburgo, escolhido de comum acordo.
OS QUADROS CONTENDORES
Os quadros que disputarão o título de campeão do nordeste, apresentar-se-ão assim organizados:
INTERNACIONAL
Marcelo — Alfeu — Risada — Assis — Magno — Pedrinho — Tesourinha — Russinho — Carlitos — Rui e Castillo.
JUVENTUDE
Benito — Longhi — Galopeto — Osmar — Bolacha — Frigeri — Raul — Bortinha — Renato — Martini e Garbin.
HAVERÁ SUBSTITUIÇÕES
O regulamento do campeonato estadual de futebol da F. R. G. D. permite substituições de três jogadores no decorrer do jogo. Esse regime vigorará hoje.
NOTA DO INTERNACIONAL
Para o match a ser jogado hoje, na Timbaúva, em disputa do campeonato estadual, com o E. C. Juventude de Caxias, os diretores de campo do Internacional escalaram os seguintes jogadores, que deverão estar no campo da rua Silveiro às 15 horas em ponto, a fim de se fardarem e seguirem para o campo da luta: Júlio — Marcelo — Risada — Álvaro — Alfeu — Pedrinho — Magno — Assis — Levi — Tesourinha — Russinho — Marques — Carlitos — Rui — Castillo e Toreli.
NOTA DA F. R. G. D.
Para a partida a ser realizada hoje no campo do Grêmio Sportivo Força e Luz, entre o Sport Club Internacional, campeão de Porto Alegre, e Esporte Clube Juventude, campeão de Caxias em disputa do título de campeão da Zona Nordeste, no Campeonato Estadual de 1940, a F. R. G. D. tomou as seguinte deliberações:
Direção geral a cargo do Presidente da FRGD, sr. Cícero Ahrends.
Fiscal da partida: dr. Luiz Perez; Cronometrista: sr. Miguel Genta; Representante junto às diretorias dos clubes disputantes, sr. Arnoldo Silva, Representante junto à imprensa: sr. Miguel Ladiez; Fiscalização junto aos portões a cargo dos srs. Carlos V. Ruschel, Léo Birnfeld, Alencar Bueno e Victor Mora.
PRELIMINAR
Às 14,30 horas — Torneio Encerramento do Campeonato Juvenil promovido pela AMGEA, disputado pelos quadros representativos do Grêmio F. B. Porto Alegrense, E. C. Cruzeiro e E. C. S. José. Autoridades escaladas pela AMGEA.
JOGO PRINCIPAL
Às 16 horas — S. C. Internacional versus E. C. Juventude.
Juiz — Otto Bumbel do E. C. Novo Hamburgo, escolhido de comum acordo. Preços: Pavilhão: 4$000; meia pavilhão 3$000; Geral 8$000; meia geral 2$000. Os sócios do G. S. Força e Luz terão entrada franca mediante a apresentação do recibo nº 10. Os portadores de convites e ingressos terão entrada pelo portão Autoridades. Cadernetas somente vigorarão as fornecidas pela FRGD e AMGEA.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 240, 10 nov. 1940, p. 15. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/3364. Acesso em: 17 jun. 2025.

CAMPEONATO GAÚCHO 1940 - ZONA NORDESTE - INTERNACIONAL 6 X 3 JUVENTUDE
Data: 10/11/1940
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Renda: 9:029$000
Juiz: Otto Pedro Bumbel
Gols: Castillo 11’/1 (I); Feliz Magno, pênalti ?’/1 (I); Renato 32’/1 (J); Raul 37’/1 (J); Tesourinha 2’/2 (I); Castillo 7’/2 (I); Renato ?’/2 (J); Tesourinha 18’/2 (I); Marques ?’/2 (I).
INTERNACIONAL: Marcelo; Alfeu e Risada; Assis, Felix Magno e Pedrinho; Tesourinha, Russinho, Carlitos (Marques), Ruy Motorzinho e Castillo. Técnico: Orlando Cavedini.
JUVENTUDE: Benito; Longhi e Galopeto; Bolachinha, Bolacha e Frigeri (Garbin); Raul, Bortinha, Renato, Mario (Tissot) e Remo. Técnico: Alfredo Jaconi.

"Alguns defensores "colorados", ostentando a "faixa-campeão"
do ano de 1940, no Bicentenário de Porto Alegre".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)

OS COLORADOS SÃO SEMIFINALISTAS DO ESTADUAL DE FUTEBOL DESTE ANO
Já na próxima sexta-feira os locais enfrentarão o Rio Grandense, de Santa Maria, campeão da zona da Serra
O Internacional confirmou o favoritismo, ao abater amplamente ao Juventude, de Caxias, em disputa do título de campeão do Nordeste, pelo título máximo do Estado.
Uma contagem larga acusou o prélio que ofereceu alguns instantes de emoção à torcida sempre presa à marcha do placar e quase alheia a qualidade do jogo e às possibilidades deste ou aquele time. O que interessa ao afeiçoado é a vantagem numérica.
Os colorados facilitaram diversas vezes no decorrer do empate, fazendo pouco caso ao adversário, que chegou a pespegar dois grandes sustos.
Arrancando na frente com dois tentos, os rubros permitiram o empate e por um triz que a contagem não foi equilibrada, de novo, na segunda fase. A oportunidade chegou a ser delineada, quando Pedrinho cometeu um pênalti e a diferença no marcador era apenas de um tento (4x3). O tiro livre foi defendido por Marcelo e a ofensiva resolveu consolidar a vantagem, "caminhando" definitivamente para as redes. A superioridade de classe e dos valores individuais dos locais permitiu esse luxo de comandar o jogo "a volonté" bulindo com os nervos e a paciência dos "hinchas".
No final da festa de gols, a torcida exultou. Os mais ponderados analisaram friamente o cotejo e tiraram conclusões pouco lisonjeiras para o campeão da cidade. Chegaram a relembrar o triunfo dos rubros em Caxias, quando superaram ao Juventude por 8x1. Aquilo sim era time, resmugava um ardoroso colorado, que não se conformava com os três tentos que a defesa dos "diabos rubros" havia tomado.
O prognóstico foi traçado pelo "Diário de Notícias". Os 90 minutos confirmaram o vaticínio.
Embora perdendo, os rapazes do Juventude empenharam-se com denodo. "Fizeram o que estava ao seu alcance. Não esmoreceram e lograram empatar, depos de estar em plano inferior. Nos valores individuais torna-se justo destacar Galopeto e Longhi, a zaga; Benito no arco e Bolacha, de center half; Renato, na entre ala direita, teve alguns méritos.
Os demais discretíssimos.
O "rolo compressor" não esteve num de seus melhores dias. A defesa claudicou com frequência, basta — atentar — separar os três tentos, em contraste com a "meia dúzia" da "artilharia". Firma-se, cada vez mais, a afirmativa de que o ponto alto dos vermelhos, sem a menor dúvida, é a ofensiva enquanto a defesa periclita com frequência.
Na semifinal de domingo, o "rolo compressor" evidenciou a eficácia de sua vanguarda, que conquistou seis pontos.
Longhi cabeceia fraco e Castillo emenda com precisão, aos 11 minutos (1x0). Pouco mais tarde Magno aumentava, ao bater um tiro máximo.
A vantagem não desalentou aos rapazes do Interior. Não esboçaram uma reação impressionante. Uma escapada veio alentá-los e descontar a diferença do placard já no último quarto de hora (32'), por intermédio de Renato. Animados com o feito, os esmeraldinos atacaram com mais denodo, conseguindo escanteio, de efeito nulo. Bolacha, "eixo", aponta e
Marcelo nuetraliza. Responde o Internacional, perigosamente, para o árbitro anular o esforço de modo injusto ao punir um pretenso impedimento de Carlitos. A seguir verificou-se o empate. Remo fugiu pela esquerda e cruzou a Raul, na ponta direita, que acertou, na corrida, em cheio: 2x2 aos 37 minutos.
O período complementar trouxe algumas modificações nas duas equipes. Frigeri, médio caxiense, cedeu posição a Garbin. Nos campeões da cidade não figurou mais Carlitos, que se contundira no primeiro tempo, cabendo a Marques comandar a ofensiva. No transcurso da peleja, o Juventude fez mais duas substituições. Tissot substituiu a Mario na linha atacante, e Frigeri retornou, ocupando o posto de Bolachinha, médio direito.
Os colorados reiniciaram a pugna com grande decisão, tanto que no 2º minuto deste período Tesourinha escorou magistralmente um centro de Carlitos, desempatando. Marques, por duas vezes não aproveita. Da segunda vez o couro resvalou no travessão e a zaga aliviou. Pouco mais tarde (52') tramam Russinho, Marques e Castillo para este fazer estremecer as redes de Benito pela quarta vez. Benito, logo após, sensacionaliza ao cometer dificílima defesa de um chute de Castillo. Os minutos seguintes foram de intensa emoção para os torcedores do campeão da cidade.
Cheio de brilho e vontade de aumentar as cifras, a fim de salvaguardar-se de qualquer surpresa desagradável, o Internacional infiltra-se, sempre com manifesta facilidade, em face da ação defeituosíssima dos médios contrários e auxílio nulo dos entre alas a defesa. Marques perde uma oportunidade esplêndida, depois de Benito ter abandonado o arco. Tesourinha evolui pela direita. Serve a Marques, que devolve ao ponta, para ser decretado o quinto gol para os rubros, aos 63'.
Dois pânicos tremendos proporciona Tesourinha na área inimiga. Pressiona o "rolo compressor". Estava nitidamente delineado o vencedor, aliás, essa impressão esteve conosco desde os minutos iniciais. Um tento de Marques é anulado por impedimento. Facilitam, outra vez, os dianteiros, "bordando" nas proximidades da área de 16 metros. Marcelo intervém. Faltando três minutos para terminar o embate. Galopeto atrasa mal, entregando a Marques que escolhe à vontade o canto: 6x3. Com o Internacional no ataque, finda o cotejo intermunicipal, pelo campeonato estadual da FRGD.
Renda: 9:029$000
Árbitro: Otto Pedro Bumbel: — fraco.
Os quadros:
INTERNACIONAL — Marcelo — Alfeu — Risada — Assis — Magno — Pedrinho — Tesoura — Russinho — Carlitos (Marques) — Rui e Castilhos.
JUVENTUDE: Benito — Longhi e Galopeto — Bolachinha (Frigeri) — Bolacha — Frigeri (Garbin) — Raul — Bortinha — Mario (Tissot) — Renato e Remo.
Índices: técnico: 1 para Internacional e 0 para o Juventude; disciplinar: 5 para ambos.
Os melhores: Benito — Risada — Tesourinha — Russo — Renato — Galopeto — Bolacha e Longhi.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 242, 12 nov. 1940, p. 13. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/3388. Acesso em: 17 jun. 2025.

O MELHOR JOGO DE PORTO ALEGRE
Campeonato estadual:
JUVENTUDE (de Caxias), 3 x INTERNACIONAL (de Porto Alegre), 6
Já se havia mesmo previsto a vitória dos rubros no primeiro compromisso do Campeonato Estadual, efetuado no campo dos "rajados". Prevista porque os juventudinos, apesar de terem perdido somente uma partida no certame caxiense, não estavam à altura para suportar a artilharia local, em esplêndida forma, nem possuíam uma dianteira capaz de transpor a "barreira" dos locais. Acrescente-se a tudo isso o estímulo da torcida, toda para os "colorados" (ou quase toda...), o gramado, isto é, campo estranho etc., factores esses que influem psicologicamente no ânimo dum quadro, cuja responsabilidade é bem grande, tentando obter o título máximo do Rio Grande do Sul. Justificado foi, dessa forma, o otimismo dos "fans" quanto ao desfecho do prélio.
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Iniciado o jogo, os internacionalistas lançaram-se à frente com muito ardor e bastante técnica, pondo em perigo imediato a cidadela confiada à pericia de Benito, que mostrou possuir qualidades. Surpreendidos com a saída de leão dos rubros, os visitantes esmoreceram, passando a defesa a chutar bolas para a frente, embora muitas vezes sozinha, sem um objetivo certo que não o de limpar a área de qualquer maneira... Enquanto isso, o Internacional exibia uma classe de passes matemáticos, certos, ora pela direita, às vezes pela esquerda, dando insano trabalho aos defensores do Juventude. Os dois tentos que surgiram não causaram surpresa, pois já estavam até demorando...
Com o placar favorável, abandonaram os jogadores locais a pressão que vinham fazendo e começaram um "brinquedo" de passes e jogo para a assistência.
Refeitos do susto inicial e da opressão sentida, os juventudinos foram aos poucos tomando fôlego e conseguiram, numa bonita reação, empatar o jogo: 2x2! A torcida rubra ficou assustada, por sua vez, pois que agora o arco confiado a Marcelo estava perigando mais seguido... Mas os jogadores rubros parece que estavam cientes da superioridade e da classe que possuíam, assim não se impressionaram com a reação e continuaram no mesmo padrão, até que o apito do cronometrista deu por findo o primeiro tempo.
Começado o segundo período, o Internacional tomou conta do jogo, fazendo prevalecer o poderio da sua artilharia até que a contagem chegasse na altura dos seis. E o team visitante só pôde conquistar mais um tento, isto mesmo devido ao brinquedo da zaga e do centro médio.
Estava finda a partida e... confirmada a opinião inicial, favorável aos rubros.
O Juventude apresentou apenas alguns jogadores com qualidades, salientando-se o meia direita Bortinha e o esquerda Renato. Na defesa apareceu o trabalho do center-half Bolacha e do zagueiro Galopeto, que por diversas vezes andou num "galope" envolvido pelas artimanhas de Tesourinha e Russinho, os melhores dos locais, na dianteira. Os demais atuaram regularmente, com excepção dos pontas, muito bisonhos e sem controle de bola.
O Internacional, por sua vez, não esteve tão perfeito, mas agradou aos torcedores porque venceu por 6x3 e deu um "passeio" (entremeado com um susto) no team adversário...
Não fosse a reprovável brincadeira, a que quase sempre se entregam todos os quadros quando estão na dianteira, procurando cansar a defesa inimiga, teríamos uma bela exibição por parte dos rubros. Mas... tudo ficou no mesmo e assistimos a uma partida com poucos momentos de emoção. Estes nos foram proporcionados pelos arqueiros, que atuaram a contento. Alfeu, half-back colorado que estava afastado, reapareceu, não em esplêndida forma, mas sem comprometer. Seu companheiro Risada constituiu o ponto alto do triângulo final, obtendo palmas da torcida, por sua ótima atuação. Na linha intermediária Magno, centro-médio, cumpriu boa performance, salientando-se dos seus colaboradores da direita e da esquerda, onde Pedrinho e Assis apareceram bem, contribuindo mais para a defesa do que no auxílio ao ataque. Na artilharia, como já nos referimos antes, o melhor foi a ala direita, seguida por Ruy e Castillo. Carlitos, de centroavante não teve muitas oportunidades, pois lesionou-se logo no princípio, sendo substituído só no final do primeiro tempo, quando entrou Marques em seu lugar. Este também estava afastado, por motivo de doença e reapareceu bem, com muito "apetite", chegando a perder boas jogadas por ser demais "guloso"...
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Os teams tiveram a seguinte constituição:
JUVENTUDE — Benito; Longhi e Galopeto; Bolachinha, Bolacha e Frigeri; Raul, Bortinha, Mario, Renato e Remo.
INTERNACIONAL — Marcelo; Alfeu e Risada; Assis, Magno e Pedrinho; Tesourinha, Russinho, Carlitos, Ruy e Castillo.
Os locais substituíram o centroavante Carlitos, que se lesionara, por Marques, e os visitantes fizeram entrar Garbin no lugar de Frigeri.
A contagem obedeceu à ordem seguinte:
1º ponto — Aos 11 minutos, Castillo, numa rebatida fraca do back, abre a contagem.
2º ponto — Novamente numa investida de Castillo teve origem o segundo tento, indiretamente, pois o extrema chutou e a bola tocou na mão do zagueiro, valendo-se o juiz para, rigorosamente, punir com pênalti os visitantes. A torcida pede aos "colorados" para jogar fora, mas Magno, destacado para bater a penalidade, aproxima-se vagarosamente e envia violento bicaço, que Benito não consegue deter.
3º ponto — O Juventude desconta, quatro minutos depois, numa investida pela esquerda, onde Renato aproxima-se da meta, finta Risada e ilude Marcelo, que lhe saíra ao encontro, marcando o primeiro gol para o seu bando: 2x1.
4º ponto — Numa escapada de Remo, nasce o tento de empate, quando Raul escora muito bem, desviando para o canto: 2x2! Susto da torcida "colorada"...
5º ponto — O terceiro gol dos rubros surgiu no segundo tempo, aos dois minutos de luta. Galopeto, acossado por Marques, não consegue alcançar a pelota, aproveitando-se Tesourinha para desempatar.
6º ponto — Marques entra na área ameaçadoramente, e estende para Castillo. Este engana Bolachinha e chuta com a direita, num tiro cruzado, no canto oposto do arco confiado a Benito.
7º ponto — Renato consegue desfazer a diferença, levando a melhor numa jogada frente a Risada, consignando o terceiro e último tento do Juventude.
8º ponto — É da autoria de Tesourinha, que atira forte e indefensavelmente. 5x3.
9º ponto — Quase ao finalizar o prélio, aumenta a contagem para 5x3, por intermédio de Marques, o "condotiere" rubro, que finaliza com êxito uma jogada de Russinho. Pouco depois terminava a partida.
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Com esta vitória o Internacional candidatou-se para disputar o título de finalista com o Riograndense, da cidade de Santa Maria, e, saindo vencedor, considerar-se-á já vice-campeão do Estado.
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Mais uma vez o tempo favoreceu os jogadores, pois não estava quente e não ventou de forma a prejudicar os contendores. A renda atingiu a casa dos 8 contos de réis.
Fonte: RABELLO, Pythagoras. Sport Illustrado (RJ), n. 140, 12/12/1940, p. 25. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/182664/5651. Acesso em: 17 jun. 2025.

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